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DE MORAIS
PROFo: MORAIS
TEMÁTICA:
a
2 SÉRIE – ENSINO MÉDIO 3o BIMESTRE
Sentido amplo
1) Conjunto de ideias, concepções, opiniões ou crenças
sobre determinado assunto sujeito a discussão e que visa
um determinado objetivo;
2) Sistema de crenças de uma classe ou grupo social que
inclui em sua concepção valores, ideias e projetos de
grupos ou classes sociais específicas.
Sentido restrito
Gramsci e a visão positiva sobre ideologia
Antonio Gramsci acredita que as ideologias são historicamente necessárias porque organizam as
massas humanas, formam o terreno sobre o qual os homens se movimentam, adquirem consciência
de sua posição, lutam etc.
Portanto, para Gramsci, a ideologia, em um ponto de vista positivo, tem a função de atuar como
cimento (aquilo que une e dá solidez) da estrutura social. Quando a ideologia for incorporada ao
senso comum, ela ajudará a estabelecer o consenso, conferindo hegemonia a determinada classe, a
qual passará a ser dominante.
FONTE:
ARANHA, Maria Lúcia de A.; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando – introdução à filosofia. 3. ed. revista. São Paulo:
Moderna, 2007. p. 61-63.
CORDI, Cassiano et all. Para filosofar. 4. ed. São Paulo: Scipione, 2002. p. 161-163.
MARCONDES FILHO, Ciro. Ideologia. 8. ed., São Paulo: Global, 1994. (Coleção Para Entender: 01)
TOMAZI, Nelson Dácio (coord.). Iniciação à sociologia. 2. ed. rev. ampl. São Paulo: Atual, 2005. p. 180-183.
ATIVIDADE 1
O senhor não me arranja um trocado? Perguntou o esfarrapado garoto com um olhar súplice.
Outro daria o dinheiro ou seguiria adiante. Não ele. Não perderia aquela oportunidade de ensinar a
um indigente uma lição preciosa:
Não, jovem – respondeu -, não vou lhe dar dinheiro. Vou lhe
transmitir um ensinamento. Olhe para você, olhe para mim. Você é pobre,
você anda descalço, você decerto não tem o que comer. Eu estou bem
vestido, moro bem, como bem. Você deve estar achando que isso é obra do
destino. Pois não é. Sabe qual é a diferença entre nós, filho? O estudo. As
estatísticas estão aí: Pobre estuda cinco anos menos do que o rico.
O menino o olhava assombrado.
Ele continuou:
Pessoas como eu estudaram mais do que as pessoas de sua gente. Em
média, cinco anos mais. Ou seja: passamos cinco anos a mais em cima dos livros. Cinco anos sem
nos divertir, cinco anos queimando pestanas, cinco anos sofrendo na véspera dos exames. E sabe
por que, filho? Porque queríamos aprender. Aprender coisas como o teorema de Pitágoras. Você
sabe o que é o teorema de Pitágoras? Não, seguramente você não
sabe o que é o teorema de Pitágoras, Se você soubesse, eu não só lhe
daria um trocado, eu lhe daria muito dinheiro, como homenagem a
seu conhecimento. Mas você não sabe o que é o teorema de
Pitágoras, sabe?
Não. - disse o menino. E virando as costas foi embora.
Com o que ele ficou muito ofendido. O rapaz simplesmente não
queria saber nada acerca do teorema de Pitágoras. Aliás- como era
mesmo, o tal teorema? Era algo como o quadrado da hipotenusa é
igual à soma dos quadrados dos catetos. Ou: o quadrado do cateto é igual à soma dos quadrados da
hipotenusa. Ou ainda, a hipotenusa dos quadrados é a soma dos catetos quadrados. Enfim, algo que
só aqueles que têm cinco anos a mais de estudo conhecem.
In: CORDI, Cassiano. Para filosofar. 4. ed. São Paulo: Scipione, 2002. p. 167.
A ideologia surge das instituições em geral – escola, família, Estado, religião, empresas,
associações etc. –, as quais estabelecem normas para as relações sociais.
Por meio de agentes definidos – políticos, professores, patrões, pais,
padres e pastores etc. -, a ideologia manifesta seu discurso a funcionários,
alunos, empresários, filhos e leigos (fiéis).
A ideologia fala sobre as coisas e as situações, sempre fazendo
interpretações. Cada vez mais nos
acostumamos a receber de pessoas, grupos e
meios de comunicação informações prontas
(interpretadas), maneiras de agir já
elaboradas. Isso nos poupa tempo, mas, nos
leva a seguir ideias e praticar ações que não
foram planejadas por nós!
Vivemos envolvidos por ideologias e quase nunca nos damos
conta disso. Ora aceitamos, ora resistimos em colocá-la em prática,
mas não as identificamos como tais.
A ideologia está presente no nosso dia-
a-dia justificando as nossas ações e as exigências dos grupos ou classes.
Por isso é muito comum ouvirmos expressões do tipo: “Você sabe com
quem está falando?” ou “É assim mesmo, esse país não tem jeito!” ou
ainda: É...a vida é assim mesmo, uns nascem pra perder, outros pra
ganhar...”
A ideologia é isso: um processo muitas
vezes contraditório de manipulação da
realidade. Ela nunca explica tudo, pretende
tão-somente que nos contentemos com meias-verdades. E se fala a
verdade, nós nem percebemos ou questionamos.
O discurso ideológico é muito envolvente, lindo e cheio de vazios,
as suas justificativas são explicações dadas pelas classes dominantes.
FONTE:
CORDI, Cassiano et all. Para Filosofar. 4. ed., São Paulo: Scipione, 2002. p. 152-154.
CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. 13. ed., São Paulo: Brasiliense, 1983.
Guo Qiang Hai, 48, físico chinês que mora em São Carlos
(SP) desde 1993, veio para o Brasil sem conhecer ninguém, atrás
de uma bolsa na Universidade Federal de São Carlos. Desde 2003
é professor da USP.
FONTE:
Folha.com. São Paulo, 19 out 2010. Caderno Ciência. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/769028-quem-
gosta-de-estudar-nao-e-admirado-no-brasil-afirma-chines.shtml> Acesso em 16 ago 2011.
ATIVIDADE 2
"A ideologia do grupo alienante é fazer o individuo alienado sentir-se vencedor mesmo sem conhecer a vitória"
GERALDO DOS REIS M. FONTES
ATIVIDADE 3
FONTE:
CORDI, Cassiano et all. Para filosofar. 4. ed. São Paulo: Scipione, 2002. p. 168-169.
LIVROS:
EAGLETON, Terry. Ideologia: uma introdução. Trad.: Luís Carlos B. S. Vieira. São Paulo: UNESP, 1997.p. 15-40.
RICOEUR, Paul. Critérios do fenômeno ideológico. In: Hermenêutica e ideologias. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.
MÚSICA:
FILME:
VÍDEOS: