Jake Lee EBook

De todos os guitarristas que já tocaram com Ozzy Osbourne, Jake E Lee sempre foi o
meu favorito, sua criatividade, timbre e sua postura no palco sempre me saltaram aos
olhos.
Resolvi fazer esse e-book como uma forma de homenagear esse ícone das seis cordas.
Vou abordar aqui riffs, solos, licks e truques que ele utilizou tanto na banda com o Ozzy
que obviamente é o seu trabalho mais conhecido, como em seus outros projetos que
também contém muita informação guitarrística.
Luciano Vieira
lvfcemusical@hotmail.com
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Introdução
Jakey Lou Williams nasceu em 15 de fevereiro de 1957 e cresceu em Norfolk, Virginia,
EUA. Sua mãe era Japonesa e seu pai, um Americano que servia à marinha dos Estados
Unidos. Quando a marinha sofreu mudanças, seu pai que era soldado, foi relocado e toda
sua família teve de se mudar para San Diego, Califórnia onde, por muito tempo,
permaneceram.
Ainda com cinco anos, a mãe de Jake o fez estudar piano clássico. Seu instrutor disse à
sua mãe que Jake era muito promissor, e que seria um grande pianista, mas Jake tinha
outros planos. Na adolescência ele começou à mergulhar na cultura local, onde obteve
paixão pelo Skate, e pelo Rock and Roll.
Aos 13 anos Jake, trocou o piano pelo violão, e disse aos seus pais que piano era
"entediante" e "para velhos". Embora seu instrutor de piano, o permitisse explorar o
mundo do Jazz, foi a Guitarra que capturou toda sua atenção. E ele foi firme em sua
decisão de desistir de aulas de piano, e assim que sua mãe aceitou sua decisão,
contratou um professor de violão para ele.
Após tocar em uma banda chamada Teaser, que montou ainda nos tempos de colégio,
Jake, foi convidado a entrar na banda Ratt, depois de algum tempo Jake resolve sair da
banda e envia uma fita demo para a produção de Ozzy Osbourne que procurava alguém
para substituir o falecido Randy Rhoads.
Com Ozzy, Jake gravou dois álbuns fenomenais: Bark at Moon e The Ultimate Sin,
realizou turnês gigantescas e cravou seu nome na história da guitarra.
Após ser demitido da banda de Ozzy, Jake fundou o maravilhoso grupo Badlands, com
Eric Singer na bateria e Ray Gillen nos vocais, além do baixista Greg Chaisson. A banda
lançou 3 discos (Badlands, Voodoo Highway e Dusk).
Com o final da banda, devido a morte do vocalista Ray Gillen, Jake passou a participar de
álbuns-tributo, no qual destaco sua participação no disco em homenagem a Jeff Beck:
Jeffology.
Atualmente Jake está tocando com sua nova banda chamada Red Dragon Cartel, que
lançou um álbum de inéditas em 2014 e está preparando o segundo.
Fonte: Internet
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RIFFS
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Riff 01 (Centre of Eternity - Bark at Moon ) nesse riff vemos uma característica bem
marcante de Jake, que são o uso de cordas soltas com a técnica de mute. Os acordes com
quartas também são um recurso muito comum ao estilo e devem ser executados com uma
pestana.
Riff 02 (Now you See it – Bark at Moon ) aqui o uso de power chords nos remete ao modo
menor, mais precisamente E eólio (o preferido dos metaleiros ), o destaque fica por conta
da afinação, não sei dizer o porque mas tocando com a gravação percebi que a guitarra
estava afinada em aproximadamente 444 hz.
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Riff 03 ( Bark at Moon – Bark at Moon ), aqui temos talvez o riff mais marcante de Jake,
onde ele se utiliza de power chords formados a partir da quarta corda (uma de suas
características ), o lance aqui é prestar atenção com relação a divisão rítmica. Detalhe:
Jake E Lee toca esse riff em várias regiões e de maneiras diferentes, escrevi aqui a
maneira que ele toca na versão com o Red Dragon Cartel.
Riff 04 ( Waiting for Darkness – Bark at Moon ) esse riff apresenta outra marca no estilo
de tocar de Jake E Lee, repare que você deve tocar o riff realizando a técnica de mute, a
sonoridade resultante é muito peculiar, podemos encontrar esse tipo de riff em várias
outras músicas como Bark at Moon por exemplo.
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Riff 05 (Lightning Strikes – The Ultimate Sin ) esse riff está na tonalidade de F#m, mas
ouvimos Fm devido a afinação ½ tom abaixo.
Riff 06 (The Ultimate Sin – The Ultimate Sin ) outro riff matador, nele notamos em
primeiro lugar a afinação meio tom abaixo do padrão, e o uso de cordas soltas com a
técnica de mute. Destaco o acorde que abre o riff, um D5/A soando pesado devido à
inversão com a quinta justa no baixo.
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Riff 07 (High Wire – Badlands ) mais um riff com a afinação meio tom abaixo do padrão,
aqui Jake utilizou a técnica de harmônicos artificiais e cordas soltas, a grande sacada aqui
é prestar atenção no segundo compasso, onde a fórmula muda de um compasso
quaternário para uma compasso binário, fique esperto também com a tercina de
semicolcheia presente nesse mesmo compasso.
Riff 08 ( Dreams in the Dark – Badlands ) Essa talvez seja a música mais famosa da banda
Badlands, e temos aqui o riff que abre a música. É um riff de fácil execução, formado
basicamente por powerchords na tonalidade de Em, não se esqueça de afinar sua guitarra
meio tom abaixo do padrão.
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Riff 09 ( Rock and Roll Rebel – Bark at Moon ) Esse riff foi composto com notas da escala
de F# eólio, a grande dificuldade aqui será realizar o acorde do compasso 6, devido a sua
abertura da mão esquerda, aliás essa é uma característica marcante de Jake E Lee.
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Riff 10 (Bark at Moon – Bark at Moon ) Outro riff marcante de Jake, esse faz parte do
refrão, destaco aqui o uso de intervalos de terças para criar os acordes, normalmente
nesse estilo o intervalo mais utilizado é o de quinta. Realizar os acordes oitavados do
segundo compasso serão um desafio devido à velocidade do riff.
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Riff 11 (Killer of Giants – The Ultimate Sin) escolhi a introdução dessa música pois ela
contém alguns aspectos interessantes. Primeiro um lance mais acústico com dedilhados,
recomendo que se toque com a palhetada toda para baixo sem alternar, segundo deixe as
notas soarem, aumentando sua ressonância, e pra finalizar a harmonia utilizada, repare
que Jake utiliza as cordas soltas para gerar as dissonâncias dos acordes, em especial os
acordes de Bb9b11# e Fmaj711#.
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Riff 12 (Deceived – Red Dragon Cartel) para finalizar temos aqui um riff da nova banda de
Jake que foi lançanda em 2014. Esse riff é muito interessante pois notamos a presença de
acordes “cheios” com sétimas inclusive, o que não é comum no estilo, ainda mais sendo
um riff tocado com uma distorção pesada, o que tende a embolar o som, mas Jake
consegue fazer o riff soar pesado e melódico ao mesmo tempo.
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SOLOS
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Este é sem dúvidas o solo mais famoso de Jake E Lee, composto na tonalidade de Dm.
Notamos o uso de licks da penta de Dm e também da escala de D eólio. Utilize um chorus
pra se aproximar do timbre.
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Este solo faz parte da música Now you see it, do disco Bark at Moon, logo no primeiro
compasso Jake faz uso da sua famosa técnica de glissando com as duas mãos, o primeiro
slide é feito com a mão esquerda e o segundo com a direita e assim sucessivamente. O
lance aqui é afinar bem os bends e tomar cuidado com as sextinas do final.
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Baladinha do disco Bark at Moon, que o próprio Ozzy disse ter gravado por pressão da
gravadora, que exigia uma balada no disco. Esse solo mostra como Jake E Lee pode soar
melódico, cada nota aqui parece ter sido escolhida a dedo tamanho o bom gosto, é um
dos meus solos preferidos dele.
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LICKS E
TRUQUES
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Temos aqui o famoso Thumb Lick, que faz parte do solo da música Suicide Solution na
BATM TOUR de 1984. Para realizá-lo será necessário uma considerável abertura da mão
esquerda, faça uma pestana com o polegar na casa 5 e toque as outras notas com o dedo
3.
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Mais um lick presente no solo de Suicide Solution na BATM TOUR, o lick começa com
notas do acorde de Am/11 depois Cadd9 e por fim D7/9, a sonoridade é muito legal,
vendo os vídeos desse solo percebi que Jake palheta tudo, e foi assim que escrevi, só na
última frase é que a técnica de ligados é utilizada.
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Esse lick pertence ao solo da música Secret Loser, e traz padrões de escala tocados com
mute, o destaque fica para a última nota que é tocada com um harmônico artificial.
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Durante anos quebrei a cabeça pra entender como Jake fez a intro de Never Know Why,
cheguei a essa conclusão (mesmo assim me resta alguma dúvida), mas foi o mais próximo
que consegui chegar. O lance aqui está na regulagem dos efeitos, utilize drive, flanger e
delay. Toque abrindo e fechando o volume da sua guitarra.
Pra finalizar esse especial Jake E Lee, o solo de introdução de Dreams in the Dark, onde a
pentatônica de Em é usada de forma genial, com um reverse bend e logo em seguida um
vibrato matador, o último bend deve ser realizado puxando a corda para baixo.
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Sobre o autor
LUCIANO VIEIRA
Guitarrista profissional, com mais de 20 anos de experiência, de

2002 a 2005 foi colunista da revista Cover Guitarra.
De 2005 a 2006 foi colunista da revista Guitar Class.
De 2007 a 2012 foi colunista da revista Guitar Player.
• Tem 3 métodos publicados pela editora HMP (Songbook Iron
Maiden, Toque de mestre Improvisando com a escala
Pentatônica, e Pentatônicas Além do Blues).
• Transcreveu os livros: Guitarristas do Brasil e Songbook Faíska
Bend ambos pela editora Melody, Telecountry a técnica da
guitarra Country pela editora Irmãos Vitale.
Atualmente toca em 2 projetos: PRO 4 (banda no estilo fusion, que
está em processo de gravação de seu primeiro álbum) e THE
HOLLYWOODS CINEMA HITS (banda especializada em tocar trilhas
de filmes, para eventos coorporativos).
CONTATOS
Para entrar em contato e saber mais sobre: aulas, métodos, cursos
on line curta: https://www.facebook.com/lucianovieiraofficial/
Ou mande um email para lvfcemusical@hotmail.com, com o
assunto que deseja.
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