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QUEM É
ANDRE NIERI?
André Nieri é um guitarrista, violonista
e compositor brasileiro. Formou-se no
Conservatório de Tatuí/SP em 2008 e
desde então vem moldando seu estilo,
misturando toda sua influência e back-
ground do rock/blues com a abordagem
de fingerstyle do violão mpb/jazz.

Foi vencedor de diversos concursos


internacionais de guitarra, com destaque
para o GUITAR IDOL de 2014, evento
realizado em Londres, no
qual foi premiado com
o 1º lugar, apresentan-
do uma composição
própria. Hoje em dia é
professor do Musicians
Institute de Los Ange-
les nos EUA. Excursiona
pelo mundo todo to-
cando e fazendo clíni-
cas e workshops com
seu trio instrumental e
também acompanha
a banda do lendário
baterista virtuose
Virgil Donati (PlanetX,
Steve Vai).

André Nieri é um
músico incansável
que não teme em
explorar novos hor-
izontes e sempre
busca a evolução
em novas sonori-
dades para comple-
mentar sua per-
sonalidade e estilo
musicais.
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INTRODUÇÃO
Durante os últimos anos, acabei recebendo
inúmeros feedbacks de diversos alunos,
seja do meu Intensivo, sejam alunos pres-
enciais ou até mesmo alunos do Musicians
Institute de Los Angeles, faculdade onde
leciono. Em todos os feedbacks, esses
alunos traziam uma coisa em comum:

“todos eles subestimavam os fundamentos


e só no momento da aula descobriam que
haviam deixado buracos em seu aprendiza-
do e isso os impossibilitava de evoluirem
para um nível mais alto na guitarra.”

Não adianta você querer avançar, se o seu


alicerce ainda não está sólido. O apren-
dizado é como a construção de uma casa:
quanto mais sólida estiver a sua base, mais
fácil você atingirá os seus objetivos e é esse
o intuito que me faz escrever este ebook.

Será que você realmente tem uma base


fundamentada?

Já parou para pensar que sua estagnação


pode ser simplesmente porque você deixou
de trabalhar algumas coisas básicas porém
fundamentais, e que na sua cabeça já “es-
tão OK”, quando na verdade não estão?

Pois é. Isso pode estar acontecendo e é


através deste e-book que vamos fazer um
apanhado intensivo nos fundamentos que
todo guitarrista precisa saber e fazer você
enxergar as coisas de outra maneira.

Vamos embarcar nessa juntos?


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INTERVALOS

É essencial começarmos pelos intervalos,


pois eles são a espinha dorsal que forma
todas as escalas, arpejos e acordes.

Pela minha experiência tanto como pro-


fessor quanto guitarrista atuante, se você
tiver um conhecimento maximizado sobre
intervalos, todo o resto ficará mais fácil e
simples de se compreender.

Exemplos:

- Vamos supor que você queira saber o


nome de um acorde X, se você consegue
entender quais intervalos estão sendo
tocados neste acorde, obviamente você
conseguirá saber o nome dele de forma
muito mais rápida;

- Ao compor, torna-se muito mais eficiente


e prática a passagem da mente para o
instrumento;

- Aprender novas escalas e modos torna-se


tão descomplicado, pois colocamos o foco
nos intervalos e alteramos em cheio ape-
nas aqueles que fazem a diferença de uma
escala para outra.

Tudo isso porque TODAS essas ações


descritas acima têm como fundamentação
mais primitiva o uso de INTERVALOS.

FUNDAMENTOS 04 ANDRE
DA GUITARRA NIERI
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LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DOS INTERVALOS

É prioritário começarmos pela localização


geográfica dos intervalos no braço da
guitarra. Como disse no início deste eb-
ook, você pode subestimar isso, achar que
é bobeira, mas não: me ajudou demais
em meu aprendizado e qualquer pessoa
pode e deve se aprofundar neste assunto,
independente do nível técnico em que se
encontra.

Eu gosto de começar pela escala maior,


então, pegaremos como exemplo o tom de
G Maior em seu formato básico.

G A B C D E F#
(T 2 3 4 5 6 7)

Como já sabemos, a escala maior tem


nota referencial (geralmente a tônica, numa
como formação: tônica, segunda maior,
região grave)
terça maior, quarta justa, quinta justa, sex-
ta maior e sétima maior. Em qualquer lugar do braço que você
executar estes formatos, nós teremos os
Com base nisso, podemos começar a visu-
mesmos intervalos. E isso com certeza te
alizar os intervalos ao longo do braço de
abrirá um novo horizonte de decodificação
maneira geográfica, tendo como base uma
os intervalos ao longo do braço!

FUNDAMENTOS 05 ANDRE
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ESCALA MAIOR

FUNDAMENTOS 06 ANDRE
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ENCONTRANDO DIFERENTES INTERVALOS

Para encontrar diferentes intervalos basta adequá-lo aos formatos


já existentes. Por exemplo: como encontrar a 3ª menor?

É simples! Encontre a 3ª maior e baixe um semitom.

E 4a aumentada?

Ela será um semitom acima da 4a justa, sendo também, uma 5a diminuta.


Então é a mesma coisa, em todo lugar do braço que você fizer o exemplo
abaixo, você terá uma 4a aumentada ou 5a diminuta.

Resumindo, faça isso com qualquer tipo de intervalo que você quiser
estudar e você terá todos os intervalos na ponta dos dedos!

FUNDAMENTOS 07 ANDRE
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PERCEPÇÃO DE INTERVALOS

Um ótimo exercício para você melhorar sua Quando solfejar, você deverá mentalizar
percepção acerca de intervalos é solfejar as o intervalo que está solfejando. Ao solfe-
notas de uma escala. jar uma 4a justa, mentalize que você está
solfejando uma 4a justa. Isso é o que vai te
Isso me causou uma transformação im- trazer uma percepção maior sobre os inter-
pactante, por isso é muito importante eu valos, fazendo com que ao longo do tempo,
compartilhar esse exercício com você. identificar os intervalos de ouvido seja algo
extremamente natural pois o seu cérebro
Vamos tomar novamente como exemplo a estará educado a assimilar um determinado
escala maior, onde temos: T, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. intervalo com o seu som característico.

Pegue sua guitarra, escolha uma tônica, Tudo pronto! Você está com a faca e o que-
toque-a, deixe soando e solfeje os inter- ijo na mão, sua missão daqui por diante é
fazer isso em outros tons e também utili-
valos da escala, falando o nome de cada
zando outras escalas e arpejos.
intervalo solfejado.
Por exemplo, solfeje a escala de Bb mixolí-
Ex. 01: Percepção de intervalos dio, que é composta por: Bb C D Eb F G Ab
(T 2 3 4 5 6 b7). Neste caso, a única nota
diferente em relação à escala maior é a 7a
menor.

O objetivo disso tudo é você fazer com que


seu cérebro faça a assimilação entre inter-
valo e o som característico dele.

Você vai ver como isso vai te ajudar de uma


Faça isso em vários tons e visualize o inter- forma que você nem imagina!
valo mentalmente.

FUNDAMENTOS 08 ANDRE
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ESCALAS E ARPEJOS

A forma como eu penso


nesses dois assuntos é ba-
sicamente a mesma. Acho
válido aprender os forma-
tos básicos de cada um,
os famosos “shapes”, mas
depois, é completamente
necessário você conseguir
localizar as notas em cada
corda, percorrendo toda a
extensão do braço, fazendo
com que você domine cada
vez mais o instrumento e
o enxergue de forma mais
ampla. Junto com isso, o
fato de você se acostumar
com a sonoridade e identi-
ficar o som de cada escala
e arpejo, te ajuda em prati-
camente tudo, desde a tirar
músicas de ouvido, até a
compor, acompanhar uma
banda, cantor, instrumen-
tista, etc.

Para dar início à isso, sugiro


que você comece estudan-
do pelo Sistema 5 (CAGED),
que é um sistema que você
divide o braço da guitarra
em cinco partes (shapes).

Vamos pegar como exem-


plo a escala de G Maior e
teremos os cinco formatos
ao lado:

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ESCALAS E ARPEJOS

Pensando agora com o exemplo de um arpejo, vamos pegar Gmaj7


e teremos novamente os cinco formatos, porém, obviamente em
Gmaj7, ficando da seguinte maneira:

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ESCALAS E ARPEJOS

Mesmo apenas tocando os formatos, é conveniente você prestar atenção nos intervalos
de cada escala e arpejo, estudando de forma musical. Para que você entenda melhor,
veja abaixo o vídeo que exemplifica bem isso:

Ex. 02: Escalas e arpejos

No vídeo acima eu fiz todos os cinco shapes de G maior de uma forma mais musical. É
isso que você deve buscar! Tente também enfatizar algum intervalo, como por exemplo
nos vídeos à seguir.

Ex. 03: Tocando com ênfase na 3ª Ex. 04: Tocando com ênfase na 2ª

Nos exemplos acima eu te mostro uma seu próximo passo é começar visualizá-los
maneira bem musical de você estudar os em cada corda de forma horizontal, pois
shapes e não ficar somente tocando-os quando você juntar essa abordagem com
“de cima para baixo”, soando como se a abordagem de shapes, você terá um
fosse um exercício. domínio muito mais amplo de seu instru-
mento além de ficar muito mais seguro e
Depois que você tiver estudado várias es- enxergar o assunto com mais eficiência.
calas e vários arpejos em diversos tons, o

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ESCALAS E ARPEJOS

Veja nos vídeos abaixos como algumas escalas ficam tocadas em cada corda.

Ex. 05: Escala maior de E em cada corda

Ex. 06: Escala Bd Dórico em cada corda

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ESCALAS E ARPEJOS
Faça o mesmo com arpejos, por exemplo:

Veja nos vídeos abaixos como algumas escalas ficam tocadas em cada corda.

Ex. 07: Arpejo de Amaj7 em cada corda

Ex. 08: Arpejo de Fm7 em cada corda

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ESCALAS E ARPEJOS

É muito importante que você consiga visu-


alizar todos esses intervalos das escalas e
arpejos utilizando as dicas da lição anterior,
por assim, você consegue mudar de escala
de maneira mais suave e eficiente.

Vamos pegar como exemplo duas escalas


que tenham notas em comum, como por
exemplo o Modo Jônio (T 2 3 4 5 6 7) e o
Modo Mixolídio (T 2 3 4 5 6 b7). Nós sabe-
mos que a única diferença entre esses dois
modos é a 7a, onde no Modo Jônio temos a
7a maior, enquanto no Mixolídio temos a 7a
menor. Sendo assim, conforme o estudo que
já estamos fazendo, que é de forçar a visual-
ização desses intervalos, agora fica mais fácil
de você mudar de escala e ficar alternando
entre esses dois modos já que você consegue
identificar geograficamente esses intervalos Ex. 09: Modo Jônio e Mixolídio
de forma mais rápida.

Veja no exemplo ao lado como fica bem fácil


transitar entre o Jônio e o Mixolídio quando te-
mos conhecimento de todos os intervalos que
estamos tocando, pois assim, basta identificar
a 7a e alterá-la para transitar em outro modo.

Ex. 10: Improvisando em uma corda


Legal né? Agora vamos
brincar de improvisar
em apenas uma corda
para colocar tudo isso em
prática.

Veja ao lado como ficou


meu improviso e pratique
você também.

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VIBRATO

O vibrato é um dos fundamentos mais impor- Ex. 11: Vibrato com onda grande
tantes para meu estilo e confesso que quando
eu ouço um guitarrista com um vibrato ruim,
eu imediatamente perco o interesse nele, pois
pra mim, se ele não sabe fazer um simples
vibrato, ele ainda será um guitarrista iniciante,
mesmo que ele consiga fazer mil notas por
segundo.
Ex. 12: Vibrato com onda menor
Um bom vibrato é importantíssimo, pois ele
é o que dá uma sustentação às notas e as
embeleza, direcionando estilisticamente a sua
frase.

As variações de vibratos são muitas e é como


você domina ela que fará toda a diferença!

Veja ao lado alguns exemplos que separei Ex. 13: Vibrato lento movimento
para você. circular

Ex. 14: Vibrato rápido onda menor

Ex. 15: Vibrato rápido, onda grande

FUNDAMENTOS 15 ANDRE
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PALHETADA ALTERNADA

O que eu utilizo bastante é uma mistura Vamos supor que temos duas notas, uma
de palhetada alternada e sweep, também em cada corda, como por exemplo as
chamada de economy picking. notas B e E. Se você palhetar a nota E para
baixo e a nota B para cima, você vai ter um
Ao palhetar alternado, muitas vezes tam- movimento chamado inside picking, que
bém utilizo repetições de palhetadas para não é nada mais nada menos do que uma
cima ou para baixo para compensar o meu palhetada por dentro das duas cordas.
inside picking, que não é tão bom.
Esse é um dos movimentos que mais sinto
Você não sabe o que é o Inside Picking? dificuldade em realizar. Veja abaixo:
Pera aí que vou te explicar!

Ex.Ex.
16:16:
Inside Picking
Inside Picking

Ex. 17: Outside Picking

Quando você inverte isso,


tocando por fora das cor-
das, você vai ter um movi-
mento de Outside Picking
ou palhetada por fora, que
pra mim, é muito mais con-
fortável de realizar.

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SWEEP

Uma dica que eu acho fundamental para que o seu Sweep Picking saia bem bonito, é você
conseguir matar a nota que já tocou, pois assim o seu fraseado fica muito mais limpo e
mais conciso. Tenha cuidado com as notas soando juntas. Veja os exemplos abaixo:

Ex. 18: Sweep execução correta Ex. 19: Sweep execução incorreta

Como você pode perceber, é bem mais bonito quando você consegue abafar as notas
que já tocou.

Esse abafamento é quase que inteiramente feito com a mão esquerda, onde você preci-
sa tirar o dedo da corda matando o som dela quando você passa para outra corda.

Não é algo fácil, principalmente quando você usa várias pestanas, porém, é fundamen-
tal para que você tenha um sweep limpo e de qualidade.

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BENDS

Aqui está uma das técnicas mais impor- força na mão, sendo assim, você precisa
tantes e mais subestimadas dos guitarris- estudar bastante para não errar na hora
tas. de aplicar essa técnica independente de
qual seja o dedo.
Muitas vezes o guitarrista está mais
preocupado em tocar uma escala o mais Um dos exercícios mais eficientes que
rápido possível do que fazer um bend você pode fazer é estudar os bends com
bonito, porém, quando isso é feito, ele escalas: dessa forma você já fica com o
acaba pulando uma técnica mais do que som dela na cabeça e então é mais fácil
fundamental e que lá na frente ele sentirá saber se você está ‘afinado’ ou não.
falta, mas não terá sucesso quando tentar
consertar. Vamos pegar como exemplo a escala de
F maior (F G A Bb C D E) e vamos fazer ela
O bend ele é muito associado ao vibra- inteira utilizando bends.
to, raras vezes eu toco algum bend sem
algum tipo de sustentação do vibrato. Isso
te dá uma sonoridade lindíssima que pode Ex. 20: Escala de F usando bends
ser aplicada em inúmeros estilos e situ-
ações musicais.

Uma das palavras chaves quando eu


penso em bends é sustentação. Quanto
mais sustentação você der para o seu
bend, mais facilmente você eleva a corda e
menos força você precisa colocar na mão.
O benefício de estudar dessa forma é que
Na maior parte das vezes eu faço o bend caso você cometa um erro, você imediata-
com o dedo três e utilizo os dedo dois mente vai saber onde errou e vai começar
um e dois para ter uma sustentação a refinar isso.
necessária de modo que o bend saia cor-
reto. Para você estudar bends maiores como
por exemplo bends de 1 tom e meio, é in-
Às vezes também, dependendo do fra- teressante você utilizar a escala pentatôni-
seado que você está fazendo, você vai ca pois ela te dará esses intervalos.
precisar executar o bend com o dedo 2 ou
até mesmo com o dedo 1. Nesses casos
é óbvio que você vai ter que colocar mais

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BENDS

Veja abaixo este exemplo aplicado à


escala pentatônica de F Maior.

Ex. 21: Bends na penta de F Maior

Depois que você fizer esses exercícios e


estudar os bends em diversas escalas e
tons, sugiro que você comece a apren-
der os solos que você gosta de guitarris-
tas que utilizam muitos bends. No meu
caso, tive uma influência muito forte de
caras como Steve Ray Vaughan, Steve
Lukather, Steve Morse, Eric Johnson, Eric
Clapton, Joe Bonamassa, etc, que são
caras que utilizam muitos bends.

Depois disso você pode improvisar livre-


mente utilizando as escalas pois desta
maneira você estará praticando sua
musicalidade junto com a parte técnica
do bend e isso é uma das coisas mais
importantes!

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LIGADOS

Essa é uma das técnicas que mais utilizo, Ou você martela a nota (hammer-on)
pois como eu uso muito Fingerpicking, eu Ou você “liga” ela.
acabo me apoiando bastante em ham-
mer on e pull off, sendo assim, isso acaba Vamos pegar como base três notas: A, B e
soando mais bonito na guitarra com drive C# na corda B.
do que utilizar os dedos para aferir todas
as notas, principalmente quando temos Eu posso martelar essas notas utilizando a
muitas notas em cada corda. força do dedo para ligar as notas (hammer
on) ou posso ligar essas notas, aproveitan-
O modo como eu penso nessa técnica é do a deixa da nota anterior e/ou forçando
relativamente muito simples. a corda para baixo.

Você tem duas opções: Veja um exemplo no vídeo abaixo:

Ex. 22: Exemplo de hammer on e pull off

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LIGADOS

Repare que quando você martela, o som Repare que ao utilizar a abordagem de
fica mais suave e com uma dinâmica mais ligados o som é outro, ele fica menos
controlável; já quando você liga, o som dinâmico, mais comprimido, “na cara” e
fica mais “na cara”, agressivo e com mais muito usado em rock / metal porque ela
compressão. Com isso, você deve escolher realmente tem um caráter mais agressivo.
uma dessas abordagens para aplicar em
uma determinada situação. Uma das maiores dicas na hora de estu-
dar essa técnica é tentar ouvir cada nota e
A escolha é pessoal e depende do tipo de ouvir sem se apressar, pois no momento
sonoridade que você deseja alcançar pois que você entra no “modo automático”
as vezes uma vai soar melhor do que a você acaba se distanciando muito da
outra ou vice versa. música verdadeira e acaba jogando notas
ao vento.

Ex. 23: Abordagem de martelar A dica é você tocar bem lento, sentindo
as notas e gradativamente aumentar a
velocidade, porém, sentir cada nota mes-
mo aumentando a velocidade, aplicando
a técnica de forma satisfatória e sem se
distanciar muito da parte musical.

Como você pode notar, o som conseguido


martelando é bem suave e dinâmico, essa
abordagem é muito usada no Jazz/Fusion
pois é um estilo de música muito dinâmico
que requer esse tipo de “feeling” do instru-
mentista.

Ex. 24: Abordagem de ligado

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BÔNUS

PARE DE SER UM TOCADOR DE SHAPES!


O CHECKLIST PARA SOAR DE MODO MUSICAL

Utilize mais saltos

Exercite isso em todos os shapes da escala

Repita o processo em cada corda

Tente fazer melodias começando por uma corda,


depois adicione mais uma

Imprima técnicas básicas como: bends, slides e


vibratos.

Tente fazer melodias começando por uma corda,


depois adicione mais uma corda, e depois outra, e
assim sucessivamente, memorizando as notas da
escala de modo horizontal e corda por corda.

Fez isso com uma escala? Pegue outra Garanto que uma base BEM FUNDA-
escala e repita todo o processo. MENTADA é o ideal para que você evolua
de maneira constante e exponencial no
Fez isso em outras escalas? Faça o mesmo instrumento.
com os arpejos.
Gostou do e-book?
Supondo que você fique fera e faça isso
em UMA ESCALA POR MÊS (o que é bas- Então deixe um comentário em meu post,
tante tempo), você tem ideia de como assim você estará me incentivando a
pode ficar o seu fraseado em 1 ano? desenvolver novos conteúdos gratuitos
para você!
É isso! Bora colocar tudo isso em prática e
evoluir de vez no instrumento! Acessar o post do e-book

FUNDAMENTOS 22 ANDRE
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