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SUMÁRIO
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Miguel Rivera pensou algumas vezes que estava amaldiçoado. Se
estava, não era sua culpa. Era por causa de uma coisa que tinha
família formada por uma mamá, um papá e uma garotinha. Sua casa
Mas a música naquela casa feliz não era suficiente para papá. Seu
sonho era tocar para o mundo. Então, um dia, ele foi embora com
Mas sabia muito bem o que a mamá tinha feito. A história da Mamá
(Dia dos Mortos). Costumava ouvir de sua Mamá Ines, só que ela
não se lembra mais de muita coisa. Nesse ano, ela ficou sentada na
Mamá Ines.”
se lembrar de algumas coisas, como do seu nome. Mas isso faz dela
para Mamá Ines – coisas que não pode contar para sua abuelita, que é
beijava na bochecha.
odiava música. A pior parte era que ninguém na sua família parecia
“Hola, Miguel!”
coloridos e vibrantes.
portas.
engraxar os sapatos.
como eu”, disse Miguel. “Mas quando tocava sua música, fazia as
legal. Ele podia voar!”, contou Miguel que tinha visto um efeito
favorita entre todas é...” Miguel apontou para alguns músicos ali
Ernesto. “Ele vivia uma vida de sonho, até 1942, quando foi
alguma forma. Como ele conseguiu tocar, talvez algum dia eu possa
também.” Miguel deu um suspiro: “Se não fosse pela minha
família...”
“Olhe bem, se fosse você, iria direto até a minha família e diria:
incríveis? Não! Ele foi até aquela praça e tocou em alto e bom
noite. A competição musical para o Día de los Muertos. Quer ser como
tocar? Deu uma olhada ao seu redor para garantir que não tinha
não estava muito confiante sobre ser esse anjo que ela descrevia,
mas não queria criar caso enquanto ela segurava o sapato daquele
jeito.
abuelita.
que não deveria estar aqui nesse lugar! Precisa vir para casa.
braçada de calêndulas.
voou no teto.
“Mas a praça é o lugar que mais tem movimento de pedestres!”,
“Se a Abuelita disse que não é para ir para a praça, então não é
“A cidade inteira vai estar lá, e... bem, vão fazer um show de
talentos...”
continuar falando.
“E achei que...”, Miguel parou. Sua mamá olhou para ele com
curiosidade.
de talentos.”
Miguel seguiu sua abuelita até a sala de oferendas com uma pilha
nos relicários.
Colocamos suas fotos nas oferendas para que seus espíritos possam
voltar. Se não colocarmos as fotos, eles não podem vir! Fizemos toda
“Ai, Dios mío”, ela esbravejou. “Ser parte dessa família significa
estar AQUI para essa família. Não quero que você acabe como...”
viraram para olhar. Mamá Ines olhava ansiosa para os lados. “Papá
está em casa?”
confortá-la.
altar e continuou seu discurso para Miguel: “Sou dura com você
“Preciso cantar. Preciso tocar. A música não está... não está... apenas em
acrescentou.
muito bonita. “O resto do mundo pode seguir regras, mas eu preciso seguir
televisão.
apaixonada por Ernesto. “Mas meu pai, ele nunca vai dar permissão”, ela
“Señor De la Cruz, o que foi preciso para que o senhor agarrasse seu
entregá-lo. Cabia a mim, buscar meu sonho, agarrá-lo com força, e torná-lo
realidade.”
“...e torná-lo realidade”, Miguel falou junto com Ernesto.
“Vou tocar na Praça do Mariachi nem que isso custe a minha vida.”
“O Día de los Muertos começou!”, Abuelita anunciou, abrindo os
violão caseiro. Apenas mais alguns passos e não vou mais precisar
me esconder!
cantinho.
descansando.
papá, eu...”
de Miguel.
Miguel.
“Ah, Miguel!”, disse Papá. “Tem sua família aqui para guiá-lo.
entediada.
o apenas com a foto de Mamá Amelia e Ines nas mãos. “Não, não,
Miguel olhou com cuidado para a foto e percebeu que uma parte
dela tinha sido dobrada para trás e escondida. Ele desdobrou a foto e
Mamá Ines apontou para um dedo torto na mão que aparecia na foto
e repetiu: “Papá?”
seu pai que estava no pátio logo abaixo. Seus pais olharam para
Desça daí!”
músico!”
Miguel pegou seu violão, todos os discos de Ernesto de la Cruz,
“É por causa de todo o tempo que ele passa na praça”, tio Berto
disse.
acrescentou.
de todos os tempos!”
“Nunca soubemos nada sobre esse homem, mas quem quer que
destino é a música!”
Miguel.
pedaços.
* * *
gaguejou.
nome na lista.”
queria ajudá-lo.
SEU MOMENTO. Olhou para a foto que tinha nas mãos. Moveu seu
pela lateral. Dante começou a latir. “Não, não, Dante, pare! Cállate!
“Señor De la Cruz, por favor, não fique bravo. Sou Miguel, seu
família acha que a música é uma maldição. Eles não entendem. Mas
sei que o senhor me diria para seguir meu coração. Para agarrar o
momento!”
Miguel desceu com cuidado, com o violão bem seguro sob seu
braço. “Então, se não tiver problema, vou tocar na praça, como você
fez.”
estava acontecendo?
seu rosto. Estava tudo igual. Por que aquele homem não podia vê-
lo?
Miguel entrou em pânico e saiu correndo pelo cemitério. Enquanto
atravessavam como se ele fosse feito de ar. Por fim, ouviu sua mãe
ajudá-lo.”
em outro esqueleto... cuja cabeça caiu: plop!, indo parar nas mãos de
falavam!
Uma avó esqueleto olhava para seu netinho vivo. “Olhe só como
ele está grande!”, disse com orgulho. Assim como outras famílias de
chão.
de ossos.
esqueleto cuja cabeça ainda estava virada para o lado errado. Tia
“Está presa...”
“Se Mamá Amelia não pode vir até nós...”, começou tia Rosita.
magoada.
“Bom, não sei. Achei que poderia ser mais uma daquelas
vitaminas.”
o caminho com sua família. Vários dos esqueletos que passavam por
para Miguel.
direção oposta a dele. Miguel puxou seu capuz para esconder o fato
“Olhe onde pisa”, alertou tio Felipe. “Fazem caquitas por todos os
lados.”
alebrijes.
viajante.
imagem com suas fotos num altar no Mundo dos Vivos. “Oh, suas
fotos estão na oferenda do seu filho. Espero que tenham uma ótima
visita!”
da família na ponte.
passo à frente.
oferenda, Frida”.
“Muito bem, quando eu disse que era Frida... agora há pouco, foi
uma mentira”, o rapaz disse. “Peço desculpas por ter feito isso.”
avisou.
passou por ele, metade dele passou por cima e a outra metade por
cruzá-la, mas seus pés afundaram nas pétalas. Foi exatamente como
o agente tinha dito: sem uma foto em alguma oferenda, a ponte não
o deixaria passar.
Miguel.
“Oh! Vamos m’ijo, é nossa vez”, tia Rosita disse para Miguel,
FAMILIARES.
“Mamá Amelia?”, Papá Julio disse. Ela apontou seu sapato para
para essa mulher e sua caixa diabólica que minha foto está na
oferenda.”
“Bem, não conseguimos chegar até a oferenda...”, Papá Julio
“O quê?”
olhos.
* * *
engoliu em seco.
“Día de los Muertos é uma noite para DAR aos mortos. Você
ROUBOU de um morto.”
lado da janela.
disse o funcionário.
espirrou de novo.
desconhecido.
“Se tiver a bênção de sua família, tudo deve voltar ao normal. Mas
completo ao amanhecer.
“Eu dou a você minha bênção para ir para casa...”, ela continuou.
em sua posição.
funcionário.
Miguel correu até a janela e olhou para fora. “Não estou vendo
whoosh!
vê-lo de volta tão rápido. Miguel se deu conta de que suas mãos
Amelia.
retrucou. Ele agarrou outra pétala. “Papá Julio, estou pedindo sua
bênção”. Papá Julio olhou para Mamá Amelia, que franziu a testa.
Mamá Amelia.
“Não torne isso mais difícil, m’ijo. Você vai para casa do meu jeito
“Não vou deixar que siga o mesmo caminho que ele seguiu”, ela
para eles.
“Hum... será que não deveríamos dizer para ele que não temos
olhou para cima e viu sua família procurá-lo no andar superior. Tio
que havia uma porta giratória. “Vámonos”, Miguel disse para Dante e
puxou seu capuz para cobrir sua cabeça. Dante andou atrás dele,
frente.
Miguel girou tão rápido que seu capuz caiu, revelando seu rosto
de menino vivo.
monocelha...”
disse o policial.
ouvi-lo dizer isso, porque estou tendo um Día de los Muertos muito
aquela ponte hoje à noite, vou recompensar muito bem sua ajuda”,
la Cruz.
aquela ponte!”
turno está quase no fim e quero visitar minha família no Mundo dos
“Humm... não.”
resmungou.
de la Cruz?”
gritou.
Mundo dos Vivos com uma centena de condições para que nunca
diminuir a velocidade.
Precisamos da Pepita”.
sobre ela e uma onça gigante pousou em frente à família. Suas asas
noite.
Amelia.
do céu.
Em um beco escuro, Miguel sentou-se num engradado de madeira.
Hector andou à sua volta segurando uma latinha de cera preta para
“Ei, ei, fique parado. Olhe para cima. Olhe para baixo. CIMA!
cruzar a ponte para visitar o Mundo dos Vivos no Día de los Muertos.
Exceto eu.”
pode mudar isso!” Ele desdobrou uma foto antiga e a mostrou para
“É você?”
ESSA NOITE. Então, você tem mais algum parente aqui? Sabe,
“Humm... não.”
“Argh!, certo, certo, garoto, muito bem... muito bem! Vou levá-lo
Hector levou Miguel dali até uma rua muito movimentada. “Não
exclamou.
“Aff! Todo ano, o idiota do seu tataravô faz esse mesmo show
“Ahhhhhhh...”
Miguel relembrou.
“Como?”
para baixo.
em um rodeio.
sobrancelha erguida.
“Ah, ah, ah”, ela o advertiu. “Os alebrijes DESTE mundo podem
Ele abriu sua boca e cuspiu fogo azul. Isso é poderoso, Miguel pensou.
Talvez, Dante seja especial. Olharam para o cão, que estava ocupado
muito óbvio?”
pizzicato dissonante.
“Oh!”, Miguel disse contente. E depois poderia ser diro-iro-diro-
apreensivos.
Queria que sua família enxergasse nele o que Frida enxergava. Ele
“Disse que meu tataravô estaria aqui! Ele está do outro lado da
“Se são mesmo tão bons amigos, por que ele não convidou você
músicos.
mais. Hector se virou para Miguel: “É por isso que não gosto de
tempo.
* * *
Sobre o Mundo dos Mortos, uma figura de sombras planou pelo
tinta que Hector tinha usado para pintar o rosto de Miguel. O guia
inspecionar.
uma trilha de pegadas que seguia para uma rua ali perto.
Desde que um músico abandonou sua família, os
música.
A palavra de Mamá Amelia é lei
, mesmo depois de
Mortos.
Miguel seguiu Hector descendo as escadas. “Mas por que é que iria
muito longe?”
Mortos pareciam ter evitado essa parte. Miguel olhou para quem
sabe?” Hector disse isso com tristeza na voz. “Então, nos chamamos
“No bangalô. Não sei se está querendo receber visitas”, tia Chelo
informou.
vários.
Chicharrón.
“Saia daqui...”
Posso sentir.” Olhou para seu violão. “Não poderia tocar essa coisa
nem se quisesse.”
“Oh, sabe que não toco mais, Chicha”, relutou Hector. “O violão
é para o garoto.”
Alguma preferência?”
Hector.”
arrastavam no chão.
quando voltar.”
contam sobre nós. Porém, não resta mais ninguém vivo para contar
as histórias de Chicha...”
tenda.
Um pouco mais tarde, Hector e Miguel estavam pendurados na
Miguel ponderou.
ao público.
cerimônias.
após o outro. Os artistas não eram como algo que Miguel já tivesse
cordas.
com água.
desgosto.
atento, sua vez já vai chegar!” Depois, o assistente fez um gesto para
delírio.
perguntou.
ganhar.”
ISSO ANTES?”
seu rosto.
dancinha.
agora você.”
Dante choramingou.
incessantes.
“Ei! Ei, olhe para mim”, Hector repetiu para tirar Miguel do
cerimônias.
está tocando?”
queria dançar.
“HAAAAAAAAI-IAAAAAAAAI-IAAAAAAAI-IAAAAAAAI!”,
todos.
de Miguel.
passavam.
batendo palmas para ele? Olhou para o público e viu sua família.
lado do palco!
calma para Miguel. “Disse que Ernesto de la Cruz era seu ÚNICO
“Já poderia ter levado minha foto para o Mundo dos Vivos esse
tempo todo?”
“Olhe para mim. Estou sendo esquecido, Miguel. Não sei nem se
vou conseguir durar essa noite toda!”, Hector desabafou. “Não vou
se importa com você mesmo! Pode ficar com sua foto boba!” Tirou a
“Não, não, não!”, Hector gritou. Era sua última chance de ser
lembrado.
Dante! Pare! Ele não pode me ajudar!” Dante partiu para cima da
seus esforços. “Dante, não, pare! Pare! Deixe-me em paz! Você não é
apontava e comentava.
para parar a tempo. Gritou quando viu a onça alada. Pior ainda,
“Miguel! Pare! Pare!”, Mamá Amelia gritou com voz dura. Como
sua vida!”
“Música é a única coisa que me faz feliz. E você... você quer tirar
entender.”
parou.
repente, havia algo na minha vida que era mais importante do que
música. Eu queria criar raízes. Ele queria tocar para o mundo.” Fez
sacrifícios para ter o que queria. Agora, VOCÊ precisa tomar uma
decisão.”
“Mas não quero tomar uma decisão. Não quero escolher lados.
Quero que você escolha o MEU lado”, Miguel disse com voz doce.
“É isso que a família deve fazer. Apoiar. Mas você nunca vai fazer
isso.” Ele secou o canto dos olhos com a palma das mãos e deu as
costas antes que Mamá Amelia pudesse responder. Então, subiu a
montanha.
começo da fila.
preciso de um favor.”
* * *
entraram na festa.
“Uau!”, exclamou.
pequeno músico!”
cor.
Ú
“Ele vai ouvir... a MÚSICA!”
tinha que agarrar o momento. Precisa fazer Ernesto ouvi-lo e dar sua
bênção. Viu um pilar que ia até o final de uma grande escada e subiu
com que sua voz e violão fossem os únicos sons na festa. A multidão
conhecer seu ídolo. Estava chegando cada vez mais perto, quando,
de repente... SPLASH!
herói do cinema, pulou na piscina. Ele puxou Miguel, que tossia, até
a beira.
suspirou.
escutaria.”
teleférico.
Ernesto.
“Moveria céu e terra por você, mi amigo. Salud!” Miguel disse, imitando o
“Tudo isso veio dos meus incríveis fãs no Mundo dos Vivos! Eles
Ernesto.
Ines quando era só um bebê. Ela cresceu conhecendo seu pai apenas
sobrecarregado.”
“Logo, a festa vai se deslocar pela cidade para meu show Aurora
Miguel. “Foi uma honra. Sinto muito em vê-lo partir, Miguel. Espero
que morra logo...” Percebeu o que tinha dito. “Sabe o que quis dizer.
ninguém.
“Quem é você? O que isso quer dizer?”, Ernesto perguntou. Da
uma oferenda.”
as músicas dele.”
Hector olhou sério para o cantor: “Você vai contar para ele ou
“Olhe, não quero brigar por causa disso. Só quero fazer o certo.
concluiu.
Hector.
pelo seu amigo. Bem, estou pedindo que faça isso agora.”
claro.
“Não, está lá, pode ver”, Miguel disse, apontando para a cena do
embora...”
sentia falta demais de sua família. Então, juntou seu livro de canções
e seu violão.
“Quer desistir agora?”, Ernesto perguntou. “Quando estamos tão perto
“Esse era o seu sonho”, o jovem Hector disse. “Você vai dar um jeito.”
“Não posso fazer isso sem suas músicas, Hector”, Ernesto disse,
“Vou para casa, Ernesto”, Hector disse. “Pode me odiar se quiser, mas já
sorriso agradável no rosto: “Oh, nunca poderia odiar você”, disse. “Se
precisa ir, então eu... eu vou me despedir com um brinde!” O cantor serviu
pensou que a dor estomacal era por causa de alguma coisa que tinha
comido.
“Talvez, tenha sido aquele chorizo, meu amigo”, o jovem Ernesto disse.
me envenenou.”
assegurou.
enquanto esteve deitado no chão, passando mal, sua mala foi aberta.
“Todo esse tempo, pensei que era só azar”, Hector disse. “Nunca
Ernesto.
Ele se esforçou para entender tudo o que Hector tinha dito sobre o
Miguel ficou sozinho com Ernesto. Sua mente estava a mil e não
“Você ia me dar sua bênção”, Miguel disse, sem saber o que fazer
com tudo que tinha acabado de ouvir. Será que seu tataravô era
seu terno.
ombros.
O rosto de Miguel se incendiou de raiva. “O quê? Sou sua
acontecendo.
entende.”
“Deixem-me em paz!”, Miguel protestava enquanto os guardas o
uma ilha de pedras. “Socorro!” Ele nadou até a ilha. “Alguém pode
de cansaço.
que sua transição para esqueleto estava quase completa. Olhou para
o céu. Tinha que sair dali. Tinha que voltar para casa, mas como?
menino.
“Eles me falaram para não ser como Ernesto, mas não dei
ouvidos.”
desesperado.
“Quem?”
“Minha filha.”
ela que seu papá estava tentando voltar para casa. Que eu a amava
isso?”, perguntou.
dos Vivos, pensei que, pelo menos, a veria aqui. Daria um grande
poder cantar para ela uma última vez.” Hector cantou sua versão
seu violão. Roubou suas músicas. VOCÊ deveria ser lembrado pelo
ele disse. “Não sou bom o bastante para ser seu tataravô.”
para o buraco pelo qual tinha sido lançado. “Estou orgulhoso de ser
sua família! TRRRRRRRRAI-HAI-HAI-HAI-HAAAI!”, soltou em
um grito.
ser SUA família!” Eles continuaram com os gritos até que o cenote
estavam presos.
“Roooul-rooooul-roooooooul!”
“Dante, você SABIA que ele era meu Papá Hector esse tempo
Dante abriu suas novas asas e deu um salto para seu primeiro
superfeliz.
Miguel.
Hector. “Não estava lá por causa do Hector. Ele que estava lá por
voltar para casa. Não queria ouvir, mas ele estava certo. Nada é mais
disse Miguel.
“Para que ele possa ver Ines de novo. Hector deveria estar na
“Ele tentou voltar para casa para você e Ines, mas Ernesto o
matou!”
verdade? Você me deixou sozinha com uma criança para criar e devo
simplesmente perdoá-lo?”
“Amelia, eu...”
O corpo de Hector brilhou com uma luz trêmula, deixando-o sem
disse.
também, mas...”
Amelia.”
Miguel: “Se ajudarmos você a pegar essa foto, vai voltar para casa?
Miguel sorriu.
perguntou.
Hector?”
lado de Mamá Amelia: “Você disse que sou o amor da sua vida!”
a foto.
pelas escadas.
aproximavam.
o tirou para dançar. Com medo dos holofotes, ele fugiu. Estava
Hector de volta.
enquanto Mamá Amelia fugia com a foto. Ela correu para abraçar
atenção.
“Oh!”, Mamá Amelia exclamou. Entregou a foto de Hector para
nunca...”
ama você.”
baixo.
um passo.”
destruir tudo.”
Vivos com a sua foto? Para manter sua memória viva? Não!”
Ernesto.
“Sou eu que estou disposto a fazer o que for preciso para agarrar
de Miguel com seus dentes e abriu bem suas asas. Os dois sofreram
mãos de Miguel.
rasgou e Miguel caiu na direção da água. Ele achou que seria o fim,
desaparecido.
Ernesto apareceu por detrás da cortina do palco. Ajeitou seu cabelo
“Saia do palco!”
costas. Miguel escorregou por uma de suas asas e correu para sua
família.
Ernesto olhou para uma das telas e depois para o público, indo de
um para outro, até que viu Pepita ficar cada vez maior quando
público. “Não!”, ele gritou, ao passar por cima deles e voar para fora
a chorar.
lado.
“Hector! Hector!”
continuaram brilhando.
“Só queria que ela soubesse que eu a amava”, Hector pegou uma
pétala de calêndula.
sussurrou.
pela janela. O dia tinha amanhecido. O violão estava aos seus pés.
Cruz e tomou a direção de sua casa. Passou correndo pelo tio Berto
“Lá está ele!”, tio Berto disse. Surpreso, Abel caiu do banco.
“Miguel! Pare!”
Ela percebeu que Miguel tinha um violão nas mãos: “O que está
seu papá. Lembra-se dele? Papá? Por favor... se esquecê-lo, ele vai
violão para ela. “Aqui, esse era o violão dele, não era? Ele costumava
tocar para você? Viu só, é ele.” Mamá Ines olhava para Miguel como
Miguel para fora do seu caminho. “Está tudo bem, mamita, tudo
bem.”
“Desculpe, papá.”
“Está tudo bem, mamita.” “Miguel, peça desculpas para sua Mamá
De repente, Miguel sabia o que fazer: “Mamá Ines, seu papá... ele
mudança, também.
“Ele amava você, Mamá Ines. Seu papá a amava muito”, Miguel
repetiu.
esperado muito tempo por aquelas palavras. Ela se virou para seu
Miguel.
“Papá era músico”, ela disse. “Quando era pequena, ele e mamá
Cruz, não havia mais tantas oferendas ou fãs como nos anos
Rosita e sua tia Victoria, e esses dois são Óscar e Felipe. Essas não
são apenas fotos antigas... são nossa família, e eles precisam que a
* * *
seu rosto.
Ding!
juntou a ele no começo da ponte. Eles se beijaram até que uma voz
alegre os interrompeu.
“Papá!”
alado era imensa, mas quando pisou no Mundo dos Vivos, parecia
apenas um gato de rua. Dante e Pepita passaram por pessoas que
em segundos.
seu rosto.
Quando Bonnie perde seu brinquedo novo, Garfinho, Woody se prepara para arriscar tudo
na tentativa de trazê-lo de volta. O caubói embarca em uma aventura audaciosa longe de
Buzz e dos outros brinquedos. No caminho, Woody encontra alguém inesquecível de seu
passado: Betty. Agora um brinquedo perdido, Betty ajuda Woody a realizar uma missão
importante e compreender que há mais de uma forma de estar presente na vida de uma
criança.
Embora Miguel Rivera, um garoto de apenas 12 anos, sonhe em tocar violão para o
mundo, sua família de sapateiros, que baniu a música há muitas gerações, tem outra ideia
para o futuro do esperançoso músico. Numa noite, Miguel tenta provar seu talento para a
música, e isso o leva ao mundo dos mortos – uma metrópole colorida em que mora seu
ídolo musical, Ernesto de la Cruz. Com a ajuda de um solitário errante chamado Hector,
Miguel logo vai descobrir que o segredo de sua família é muito maior do que ele
imaginava...
Ralph, o mais famoso vilão dos videogames, e Vanellope, sua companheira atrapalhada,
iniciam mais uma arriscada aventura. Após a gloriosa vitória no Fliperama Litwak, a dupla
viaja para a world wide web, no universo expansivo e desconhecido da internet. Dessa vez,
a missão é achar uma peça reserva para salvar o videogame Corrida Doce, de Vanellope.
Para isso, eles contam com a ajuda dos "cidadãos da Internet" e de Yess, a alma por trás
do "Buzzztube", um famoso website que dita tendências.
Livrão que conta a história da dupla de youtubers cujo canal conta com mais de quatro
milhões e meio de seguidores. O livro fala sobre como começaram na internet, a vida fora
do Brasil (eles vivem em Orlando), traz o perfil e curiosidades sobre eles e ainda ensina o
que é o estilo Neagle de ser.