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E-Book | Guia Básico de Equipamentos para Iniciantes escrito por Vinícius Dias
Capítulo 1
Palhetas
O primeiro equipamento que vou apresentar é a palheta. Certamente você
já viu que quando a grande maioria dos guitarristas tocam, eles seguram ali na
mão que ataca as cordas um objeto, não é mesmo? Esse objeto é a palheta e ela
pode ser feita de vários materiais, ter diferentes formatos e tamanhos, além de
várias espessuras diferentes:
Afirmar qual o modelo ideal para cada um é difícil, pois isso depende
muito da forma como o músico ataca nas cordas da guitarra, portanto, não fique
preocupado se ao longo da sua prática você optar por trocar de palheta ou até
mesmo chegar a conclusão de que são precisos mais de um modelo de palheta
para você conseguir tocar bem. Existem guitarristas que fazem isso e acabam
utilizando palhetas mais pontiagudas para músicas que possuem mais solos e
palhetas sem ponta para aquelas músicas que possuem apenas ritmos, por
exemplo.
Palhetas mais finas, como as que têm espessura de 0,5 mm e 0,8 mm, são
maleáveis e acabam sendo facilmente dobradas a depender da força que o
músico toca. Isso não acontece com as palhetas a partir de 1,0 mm de espessura,
independente da força que se coloque para atacar as cordas.
Esse é outro fator que você vai determinar melhor quando já estiver
tocando, pois é difícil prever a força média que você vai usar para atacar as cordas,
mas um bom ponto de partida é escolher palhetas com espessura média (entre
0.70 mm e 1.00 mm) pois você vai começar aprendendo a dosar sua força com
elas.
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Deixei para falar sobre o material de construção das palhetas por último,
pois dentre as classificações possíveis para uma palheta, esse é o mais subjetivo
de todos e diz respeito a algumas situações pessoais e físicas de cada músico.
As palhetas podem ser feitas de vários materiais, mas as mais comuns são
feitas de derivados de plástico, metal e resina. Também é preciso citar que suas
superfícies podem ser lisas, abauladas ou até mesmo porosas, e essas condições
acabam interferindo diretamente na tocabilidade e também na sonoridade que
se deseja ouvir.
inclina a palheta ao tocar e também da força que se toca, isso pode acabar
sujando o som, fazendo com que as notas não tenham tanta clareza.
Como você viu, existem palhetas consideradas grandes, médias e
pequenas. Algumas delas possuem formato mais triangular e outras têm a ponta
mais arredondada. Cada uma delas pode ser feita em material mais poroso ou
mais liso, assim como pode ser mais fina ou mais grossa.
A principal dica quando vamos falar sobre a escolha das palhetas é
experimentar algumas e então comprar as que você mais acha que vão ser
confortáveis na hora de tocar. Mas, pra te ajudar nessa tarefa, vou deixar uma
sugestão pra você que não sabe por onde começar…
Se você nunca teve contato com palhetas antes, opte por iniciar tocando
com uma de tamanho médio, com espessura de até 1,0 mm e com uma ponta
não tão aguda assim. Aqui ficam algumas recomendações para você iniciar sua
pesquisa:
que você mais escuta tocam com ou sem palheta. Caso 80% dos guitarristas que
você escuta usem palhetas, é legal passar 80% do seu tempo estudando com ela,
mas também não ignore o fato de que algumas das suas referências tocam sem
palheta, e então, foque 20% do seu tempo tocando sem elas.
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Capítulo 2
Cordas
Se você está começando a tocar guitarra agora prepare-se para as
corriqueiras e até mesmo inesperadas trocas de cordas. Elas são os elementos
básicos em nosso instrumento e desde já quero te falar que a coisa mais normal
do mundo é uma corda arrebentar! E também quero te informar que você não
deve trocar as cordas da sua guitarra apenas quando elas arrebentam ou quando
estão muito enferrujadas. A troca das cordas da guitarra deve ser feita
periodicamente.
Existem vários modelos, tipos e especificidades quando o assunto são
cordas de guitarra, porém não vamos adentrar em cada uma delas com muito
detalhamento, eu quero concentrar em te ajudar a entender como elas
funcionam para que você tenha segurança ao comprar suas cordas. Para isso
vamos começar a entender as principais características das cordas.
As seis cordas da guitarra possuem medidas diferentes e existe uma
proporção padronizada de diferença entre cada uma delas. Para ficar mais claro, o
jogo de cordas é classificado através do diâmetro da primeira corda e com base
nessa medida temos condição de saber também o diâmetro de todas as outras.
Veja as medidas padrões de um jogo de cordas classificado como 0,009 e outro
classificado como 0,010:
Capítulo 3
Cabos
Os cabos são um dos acessórios mais importantes para todos os
guitarristas, afinal de contas, precisamos deles para fazer a conexão entre a nossa
guitarra e o amplificador. Porém, por se tratarem de produtos que não são muito
caros (quando comparados ao valor total que vai se investir ao começar a tocar)
muitas pessoas acabam não dando a devida atenção na hora de escolher cabos.
Um bom cabo tem vida útil de anos e entrega uma qualidade sonora
superior aos demais, isso porque os componentes que estão dentro do cabo (que
são popularmente chamados de “malha”) conduzem todos os sinais elétricos e aí
cabos que possuem essa malha interna melhor elaborada e com materiais de
qualidade permitem que o sinal saia da guitarra e chegue mais intacto até a outra
ponta, onde está o amplificador.
De uma forma muito simples, agora você entende a importância de usar
bons cabos, porém o mais comum é encontrar pessoas indo até lojas de músicas
e pedindo sempre “o mais barato”. Certamente é um erro, pois nem sempre o
cabo mais barato vai entregar o melhor custo/benefício e você também corre
risco de prejudicar o seu som. Porém, o outro lado também é compreensível e
imaginável, pois é muito difícil para um consumidor que desconhece todas as
especificações de cabos e também não tem conhecimento sonoro nenhum
escolher bons cabos desde o início, por isso agora eu vou indicar boas opções
para que você acerte desde o início na compra dos seus cabos.
Os tipos de cabos
Basicamente na hora de comprar seu cabo você vai se deparar com duas
opções visíveis muito diferentes entre os cabos: cabos emborrachados ou
cobertos de tecido. Ambas opções são válidas e possuem aspectos positivos e
negativos. Sendo bem objetivo, os cabos cobertos de material emborrachados são
mais resistentes a água e ambientes molhados, porém são facilmente dobráveis,
o que poderia danificar a malha interna com mais facilidade, já os cabos cobertos
com material de tecido não são tão resistentes em ambientes mais úmidos e com
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água quanto o anterior, porém não podem ser dobrados e torcidos tão
facilmente, o que faz com que se preserve mais a malha interna.
Por fim, mas não menos importante, quero aproveitar para dizer que os
cabos possuem tamanhos diferentes (o que você já deve imaginar), porém é legal
escolher o comprimento do cabo pensando no ambiente em que ele vai ser
utilizado, pois da mesma forma que não adianta comprar um cabo de um metro
para fazer um show em um palco grande, você também pode ter problemas
comprando cabos extremamente grandes (cinco ou dez metros) para utilizar
apenas em seu local de estudo. Os cabos embolam facilmente e nada custa para
você acabar dobrando ou então, até mesmo, passando uma cadeira de rodinhas
em cima dele.
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Capítulo 4
Correia
O único jeito de tocar em pé é com suporte de correias para pendurar a
guitarra em nosso corpo, por isso é legal destinar um espaço para discussão desse
acessório também. As correias em nada interferem na sonoridade do nosso
instrumento, porém são importantes para quem vai tocar em pé, pois uma
correia que fique desconfortável ao tocar acaba não possibilitando que o músico
entregue o melhor resultado de si. Pensando nisso vou trazer algumas dicas que
podem contribuir para sua tomada de decisão.
Antes de falar especificamente sobre o que analisar em uma correia, quero
dizer que o que eu acho mais legal é que elas são altamente personalizáveis e
trazem um pouco do estilo do músico. Existem correias de apenas uma cor, que
trazem desenhos, caricaturas, frases, trechos de músicas e tudo mais que a
imaginação puder contribuir.
fazem isso, algumas são até acolchoadas, em contrapartida elas esquentam bem
mais o ombro e as costas.
Pense também que a guitarra já possui um certo peso para carregá-la por
tanto tempo e se a correia for muito pesada isso pode causar um desconforto
ainda maior. Ainda assim existe certa subjetividade nisso, pois diferentes tipos de
pessoas vão conseguir ter sensações diferentes ao tocar com correias e guitarras
diferentes.
A funcionalidade mais diferente que você vai encontrar nas correrias é que
algumas possuem um mecanismo de trava, que chamamos de straplock. Essa
trava faz com que a correia apenas seja retirada quando ela é desabilitada, ou
seja, isso traz mais segurança ainda para os músicos, mas o preço delas também
é mais caro.
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Capítulo 5
Pedais e Pedaleiras
Chegamos em um dos capítulos mais esperados e que geram a maior
dúvida e interesse em todos que estão começando a tocar. Quero aproveitar para
dizer que se você já ouviu falar sobre pedais ou pedaleiras e se sente
completamente perdido nesse assunto, nem sabe o que esses produtos podem
te oferecer, agora é a hora de simplificar tudo isso e, mantendo nosso hábito, sem
enrolações. Ah, no final desse capítulo eu vou dar dicas pra você comprar seus
primeiros equipamentos e também aprender mais sobre o assunto.
Antes de começar é preciso deixar bem claro que a falta de pedais ou
pedaleiras não interfere em nada na capacidade de aprendizado, você pode
tranquilamente aprender através do Cifra Club Academy ou através de qualquer
outro curso sem esses equipamentos inicialmente. Inclusive, no Cifra Club
Academy não há nenhuma exigência para isso nos primeiros níveis, ou seja, você
tem um tempo para se programar, conhecer mais e então depois fazer a compra
dos seus primeiros equipamentos.
Os pedais e as pedaleiras são responsáveis por simular efeitos que dão
características sonoras diferentes para a guitarra e, além disso, eles podem trazer
funções que ajudam ainda mais o processo de aprendizagem como, por exemplo,
afinador que facilita muito o processo de afinação do instrumento e loops de
bateria para você conseguir treinar ritmos e exercícios mais adiante.
Historicamente os pedais vieram antes das pedaleiras, por isso você pode
aprender facilmente a distinção dos dois equipamentos para compreender
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um produto mais compacto, que use menos cabos, não se importa de gastar um
tempo maior para aprender a mexer em um produto que vai te trazer mais
organização e quer economizar espaço, certamente você vai se dar bem com
uma pedaleira.
Se você está convencido de que usar pedais é melhor para você, preciso te
avisar que montar um setup de pedais demanda tempo e pesquisa na maioria
das vezes. Tempo porque se você tiver um orçamento mais limitado não
conseguirá comprar todos os pedais que deseja de uma vez só - pois são
equipamentos geralmente caros - e pesquisa, pois como já dissemos
anteriormente, existem milhares de possibilidades de pedais para você comprar e
cada dia que se passa esse mercado cresce mais.
Os primeiros pedais que devem estar presentes no setup de todos os
guitarristas são os drives (preferencialmente os drives chamados “leves” no início),
pois eles trazem a essência sonora do Rock N’ Roll. É fácil reconhecer a
sonoridade de uma guitarra com drive e sem o drive:
Músicas tocadas sem o drive forte: “Sultans Of Swing”, “Under The Bridge”,
“All My Loving”, “Mr. Jones” e “Good Times”.
Músicas tocadas com o drive forte: “Smoke On The Water”, “Back In Black”,
“Have A Nice Day”, “The Final Countdown” e “Fade To Black”.
exemplos de pedais de drives leves que você pode iniciar a sua pesquisa e então
comprar:
flanger, phaser, por exemplo - e outras pessoas vão preferir começar pelo
envelope filters - como é o caso do wah-wah - ou compressores, por exemplo. A
partir desse momento cada músico começa a seguir uma linha própria e quando
chegar lá você vai saber facilmente qual caminho deve percorrer. Por isso
recomendamos que você faça a montagem do seu setup aos poucos, comprar
todos os pedais de uma vez só pode significar uma alta chance de necessidade
de troca dos equipamentos no futuro.
Vale ressaltar que alguns pedais são alimentados apenas através de fonte
elétrica e outros pedais podem ser alimentados através de baterias (de 9 volts, por
exemplo) e também para conectar dois ou mais pedais você vai precisar de cabos
pequenos para fazer essa ligação. Ainda sobre a alimentação dos pedais, quando
existir a necessidade de ligar mais de um pedal na energia elétrica você também
vai precisar de uma fonte de alimentação para ligá-los, o que vai ocupar um
espaço a mais no seu setup.
E ATENÇÃO! Caso você opte por utilizar seus pedais com fontes de
alimentação, tenha bastante atenção na voltagem, pois é muito comum
pedais que necessitam de fontes de 9v ou 12v.
Para entender melhor, veja a foto de um pedalboard completo:
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Com essa pedaleira, basicamente você vai ter acesso aos principais efeitos
para tocar guitarra - como drives, reverbs, delays, chorus, entre outros - e também
vai poder organizá-los em bancos de efeitos, onde cada um desses bancos vai ser
um tipo de sonoridade que você vai usar para tocar.
Nessa faixa de preço a melhor opção é comprar uma Boss GT-1 que ainda é
uma pedaleira compacta, mas que possui pedal de expressão ao lado (serve para
ajustar volume mais facilmente e para controlar efeitos como wah-wah e pitch
shifter), possui três foots para possibilitar mais mobilidade na hora de trocar os
efeitos e também é possível usá-la como interface de áudio para ligar sua guitarra
no computador, como vou falar no próximo capítulo.
Perceba que a partir dessa categoria você já vai ver pedaleiras bem
maiores, com mais footswitches e bem mais recursos internos.
Acima desses valores já começamos a encontrar produtos com qualidade
pouco questionáveis, são produtos que em nenhum momento deixam o músico
na mão e entregam uma qualidade sonora muito maior. Porém, acredito que
você não deve começar com produtos tão completos e complexos assim, a não
ser que faça mesmo questão e possa pagar mais caro por eles.
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Capítulo 6
Amplificadores e Interfaces de Áudio
Quando eu comecei a tocar guitarra era extremamente necessário sair de
uma loja de música carregando uma guitarra e também um amplificador, pois
não existiam as facilidades de hoje naquela época. Uma pessoa que começa a
tocar guitarra hoje pode optar por ligar a guitarra também em uma interface de
áudio para conectá-la diretamente em um computador, celular ou tablet e ouvir
tudo em caixinhas de som e/ou fones de ouvido.
As possibilidades hoje aumentaram, porém cada uma delas possui
características, vantagens e desvantagens que vamos tratar aqui a partir de
agora.
Antes de entender qualquer coisa sobre o assunto é necessário explicar
que, independente de como você ligue sua guitarra, todos os meios alternativos
acabam tentando simular algo parecido com a ligação de uma guitarra em um
amplificador. Por isso, antes de prosseguir devemos falar sobre os amplificadores
e suas principais características.
Entendendo o amplificador
Não há dúvidas que o melhor, quando se deseja tocar com banda, é ter um
bom amplificador, porém existem aquelas pessoas que estão em busca de
aprender primeiro, desenvolver um hobbie e apenas praticar em casa, para essas
pessoas vale considerar o uso de amplificadores menores e até mesmo outras
formas de ligar sua guitarra, como fones ou caixas de som.
As interfaces de áudio
A partir do momento que você conecta uma interface de áudio via USB no
seu computador ela passará a processar todo o áudio dali por diante e também
será responsável por captar os sinais dos instrumentos ou microfones que você
liga nelas. Existem interfaces de áudio que possibilitam a conexão de até duas
entradas de áudio simultaneamente, que já conseguem entregar um excelente
resultado para quem quer apenas tocar e estudar guitarra ligando-a no
computador (na verdade, uma entrada já seria o suficiente para essa finalidade).
Com a guitarra conectada no seu computador você vai poder transformar
seu computador em um “amplificador” ou em um “estúdio virtual” com ajuda de
alguns softwares específicos. Existem softwares que simulam as características de
amplificadores que mencionamos anteriormente aqui neste capítulo e também
outros softwares que permitem que você grave e edite os áudios da sua guitarra
facilmente.
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Conclusão
Como você pôde perceber ao longo das apresentações e explicações sobre
cada equipamento “tudo depende”. Depende dos gostos do músico, depende das
necessidades de cada um e também do perfil e habilidades. Mas espero que esse
material possa ter ajudado você a chegar em uma conclusão do que pode ser
melhor pra você ou tenha chegado o mais próximo disso.
Você pode iniciar sua pesquisa pelas lojas de músicas mas é legal assistir
alguns reviews não patrocinados e ouvir opiniões de pessoas que possuem os
equipamentos que você deseja comprar. Procure entender as principais
qualidade de cada equipamento e também tente entender onde eles deixam a
desejar, tente perceber quando uma pessoa fala sobre um determinado
equipamento qual a principal “dor” que ela possui por ter aquele equipamento.
Isso vai ajudar você a chegar no melhor resultado para você e já ter conhecimento
das principais vantagens e desvantagens de cada um.
No canal do Cifra Club existem reviews patrocinados de vários produtos
que mencionamos aqui e certamente eles podem te ajudar a entender melhor
sobre cada produto. Eu fiz uma playlist especial para te ajudar nesse início, veja
clicando aqui.
Caso tenha alguma dúvida sobre qualquer assunto relacionado a isso que
não abordamos aqui nesse material fique a vontade para nos escrever através do
e-mail suporte@cifraclub.com.br e também veja os vídeos presentes no Cifra
Club Academy, eles vão ajudar ainda mais nas suas decisões.