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A Pressão Atmosférica

O que é pressão?

Antes de falarmos sobre a pressão atmosférica vamos dizer o que é pressão.


Temos um botijão rígido de metal contendo um gás como aquele que usamos na cozinha. Na figura, as moléculas do gás são
representadas por pontinhos em movimento constante. É claro que o número dessas moléculas é tremendamente grande mas, para
nossos fins, basta ver algumas delas, como na figura.
Imagine que há, dentro do gás, uma superfície rígida de metal. Essa folha de metal pode existir realmente ou ser apenas imaginada por
você, tanto faz. Na figura, vemos essa folha de lado, por isso parece um traço. Ela é continuamente atingida, de ambos os lados, pelas
moléculas do gás. Cada choque faz uma pequena força sobre a superfície e, somando todas as pequenas forças, vemos que a folha de
metal está sendo empurrada (ou pressionada) pelas moléculas. Acontece que, em média, o número de choques de um dos lados é igual
ao número de choques no lado oposto. Portanto, a força exercida pelo gás sobre um dos lados da superfície é igual à força sobre o outro.
Com isso, a folha de metal fica em equilíbrio.

Pois bem, vamos chamar de pressão do gás a força feita sobre um dos lados dividida pela área da folha.

É claro que a pressão sobre a folha é a mesma em cada lado, o que faz com que ela não se abale de seu lugar. Reina, dentro do gás, um
equilíbrio dinâmico. Agora, com um pouco de imaginação, você vai concordar com as seguintes afirmações:

- A pressão é a mesma em qualquer posição dentro do butijão. Como o gás está bem distribuido dentro do butijão, não há razão para
que a pressão em um ponto seja diferente da pressão em outro ponto. Se isso acontecer, por acaso, as moléculas rapidamente se
redistribuem de modo a homogeneizar a pressão.

- A força não depende da orientação da folha. Na figura, desenhamos uma folha inclinada mas, a pressão seria a mesma se ela estivesse
horizontal ou vertical ou de qualquer outro jeito.

- A pressão é a mesma sobre as paredes do butijão ou sobre qualquer superfície dentro do gás.

Do lado de fora do butijão, estão as moléculas do ar atmosférico, elas também em constante movimento, bombardeando as paredes
externas com seus pequenos choques. Em outras palavras, o ar exerce uma pressão sobre as paredes externas do butijão. Essa pressão
é a pressão atmosférica. Normalmente, ela é menor que a pressão do gás no interior do butijão. As paredes de metal do butijão
precisam ser suficientemente rígidas para resistir a essa diferença de pressão.

Como a pressão é uma força por área, a unidade usada para ela pode muito bem ser o quilograma-força por metro quadrado (kgf/m2).
Ou o quilograma-força por centímetro quadrado (kgf/cm2). Ou ainda, a libra-força por polegada quadrada, usada para indicar a pressão
dos pneus de carro.

Deu para entender? Pois muito bem, com essas informações podemos, agora, dar mais detalhes sobre a pressão atmosférica.
A experiência de Torricelli - O barômetro.

Sabemos que o ar atmosférico exerce uma pressão sobre tudo que existe na superfície da Terra.
Queremos saber com medir essa pressão. Quem primeiro fez essa medida foi um discípulo de Galileu
chamado Evangelista Torricelli, em 1643.

Naquele tempo havia uma história de que "a natureza tem horror ao vácuo". Segundo essa crença,
seria impossível manter qualquer região do espaço no vácuo, por algum tempo. A existência do
vácuo, inclusive, era considerada um dos "219 erros execráveis" pelos teólogos da época e acreditar
Torricelli
nisso era quase uma heresia.
Torricelli tomou um tubo longo de vidro, fechado em uma das pontas, e encheu-o até a borda com
mercúrio. Depois tampou a ponta aberta e, invertendo o tubo, mergulhou essa ponta em uma bacia
com mercúrio. Soltando a ponta aberta notou que a coluna de mercúrio descia até um certo nível mas
estacionava quando alcançava uma altura de cerca de 76 centímetros (veja a figura).
Torricelli logo percebeu que acima do mercúrio havia o execrável vácuo. E por que o mercúrio parou de
descer quando a altura da coluna era de 76 cm? Porque seu peso foi equilibrado pela força que a
pressão do ar exerce sobre a superfície do mercúrio na bacia.

A pressão atmosférica multiplicada pela área da seção do tubo é uma força que empurra o mercúrio da coluna para cima. Essa força é
representada pela seta para cima, na base da coluna. No equilíbrio, essa força é exatamente igual ao peso da coluna (representada pela
seta para baixo). Isso acontece quando a coluna tem 76 cm de altura, se o líquido for o mercúrio. Se o líquido fosse a água a coluna
deveria ter mais de 10 metros de altura para haver equilíbrio, pois a água é cerca de 14 vezes mais leve que o mercúrio.

Com essa experiência Torricelli mostrou que é possível obter um vácuo e mantê-lo pelo tempo que se quiser. Ele notou também que a
altura da coluna de mercúrio não era sempre constante mas variava um pouco, durante o dia e a noite. Concluiu, daí, corretamente, que
essas variações mostravam que a pressão atmosférica podia variar e suas flutuações eram medidas pela variação na altura da coluna de
mercúrio. Portanto, Torricelli não apenas demonstrou a existência da pressão do ar mas inventou o aparelho capaz de medí-la: o
barômetro. E, de quebra, ainda provou que a natureza não tem nenhum horror ao vácuo.

Força da pressão atmosférica sobre nós.

Vimos que a pressão é força por unidade de área. Portanto, a UNIDADE de pressão pode ser, por exemplo, 1 quilograma-força por
metro quadrado (1 kgf/m2). Ou 1 quilograma-força por centímetro quadrado (1 kgf/cm2). É costume chamar a pressão normal, ao nível do
mar, simplesmente de 1 atmosfera. Ou então dizer que ela vale 76 centímetros de mercúrio (76 cmHg), referindo-se à altura da coluna
de mercúrio no barômetro. O valor da pressão atmosférica ao nível do mar é de 1 kgf/cm2, aproximadamente. Esse é um valor bem
conveniente de se decorar, não é mesmo?

Se quisermos saber qual é a FORÇA que o ar atmosférico faz sobre nosso corpo basta multiplicar essa pressão, em kgf/cm2, pela área de
nosso corpo, em cm2. É claro que essa área varia de pessoa a pessoa mas um valor médio de 1 metro quadrado (= 10.000 cm2) pode ser
considerado como típico. Logo, a força que o ar faz sobre nosso corpo é, aproximadamente:

1 kgf/cm2 x 10.000 cm2 = 10.000 kgf = 10 toneladas.

Isto é, o ar faz uma força de 10 toneladas sobre nosso corpo!

Por que não somos esmagados por essa força enorme? Pela mesma razão que uma bolha de sabão ou um balão de aniversário também
não são esmagados. O ar dentro da bolha ou do balão e os fluidos dentro de nosso corpo (o sangue e outros) estão a uma pressão igual
ou ligeiramente maior que a pressão atmosférica. A força da atmosfera sobre nós é compensada pela força de nossos fluidos internos.

E que pressão é aquela que os médicos medem na gente, enrolando um tubo de borracha em nosso braço? É um pequeno excesso da
pressão sanguínea (ou arterial) acima da pressão atmosférica. Esse excesso serve para fazer o sangue fluir pelas artérias e veias e é
gerado por uma bomba que a gente tem dentro do peito chamada (adivinhe...)
Variações da pressão atmosférica

Torricelli já tinha notado que a pressão atmosférica varia. Medindo a altura da coluna de mercúrio em seu
barômetro, ele descobriu que a pressão dá indicações sobre o clima. Quando a pressão baixa bastante é
sinal que vai chover, por exemplo.

A pressão média em um determinado local varia durante o ano. Veja na figura ao lado como
a pressão atmosférica varia, em média, durante um ano, na cidade de Porto Alegre.

Além disso, a pressão atmosférica também varia com a altitude do lugar. O gráfico abaixo dá o valor (médio) da pressào em várias
altitudes. Em Fortaleza, ao nível do mar, a pressão é 1 atmosfera, isto é, 1 kgf/cm2 ou 760 mmHg. Em São Paulo, a 820 metros de
altitude, ela cai um pouco. Em La Paz, capital da Bolívia, a 3600 metros de altitude, ela já cai para 2/3 de uma atmosfera. Aí o ar fica
rarefeito, a quantidade de oxigênio é menor que aqui por baixo. Não admira que nossa seleção de futebol tenha tanta ojeriza a jogar em
La Paz.
No Everest, ponto mais alto do planeta, a mais de 8000 metros, a pressão é menor que 1/3 de uma atmosfera. Nessa altitude, só com
máscara de oxigênio. Os animais que vivem nas altas montanhas têm coração e pulmão maiores que o normal dos outros bichos. A
vicunha, por exemplo, que vive nos Andes, tem 3 vezes mais glóbulos vermelhos por milímetro cúbico de sangue que um homem do
litoral.

Outra coisa interessante da pressão atmosférica é seu efeito sobre a temperatura de transição da água. A temperatura de ebulição da
água (isto é, a temperatura em que ela passa do estado líquido para vapor) é 100 graus centígrados ao nível do mar mas fica menor em
maiores altitudes onde a pressão atmosférica é menor. Em La Paz, a água ferve a 90 graus.

Efeitos da Pressão Atmosférica.

Objetivo

Ilustrar os efeitos da pressão atmosférica.


Descrição

Existem muitas formas de mostrar os efeitos da pressão atmosférica. Como você sabe, a pressão
atmosférica pode ser considerada como razoavelmente intensa, mas não sentimos seu efeito sobre nosso
corpo por haver equilíbrio entre ela e a pressão de nossos fluidos internos.
Veja, a seguir, três experiências que exibem os efeitos da pressão atmosférica de forma dramática.

EXPERIÊNCIA 1) A pressão atmosférica segura um cartão colocado sobre um copo com água. Ponha o
cartão sobre um copo cheio de água, deixe-o molhar e inverta o copo rapidamente. Em princípio, a água
não deve derramar imediatamente pois a pressão atmosférica segura o cartão.

EXPERIÊNCIA 2) Coloque uma vareta longa de madeira não muito dura sob uma folha de jornal aberta
sobre uma mesa (veja a figura). Dê um golpe seco e rápido sobre a ponta da vareta com um objeto
sólido. A vareta deve quebrar sem que o jornal se levante significativamente. A pressão atmosférica sobre
o jornal impede que a ponta da vareta abaixo dele se levante.

EXPERIÊNCIA 3) Ponha um pouquinho de água em uma lata vazia de refrigerante e aqueça até ferver a
água. Segure a lata com uma pinça apropriada, com cuidado para não se queimar nem queimar seus
espectadores. Quando a água estiver fervendo ( o vapor de água deve estar saindo bastante pelo furo)
derrame o resto de água fervente e coloque a lata com o furo para baixo sob uma torneira de água fria. A
lata deve implodir instantaneamente.

Análise

Para sentir ou evidenciar os efeitos da pressão atmosférica é necessário fazer


com que ela atúe sobre algo que esteja a uma pressão mais baixa. Nas três
experiências descritas acima cria-se, durante um curto tempo, uma região de
vácuo parcial. Na experiência com o jornal, por exemplo, o movimento brusco
da vareta cria um vácuo sob o jornal, por um breve instante. A pressão
atmosférica sobre a parte de cima do jornal, durante esse breve tempo, faz
uma força para baixo que segura o jornal sobre a mesa. Rapidamente, o ar
ocupa o espaço sob o jornal equilibrando as forças, mas aí já é tarde: a vareta
já se partiu com a pancada.

Por que a lata de refrigerante implode? Ao ser colocada em contato com a água
fria o vapor na lata transfere calor para a água de fora através do metal da
lata. Quando esse vapor esfria a pressão na lata cai subitamente para um valor
abaixo da pressão atmosférica, a lata não suporta e implode.
Material

Copo de vidro de paredes grossas.


Cartão ou folha de papelão.
Vareta de madeira fina e longa.
Folhas de jornal.
Lata de refrigerante vazia, dessas de paredes bem finas.
Pinça grande de laboratório. Peça uma emprestada.
Aquecedor ou pequeno fogareiro, ou um bico de Bunsen.

Dicas

Além dessas experiências, você pode encontrar várias outras sugestões sobre
os efeitos da pressão atmosférica nos livros-textos. Por exemplo, leia sobre a
experiência clássica dos Hemisférios de Madgeburgo e tente reproduzí-la
usando dois sugadores de borracha, desses de desentupir pia.

Ponha cartazes mostrando valores numéricos para a pressão atmosférica. Faça


comparações com pressões no fundo do mar, no alto de uma montanha, etc.

Consulte nossa seção TINTIM POR TINTIM onde juntamos muitas informações
sobre a pressão atmosférica e seus efeitos.

PESQUISA 2

Vamos ao que interessa! O que é então a pressão atmosférica? Bom, podemos defini-la como a força
exercida pela atmosfera (ou respectivos gases que a constituem) sobre cada unidade de superfície
(incluindo os corpos à superfície). Apesar de não nos apercebermos da sua existência, o corpo humano suporta em média, uma força
resultante da pressão exercida (nos vários sentidos) de cerca de 15 toneladas – pouca coisa!!!

Uma célebre experiência sobre a pressão atmosférica data de 1654, na cidade de Magdeburgo, após a descoberta da máquina
pneumática, em que utilizando a recente descoberta removeram o ar do interior de dois "hemisférios de cobre" que ajustavam
perfeitamente pela união de dois anéis de couro – o material não era lá muito sofisticado – e para os separar foram necessários 16
cavalos, 8 de cada lado. Além do espectáculo proporcionado, a experiência permitiu concluir a existência de pressão atmosférica em
todas as direcções, que actuava nos hemisférios selando-os, dado que não havia pressão no interior (vácuo) que igualasse a pressão
exterior. Deste modo, só a força "bruta" de 16 cavalos conseguiu a proeza de separar os hemisférios de Magdeburgo (figura 1).

É ainda neste século, que um outro cientista, de seu nome Torricelli (um ilustre discípulo do não menos ilustre físico italiano Galileu),
construiu o primeiro aparelho de medição da pressão atmosférica – o barómetro de mercúrio.

Também vocês podem construir um barómetro "caseiro", só que não com mercúrio, já que é um metal altamente poluente e tóxico, e o
meu objectivo não é despachar ninguém para o hospital... Para o barómetro precisas de: 3 lápis compridos, uma garrafa de plástico
pequena (sem rótulo e com o mínimo de cola possível), fita adesiva, três pedaços de plasticina, uma taça e um corante ou mesmo
aguarela (para dar um toque colorido). Primeiro devem fixar com a fita adesiva os três lápis à garrafa, de forma a que a possam
suportar – género tripé; depois colocam os pedaços de plasticina no fundo da taça, com a mesma distância a que se encontram os lápis
na garrafa. Após encherem a taça e a garrafa com água corada até metade, devem virar a garrafa rapidamente para o interior da taça
sem entornar o líquido, tapando o gargalo com os dedos. Então é só fixar os lápis na plasticina, e marcar uma escala na garrafa, que
vos permita verificar subidas ou descidas do líquido, consoante a variação da pressão atmosférica (figura 2).

Tal como no barómetro de Torricelli, o princípio de medição é o mesmo, em que o peso da coluna de líquido é igual à força da pressão
que a atmosfera exerce sobre uma superfície do líquido na tina. A utilização do mercúrio, por ser um líquido de densidade elevada,
permitiu a Torricelli, estabelecer a pressão atmosférica padrão no valor de 1 atm (atmosfera) que suporta exactamente uma coluna de
mercúrio de 760 mm de altura. O nosso barómetro não sendo de avaliação quantitativa, permite-nos apenas avaliar modificações mais
ou menos significativas da pressão atmosférica.

Agora vamos aos ovos cozidos. Para esta experiência apenas precisam de um ovo cozido (talvez dois...só para precaver), uma garrafa
de vidro com tampa e cujo gargalo se ajuste ao ovo (eu utilizei uma garrafa de molho de tomate), um recipiente para aquecer água e
água. Após ferver um pouco de água – cerca de ¼ da capacidade da garrafa – transfere-se, com cuidado, essa água para a garrafa de
vidro e sela-se com a tampa por pouco tempo. Depois retira-se a água e rapidamente coloca-se o ovo no gargalo (com a parte mais
redonda e mais larga do ovo para cima) - figura 3. Finalmente é só aguardar que o ovo entre suavemente na garrafa.

Como foi possível que o ovo entrasse, até porque depois não o consegues retirar, a não ser pelo mesmo processo? A explicação para
este fenómeno reside na mudança de fase que ocorre com o vapor de água. À medida que vai arrefecendo a temperatura o vapor de
água passa à fase líquida, ou seja, ao preencher o interior da garrafa com o vapor de água a pressão desse vapor impedia que o ovo
entrasse, pois essa pressão igualava a pressão exterior. No entanto, a temperatura ambiente provoca a condensação do vapor de água
e a diminuição da pressão deste e, consequentemente a pressão atmosférica ao exercer uma força de cima para baixo que não é
contrabalançada – provoca a entrada do ovo na garrafa.
O ovo antes não entrava na garrafa porque a pressão do ar no seu interior igualava a pressão exterior.

Curiosidades:

Mais ovos cozidos...Imaginem que acabaram de subir ao alto de uma montanha com cerca de 4000 m e para retemperar forças
decidiram cozer um ovo e comê-lo. Para vosso espanto a água até ferve mais rapidamente que o habitual, mas ao fim dos supostos 10
minutos de cozedura o ovo continua cru. Era um bocado "chato", especialmente se fosse o único ovo que tivessem! Como explicar esta
situação? Bom, as camadas mais elevadas da atmosfera são menos densas e aí o ar é mais rarefeito, logo a pressão atmosférica é
menor. A esta altitude aquela seria de cerca de 0,6 atm. Como não é a ebulição que é responsável pela cozedura do ovo mas sim a
quantidade de calor que ele absorve e que é proporcional à temperatura da água, com este baixo valor de pressão, a água entra em
ebulição a uma temperatura inferior à normal (100ºC). Logo seriam necessários +/- 30 minutos para o ovo cozer.

De modo inverso, a grande dificuldade da exploração marítima consiste nas elevadas pressões que se fazem sentir nas águas profundas
– a 50m a pressão exterior é de 6 atm, devido à pressão hidrostática. Nestas condições, a respiração de ar de uma botija introduziria 6
vezes mais oxigénio nos pulmões e consequentemente conduziria a um envenenamento em O2 e excesso de azoto que funcionaria como
um narcótico. Por isso, as botijas contém ar diluído em hélio, que é menos solúvel no sangue – só que altera a voz, "efeito do pato
Donald".

A subida de um mergulhador à superfície também não pode ser muito rápida, porque a diminuição brusca da pressão apresenta dois
graves problemas:

• a ruptura dos pulmões devido à rápida expansão do ar neles contido;


• a formação de bolhas de ar no sangue, embolia, devido à referida expansão e à diminuição de solubilidade do ar no sangue, devido à
diminuição da pressão
Barômetro

O barômetro de mercúrio foi inventado em 1643 por Evangelista TORRICELLI, e funciona porque o ar tem peso. Torricelli
observou que se a abertura de um tubo de vidro fosse cheia com mercúrio, a pressão atmosférica iria afetar o peso da
coluna de mercúrio no tubo. Quanto maior a pressão do ar, mais comprida fica a coluna de mercúrio. Assim, a pressão pode
ser calculada, multiplicando-se o peso da coluna de mercúrio pela densidade do mercúrio e pela aceleração da gravidade.
Ao nível do mar, a pressão atmosférica é de cerca de 15 libras por polegada quadrada ou 29,9 polegadas de mercúrio. Isto
é equivalente a 101,3 kPa, a unidade de pressão utilizada pelos meteorologistas, alem dos "milibares".

O mercúrio é ideal para o barômetro líquido, pois sua alta densidade permite uma pequena coluna. Num barômetro de
água, por exemplo, seria necessária uma coluna de 10 metros e, ainda assim, haveria um erro de 2%.

Barômetro Aneróide
A maioria dos barômetros são aneróides e funcionam sem líquido. Foram inventados em 1843 e consistem em uma
pequena caixa de metal, fechada a vácuo. Um lado é fixo e o outro é ligado a uma forte mola que evita que a caixa se abra.
O lado móvel se expanda se a pressão do ar diminui e se comprime se a pressão do ar aumenta. A posição do lado móvel é
indicada por um ponteiro.

O barômetro de mercúrio é utilizado em laboratórios de pesquisa e em grandes estações de meteorologia. Barômetros


aneróides são usados em casa, a bordo de navios e em todas as estações climáticas

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