Você está na página 1de 3

Truques de tecla Funk dos Pros

Por Willie Myette. Traduzido de https://funkpianolessons.com/funk-keyboard-tricks-pros/

Truques de tecla Funk dos pros…bem, não exatamente “truques”. Não existem “segredos internos”
que profissionais sabem e recusam compartilhar com o resto do mundo. Mas existe uma coisinha
chamada “experiência” - algo que os pros tem e os estudantes avançados precisam. Você já se
perguntou o motivo do seu modo de tocar não soar limpo como em gravações profissionais? Ou
porque acompanhamento (comping) de jazz avançado não soa bem em músicas não jazzisticas? Ou
talvez você acha que seus solos soem um pouco manjados? Se sua resposta foi “sim” continue
lendo.

Truque Funk #1: Menos é MAIS


Vamos discutir clavinete e órgão. Mesmo que ambos pareçam com pianos, dar um “ctrl c+ ctrl v”
em voicings de mão esquerda de piano no clavinete e no órgão geralmente não soa bem e
geralmente indica que você não entende os instrumentos de verdade.
O clavinete tem um alcance dinâmico curto. Os registros mais graves vão soar embolados e
distorcidos. Os registros mais agudos vão soar magros e com um decay* rápido e sem ressonância.
Então mantenha-se no registro médio para manter o instrumento nos eixos. E mantenha seus
acordes e comping(acompanhamento) E-S-P-A-R-S-O-S. “Menos é mais” significa que você tera
acordes que soam melhor se eles não forem muito densos; As vezes amsmo acompanhamento
(comping) de clavinete uma nota tocada por vez é o mais eficiente. Os Pros entendem que o
clavinite é mais eficiente quando usado primariamente de forma rítmica ao invés de ser um
instrumento de acompanhamento (comping no sentido de ser mais eficiente como uma textura de
ritmo que com grandes acordes).
O órgão é incrivelmente expressivo com um alcance muito maior que o clavinete. Mas mesmo
assim o conceito de “menos é mais” continua verdadeiro. O órgão é ótimo para criar uma grande
variedade de texturas com suas diferentes configurações de drawnbar**. Voicings de acordes e
comping requerem considerações diferentes das do piano. Então não aborde os acordes da mesma
maneira que você faria em um piano. Usar menos notas geralmente gera o melhor resultado.

*decay = queda. Referindo-se a falta de sustain no timbre.


**drawnbar (as chavezinhas dos órgãos se não entendeu coloca organ drawnbar no google que tu
vai sacar não sei o nome disso em PT-BR)

Truque Funk #2: Voicings de Jazz em Funk e Rock


Você provavelmente praticou ardua e longamente para adquirir seus voicings de mão esquerda sem
tônicas para tocar Jazz, certo? Preenchido com Sétimas, Nonas, Décimas primeiras, décimas
terceiras, e extensões alternadas, você se da conta que tem muitas coisas interessantes aí, como isso
pode não soar bem, certo? Bem, harmônia de jazz (e logo acompanhamentos de jazz)é bem
diferente de acompanhamentos de rock e funk.
No rock, tente renovar sua abordagem quanto aos acordes. Comece se livrando de todas as 7as,
9as, 11as e 13as. Usando apenas tríades em todas as possíveis inversões. É muito comum usar 9as
no rock, e as vezes a 7a, então lentamente comece a adicioná-las de volta. No funk é um pouco mais
próximo do jazz no uso de 7as e 9as (e as vezes nonas aumentadas). Mas tente usar tríades (mesmo
se incluir extensões) ao invés de acordes de 4 notas. Você poderá achar os espaços nas tríades criam
um som melhor para tocar funk.
Por exemplo:

Voicing possível para Jazz Possível voicing para Funk

Notas: na primeira figura na clave de Sol está escrito “voicing denso(apertado) na mão direita” e na
clave de fá diz “shell voicing na mão esquerda”.

Na segunda figura na clave de sol a primeira parte “estrutura triádica de mão direita” e na segunda
“tríade na mão direita usando extensões superiores” e na clave de fá primeira parte “apenas uma
nota na mão esquerda” e depois “shell voicing esparso na mão direita”.

Truque Funk #3: Side-Stepping


Já ouviu algum solo incendiário de teclado ou guitarra onde os instrumentistas de repente vão para
alguma tonalidade outside (fora da escala) que facilmente vem do nada e ainda assim soa incrível?
Você provavelmente ouviu a escala pentatônica. Bem, quando tocar sobre um acorde que fica
alguns compassos ou mais sem mudar, é uma ideia legal para usar as vezes chamada “side-
stepping” (literalmente pisando pro lado) – tocando exatamente meio tom abaixo ou acima da
tonalidade que você se encontra. Você está basicamente usando todas as notas “erradas”. Mas
devido ao fato de seres tão próximas das “notas certas” (só meio tom de distância) elas empurram
para a resolução (tensão e relaxamento)...e criam uma tonelada de incrível tensão sonora.
Nota: a tradução da frase do segundo compasso.
Side-stepping
(usando a penta de F# ao invés da penta de F)

Você também pode gostar