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Teoria Musica

Desenvolvido por: Matheus Glayson

Intervalos
QUAL A IMPORTÂNCIA?
O estudo dos intervalos e graus ainda nos ajuda a fazer transposição de tons, que é a
alteração do tom da música para que ela se torne mais confortável para tocar e cantar,
adaptando-se ao seu tom de voz ou harmonizando-se com as melodias que você consegue
alcançar na voz.
Começaremos numerando as notas em sequência. Observe a imagem seguinte.
Cuidado: estes números NADA têm a ver com as casas ou cordas do instrumento. Estamos
numerando as notas da escala tendo em mente as notas em sequência.

Observe que a nota DÓ pode ser chamada de 1 e também de 8. Por isso, o termo oitava.
Oitava é a repetição da nota (nesse caso o DÓ) após percorrida a distância das sete notas da
escala. Então, podemos concluir, sem medo de errar, que depois do 7, pode vir o 1 de novo.
Seria o 1 (a primeira nota) de uma nova oitava da escala. Mas não engesse o pensamento
nisto (nunca engesse a ideia, pois na teoria musical há muita relatividade em jogo, tudo
depende do pontos de vista). Com isso podemos observar que o RÉ, após o DÓ(8), recebe o
número 9, assim como o MI(10), o FÁ(11), o LÁ(13).
É importante visualizar os graus no braço do instrumento porque a partir deles vamos
construir o conceito de intervalos. Um intervalo é a distância entre duas notas. Sendo o Dó
a nota fundamental da escala de Dó, dizemos que o Ré faz um intervalo de segunda. Porque
é a segunda nota da escala. Assim como o Fá faz intervalo de quarta com o Dó. O Sol faz
intervalo de quinta. O Lá faz intervalo de sexta. O Si faz intervalo de sétima.
Os intervalos simples da escala natural são:
A escala que estamos vendo, desde o início, formada pelas notas naturais (Dó, Ré, Mi, Fá,
Sol, Lá e Si), forma um modelo chamado de escala diatônica. Estes são os intervalos entre
as notas da escala natural. Os intervalos podem ser maiores, menores, justos, aumentados
ou diminutos. Quando o intervalo for maior que uma oitava, será chamado de intervalo
composto. Ex: RÉ, após o DÓ(8), recebe o número 9, assim como o MI(10), o FÁ(11), o
LÁ(13).
Em teoria musical chamamos de intervalo a distância entre duas notas. Como a teoria
musical é uma disciplina que serve para todos os instrumentos, então fala-se em intervalos
ao invés de casas, pois nem todos os instrumentos têm casas.
O semitom é o intervalo de meio-tom (1 casa no instrumento). Existem dois semitons
naturais na escala diatônica (escala limpa, sem sustenidos nem bemóis). Eles localizam-se
entre MI->FÁ, e SI->DÓ, ou 3º->4º grau, e 7º->8ºgrau (nunca esqueça dos graus da escala).

Escalas
O QUE SÃO?
Escalas musicais são sequências ordenadas de notas. Por exemplo: dó, ré, mi, fá, sol, lá,
si, dó…repetindo esse ciclo. Nessa escala, começou-se com a nota dó e foi-se seguindo uma
sequência bem definida de intervalos até o retorno para a nota dó novamente. Essa
sequência de distâncias foi: tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom…repetindo o
ciclo.
Escala é um componente que é encontrado na música de todas as culturas do planeta.
Embora possam variar bastante entre as culturas, as escalas constituem um material
musical importantíssimo há milênios. A escala mais antiga que se tem notícia é a escala
pentatônica, encontrada na China, Japão, tribos indígenas americanas e na África.
Escalas e Modos - Modo Maior
A música Amazing Grace (traduzida para o português como Preciosa Graça) atribuída a
John Newton tem sua melodia construída a partir de uma escala pentatônica (Fá#, Sol#,
Lá#, Dó# e Ré#) e pode ser tocada apenas com as notas pretas do piano. Com o passar do
tempo muitos tipos de escalas foram criadas e ganharam o nome de modos. Um modo é
uma sequência de intervalos de tons e semitons dispostos dentro de uma oitava. Na cultura
Helênica grega os modos eram dispostos de maneira descendente e podiam conter vários
semitons em sequência. Recebiam nomes das diferentes regiões do país como: Frígio – em
referência a região da Frígia; Lídio – proveniente da Lídia; Eólio – ilhas Eólicas.

(Figura em cerâmica, músico grego tocando Aulos)

A maior parte dos modos que conhecemos hoje são denominados diatônicos, possuem 7
notas (heptacordes) e dividem a oitava em 5 tons e 2 semitons. Alguns modos, dependendo
da origem do compositor ou da criatividade deste, possuem uma sonoridade bastante
exótica. Na música ocidental, partir do século XVII, os modos mais utilizados passaram a ser
o Maior (T-T-st-T-T-T-st) e o menor (T-st-T-T-st-T-T).

Maior Menor

Escalas Maiores
É uma série de notas dispostas em sequência ascendente ou descendente, em ordem de
altura, é chamada de escala. A escala ocidental mais básica é chamada escala diatônica. As
notas brancas do piano exemplificam bem esse conceito. A escala maior, por exemplo, que
é uma escala diatônica, consiste de sete notas dispostas em intervalos de tons e semitons
na seguinte sequência: T-T-st-T-T-T-st, sendo T = tom e st = semitom. (O Ex está na figura
acima).
É importante notar que, nas escalas diatônicas, nenhum grau é repetido e que, mantendo
a mesma estrutura intervalar, essa mesma escala pode ser construída a partir de qualquer
tom. Quando a escala maior é construída a partir de outros tons, que não a nota dó, será
preciso fazer o uso de acidentes (sustenidos e bemóis).

Escala Cromática
A escala cromática, nada mais é do que uma varredura de todas as notas existentes no
sistema de música ocidental até que se percorra uma oitava. Uma sequência de semitom-
semitom- semitom- semitom, etc. Sendo assim, podemos concluir que essa escala possui 12
notas. Ex:

Escala de tons inteiros


A escala de tons inteiros forma-se, estabelecendo uma tônica e sobre ela, mais cinco
notas (escala hexafônica), respeitando o intervalo de um tom entre elas. Seu campo
harmônico é formado somente por acordes aumentados.
Ex: Dó, Ré, Mi, Fá#, Sol# e Lá#.

Intervalos e suas nomenclaturas


Os intervalos também recebem nomenclaturas específicas para torná-los mais precisos,
tais como: Justos (consonâncias perfeitas); Maiores e/ou menores (consonâncias
imperfeitas e dissonâncias), Aumentados ou Diminutos (em todos os casos, como veremos):

Dentro do contexto musical, principalmente na música tonal, quando os intervalos


harmônicos sugerem algum tipo de instabilidade ou movimento eles são classificados como
dissonantes. Já os intervalos consonantes sugerem uma impressão de repouso ou
estabilidade. Chamamos de consonância perfeita os intervalos harmônicos justos, que
possuem maior sensação de estabilidade dentro da música tonal. São eles:

Os intervalos harmônicos Maiores e


Menores são denominados Consonâncias
Imperfeitas ou inconstantes (3as e 6as) ou
Dissonâncias (2as e 7as). A 4ª aumentada
ou 5ª diminuta, também conhecida como
trítono, entra na classificação de
dissonância, por sua instabilidade.

O intervalo de 4ª Justa é considerado


um intervalo instável quando utilizado em uma composição a duas vozes ou em certos tipos
de música moderna. Porém, dentro da harmonia tradicional, ele adquire estabilidade.
Tradicionalmente, portanto, classificamos ele como uma consonância perfeita.
Quantidade de semitons por intervalo (quando as notas estão localizadas nas distâncias
referentes ao número do intervalo):
Campo Harmônico
Você sabia que, quando faz um acompanhamento no violão, no piano ou no teclado, está
passeando por um campo harmônico? Certamente, algumas perguntas se formularam na
sua cabeça agora. Mas não se desespere, pois isso não é tão complicado quanto parece.
Os acordes de uma música não foram jogados ali de forma aleatória pela pessoa que a
compôs. Em grande parte dos casos, como na música tonal, eles se harmonizam entre si.
Além disso, os acordes do campo harmônico formam um alicerce para toda e qualquer
escala que apareça formando a melodia de uma música. Assim sendo, é o campo
harmônico quem define quais são os acordes apropriados para determinada tonalidade de
uma música.

Como funciona o Campo Harmônico?

Você já sabe que os acordes de uma tonalidade têm harmonia entre eles. Além disso,
deve haver também uma ligação deles com a melodia. Mas como isso acontece? Todo
campo harmônico é originário de uma escala. A partir dela, é feita a sobreposição de
terças para formarmos os acordes que vão compor um determinado campo harmônico.
Vamos fazer a sobreposição de terças em tríades, grupos de três notas que geram
os acordes maiores e menores mais básicos. No entanto, ela também pode ser feita
em tétrades, grupos de quatro notas onde uma delas vai acrescentar uma tensão aos
acordes básicos. Além disso, existe a sobreposição de quartas, que forma o campo
harmônico quartal. Agora, vamos ver como funciona a sobreposição de terças na escala
maior natural.
Sobreposição de terças
A escala maior natural vai gerar o campo harmônico maior. Ou seja, faremos a
sobreposição de terças para cada uma das sete notas desta escala. Veja:

Agora, vamos sobrepor dois intervalos de terça para cada uma dessas notas. Ou seja,
partindo da tônica Dó, vamos sobrepor sua terça, que é a nota Mi. Da mesma forma,
sobrepomos a terça do Mi, que é a nota Sol.
Dessa forma, temos a tríade Dó – Mi – Sol, que forma o acorde de Dó maior.

Diferença de acorde maior e acorde menor

Para entendermos bem o que é campo harmônico temos que saber qual a diferença de um
acorde maior para um menor. Os acordes maiores têm dois tons de intervalo entre a tônica
e a terça. Porém, o intervalo da terça para a sua terça é de um tom e meio. Assim, temos
dois tons da tônica Dó para a terça Mi e um tom e meio da terça Mi para sua terça Sol. É
importante ressaltar que, além de ser a terça do Mi, a nota Sol é a quinta da tônica Dó.
Por outro lado, os acordes menores apresentam um tom e meio da tônica para a terça e
dois tons da terça para a sua terça, a quinta da tônica. Isso é o que acontece na
sobreposição de terças a partir da nota Ré. Ou seja, sua terça é a nota Fá (um tom e meio
de intervalo). A terça da nota Fá é o Lá (dois tons de intervalo). Portanto, esta tríade forma
o acorde de Ré menor.

Campo Harmônico maior

Seguindo o raciocínio da sobreposição de terças para as outras notas da escala maior


natural de Dó, teremos o campo harmônico maior de Dó da seguinte forma:

1 C- Dó maior Primeiro Grau


2 Dm- Ré menor Segunda Grau
3 Em- Mi menor Terceiro Grau
4 F- Fá maior Quarto Grau
5 G- Sol maior Quinto Grau
6 Am- Lá menor Sexto Grau ou relativo
7 B°- Si meio diminuto Sétimo Grau

O acorde de Si é diminuto porque o intervalo da sua tônica (nota Si) para sua terça (Ré) é
de um tom e meio. Teremos a mesma distância intervalar da nota Ré para sua terça (Fá).
Cada um desses acordes tem uma função harmônica dentro de uma música. Assim
sendo, tanto o quinto grau (acorde) quanto o sétimo exercem a função de dominante. Ou
seja, eles geram uma tensão que se resolve com a tônica sendo tocada logo após um deles.
O quarto e o segundo graus funcionam como subdominantes. Dessa forma, eles geram
uma expectativa que pode aumentar caso o próximo acorde não seja a tônica. Mas, se for a
tônica, obviamente teremos uma sensação de repouso. Além disso, em alguns casos, o
terceiro e o sexto graus podem funcionar com tônica.

Progressão de acordes

Existem algumas progressões de acordes que são muito comuns e com as quais você pode
tocar várias músicas. O que muda é o ritmo e o andamento. Duas dessas progressões
comuns, dentro do campo harmônico maior em Dó, são:
 C (I) – Am (vi) – F (IV) – G (V)
 C (I) – G (V) – Am (vi) – F (IV).

Quais são os tipos de campo harmônico?

A escala maior natural gera um entre os três principais tipos de campo harmônico, como
acabamos de ver. Dentre os outros dois, um deles é gerado pela escala menor harmônica e
o outro pela escala menor melódica.
Agora, você deve estar se perguntando: “mas e a escala menor natural? Ela não gera
campo harmônico?” Sim, ela gera. Porém, o campo harmônico menor vai ter como quinto
grau um acorde menor.
Na tonalidade de Dó menor, o quinto grau (dominante) é o acorde Gm. Por ser um
acorde menor, ele não cria a tensão necessária que se resolve com a volta da tônica. No
entanto, a escala menor harmônica gera um campo harmônico onde o quinto grau é um
acorde maior, assim como a escala menor melódica. Mas essas escalas menor harmônica e
melódica são outros assuntos mais afundo...

Como estudar campo harmônico?

Primeiramente, assimile bem toda a parte teórica, pois ela é essencial para você
entender a harmonização dentro de uma música na prática. Monte o campo harmônico de
diferentes tons e mapeie esses acordes no seu instrumento. Na guitarra ou no violão, faça o
mapeamento em diferentes partes do braço.
Depois que você decorar os acordes, escolha duas ou três músicas do seu gosto. Agora,
analise a progressão de acordes dessas músicas, relacionando-as com o campo harmônico
da tonalidade delas. Examine também a relação dos acordes com a melodia vocal das
músicas. Por fim, componha uma progressão de acordes usando as três funções do campo
harmônico.
No geral essa foi a apostila e espeço que te ajude a se tornar um excelente músico!!

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