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Sei que não havia comentado nas últimas aulas a respeito da distância de tons
e semitons – embora, quem foi aluno do módulo 1 tenha visto isto, é bom
relembrar – repassarei um pouco por aqui e passarei em aula a respeito deste
conteúdo.
Por ora, veremos os graus com numerais romanos maiúsculos, porém, assim
que trabalharmos no campo harmônico propriamente dito (e isto será ainda
neste e-mail), abordaremos a presença dos numerais romanos menores como
forma de cifrar.
Poderei abordar em outro momento com mais ênfases a respeito dos acordes
simétricos. Apenas eu os comentei para servir de introdução para o campo
harmônico maior.
O grau da sensível, que é o VII grau, pode ser escrito de duas maneiras. Se o
acorde diminuto por uma tríade (tendo apenas a fundamental – terça – quinta)
pode ser cifrado como Xm (5b). O X aqui serve de incógnita para qualquer
acorde. Lembrem, um acorde menor, como Bm, possui a sua terça entre a
fundamental e esta maior, enquanto a distância intervalar entre a terça e a
quinta é maior, sendo assim um acorde assimétrico. Porém, sabemos que o
diminuto é um acorde simétrico, cuja formação é de empilhamento de terças
menores. Logo, a terça maior entre a terça e a quinta do acorde menor, para
ser um diminuto, precisa ser abaixada, para assim ser um acorde
verdadeiramente diminuto, como demonstra o exemplo abaixo:
- Cordal: o seu nome lembra muito a acordes. Esta cifragem que é a que
geralmente utilizamos de forma padrão: C, Dm, etc. Podendo ser com a cifragem
anglossaxônica (C, Dm, Em, F, G, Am, B°), ou latina (Dó, Rém, Mim, Fá, Sol,
Lám, Si°) ou germânica (C, Dm, Em, F, G, A, H° ou B (se for si bemol)). Sua
notação é feita acima da pauta. Esta cifragem surgiu de forma muito presente,
sobretudo, no século XX e continua aí até hoje.
- Gradual: seu nome lembra a grau. Esta se dá por notação com números
romanos. Quando o acorde é maior ou aumentado, o numeral romano é
maiúsculo. Quando o mesmo é menor ou diminuto, o numeral romano é
minúsculo. Sua notação é feita abaixo da pauta. Esta forma de cifra pode servir
ao músico de algumas maneiras: como meio para transposição de tons e
também para o conhecimento de execução de peças com baixo contínuo.
Importante destacar que a cifragem gradual era utilizada pelos músicos até o
século XIX, principalmente.
C – D – Em – F – G – Am – B°
I - ii - iii - IV - V – vi - vii°
D – Em – F#m – G – A – Bm – C#°
I - ii - iii - IV - V – vi – vii°
Percebem que a cifra gradual é A MESMA EM AMBOS TONS. Sim! São tons
diferentes, mas como se trata do mesmo campo harmônico, ambos são tons
maiores, temos os graus em comum.
SEGUNDO PASSO:
C – Em – Dm – F – G – C
C – D – Em – F – G – Am – B°
I - ii - iii - IV - V – vi - vii°
D – Em – F#m – G – A – Bm – C#°
I - ii - iii - IV - V – vi – vii°
Tendo noção dos acordes a serem transpostos, peguem cada acorde, fazendo
as seguintes perguntas, respondendo uma, responde-se a outra logo após:
O iii grau de Ré maior é... F#m. Legal! É este mesmo! Já descobriu o acorde do
tom desejado. É assim que sucede a transposição, utilizando-se das cifragens
cordais e graduais.
Claro que isto se torna mais fácil quando os tons são mais simples. Por
enquanto, focaremos nos tons que não possuam muitos acidentes como
sustenidos e bemóis, para pouco a pouco, trabalharmos nestes tons mais
complexos.
EXERCÍCIO
C G/B Am
Em F
E a gente canta
G C
C G Am Em F G C
Legal! Quero que vocês transcrevam esta sequência de acordes para Fá maior.
C – D – Em – F – G – Am – B°
I - ii - iii - IV - V – vi - vii°
F – Gm – Am – Bb – C– Dm – E°
I - ii - iii - IV - V – vi - vii°
Agora peguem acorde por acorde e transcrevam. Darei uma cola. O primeiro
acorde é C. Qual é o grau de C no campo harmônico? I grau. Certo, qual é o
acorde de I grau no tom desejado? Em Fá maior, o I grau é Fá maior. Logo, o
primeiro acorde é F.
Tom de origem: C G Am Em F G C
Graus: I – X – x – x – X – X – X
Tom desejado: F – X – x – x- X – X – X