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Muitas vezes ao ouvir um clarinetista tocar um rhythm & blues, jazz, choro ou
peças de música contemporânea, podemos ouvir efeitos sonoros nos remetem à
voz humana. Frullatos, glissandos, bendings e notas “fantasmas”, trouxeram uma
nova gama de expressividade à música, seja erudita ou popular.
Eles começaram a serem usados por músicos negros de New Orleans no final do
século 19. Até então, os músicos de sopro que vinham da tradição européia
visavam o som limpo, cristalino, com precisão e afinação impecáveis. Os negros
começaram a introduzir efeitos que imitavam a fala, como som“rouco”(frullato) ,
pequenas desafinações para cima ou para baixo (bendings), deslizes grandes
(glissandos), bem como notas fantasmas. Essas novas maneiras de tocar
imitando efeitos da voz humana podem ser ouvidas desde as primeiras gravações
de “dixieland” no início do 20, passando pelo blues, swing, bebop, etc, e
acabaram influenciando a escrita para sopros de grandes compositores de música
erudita como Ravel, Stravinski, Gershwin, Copland, Villa Lobos, dentre outros.
Cada instrumentista tem seu modo particular de tocar esses efeitos, não existe
verdade absoluta, e falando sobre meu modo de fazê-los espero poder esclarecer
quem esteja com dificuldade em fazê-los, bem como mostrar uma nova para
quem já conhece.
Agora é só praticar, e note que cada registro apresenta uma dificuldade.
Bons estudos!
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