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1.1.2 Pressão
Uma fôrça quando aplicada sobre uma área tem como resultado uma grandeza física
chamada de pressão. Isto que dizer que a pressão é a força distribuída por uma
determinada área. Como é uma grandeza física, a pressão é representada
matemáticamente, ou seja:
P (pressão) = F (fôrça)
---------------
A(área)
A expressão acima nos ajuda a calcular a pressão sobre os corpos. Uma das unidades de
pressão utilizadas e reconhecida pelo SI ( sistema internacional de medidas) é o pascal
que é representado pelo símbolo Pa
1Pascal = 1Newton
----------
1m²
Assim, por exemplo, se quisermos saber qual a pressão exercida por um paralelepípedo
que tem uma área de 0,24 m² e exerce uma força de 24 N sobre a superfície sobre a qual
ele se apóia, teremos:
F 24
P ----- --------- P = 100 Pa
A 0,24 m²
1
2
Isso significa que esse paralelepípedo exerce uma pressão de 100 Pa sobre a superfície
sobre o qual esta apoiado.
Resta frisar que para interpretar os dados apontados em um manômetro, é preciso entre
conhecer a correspondência entre as unidades de fôrça e área, uma vez que elas variam
de acordo com as normas de cada pais e, portanto, variam de equipamento para
equipamento, dependendo do pais onde foi fabricado.
KPa psi
(KN\m²) Bar Kgf\Cm² (lbf\pol²) Atm Mm Hg m H2O
A terra esta envolta por uma camada de ar chamada Atmosfera. Não o vemos mas o
sentimos; é tão leve que podemos nos movermos através dele sem maiores esforços, e no
entanto, esse ar tem peso. Como ele é atraído pela gravidade, faz força sobre todos nós
em todas as direções, exercendo uma pressão de várias toneladas sobre nosso corpo. Não
percebemos essa força porque a pressão do ar dentro dos nossos pulmões é igual a da
atmosfera.
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Com isso, ele comprovou que a pressão atmosférica, agindo sobre a superfície livre do
mercúrio que estava dentro da cuba, equilibrou a pressão exercida pela coluna de
mercúrio contra o fundo da cuba. Para esse valor de 76 cm de altura de Hg , ele deu o
nome de atmosfera (atm). O aparelho que torricelli usou par fazer esta experiência chama-
se Barômetro. Utilizando esse aparelho em várias localidades de diferentes altitudes,
constatou que a pressão atmosférica varia com a altitude; quanto maior a altitude, menor
é a pressão atmosférica
3
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Outra coisa interessante da pressão atmosférica é seu efeito sobre a temperatura de
transição da água. A temperatura de ebulição da água (isto é, a temperatura em que ela
passa do estado líquido para vapor) é 100 graus centígrados ao nível do mar mas fica
menor em maiores altitudes onde a pressão atmosférica é menor. Em La Paz, a água ferve
a 90 graus.
Se a pressão relativa é positiva, ou seja, maior que zero, ela é medida por meio de um
instrumento chamado de manômetro. É com o manômetro que o operador verifica os
níveis de pressão dentro da caldeira e os mantém dentro de faixas seguras de
operação ( pressão de trabalho)
Se a pressão relativa for negativa, isto é, se ela for menor que zero, o vacuômetro é
usado na medição.
_______________________________________________________________
Pressão atmosférica é a força exercida pela camada de ar que envolve todos os corpos
em nosso planeta, em todos os sentidos em uma dada área
2.0 Calor
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Para saber quanta energia térmica tem um corpo, mede-se sua temperatura, que nada
mais é que a grandeza que indica o nível de agitação das partículas, ou seja, o nível de
energia calorífica contida no corpo
Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato direto ou
separados por uma interface metálica, acontece a transferência de energia térmica do
corpo mais quente para o corpo mais frio até que se alcance o equilíbrio térmico, ou
seja, até que as temperaturas se tornem iguais.
Em uma transferência de calor entre dois corpos, quanto maior a diferença de temperatura
entre eles, maior será a transferência de calor. Quando essa diferença acaba, cessa a
transferência.
Tabela de conversões:
Então vamos lá, na tabela abaixo, você aprenderá converter de forma simples, rápida e
fácil graus Celsius em Fahrenheit, e de grau Celsius para Kelvin e vice e versa.
A facilidade ou dificuldade que o calor tem de propagar-se através das substâncias chama-
se de condutibilidade térmica e ajuda a classificar os materiais em condutores e isolantes
Os materiais condutores são aqueles que transmitem o calor com mais facilidades. Os
metais em geral são bons condutores de calor
Os materiais isolantes, ao contrário, são maus condutores. Materiais com tecidos, papel e
amianto, são exemplos de material isolante
A condução ocorre dentro de uma substância ou entre substâncias que estão em
contato físico direto. Na condução a energia cinética dos átomos e moléculas (isto é, o
calor) é transferida por colisões entre átomos e moléculas vizinhas. O calor flui das
temperaturas mais altas (moléculas com maior energia cinética) para as temperaturas mais
baixas (moléculas com menor energia cinética). A capacidade das substâncias para
conduzir calor (condutividade) varia consideravelmente. Via de regra, sólidos são melhores
condutores que líquidos e líquidos são melhores condutores que gases. Num extremo,
metais são excelentes condutores de calor e no outro extremo, o ar é um péssimo condutor
de calor.
Resta frisar, que além dos fatores já expostos, mesmo entre materiais condutores, a
quantidade de calor que passa através de uma parede feita de qualquer material, ainda
depende de:
_______________________________________________________________
Quantidade de calor
Calor específico
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É a capacidade que uma substância possui para absorver ou transferir calor e se define
como a quantidade de energia, em Joules, necessária para aumentar a temperatura de 1
kg dessa substância em 1C. O calor específico da água é 4,186 kJ/kg C ou 1 kcal/kg C.
Isso representa dizer que se houver uma transferência de calor de 1 kcal para uma massa
de 1 kg de água, ocorrerá um aumento de 1C na temperatura.
3.0 Vapor
Podemos considerar, de forma sintética que vapor nada mais é que a união do elemento
químico água com o elemento físico energia e calor.
Sua temperatura pode ser ajustada com precisão, controlando sua pressão através de
válvulas;
um cilindro com Suponhamos a parte inferior vedada, envolvido com isolamento térmico
com eficiência de 100 %, de tal forma que não haja perda de calor para a atmosfera e
contendo 1 kg de água à temperatura de 0C (ponto de fusão). Essa condição será
tomada, doravante, como ponto de referência, onde passaremos a considerar, para nossos
propósitos, que a quantidade de calor existente nessa massa de água é igual a zero.
A temperatura da água aumentará até que se atinja o valor de 100C. Nessas condições,
qualquer aumento adicional de calor fará com que a água não consiga se manter em
estado líquido, sendo que uma parte dessa massa ferverá, ou melhor, se transformará em
vapor, conforme figura a seguir
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Quanto maior a quantidade de calor absorvida pelo sistema, maior será a massa de água
transformada em vapor, conforme as figuras abaixo
ANOTAÇÕES:
9
A partir do momento em que se esgotar completamente a massa de água, a temperatura
do processo voltará a aumentar, sendo que teremos somente a presença de vapor (gás),
conforme a figura abaixo
Calor Sensível
Se a capacidade produtiva da caldeira for de 10000 litros (ou 10000 kg), a energia
necessária para elevar toda a massa de água de 10C para 100C será 90 kcal/kg *
10000 kg = 900000 kcal.
Vale observar que este valor não corresponde ao calor sensível encontrado nas Tabelas de
Vapor Saturado, pois, o ponto de referência para tomada deste valor é considerado quando
a água está a 0C. Portanto, nessas condições, o calor sensível é 100 * 1 = 100 kcal/kg.
Calor Total
Considerando uma massa de 100 kg de vapor, a quantidade de energia total ou calor total
dessa massa corresponde a 639,7 * 100 = 63970 kcal.
Na prática, o vapor utilizado nas indústrias arrasta consigo gotículas de água, não podendo
ser classificado de vapor saturado seco. Porém, o desejável é que o vapor utilizado em
processos de aquecimento seja o mais seco possível, isto é, com maior parcela possível de
calor latente.
CT = CS + CL * X
CT = 172,5 + (489,6 * 0,95)
CT = 637,6 kcal/kg
Este valor representa uma redução de 24,5 kcal/kg em relação ao calor total do vapor a 7
bar, encontrado nas Tabelas de Vapor Saturado a seguir.
Conceitos e grandezas físicas aplicada
4.3 Vapor superaquecido
Se, mesmo após toda a água ter se transformado em vapor, o sistema continuar a receber
calor, voltará a ocorrer o aumento de temperatura. Nesse estágio, teremos somente vapor
(totalmente isento de água), porém a valores de temperatura acima da temperatura de
saturação. O vapor, nessas condições, é chamado de vapor superaquecido
O vapor saturado se condensa rapidamente quando em contato com superfícies frias, isto
é, cede seu calor latente de forma rápida. Por outro lado, o vapor superaquecido, nas
mesmas condições, cede, primeiramente, parte de seu calor sensível, fazendo diminuir sua
temperatura. Por essa característica, podemos concluir que este vapor é excelente para
prestar trabalho (turbinas a vapor, por exemplo) mas sua performance na troca de calor é
inferior ao vapor saturado .
VAPOR
SUPERAQ.
- VAPOR SATURADO
ÁGUAS
Para que as caldeiras tenham um bom funcionamento, e longo tempo de vida útil, é
necessário dar uma especial atenção à água destinada a sua alimentação. De um modo
geral, a água contém impurezas como matéria orgânica, compostos minerais em
suspensão ou dissolvidos e gases.
Assim, uma água que apresenta boas qualidades para uso doméstico ou para alguns
processos industriais pode não apresentar boas características para uso nas caldeiras.
Neste fascículo, serão apresentadas informações sobre as impurezas que a água pode
apresentar, quais são os problemas que o tratamento inadequado da água traz, e como
deve ser esse tratamento.
Composição da água
As águas de superfície são instáveis apresetam altos teores de: STD (sólidos totais
dissolvidos) e SST (sólidos suspensos de matéria, orgânica e temperatura variável.
As águas subterrâneas, por sua vez, são estáveis, apresentam menores teores de sólidos
em suspensão e de material orgânico, e têm temperatura constante.
Do ponto de vista químico, a água é um composto cuja molécula é formada por dois
átomos de hidrogénio e um de oxigénio, ou seja, H 2O.
Impurezas da água
A água, como todo elemento, da natureza apresenta uma série de impurezas, das quais
podem ser citadas:
Existe uma infinidade de substâncias que podem estar dissolvidas na água, dependendo
da origem de sua captação. As principais impurezas que podem estar contidas na água e
que, se não forem removidas, podem afetar a qualidade da água da caldeira são: os
sulfatos, a sílica, os cloretos, o ferro, o gás carbônico, a amônia, o gás sulfídrico, o oxigênio
dissolvido, etc
Os sulfatos (SO42), geralmente de cálcio (Ca), sódio (Na) e magnésio (Mg), apresentam
concentração na faixa de 0,5 a 200 ppm. O grande inconveniente para as caldeiras é a
precipitação de sulfatos insolúveis, cuja solubilidade diminui com o aumento da
temperatura.
Observação
A unidade ppm (parte por milhão) indica o teor de determinado- soluto em uma solução.
Essa unidade é equivalentes mg/litrp, ou 1 g/1000 L.
A sílica (SiO2) está presente normalmente como ácido silicíco (H 4SiO4) e na forma de
silicatos solúveis (SiO4) em concentrações variando de 01 a 100 ppm. Nas caldeiras, isso
pode gerar incrustações bastante duras, de difícil remoção. Sua solubilidade no vapor
aumenta; com a pressão da cajdeira,podendo provocar depósitos em superaquecedores e
nas palhetas de turbinas.
Os cloretos (CI) quase sempre estão presentes na forma de cloreto de sódio (NaCl), de
cálcio (CaCl2) e de magnésio (MgCl2), em concentrações bastante variáveis, desde 10 até
250 ppm. A corrosividade de um meio está associada à concentração de cloretos. Até
certos tipos de aços inoxidáveis são afetados pelo cloreto.
O ferro (Fe) normalmente está presente como bicarbonato de ferro (Fe(HCO 3)2), em
concentrações variáveis, podendo alcançar, embora raramente, os 100 ppm. Muitos
problemas estão associados com a presença de ferro na água. A formação de depósitos e
óxidos em caldeiras e linhas de distribuição pode se dar em água com altos teores de ferro.
Uma particularidade deste depósito é a sua porosidade, permitindo que produtos corrosivos
se concentrem sob estes depósitos, provocando rápida corrosão.
O gás carbónico (CO2) encontra-se dissolvido na água bruta superficial, em teores que
variam de 02 a 15 ppm. Também origina-se da decomposição de bicarbonatos. O principal
problema é a corrosão em tubulações de ferro e cobre, preferencialmente nas linhas de
retomo de condensado.
O oxigênio dissolvido (02) está presente em teores máximos de 10 ppm. Sua presença é
bastante prejudicial aos equipamentos, já que é corrosivo ao ferro e ligas de cobre. Sua
remoção é necessária quando a água se destina a alimentação de caideiras.
A água é um dos principais insumos para o funcionamento de uma caldeira. Para que o
desempenho do equipamento seja o melhor possível, é necessário que a água seja
previamente tratada, a fim de ter suas impurezas retiradas.
Corrosão
Corrosão é a deterioração de um material, geralmente metálico, decorrente da ação
química ou eletroquímica dos agentes contaminantes existentes na água. Ela pode ser
acelerada como resultado do ambiente no qual esta água é captada, e pode ser associada
ou não a esforços de natureza mecânica.
A corrosão pode ter várias causas. Ela pode ser, entre outras, eletroquimica,
galvânica ou bímetáíica, por oxigênio, por aeração diferencial, por concentração
diferencial.
O efeito da corrosão é o desgaste progressivo que reduz a espessura da parede dos tubos,
podendo provocar sua ruptura no final. É importante notar que a corrosão não fica restrita
somente à caldeira; pode ocorrer também nas linhas de vapor e de retomo de condensado.
Incrustação
A incrustação é um conjunto de formações cristalinas que se depositam na superfície dos
tubos. Ela é resultante de compostos que antes estavam em solução com a água e, se não
forem removidos, causam uma redução na taxa de transferência de calor nos locais nos
quais se formou o depósito.
Isto ocorre porque a condutividade da incrustação é muito menor que a do material dos
tubos, e tem efeito isolante. Conseqüentemente, a temperatura do lado oposto ao da
incrustação atingirá valores gue podem afetar a resistência mecânica do tubo e causar sua
ruptura.
Para um perfeito controle que evite a solidificação dos elementos que formam as
incrustações, independentemente das descargas de fundo determinadas peto laboratório, o
operador poderá realizar uma descarga de fundo para remover os sólidos a cada 4 horas.
As incrustações e outros depósitos devem ser controlados por meio da limitação de das
substâncias e materiais formadores de depósitos. Isso é conseguido por meio de
tratamento com produtos químicos, tais como:
agentes quelantesr. EDTA (ácido etilenodiaminotetracético);
polifosfatos;
ésteres de fosfatos;
fosfonatos;
dispersantes.
Arraste
O arraste é a passagem de água em uma mistura entre a fase líquida e a gasosa, junto
com o vapor para o superaquecedor e o sistema de distribuição de vapor, carregando
também sólidos em suspensão e material orgânico.Essa mistura geralmentecontém
materiais insolúveis, prejudiciais ao processo.
Este fenômeno pode ocorrer por razões mecânicas ou químicas. As razões mecânicas
podem ser provocadas por danos no aparelho separador de vapor (chevron), pelo nível de
água elevado, pelas condições de carga excessiva ou projeto da caldeira. As razões
químicas podem ser a presença de carbonato de sódio, sulfato de sódio, cloreto de sódio,
matéria orgânica (óleo, graxas, etc.) ou sólidos em suspensão. A tabela a seguir apresenta
o, resumo dos problemas causados nas caldeiras pela água:
Indicadores analíticos de condições de utulização
• saturação;
. supersaturação/precipitação;
• dureza total.
Grau de acidez
0 14
MEIO ÁCIDO MEIO ALCALINO
Alcalinidade
Condutividade
Solubilidade
A dureza é uma característica das águas que contêm grandes quantidades de carbonato
de cálcio e magnésio.
Ciclos de concentração
Os parâmetros mais usados nos ciclos de concentração são os cloretos, os sólidos totais
dissolvidos e a sílica. Por exemplo: um teor de sílica na água de alimentação de 20 ppm
contra um teor de sílica na água da caldeira de 50 ppm pode significar que há
contaminações no processo, ou que a descarga de fundo não está sendo realizada.
TRATAMENTO DA ÁGUA
Um outro processo externo bastante usado é o da desaeração, que tem por finalida de fazer
a remoção dos gases que se encontram na água, tais como o oxigênio e o gás carbônico.
O método externo é utilizado só para águas que estejam muito fora de especificação e para
sistemas que trabalhem a altas pressões. São métodos externos:
• a clarificação,
• a filtração,
• o abrandamento,
• a desmineralização,
• a osmose reversa,
• a destilação,
• a desgaseificacão ou desaeração.
Clarificação
A clarificação engloba três etapas; cada uma constituindo um processo diferente que exige
certos requisitos para assegurar os resultados esperados. Elas são:
Filtração
A maioria dos flocos é removida por sedimentação. No entanto, sempre sobram particulas
mais leves, que devem ser separadas por filtração
Abrandamento
2. Processo de fosfato: usado quando se deseja diminuir a dureza final para cerca. De 2 a
4 ppm.
Desmineralização
Conforme foi visto no abrandamento, as resinas de troca iônica possuem uma capacidade
limitada de troca. Portanto, quando o limite de capacidade estiver prestes a ser atingido, a
resina deverá sofrer um processo regenerativo. Este método é uma reversão do método de
troca iônica.
No caso de resinas catiônicas operando no ciclo de sódio, adiciona-se sal (cloreto de sódio
ou seja, NaCI) , em forma concentrada, até 10%, para regenerar a capacidade de sódio
dessas resinas. Quando operam no ciclo de hidrogênio, utiliza-se ácido sulfúrico (H 2S04) ou
ácido clorídrico (HCI) como solução regenerante.
Resinas aniônicas são normalmente regeneradas com soda cáustica (NaOH) ou hidróxido
de amónio (NH4OH). que atuam como soluções regenerantes fornecedoras de ions OH -
para resina.
Osmose reversa
A osmose reversa consiste num processo de tratamento, durante o qual a água passa por
um sistema de filtros de carvão e areia para remoção das partículas maiores em
suspensão. Depois, a água é circulada nos cilindros denominados permeadores, onde os
sais dissolvidos são retidos pelas membranas.
Destilação
A destilação é utilizada quando se deseja obter água com elevado teor de pureza. Por
motivos econômicos, seu uso está limitado a laboratórios para pequenas vazões e em
navios, para o tratamento de água do mar.
Desgaseificação
Para realizá-lo, é necessário pulverizar a água para aumentar sua superfície de contato
com o vapor e gerar desprendimento dos elementos gasosos,que são expulsos do
desaerador por um respiro (vent), que deve permanecer sempre aberto.
O tratamento químico da água no interior da caldeira é uma necessidade, mesmo que haja
tratamento externo da água de alimentação, por mais sofisticado que seja.
A precipitação com fosfato é o método pelo qual se efetua a transformação dos sais que
formam precipitados rígidos no interior da caldeira, quando se faz o aquecimento da água,
em precipitados não-aderentes ou lamas,facilmente removíveis pelas descargas de fundo.
Os sais de cálcio e magnésio são facilmente precipitados no interior da caldeira, logo que
se efetua o aquecimento da água.
Em resumo, o controle do programa de fosfato precipitante é feito pela manutenção de
certa concentração de fosfato e alcalinidade hidróxida na água da caldeira, associada às
descargas de fundo para remoção de lamas.
Este método requer um controle bastante rígido das análises físico-químicas, pois as
quelatos são extremamente seletivos ao ferro,podendo atacar a caldeira, formando
complexos ferrosos ou férricos.
As aminas filmicas são usadas para a formação de filmes protetores contra o efeito
corrosivo do oxigênio dissolvido sobre as tubulações e acessórios metálicos nas linhas de
vapor e condensado. São compostos orgânicos nitrogenados e, por formarem películas
protetoras, são identificadas genericamente como aminas filmicas.
É importante lembrar que tais elementos atuam sobre o vapor enquanto que, para a
caldeira, devem-se utilizar seqüestrantes de oxigênio.
Observação
2. Cite peio menos 4 impurezas que não podem estar presentes na água de ali-
mentação de caldeira?
8. Explique com suas palavras, como deve ser estabelecido o tratamento de água de
uma caldeira?
9. O que poderá causar numa caldeira uma água com "dureza" acima de 100 ppm
(100 mg/l)?
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
SENAI-SP, Manual de segurança para operadores de caldeira. Por Lázaro Vieira Maciel
e Leandro José Martinez. São Paulo, 1995.
APOSTILAS PETROBRAS
CALDEIRAS NO SEGMENTO SUCROALCOLEIRO
Com essa visão, os fabricantes de caldeiras tiveram que também buscar tecnologias
novas e mais eficientes para o setor, desencadeando uma espécie de efeito dominó pois
os fabricantes de turbinas e geradores também redimensionaram sua linha de produção. É
que turbo geradores para usinas eram apenas para suprir a necessidade de processo, e
agora, diante do exposto acima, passam a fabricar turbinas e geradores de maiores
potências , o que era apenas utilizados em outros seguimentos de geração.
Quanto mais pressão melhor
O futuro da co-geração por biomassa, reserva ainda muita tecnologia nos próximos
anos. Uma das principais é a gaseificação do bagaço que ainda esta em fase
embrionária nos EUA. Consiste a gaseificação, em vez de se queimar diretamente o
bagaço para gerar energia calorífica, ele será aquecido na presença de O2, obtendo-se um
gás combustível que poderá ser utilizado para acionar turbinas próprias para esse fim.
Além disso, com o uso de catalizadores poderá se obter adicionalmente o metano, metanol
e amônia.
Outro fator que exigem modificações em caldeiras, são as exigências ambientais. Com a
inclusão da palha da cana, inovações acontecem e estão por vir no que se relaciona a tipos
de fornalhas, grelhas(pin hole, por exemplo, limpa com vapor continuamente), sopradores
de fuligem e lavadores. Para se ter uma idéia, hoje, as novas caldeiras de tecnologias
modernas, mesmo com alta pressão e alta capacidade, não trabalham com temperaturas
na fornalha maiores que 870 cº (sabe-se que a formação de óxidos nitrosos só acontecem
acima de 1100 ºC) minimizando os impactos ambientais quanto aos NOx. Até ontem o
rendimento ótimo de uma caldeira neste seguimento atingiam 83%. Hoje, caldeiras de alta
tecnologia para biomassa chegam atingir até 89%.
Outra tendência, é que as caldeiras do seguimento, face o apelo ambiental venha utilizar o
leito fluidizado( já em uso). Essas caldeiras, chamadas de “high-tech” fazem com que o
bagaço adquira características de um fluido.
- Tubos de troca de calor Teem suas partes de pressão soldadas aos respectivos
coletores os quais são interligados ao tubulão via dow-comers e risers
Tubulão Superior
Podem ainda serem chamados de balão ou tambor. É onde temos o vapor saturado
gerado na caldeira em equilíbrio com a água. Confinam o vapor gerado e tem como
principal função a desumidificação do vapor,isto é, retira partículas de água presente na
massa de vapor transformando-o de saturado úmido em vapor saturado seco ao sair do
tubulão.
Ainda neste tubulão,é injetado produtos químicos para o tratamento de água da caldeira e
também é instalado a linha de purga de superfície (ou contínua) com finalidade da
remoção,principalmente, da ´silica contida na água. Devido a alta volatilidade deste sal em
presença de altas temperaturas, tecnicamente, esta linha esta localizada a 20 cm da
metade inferior do tubulão (quase na superfície da água)
vista interna de um tubulão superior de uma caldeira aquatubular
Na figura acima, podemos observar alguns internos utilizados para secagem do vapor. A
tubulação de maior diâmetro trata-se da linha de alimentação de água que percorre toda a
parte inferior visando uma distribuição uniforme ao longo do tubulão. Em primeiro plano,
tem-se instaladas as chapas corrugadas e defletores que ajudam a direcionar e provocam
turbulência na massa de vapor afim de se obter uma desumidificação primária.
Longitudinalmente, na parte superior, observamos os filtros primários e secundários que
são os maiores responsáveis pela retirada de partículas de água contidas no meio
(chevrons ou demisters)
VISTA EXTERNA DE UM TUBULÃO SUPERIOR E TUBOS DE DESCIDA
São tubos que saem da metade inferior do tubulão interligando estes ao tubulão inferior ou
coletores da parede de água da fornalha. Não estão expostos a zona de radiação e são
extremamentes importantes no processo convectivo (circulação natural de água) da
caldeira. Em caldeiras monodrun (um só tubulão) interligam-se aos coletores de parede.
Sua fixação nesta interligação pode ser através de solda ou mandrilhamento
Tubulão inferior
Onde através da interface dos tubos que recebem o calor desprendido pelo combustível, é
gerado o vapor saturado úmido na caldeiras aquatubulares. A parede frontal, trazeira e
laterais criam um vazio onde se dá a queima do combustível denominado camara de
combustão ou fornalha , podendo estas, serem de vários tipos..
Superaquecedores
Consiste em dois coletores, um de entrada, que recebe o vapor saturado seco proveniente
do tubulão superior, e um de saída, onde o vapor sai superaquecido com a temperatura de
projeto, fator este dependente da carga da caldeira e o tipo do superaquecedor. No
seguimento canavieiro esta temperatura, em caldeiras high-tech, é controlada através de
borrifadores instalados entre os passos do superaquecedores. Isto garante a vaporização
de toda água(ou condensado) lançado na massa de vapor.
São classificados segundo ao tipo de transferencia de calor o qual neles se verifica, de
convecção ou radiação. Os localizados na zona de convecção são também chamados de
superaquecedor primário e os da zona de radiação, superaquecedor secundário
VAPOR SATURADO SECO
Prim
sec
Bom observar que pouco varia a temperatura da fornalha com a variação da carga de
vapor da caldeira. Há unidades que usam os dois superaquecedores, radiação e
convecção, o que denominamos de sistemas combinados. Tem como característica obter
mais uniformemente a temperatura do vapor com qualquer carga de vapor da caldeira
ECONOMIZADORES
Gases
econoz
Pré ar
Pré-ar
“ coeficiente de película” => medida de calor por unidade de superfície (Kcal/hr m² ºC) e
unidade de diferença de temperatura. Indica a velocidade de transmissão de calor de
umfluido que possui uma variedade de propriedades físicas. A magnitude do coeficiente de
película do ar e gases é muito baixa em relação a água.
Nota:
PREAQUECEDORES DE AR
São equipamentos trocadores de calor que elevam a temperatura do ar para combustão
aproveitando a energia calorífica dos gases residuais da caldeira que se dirigem para
chaminé. Podem estar localizados antes ou após o economizador. A eficiência da caldeira,
como um todo, aumenta em cerca de 2,5% para cada 50 ºC de queda na temperatura dos
gases. O preaquecedor a gases (pré-ar) que aquece o ar para temperaturas acima de
150ºC proporciona uma economia de combustível de 5 a 10%
Vantagens observadas :
Desvantagens observadas:
Resta frisar que em grandes centrais térmicas, principalmente, empresas cujo produto final
único é a energia elétrica(ou outros), a montante do pré-ar a gases, o ar primário recebe
aquecimento de um pré aquecedor a vapor elevando a temperatura na entrada do pré-ar a
gases em cerca de 100ºC. Isto visa o ar roubar menos calor dos gases no interior do pré-ar
(principalmente nas partidas quando o volume de gases é baixo) a gases afim de evitar a
temperatura em seu interior atingir o ponto de orvalho (dew-point), ou seja, evitar corrosão.
SOPRADORES DE FULIGEM
No caso da queima do bagaço de cana, este, carrega consigo um teor muito alto de
umidade o que também é observado na fuligem e com isso a resultante são depósitos de
alta aderência na interface metálica dos tubos; afim de manter o rendimento da caldeira
torna-se de grande importância o bom funcionamento dos sopradores
A redução da transmissão de calor para os tubos da parede d’água provoca uma queda na
produção de vapor. Para manter a produção, é necessário aumentar o fornecimento de
combustível e ar.
No tipo fixo, os sopradores se caracterizam por possuir uma lança perfurada, que gira por
acionamento manual, elétrico ou a ar. Sua ação é bastante efetiva na remoção de
depósitos de baixa aderência., limpando a fuligem de toda a parede em volta. São
limitados, devido ao contato direto contínuo com os gases de combustão, às regiões de
baixa temperatura.
Resta frisar que os tipos de sopradores acima mencionados são amplamente utilizados
mas ainda, um outro tipo começa a ser utilizado em caldeiras; trata-se do soprador de
fuligem sonoro. Utilizam buzinas de alta freqüência (360 Hetz) que quando acionadas,
removem a fuligem
No caso dos rotativos e retráteis, quando acionados, o vapor usado sai pela chaminé com
os gases, representando então uma perda de água destilada no sistema de condensado e
água de alimentação.
Não deixar o jato de vapor bater num ponto só dos tubos. Em caso de falhas no
mecanismo rotativo, retrair o soprador manualmente com o equipamento de
emergência.
MATERIAL PARTICULADO
a) Cinzas
O arraste das cinzas pelos produtos de combustão depende do sistema de combustão. Para
combustão de líquidos, o arraste é praticamente total, enquanto que para combustíveis sólidos, o
arraste de cinzas depende do projeto do sistema queimador e das condições de operação.
b) Fuligem
Óxidos de Enxofre
A combustão de produtos contendo enxofre origina dióxido de enxofre (SO 2). Uma parcela do SO2
produzido na câmara de combustão pode ser oxidada a SO3, dependendo das condições de
temperatura e excesso de ar. A oxidação do SO 2 também ocorre na atmosfera, e é ativada pelos
raios ultravioleta do sol.
Nas partes mais frias do processo, ou após o efluente gasoso ter sido emitido para a atmosfera, a
umidade dos gases, ou do ar atmosférico reage com o trióxido de enxofre produzindo ácido
sulfúrico:
H2O + SO3 → H2SO4 (R6)
Os gases ácidos de enxofre são um dos principais causadores da chuva ácida, juntamente com os
óxidos de nitrogênio. Além disso, o ácido sulfúrico pode condensar nas partes mais frias de
equipamentos industriais, como caldeiras e fornalhas, danificando-os rapidamente. Por isso, a
emissão de óxidos de enxofre é altamente indesejável e seu controle e prevenção tem dispensado
grande esforço em investimentos.
Carvão mineral e óleos combustíveis pesados são os principais insumos energéticos que
normalmente contem enxofre. Assim, na combustão desses combustíveis não há como evitar a
formação de seus óxidos. O controle das emissões pode ser realizado através da remoção desses
gases do efluente gasoso. Um método bastante empregado é através da lavagem dos gases em
uma corrente de líquido alcalino. A água desse processo precisa ser analisada antes do seu
lançamento em rios ou lagos e, se necessário, deve ser tratada para atingir os padrões exigidos
pela legislação ambiental. Outra técnica é empregada na combustão em leito fluidizado, através da
adição de calcáreo ao combustível; sendo que o enxofre é adsorvido no calcáreo. Nesse caso, a
disposição do sólido residual também deve ser feita de acordo com as normas da legislação
ambiental.
Óxidos de Nitrogênio
Os óxidos de nitrogênio, NOx, formados durante os processos de combustão são constituídos de
aproximadamente 95% de óxido nitrico (NO) e o restante de dióxido de nitrogênio (NO2
a) NO Térmico
A utilização de excesso de oxigênio, que é o emprego de uma quantidade de oxigênio maior que a
necessária para a combustão completa de um combustível, aumenta a formação do NO térmico.
b) NO Ativo
As taxas de formação de NO na combustão de combustíveis fósseis podem exceder as taxas
atribuídas à oxidação direta de N 2 através do mecanismo térmico, especialmente em condições
ricas de combustíveis. Este NO formado foi chamado de NO ativo por Fenimore, desde que a
formação de NO foi confirmada em regiões próximas à zona da chama.
O NO ativo resulta, principalmente, do radical CH, que é uma espécie intermediária que é gerada
através de uma reação complexa. O radical CH reage com nitrogênio do ar de combustão formando
cianeto de hidrogênio, o qual em reações posteriores é transformado em NO:
CH + N2 → HCN + N → ... → NO (R10) [ ] [ ] [ ] 2 1 2 N O k dt NO d ⋅ ⋅ ⋅ =
A energia de ativação da reação (R10) é muito menor do que a reação limitante para o NO térmico
(R7). Assim, o NO ativo é formado em temperaturas relativamente baixas (em torno de 1000K).
c) NO Combustível
A conversão de nitrogênio quimicamente ligado ao combustível em NO é observado,
principalmente, na combustão de carvão, por que o carvão possui no mínimo cerca de 1% em
massa de nitrogênio. Os compostos contendo nitrogênio evaporam durante o processo de
gaseificação e resulta na formação de NO na fase gasosa.
Cianeto de hidrogênio (HCN) é o principal produto quando o nitrogênio em anéis aromáticos, e
amônia (NH3) quando o nitrogênio está contido em aminas. HCN e NH 3 são oxidados a NO, mas
também podem ser reduzidos a N2 através de reações paralelas:
HCN/ NH3 + O2 → NO + ... (R11)
NO + HCN/ NH3 → N2 + ... (R12)
d) NO via N2O
LAVADOR DE GASES
Os sistemas de limpeza de gases existentes na técnica podem ser do tipo via seca ou via
úmida.
Os sistemas de limpeza de gases que utilizam a via úmida (lavadores de gases) são os de
concepção mais simples, de menor investimento, e apresentam grande eficiência. Nestes
sistemas, a limpeza dos gases e dos cinzeiros deve ser feita com água limpa. No caso de
uma operação em circuito fechado, a água de lavagem, após passar pelas caldeiras, deve
seguir para um sistema de tratamento para separação do material sólido que foi removido
dos gases e dos cinzeiros, a fim de permitir o seu reciclo.
Entretanto, esta opção de limpeza via úmida foi muitas vezes preterida, em razão de não
estar disponível um processo eficiente para a remoção dos sólidos da água de lavagem, o
que permitiria seu reciclo e operação em circuito fechado.
No caso das usinas de açúcar e álcool, principalmente nesse momento em que há uma
grande ampliação de parques industriais para atender aos programas de co-geração de
energia, deve ser dada atenção prioritária ao tratamento dos efluentes gerados na lavagem
dos cinzeiros e dos gases emitidos pelas caldeiras.
Assim, é mister a adoção de uma tecnologia que permita a remoção total das partículas
sólidas destas correntes, bem como o reaproveitamento da água utilizada no processo.
Para resolver esse problema, foi desenvolvido e introduzido no mercado uma nova
tecnologia para o tratamento da água com fuligem da lavagem dos gases e cinzeiros das
caldeiras que atende aos requisitos de eficiência, simplicidade e baixo custo de
investimento e operação. O sistema opera em circuito fechado, possibilitando a
recirculação de toda a água para o processo e a separação dos sólidos de forma compacta
e apropriada para o transporte.
Na queima de bagaço de cana nas caldeiras, a parte mais leve dos sólidos residuais é
arrastada junto aos gases de exaustão, requerendo a instalação de sistemas de remoção
dos sólidos desses gases, para que estes se enquadrem aos parâmetros exigidos pela
legislação ambiental. Os sólidos não arrastados pelos gases se depositam nos cinzeiros
das caldeiras e também precisam ser removidos, para evitar a obstrução do equipamento e
a perda de eficiência.
Qualidade e Quantidade de Sólidos:
Os sólidos minerais dependem dos processos de colheita e transporte da cana, bem como,
da existência e dos tipos de sistemas de lavagem da cana na indústria. Com o aumento da
colheita mecanizada, e conseqüente redução da utilização de água de lavagem na cana,
maior quantidade desses sólidos vem sendo admitida nas caldeiras.
Importante ainda salientar que cada um dos sólidos mencionados acima apresenta
características diferentes de densidade e granulometria, que afetam em muito o
comportamento frente aos processos usuais de separação.
Entretanto, esta opção de limpeza via úmida foi muitas vezes preterida, em razão de não
estar disponível um processo eficiente para a remoção dos sólidos da água de lavagem, o
que permitiria seu reciclo e operação em circuito fechado.
Para viabilizar a sua remoção da indústria por via rodoviária, os sólidos residuais devem
ser concentrados, transportados e dispostos de forma apropriada, evitando-se ao máximo a
necessidade de utilização de pás carregadeiras, correias transportadoras e equipamentos
similares que apresentam altos custos de investimento, operação e manutenção.
.
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
Obtenção de uma água limpa, livre de sólidos em suspensão, pronta para ser reciclada
para os lavadores de gases;
Descrição do Processo:
Já floculada, a água com fuligem segue para uma segunda câmara na célula de
decantação onde ocorre a sedimentação dos sólidos floculados no fundo do tanque.
Na Figura abaixo é mostrada uma simulação em vitro das várias etapas de decantação da
água de fuligem no interior do decantador, após a etapa de floculação. O lodo de fuligem
decantado no fundo do tanque escoa por gravidade para um tanque de lodo, e deste
tanque é bombeado para peneiras estáticas tipo DSM ou similar (Figuras a seguir) onde os
sólidos são separados e descarregados para uma moega para serem transportados.
A água clarificada, livre de partículas sólidas, verte por gravidade do tanque de decantação
( vide figuras) para um tanque de água limpa, onde é feita a alimentação de água de make-
up para reposição do volume perdido no processo. Deste tanque, a água limpa é
bombeada de volta para os sistemas de lavagem de gases e de cinzeiros.
Odas as válvulas de segurança que protegem o corpo da caldeira (tubulão e super) devem
ser capazes de aliviar a pressão no interior dessa. De tal forma que apressão máxima de
acúmulo nunca ultrapasse a 6% da PMTA(PRESSÃO MÁXIMA DE TRABALHO
ADMISSÍVEL) com todas as válvulas de segurança aberta e aliviando. Para isso, a soma
da capacidade de vazão dessas válvulas deve ser igual ou superior a capacidade máxima
de vaporização da caldeira.
Classificação de inspeção
As válvulas podem ser classificadas em 4 (quatro) classes, conforme segue:
Periodicidade de inspeção
A TIRAGEM
- Ventiladores primários
- Ventiladores secundários
- Ventiladores induzidos ou exaustores
- Chaminé
Ventilador espargidor Entram na fornalha junto com a entrada de bagaço nas bicas.
Responsável pela distribuição uniforme do bagaço ao entrar na fornalha. Esta função
contribui para que se tenha uma maior área de contato entre o combustível e o
comburente , contribuindo de forma incisiva para se obter uma queima completa.
A tiragem balanceada
Nesta configuração, temos os ventiladores primário e secundário operando em paralelo
durante a operação da caldeira.
Nesta condição, teremos uma fornalha negativa, isto é, levemente com a pressão interna
abaixo da pressão atmosférica ( de 5 a 15 mmca). Isto ocorre, geralmente, pelos seguintes
motivos:
- Caldeiras que queimam sólidos, normalmente, não são bem estanques, isto é, tem a
fornalha interligada com o exterior vias bocas de alimentação, grelhas e outras aberturas.
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
Tal fato, diminui o rendimento, pois com a pressão positiva na fornalha (> que a atm)
haveria perda de energia calorífica liberada pela queima do combustível e agregada aos
gases, para o exterior da caldeira. Mantendo a fornalha negativa, não haveria essa perda e
toda a energia calorífica seria entregue a água, via interface metálica.
- Outro fator é que embora calculada durante o projeto, as perdas de carga que tem
os gases ao percorrer seu caminho natural até à atmosfera poderiam interferir
drasticamente no rendimento da caldeira. São perdas por porosidade dos dutos, caminhos
estreitos das serpentinas dos superaquecedores, economizadores, pré-ar e outros que
tendem a diminuir acentuadamente a saída dos gases para atmosfera. Isto ocorrendo,
haveria um tempo maior na residência dos gases no interior da fornalha chegando até,
abafar a combustão, e neste caso, a conseqüência é um atolamento de combustível na
fornalha. Face a essas ocorrências, colocou-se os exaustores(ventiladores induzidos) que
garantem a livre retirada dos gases sem prejuízo ao rendimento do sistema. Resta frisar,
que a capacidade dos exaustores são previamente determinadas baseado na perdas dos
gases, principalmente.
A tiragem entra na malha de controle da combustão. Chama-se à atenção o fato
de não se trabalhar com valores de pressão na fornalha, acima dos parâmetros pré-
estabelecidos. Quando se tem, depressões maiores que as estabelecidas, há um ganho de
velocidade(a maior que a calculada de projeto) e com isso, parte da energia calorífica dos
gases não será entregue ao sistema pois diminui o tempo de residência ideal. Neste caso,
a temperatura dos gases na saída na chaminé aumentara..
A umidade do bagaço
A falta de nível de água em caldeiras tem sido um dos maiores fatores de perdas parciais
ou até total deste equipamento. Preocupado com essa estatística, em modernas caldeiras
começam ser instalados sistemas redundantes para o controle de nível de água no tubulão
superior, isto é, se um falhar haverá outro sistema para nos informar. A configuração da
lógica de controle utilizado em caldeiras eram a de dois elementos conforme esquema
abaixo:
LIC LIT
ÁGUA ALIM.
ALIMEN.
LCV
FIT
Neste caso, observa-se que somente depois que houver a variação do nível de água é que
se inicia a correção através do sinal de saída do controlador (LIC) para o elemento final
(LCV)
LAL FIT
LSLL FIT LIC
VAPOR
LCV LIT
ÁGUA ALIM
Agora, antes mesmo que se inicie a variação do nível, o controlador fará um somatório de
sinais de entrada e enviara para válvula de alimentação de água (LCV) o sinal proporcional
à variação de nível, isto é, haverá uma antecipação, por exemplo:
Lembrando, que toda demanda brusca de vapor a níveis consideráveis, tende a abaixar a
pressão do tubulão com expressiva elevação momentânea do nível de água, chegando ás
vezes, até provocar arraste mecânicos(inchaço), porém, esse imediatamente poderá cair
até os valores de trip (LSLL). Sugere-se, afim de minimizar estas grandes oscilações de
nível, que o operador de painel, conheça bem o gráu de variação de nível baseado nos
equipamentos que podem entrar ou sair bruscamente de operação; visa descobrir qual o
patamar de nível mais seguro durante essas oscilações.
- PURGADORES TERMODINÂMICOS
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
H = 25 M TQ. ÁGUA DE
ALIMENTAÇÃO
TQ EQUIPAMENTO
2 KGF\CM²
De nada adianta ter-se projetado corretamente um sistema de vapor se não houver uma
manutenção da eficiência ao longo do tempo. Ë comum observarmos a ocorrência de
vazamentos tanto no sistema de vapor quanto no de condensado.
Para se ter uma idéia, um furo de 3 mm de diâmetro pode descarregar 30 kg/h a uma
pressão de 7,0 barg, acarretando perdas de até 1660 kg de óleo por mês (considerando
regime de 720 horas/mês).
O gráfico da figura logo abaixo, mostra como se comporta as perdas de vapor para
diferentes valores de diâmetro e pressões.
Caso esse condensado não seja eliminado, teremos um êmbolo hidráulico deslocando-se
com uma velocidade de aproximadamente 30 m/s que, ao encontrar qualquer obstáculo à
sua frente (curva, válvula de bloqueio, flanges, etc.), causará golpes de aríete
extremamente destrutivo, com alto nível de ruído podendo danificar equipamentos e
suportes de tubulação, causar erosão nas linhas e ainda produzir risco de acidentes
pessoais pelo rompimento da tubulação. Além disso, a presença de condensado diminuirá
sensivelmente a troca térmica e, conseqüentemente, a eficiência do processo.
Esses riscos serão tão altos quanto maior for a quantidade de pontos baixos que a
tubulação possuir, conforme figura
REDUÇÃO DE PRESSÃO
Todos os equipamentos que trabalham com vapor tem uma pressão máxima de
operação, por razões de segurança, na maioria das vezes, menor que a pressão de
produção. Neste caso, é necessária a instalação de uma válvula redutora.
Porém, este não é o único motivo pelo qual se utiliza este tipo de válvula.
A maioria das caldeiras é projetada para produzir vapor a altas pressões, pois, a
pressões mais baixas, ocorre a diminuição da eficiência e a possibilidade de arrastes.
Além disso, gerando-se vapor a altas pressões pode-se utilizar tubulações de menor
diâmetro, uma vez que o volume específico do vapor diminui à medida que se aumenta a
pressão.
A temperatura do vapor saturado varia com a pressão, sendo que o controle dessa
última é um método preciso e eficaz de controle do processo.
A figura abaixo mostra uma dessas válvulas, sendo de projeto bastante simples:
Para que a válvula passe da posição aberta para fechada, deverá haver um aumento da
pressão na parte inferior do diafragma. Isso produz uma variação inevitável na pressão
de saída. Essa variação será maior quando a válvula estiver fechada ou quase fechada e
diminuirá à medida que ocorrer o aumento da vazão. A pressão de saída atuando na face
inferior do diafragma tende a fechar a válvula, esse mesmo efeito se produz pela ação da
pressão de entrada na parte inferior do obturador. Uma vez calibrada a válvula na
pressão desejada, a mola de controle deve ser capaz de equilibrar tanto o efeito da
pressão de entrada como de saída. Qualquer variação na pressão de entrada alterará a
força que se produz no obturador e isso provocará uma variação na pressão de saída.
Esse tipo de válvula possui características que permitem pequenas flutuações da pressão
de saída e tem uma capacidade pequena em relação ao seu tamanho. Se adequar
perfeitamente para aplicações onde a pressão não é requisito essencial nos casos onde o
consumo de vapor é pequeno e suficientemente constante.
DADOS OPERACIONAIS NO
Controle de temperatura do vapor:
O método mais utilizado é o borrifo dágua, podendo o controle de temperatura do vapor ser
realizado entre as secções do superaquecedor (inter-bank) ou após a última secção (after-
bank). Entre as secções, o vapor é dessuperaquecido após sair da primeira secção de
feixes. Após a última, isto ocorre na saída do superaquecedor..O emprego destes dois
tipos traz inconveniências no que tange a qualidade da água, principalmente quando o
controle é feito entre as secções, pois as impurezas presentes serão incorporadas ao fluxo
de vapor podendo depositar-se na segunda secção, o que é indesejável. Por outro lado,
diminui a possibilidade de ocorrencia de água não vaporizada, face ao percurso do vapor,
ainda necessário, pela segunda secção do superaquecedor.
No economizador
Na Tiragem
Como visto em capítulo anterior, é uma das operações mais importantes da caldeira e esta
diretamente ligada ao rendimento do equipamento. Inicialmente ,todos os parâmetros
recomendados pelo fabricante devem ser obedecidos.
Durante redução brusca na demanda de vapor a caldeira tende a ficar com a fornalha com
valores negativos bem maiores que o parametro operacional indicado (5 a 7 mmca).
Isto,devido a baixa estanquiedade de caldeiras que queima sólidos possibilita maior
excesso de ar dentro da caldeira o que traduziria em perda de eficiência. Além disso o
aumento da velocidade dos gases também contribui para perdas pois a troca de calor fica
comprometida.
PSHH PAH
FT
PT PIC
VF
DOS
PAH PT 5a7
mmca
EX
PAL PIC
PAL *C
Bibliografia
- Brasil energia
- Caldema –
- Spirax Sarco
- Apostilas Petrobras
- Observações operacionais