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Módulo Iniciante
1. INTRODUÇÃO À MÚSICA E CONCEITOS
2. Conhecendo as notas musicais
3. Intervalo musical
4. ESCALA / TONALIDADE / ACORDES
5. Conhecendo os acordes musicais
6. Escala maior
7. Digitação
8.CAMPO HARMÔNICO MAIOR / FORMAÇÃO DE ACORDES
9. Classificação de acordes
10. Inversão de acordes
11. Campo harmônico menor
Módulo Intermediário
1. Tétrades
2. Notas de tensão, notas de estrutura e notas de passagem
3. Voicings
4. Voicings sem a fundamental
5. Funções harmônicas
6. Acordes dominantes
7. Dominantes secundários
8. Sub V
9. 2 5 1 (maior e menor)
10. Ciclo de quartas e de quintas
11. Dominantes e II V I Estendidos
(cascata de dominantes)
12. Acordes SUS
INTRODUÇÃO À MÚSICA E CONCEITOS
O que é harmonia?
Como o próprio nome já diz, a harmonia está relacionada à arte de combinar os
sons, de fazer com que diferentes sons soem em “harmonia” entre si.
Musicalmente falando, a harmonia é o estudo dessa combinação de sons e a
relação dos intervalos que existe entre eles.
Portanto, dependendo de como você mistura cada uma das notas musicais, a
sonoridade dessa combinação pode expressar sensações e emoções subjetivas
como felicidade, tristeza, medo, etc.
Por exemplo: um acorde maior é considerado alegre e um acorde menor, é
considerado triste.
Na prática, quando falamos da harmonia de uma música, nos referimos ao
universo de acordes que estão sendo formados para conduzir a canção.
O que é a melodia?
Em suas origens, a palavra melodia vem do grego “melodia”, que quer dizer “canto
(em grupo, coral)”.
A melodia é o componente mais memorável de uma música. Esse é o som que
você cantarola ou assobia quando se lembra de uma canção.
De uma forma bem resumida, a melodia é considerada a essência de uma música.
Existem instrumentos específicos para que uma melodia seja feita, que também
são chamados de “instrumentos melódicos”.
A gaita, o saxofone, a flauta – instrumentos de sopro, em geral – são exemplos de
instrumentos melódicos.
No campo da teoria música, a melodia é a sequência de notas tocadas
separadamente sem sair do tom e obedecendo à escala. Por exemplo, se a
canção está na tonalidade de Sol maior, a melodia vai ter como base as notas da
escala de Sol maior. Além disso, as notas que constroem a melodia precisa de
duração, pausa e ritmo.
O que é ritmo?
Agora que você já sabe o que é o conceito de harmonia e melodia, fica mais
fácil compreender o terceiro elemento: o ritmo.
A música é uma arte que acontece no tempo. Assim como um pintor possui
sua tela, o músico tem o compasso, do qual determinará o tamanho de tempo para
os sons acontecerem.
O ritmo é a organização de cada som ao longo do tempo, isto é, ele
determina a sucessão de tempos dentro de uma música, sequenciando os sons
temporalmente e possibilitando o progresso da harmonia, melodia e de todos os
outros elementos percussivos.
Ou seja, o ritmo nos diz a ordem e em quais momentos cada som deve ser
tocado, de acordo com a marcação do tempo (pulsos) e o andamento que o ritmo
determina dentro de cada música.
Além disso, ele também transmite sensações e intenções para uma música
como deixar ela mais agitada, mais lenta ou mais dançante.
Capítulo 1 - Conhecendo as notas
musicais (Iniciante)
• NOTAS MUSICAIS
As notas podem ser representadas pelos seus nomes escritos por extenso, pelas
letras das cifras ou pela partitura.
Aqui, vamos preferir o uso da Cifragem, por ser um procedimento que facilita a
assimilação e aprendizagem.
Onde:
C – Dó
D – Ré
E – Mi
F – Fá
G – Sol
A – Lá
B – Si
· NOTA é uma tecla tocada isoladamente, por isso analisando apenas uma única
nota ao ser tocada, não podemos identificar se ela é maior ou menor.
· ACORDE são notas tocadas simultaneamente, de forma que soe
harmonicamente, gerando a possibilidade de classificá-los em maiores, menores,
dentre outros;
· ESCALA é a sequência ordenada de notas que estruturam a formação de
acordes da harmonia e a identificação das notas a serem usadas na melodia.
· INTERVALO MUSICAL
O intervalo musical nada mais é do que a distância entre duas notas.... .O menor
intervalo existente é o semitom ou meio-tom. Essa é a menor distância entre duas
notas (C - C# ou E - F).
Dois intervalos de semitom formam o intervalo de tom (C – D ou F – G).
O tamanho do intervalo é descrito numericamente, de acordo com sua posição
dentro da escala. Basicamente, existem cinco tipos:
1. Do Mi:_____________
2. Fá Sib:_____________
3. Fá# Do#:___________
4. Sol Mib:____________
5. Si Ré:______________
6. Láb Sol:____________
7. Ré Si:_______________
8. Lá Ré#:______________
9. Sol Láb:_____________
10. Do# Si#:____________
• ESCALA / TONALIDADE / ACORDES
T Tom
ST Semitom
Seguiremos a seguinte sequência:
Exercício:
Quais as notas das escalas maiores pedidas a seguir?
· F
· Bb
· E
· G
· A
· D
· B
· Ab
· Db
· F#
· Eb
Uma sugestão para estudo, é tocar primeiro somente com a mão direita, depois
somente com a mão esquerda e após, com as duas mãos.
• CAMPO HARMÔNICO MAIOR / FORMAÇÃO DE
ACORDES
• CLASSIFICAÇÃO DE ACORDES
Enquanto 2 notas juntas formam um intervalo, um conjunto de 3 ou mais notas
tocadas simultaneamente dá origem ao que chamamos de acorde.
A menor formação possível de acordes é uma tríade.
A tríade é a combinação da tônica (ou fundamental), 3ª e 5ª.
Existem quatro variações de tríades, dependendo da combinação dos intervalos
dentro do acorde. Vamos conferir essas variações e praticá-las a partir de agora:
· Um acorde maior será sempre formado por Tônica, Terça Maior e Quinta
Justa. Sua escrita se dará apenas com a cifra do acorde. Ex: C, G, F, BB
MAIOR T + 3M + 5J
…………………
MENOR T + 3m + 5J
………………..
DIMINUTA · T + 3m + 5dim
……………..
AUMENTADA T + 3M + 5aum
………….
INVERSÕES DE ACORDES
Todo acorde pode ser tocado a partir de qualquer uma de suas notas estruturais.
A posição fundamental é aquela em que se inicia o acorde pela tônica.
· Se deslocarmos a tônica uma 8ª acima, a 3ª passa a ser a nota inicial. A essa
posição chamamos de 1ª inversão.
Ex: C/E, G/B, A/C#, E/G#, F/A, D/F#
· Se deslocarmos a 3ª uma oitava cima, a 5ª passa a ser a nota inicial. A essa
posição chamamos de 2ª inversão.
Ex: C/G, G/D, A/E, E/B, F/C, D/A
Assim como todos os acordes possuem seus relativos, nas escalas também
percebemos essa relatividade.
Sempre que analisarmos uma escala maior natural podemos tomar o seu sexto grau
como seu grau relativo. O que isso significa?
Usando como exemplo a escala de DÓ(C), se começarmos ela na nota LÁ(A)
formaremos a escala menor de Lá(A).
Todo acorde maior tem seu relativo menor no 6º grau de sua escala maior,
enquanto todo acorde menor tem seu relativo maior no 3º grau de sua escala menor.
• Tétrades
O que é uma tétrade?
Até agora, vimos apenas três notas para formar acordes. Expandindo um pouco o
conceito, podemos trabalhar com 4 notas em vez de somente 3, e fazemos isso
acrescentando o sétimo grau aos nossos acordes anteriores.
Assim formamos os acordes com sétima. O conjunto dos graus primeiro, terceiro,
quinto e sétimo consistem em uma “tétrade”. As tríades e tétrades são o que
chamamos de ''notas de estrutura'' de um acorde.
As tétrades são a coluna vertebral do acorde. Elas que definem de quem estamos
falando, elas que nos orientam.
Vejamos a seguir o campo harmônico de DÓ(C) com base nas tétrades:
DICA
Tendo os acordes montados na mão esquerda, a mão direita tem mais liberdade
melódica, essa ideia é muito usada no improviso, enquanto a mão esquerda cria as
nuances harmônicas a mão direita cria o improviso melódico. Mas temos que tomar
certos cuidados, como por exemplo a região se tocar, regiões muito graves “embolam”
as notas, elas não soam claras, então teste a região em que quer fazer o acorde,
aplique sequências harmônicas apenas com a mão esquerda para ter mais fluência no
assunto.
|| Dm7 | % | Bbmaj7 | % ||
D+F+A+ C Bb + D + F + A
Toque a formação dos acordes apenas com a mão esquerda, crie linhas
melódicas como improviso. Assim você tem liberdade para criar sobre as músicas que
já toca. Uma dica muito legal, é usar a mão esquerda com os baixos e acordes,
arpejando os baixos e tocando em bloco o acorde e a mão direita abrindo mais sons
dentro da escala ou estrutura do acorde, isso dará muito mais independência para sua
mão esquerda.
• Voicings sem a fundamental
Vamos usar essas vozes sem sua fundamental no grave, usamos geralmente
quando estamos tocando com mais instrumentistas, quando estamos em piano e voz,
os graves são essenciais, isso não nos limita a tocar voicings sem a fundamental, mas
o emprego desse tipo de vozes nos da liberdade para novas ideias e liberdade também
para o baixista, deixando ele livre para possibilidades de inversão ou substituição do
baixo.
• Funções harmônicas
• Acordes Dominantes
• SUB V
SUB V é o dominante substituto. Nós vamos substituir o acorde
dominante, mantendo o trítono e mudando apenas o baixo, formaremos
um novo acorde.
Usando o exemplo no Campo harmônico de Dó (C), o acorde
dominante é G7, e as notas presentes no trítono são B (terça) e F
(sétima), se mudarmos o baixo para Db, e mantendo as notas B e F,
nós teremos o acorde Db7, no caso F vai ser a terça e o B vai ser a
sétima.
Para aplicarmos o SUB V pensaremos sempre meio tom acima do
acorde alvo.
Exemplo:
Eb7---------- D
Ab7----------G
D7-----------C#
Bb7------ Am7
Db7 ------Cm7
G7 ------ F#m7
DICA
Dm7-G7 – C7M
Menor Natural:
Im7 – IIm7(b5) -bIII7M – IVm7 – Vm7 – bVI7M – bVII7
Resumo
• II V I secundário
Seguimos a mesma regra do dominante secundário. Nesta progressão
vamos ter como acorde os outros acordes do campo harmônico que não seja
a tônica.
»» D7M
• Dominantes e II V I Estendidos
(cascata de dominantes)
Nada mais é do que um acorde dominante preparar um acorde
dominante, criando assim uma cascata de preparação. Vamos analisar
agora uma cadência de II V I estendidos.
Analisando a cadência anterior, a tonalidade está um DÓ (C), o primeiro
movimento é um 2 5 1 para Am7, porém, depois esse Am7 já vira o 2º
grau de 2 5 1 para preparar um G maior, no caso Am7 D7 prepara o G
maior, só que esse G maior vira um Gm7 para preparar o F7M, no caso
o 2º é menor, e por isso Gm7 e depois C7 que é o V grau de F7M.
Neste exemplo temos uma sequência de 2 5 1, que chamamos de 2 5 1
estendidos.
| A7 D7 G7 C |