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RELATÓRIO DE PROJETO CONCEITUAL DE UM GALPÃO

Curitiba
2021
RELATÓRIO DE PROJETO CONCEITUAL DE UM GALPÃO

Relatório apresentado à disciplina TC 057 do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do


Paraná por ocasião da conclusão das atividades de
elaboração de projeto conceitual de uma estrutura de
madeira

Orientador: Prof. Dr. Elvidio Gavassoni Neto


SUMÁRIO

1. EQUIPE TÉCNICA 4

2. DEFINIÇÃO DA SOLUÇÃO ESTRUTURAL 4

3. PARÂMETROS MECÂNICOS DOS MATERIAIS 9

3.1. ENSAIOS PARA CACTERIZAÇÃO DA MADEIRA 9


3.1.1. RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À COMPRESSÃO PARALELA ÀS FIBRAS (FC0,K) 9
3.1.2. UMIDADE MÉDIA DO LOTE 10
3.1.3. RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À COMPRESSÃO PARALELA ÀS FIBRAS U=12%
(FC0,K,12) 11
3.2. CLASSIFICAÇÃO DA MADEIRA 12
3.3. CÁLCULO DAS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DE PROJETO 12
3.3.1. RESISTÊNCIA DE PROJETO À COMPRESSÃO PARALELA ÀS FIBRAS (FC0,D) 14
3.3.2. OUTRAS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DA MADEIRA 14

4. CARGAS NOMINAIS 14

4.1. DEFINIÇÕES DAS AÇÕES SOBRE A EDIFICAÇÃO: 14


4.2. CÁLCULO DA CARGA DE VENTO: 16
4.3. COMBINAÇÕES 17

5. ANÁLISE ESTÁTICA 18

6. DIMENSIONAMENTO DE VIGAS 18

7. DIMENSIONAMENTO DE BARRAS 18

8. DIMENSIONAMENTO DE LIGAÇÕES 18

9. CONCLUSÕES 18

REFERÊNCIAS 19
RELATÓRIO DE PROJETO CONCEITUAL

1. EQUIPE TÉCNICA

Na tabela abaixo segue os nomes e registros dos profissionais que realizaram os


trabalhos constantes neste documento.

Tabela 1 - Profissionais

Profissional GRR
Augusto Jacobs Korte 20174778
Bruno Lacerda Santos 20174752
Felipe Dias da Silva 20174819
Gabriel de Oliveira 20174772
Helder da Silva Barbosa 20177207

2. DEFINIÇÃO DA SOLUÇÃO ESTRUTURAL

O galpão, conforme mostrado na Figura 1, será estruturado por pilares, vigas e


contraventamentos e a cobertura será sustentada por treliças dispostas de duas a duas e
paralelas, totalizando 18 treliças em 9 linhas paralelas. As treliças serão unidas por cabos de
aço que funcionarão como contraventamento da estrutura da cobertura.

Figura 1 - Isométrica do galpão (unidades em centímetro)

Fonte: Alunos
Contraventamento: Os contraventamentos serão dispostos conforme a Figura 1,
totalizando 48 contraventamentos verticais nas laterais, 8 contraventamentos verticais na
frente, 12 contraventamentos verticais nos fundos, 72 contraventamentos horizontais no plano
da cobertura, e 32 contraventamentos verticais no plano da cobertura ligando as treliças,
sendo todos eles em cabos de aço.

Ligações: as ligações entre peças serão por parafusos.

A cobertura adotada como solução é apresentada na Figura 2. A inclinação do


telhado, que é de 3º de acordo com as especificações mínimas do tipo de telha escolhida (telha
sanduíche), e o vão, que é de 20 m, são atendidos por esse tipo de solução estrutural de
coberturas e, portanto, prevê-se que essa solução será adequada quando for devidamente
dimensionada.
Figura 2 – (a) Vista da cobertura treliçada no fundo (medida em centímetros); (b) Vista da cobertura
treliçada do meio do galpão (medida em centímetros)
Fonte: Alunos

A nomenclatura dos pilares é da direita para a esquerda e de cima para baixo começando no
P1 indicado na Figura 1. As vigas estão divididas em VT (vigas do telhado), VICOB (vigas da
cobertura), VSUP (vigas intermediárias superiores no nível 6,66m) e VINF (vigas
intermediárias inferiores no nível 3,33m) indicados na Figura 2. Em virtude da simetria do
galpão, temos que:

P1=P4=P35=P38

P2=P5=P36=P39

P3=P6=P37=P40

P7=P9=P11=P13=P15=P17=P19=P21=P23=P25=P27=P29=P31=P33

P8=P10=P12=P14=P16=P18=P20=P22=P24=P26=P28=P30=P32=P34

VICOB1=VICOB3= VICOB33= VICOB35

VICOB2= VICOB4= VICOB34= VICOB36

VICOB5= VICOB7= VICOB9= VICOB11= VICOB13= VICOB15= VICOB17= VICOB19=


VICOB21= VICOB23= VICOB25= VICOB27= VICOB3=VICOB29= VICOB31

VICOB6= VICOB8= VICOB10= VICOB12= VICOB14= VICOB16= VICOB18=


VICOB20= VICOB22= VICOB24= VICOB26= VICOB28= VICOB3=VICOB30=
VICOB32

VICOB37= VICOB38= VICOB39= VICOB40= VICOB41= VICOB42= VICOB43=


VICOB44= VICOB45= VICOB46= VICOB47= VICOB48= VICOB49= VICOB50=
VICOB51= VICOB52

VT1=VT3= VT33= VT35


VT2= VT4= VT34= VT36

VT5= VT7= VT9= VT11= VT13= VT15= VT 17= VT 19= VT 21= VT 23= VT 25= VT 27=
VT 3= VT 29= VT 31

VT 6= VT8= VT 10= VT 12= VT 14= VT 16= VT 18= VT 20= VT 22= VT 24= VT 26= VT
28= VT 3= VT 30= VT 32

VT 37= VT 38= VT 39= VT 40= VT 41= VT 42= VT 43= VT 44= VT 45= VT 46= VT 47=
VT 48 VT 49= VT 50 =VT 51= VT 52

VSUP1= VSUP 3= VSUP 33= VSUP 35

VSUP 2= VSUP 4= VSUP 34= VSUP 36

VSUP 5= VSUP 7= VSUP 9= VSUP 11= VSUP 13= VSUP 15= VSUP 17= VSUP 19=
VSUP21= VSUP 23= VSUP 25= VSUP 27= VSUP 3= VSUP 29= VSUP 31

VSUP 6= VSUP 8= VSUP 10= VSUP 12= VSUP 14= VSUP 16= VSUP 18= VSUP 20=
VSUP22= VSUP 24= VSUP 26= VSUP 28= VSUP 3= VSUP 30= VSUP 32

VSUP 37= VSUP 38= VSUP 39= VSUP 40= VSUP 41= VSUP 42= VSUP 43= VSUP 44=
VSUP 45= VSUP 46= VSUP 47= VSUP 48 VT 49= VSUP 50 = VSUP 51= VSUP 52

VINF1 = VINF3 = VINF5 = VINF7


VINF2 = VINF4 = VINF6
VINF8 = VINF9 = VINF10= VINF11 = VINF12 = VINF13= VINF14= VINF15= VINF16=
VINF17= VINF18= VINF19= VINF20= VINF21= VINF22= VINF3
3. PARÂMETROS MECÂNICOS DOS MATERIAIS

VERIFICAR ARQUIVO SEPARADO COM O TÓPICO 3 (ass: Helder)

4. CARGAS NOMINAIS

4.1. DEFINIÇÕES DAS AÇÕES SOBRE A EDIFICAÇÃO:

Cargas permanentes: São, segundo a NBR 6120:2019 item 3.8, ações cujo valor no
tempo apresenta variação constante ou com uma tendência definida.

Peso próprio da estrutura (Gk): Defino pelo item 5.4.2 da NBR 7190:1997 como o
valor médio do peso específico da madeira com umidade u=12%.

Cargas variáveis normais: São, segundo a NBR 6120:2019 item 3.9, ações que
apresentam variação significativa durante a vida da edificação.

Foram definidos nas Tabela 8 e Tabela 10 o peso específico dos materiais a serem
utilizados na estrutura e os carregamentos.

Tabela 8 - Peso específico aparente

Material Peso específico (kN/m³)


Madeira laminada e colada 5
Madeira serrada* 10
Revestimento piso industrial 34
OSB (assoalho) 7
*pior caso para dicotiledôneas classe de resistência C60
Fonte: NBR 6120

Tabela 9 – Carregamentos Permanentes

Item Peso (kN/m³)


Concreto Armado 25
Argamassa de cal, cimento e areia 19
Bloco cerâmico vazado de vedação 13
Fonte: Item 5 NBR 6120

Tabela 10 – Carregamentos Permanentes

Item Peso (kN/m²)


Drywall 0,5
Telha de alumínio e=0,8 mm 0,035
Revestimento de piso edifício comercial (área do escritório 1
e=5cm)
Fonte: Item 5 NBR 6120

Tabela 11 – Carregamentos Variáveis

Item Peso (kN/m²)


Sala de uso geral 2,5
Escada sem acesso ao público 2,5
Depósito com estoque de h=5 m 15
Sala administrativa edificação industrial 2,5
Sanitário edificação industrial 2
Fonte: Tabela 10 NBR 6120

De acordo com o item 6.4 da NBR 6120, a consideração da carga acidental em cima
de coberturas varia de 0,5 kN/m² a 0,25 kN/m² variando em função da inclinação.
Consideramos o pior caso (0,5 kN/m²), tendo em vista que a cobertura possui previsão para a
instalação de sistema geração de energia.

O empreendimento está sujeito também a cargas de veículos de categorias de I a IV,


porém como o objetivo deste trabalho é o dimensionamento das estruturas em madeira, não
serão considerados essas cargas pois serão solicitações para o piso de concreto armado
alisado.

4.2. CÁLCULO DA CARGA DE VENTO:

De acordo com a NBR 6123 o cálculo da carga de vento é dado pela consideração de
um mapa de isopletas e três fatores S1, S2 e S3, sendo que:

𝑉𝑘 = 𝑉0 * 𝑆1 * 𝑆2 * 𝑆3 (Equação

4)

2
𝑞 = 0, 6123 * 𝑉𝑘 (Equação

5)
A pressão dinâmica obtida q é dada em N/m², as velocidades em m/s e os fatores são
adimensionais.

Velocidade máxima média medida sobre 3s, que pode ser excedida em média uma
vez em 50 anos, a 10 m sobre o nível do terreno: Tomando como base a figura 1 da NBR
6123, a localização do terreno possui V0=43 m/s.

Fator topográfico S1: Haja vista que o terreno do projeto é plano e não possui
desníveis significativos, o item 5.2 da NBR 6123 indica o fator S1=1,0.

Fator de rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura sobre o terreno:


Fator S2: De acordo com a classificação do item 5.3.1 da NBR 6123, o terreno escolhido, por
estar em área de subúrbio em meio a uma zona florestal e urbanizada foi classificado como de
categoria IV no critério de rugosidade do terreno. Por possuir comprimento de projeto maior
que 50 m, a classificação no item 5.3.2 da NBR 6123 foi dada como Classe C.

Considerando que S2 é função dos parâmetros: categoria; classe; z (altura da


edificação em metros), o valor de S2, discriminado na tabela 2 da NBR 6123 é S2=0,84.

O fator S3 é dado pela tabela 3 da NBR 6123 e está relacionado ao uso e ocupação
da estrutura. Tendo em vista que o objetivo do projeto é a ocupação de um galpão de depósito,
o fator S3=0,95.

Substituindo os valores obtidos na equação 4 e posteriormente a velocidade


característica na equação 5, concluímos que q=720,95 N/m².

Obtida a pressão de vento, calcularemos as forças que atuam na estrutura. A


solicitação de vento é calculada com o apoio dos coeficientes de pressão de forma da NBR
6123 (equação 11).

𝐹 = 𝑞 * 𝐶𝑒 * 𝐴 (Equação 10)

𝐶𝑒 = 𝐶𝑝𝑒 + 𝐶𝑝𝑖 (Equação 11)

O cálculo do coeficiente de pressão externa (CPe) das paredes é descrito na NBR 6123
Tabela 4, e é função da altura e base menor da edificação retangular. Com estes dados, foi
possível obter os valores descritos na tabela 11 e ilustrados pela figura 6.

Tabela xx: Coeficientes de pressão externa paredes.


COEFICIENTES EXTERNOS
  θ: 0° θ: 90°
a/b: 2 A1 e B1 A2 e B2 C D A B C1 e D1 C2 e D2
h/b: 0,25 -0,8 -0,4 0,7 -0,3 0,7 -0,5 -0,9 -0,5

Fonte: NBR 6123 Tabela 4.

Figura x: Descrição dos pontos de ação da tabela 11

Fonte: NBR 6123

O cálculo das solicitações na cobertura foi feito com base na tabela 5 da NBR 6123
que segue uma lógica semelhante ao cálculo nas paredes. Os resultados obtidos estão na
tabela 12 e a figura 7 descreve os pontos de aplicação.
Tabela xx: Coeficientes de pressão externa cobertura

COEFICIENTES DE COBERTURA
h/b: 0,25 α=90° α=0°
Cpemédio (cálculo de terças e telhas)
θ: EF GH EG FH
10º
-1,2 -0,4 -0,8 -0,6 -1,4 -1,4   -1,2

Fonte: NBR6123 tabela 5.

Figura x: Descrição dos pontos de aplicação em coberturas


Fonte: NBR6123.

Para as pressões internas a NBR 6123 item 6.2 pontua que deve ser considerado o pior
cenário entre Cpi=+0,2 e Cpi=-0,3. Para este estudo, o cenário de Cpi=+0,2 se mostrou mais
crítico e foi considerado.
Com os coeficientes de pressão interna e pressão externa foi possível calcular as
solicitações máximas e mínimas em cada elemento. A partir das equações 10 e 11 e das
tabelas 11 e 12 foram obtidas as tabelas 13 e 14.
Tabela 13: solicitações máximas e mínimas nas paredes.

SOLICITAÇÕES MÁXIMAS E MÍNIMAS PAREDES


Elemento: Área(m²): Ce máx Ce mín q (N/m²) Fmáx (KN) F mín (KN)
a 800 0,5 -0,7 720,95 288,38 -403,732
b 400 0,7 -0,9 720,95 201,866 -259,542
Fonte: Os autores.

Tabela 14: Solicitações máximas e mínimas na cobertura.

SOLICITAÇÕES MÁXIMAS E MÍNIMAS COBERTURAS


Elemento: Cpe máx Cpe mín q (N/m²) Fmáx (KN/m²) Fmín (N/m²)
Cobertura - -1,6 720,95 - -1153,52
Fonte: Os autores.

4.3. COMBINAÇÕES

Para o Estado Limite de Último (ELU) a NBR 7190 item 7.1.3 apresenta para
estruturas correntes duas possibilidades de combinação. A primeira combinação (equação 6)
considera o vento como ação variável não principal e a segunda combinação (equação 7)
considera este como ação variável principal reduzida em 25%.
𝐹𝑑 = ∑ γ𝐺𝑖 * 𝐺𝑖𝑘 + γ𝑄 * [𝑄𝑘 + ψ0𝑤 * 𝑊𝑘] (Equação 6)

[
𝐹𝑑 = ∑ γ𝐺𝑖 * 𝐺𝑖𝑘 + γ𝑄 * 0, 75 * 𝑊𝑘 + ψ0𝑄 * 𝑄𝑘 ] (Equação 7)

A NBR 7190 item 5.8 separa o estado limite de serviço (ou de utilização) de acordo
com o grau de sensibilidade do uso da estrutura a deformações. Como a estrutura a ser
dimensionada será utilizada para servir de cobertura de um galpão logístico, consideraremos o
caso 5.8.1 (equação 8) que leva em consideração apenas as combinações de longa duração.

𝐹𝑑,𝑢𝑡𝑖 = ∑ 𝐹𝐺𝑖,𝑘 + ∑ ψ2𝑗 * 𝐹𝑄𝑗,𝑘 (Equação 8)

Os coeficientes de majoração e minoração presentes nas tabelas do item 5 da NBR


7190 adotados para esse projeto estão na Tabela 12.

Tabela 12 - Coeficientes de majoração e minoração

Símbolo Descrição Efeito favorável Efeito desfavorável


γGi Coeficiente para ações permanentes diretas 1 1,3
γQ Coeficiente para ações variáveis diretas - 1,4
Ψ0w Coeficiente de redução para vento 0,5 -
Ψ0Q Coeficiente de redução ELU 0,4 -
Ψ2j Coeficiente de redução ELS 0,2 -
Fonte: Item 5 NBR 7190

5. ANÁLISE ESTÁTICA

Para a análise estática do galpão foi utilizado o software SAP 2000 V.23.2.0,
fornecido pela CSI por meio de uma licença de teste. Apesar da versatilidade da ferramenta,
que permite análises dinâmicas e da interação solo estrutura, foi feita uma análise estática por
meio de um modelo tridimensional de barras. Vale ressaltar que, as combinações descritas no
item 4 são dependentes do peso próprio de cada elemento e como as seções só serão definidas
após o dimensionamento que depende desta análise, as seções foram definidas para iniciar o
processo iterativo de dimensionamento e estão descritas na tabela xx. O peso específico
considerado foi de 10 KN/m³ conforme tabela 8.
Tabela xx: seções adotadas.

Carregamento linear de peso específico


SEÇÃO (cm x P.E.
Elementos cm) (KN/m³) P.E. linear (KN/m)
Pilares 30x30 10 0,9
Vigas 15x60 10 0,9
Elementos de treliça 15x60 10 0,9

Para a obtenção do efeito correspondente a carga de vento nos elementos, a pressão q


foi considerada como sendo absorvida por meio de cargas retangulares nos planos dos
pórticos formados pelos pilares e vigas de cobertura. Os pórticos formados pelos pilares das
extremidades possuem área correspondente a metade da área dos internos, haja vista a
simetria adotada.

Tabela XX: áreas de influências dos pórticos resistentes as cargas horizontais.

Áreas de Influência dos pórticos


Elementos Área (m²)
Internos 50
Externos 100

A análise das treliças foi realizado separado da análise dos pórticos e as suas cargas foram
consideradas como ações pontuais nos pilares de apoio.

5.1. ANÁLISE ESTÁTICA PARA O ELU

O peso próprio é a única ação permanente direta atuante nas estruturas, sendo assim,
seu efeito no ELU é calculado pela equação xx.

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = ∑ γ𝐺𝑖 * 𝐺𝑖𝑘 (Equação XX)

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 0, 9 * 1, 3 = 1, 17𝐾𝑁/𝑚

Para o ELU, o carregamento é fruto do pior cenário entre os propostos pelas


equações 6 e 7. O primeiro cenário considera o vento como ação variável secundária,
minorando o seu efeito em 30% e majorando a carga acidental na cobertura em 40%. Já a
segunda combinação considera o vento como carga variável principal o majorado em 5% e
minorando a carga variável na cobertura em 44%. Tendo em vista que o efeito de sucção do
vento pode ser catastrófico em estruturas desse porte e que o peso próprio da cobertura já
possui um coeficiente de majoração a equação 7 foi adotada.

De acordo com a tabela 14 nas treliças de cobertura a força de sucção ocasionada


pelo vento é de 1,15KN/m². Considerando a majoração resultante da combinação do ELU de
5%, a carga de calculo é de 1,21KN/m². O modelo de treliça interna e a sua combinação de
ações está representada na imagem xx retirada do software Ftool.

Figura XX: Treliça interna carregada segundo o ELU.

Figura XX: Diagrama de esforços normais treliça carregada segundo o ELU.

Esta combinação de ações na cobertura resultou em uma resultante de tração nos


pilares de apoio de magnitude 89,4KN no apoio sob a viga de centro e 29,3KN nos pilares de
extremidade.

Para o carregamento de vento nas paredes, o efeito da pressão de sucção nas paredes
foi distribuído nos pontos de interseção entre os pilares e as vigas de travamento externas.
Para a parede maior os 403,74KN obtidos na tabela 13, foram distribuídos em 14 pontos de
aplicação com uma carga pontual unitária de sucção de 28,8KN. Já para a face menor, a carga
proveniente da tabela 13 de 259,55KN, foi dividida em 6 pontos de aplicação com carga
pontual unitária de sucção de 18,54KN. Os diagramas foram obtidos com base no cenário
onde a carga de vento atua paralela ao lado com menor inércia e estão resumidos na tabela
XX.
Figura XX: Modelo tridimensional com carregamentos do ELU.

Figura XX: Modelo tridimensional com digrama de esforços normais.

Figura XX: Modelo tridimensional com digrama de momentos fletores.


Figura XX: Modelo tridimensional com diagrama de esforços cortantes na direção paralela a
gravidade

Figura XX: Modelo tridimensional com diagrama de esforços cortantes na direção perpendicular a
gravidade
Tabela xx: Maiores valores de esforços internos para o ELU

MAIORES E MENORES ESFOÇOS PARA O ELU


MAIOR MENOR
MAIOR MOMENTO MENOR Maior Cortante
ELEMENTOS ESFORÇO ESFORÇO
(KN.m) MOMENTO (KN.m) (KN)
NORMAL (KN) NORMAL (KN)
Cabos 30 0 0 0 0
Pilares de contorno 114,1 -85,98 4,73 -125,97 47,28
Pilares centrais - -63,85 - - -
Vigas de cobertura 31,4 -30,1 143,9 -151,44 35,24
Vigas de parede 20,83 -7,12 7,55 -32,26 5,9

5.2. ANÁLISE ESTÁTICA PARA O ELS

Para o cálculo dos esforços nas condições proposta para o Estado Limite de Serviços,
foi adotada a equação 08. Nesta, o vento é excluído da análise e as cargas permanentes diretas
não são majoradas nem minoradas, enquanto as cargas variáveis são minoradas em 80%.
Portanto, para o ELS foi considerado uma carga permanente direta de peso próprio conforme
a tabela XX.

Tabela XX: Peso específico dos elementos.

Carregamento linear de peso específico


SEÇÃO (cm x P.E.
Elementos cm) (KN/m³) P.E. linear (KN/m)
Pilares 30x30 10 0,9
Vigas 15x60 10 0,9
Elementos de treliça 15x60 10 0,9
Na cobertura, além do peso próprio, foi considerado a carga acidental de uso de
0,5KN/m² minorada em 80% somada a carga permanente de cobertura proveniente da
cobertura de 0,035KN/m² resultando em uma carga de 0,135KN/m². Para as treliças internas o
carregamento é representado pela figura xx.

Figura XX: carregamento nas treliças de cobertura para o ELS.

Figura XX: Diagrama de esforços normais nas treliças de cobertura para o ELS.

Para esta combinação de ações a carga resultante nos três apoios da cobertura foram
de 20,1KN para as extremidades e 62,4KN para o centro. Todos esforços de compressão. Com
os efeitos da cobertura provenientes do modelo do Ftool, foi possível simular a distribuição de
tensões no SAP 2000, conforme a figura XX e tabela XX.

Figura xx: estrutura com os carregamentos de cobertura.


Figura xx: Diagrama de esforços normais.
Figura xx: Diagramas de momentos fletores.

Tabela xx: Esforços para o ELS.

Tabela xx: Esforços internos máximos e mínimos para o ELS

MAIORES E MENORES ESFOÇOS PARA O ELS


MAIOR ESFORÇO MENOR ESFORÇO MAIOR MOMENTO MENOR MOMENTO Maior Cortante
ELEMENTOS
NORMAL (KN) NORMAL (KN) (KN.m) (KN.m) (KN)
Cabos 10,2 - - - -
Pilares de contorno - -130,65 160,6 - 25,42
Pilares centrais - -156,195 160,6 - -
Vigas de cobertura - - 228,43 -261,67 53,85
Vigas de parede - - 1,9 -1,91 4,6

5.3. DEFORMAÇÕES

Tanto para o Estado limite último, quanto para o de serviço, as deformações foram
obtidas a partir dos modelos no SAP 2000 com as propriedades de material definidas no item
3 e as seções definidas na tabela XX.

Figura XX: Estrutura deformada para o ELS.


Figura XX: Estrutura deformada para o ELU.

6. DIMENSIONAMENTO DE VIGAS
7. DIMENSIONAMENTO DE BARRAS

8. DIMENSIONAMENTO DE LIGAÇÕES

9. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS

GAVASSONI, E. Parte 08: Notas de Aula do Curso de Estruturas de Madeira


(TC057) Curitiba, 2018a.

GAVASSONI, E. Parte 08 Exercícios Resolvidos: Notas de Aula do Curso de


Estruturas de Madeira (TC057) Curitiba, 2018b.

JUNIOR, C. C. et al. Estruturas de Madeira. Elsevier Editora Ltda, 2019.

JUNIOR, C. C.; LAHR, F. A. R.; DIAS, A. A. Dimensionamento de Elementos


Estruturais de Madeira. Baureri: Manolé, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Ações para


o Cálculo de Estruturas de Edificações. Rio de Janeiro, 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: Forças


Devidas ao Vento em Edificações. Rio de Janeiro, 1988.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Projeto de


Estruturas em Madeira. Rio de Janeiro, 1997.

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