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E-Book | Guia Básico de Equipamentos para Iniciantes escrito por Vinícius Dias

E-Book | Guia Básico de Equipamentos para Iniciantes escrito por Vinícius Dias

Guia Básico de Equipamentos Para


Iniciantes
Uma das principais dúvidas de todo estudante de guitarra é saber quais
equipamentos comprar para conseguir fazer um som legal e estudar sem
preocupações. Isso porque a guitarra é um instrumento que não “se resolve
sozinho”, é necessário amplificar seu som por se tratar de um instrumento
elétrico.
Nesse material você vai encontrar um guia completo e atualizado para se
orientar desde o início do estudo com a guitarra. Aqui falaremos sobre todos os
acessórios para tocar guitarra, desde palhetas, cordas, cabos, correias para quem
quer tocar em pé, até pedais, pedaleiras, amplificadores, interfaces de áudio e
fones de ouvido, e vamos também avaliar a necessidade de cada um deles. Vale
ressaltar que já existe um material completíssimo sobre os modelos de guitarra
mais indicados para iniciantes na plataforma do Cifra Club Academy, por isso o
nosso foco agora é falar sobre os equipamentos. Mas, caso você não tenha a
mínima noção também de qual guitarra é a mais indicada pra você, te convido
para conhecer esse outro material riquíssimo que produzimos, é só clicar aqui.
Se você já tem algum conhecimento sobre o assunto e está com dúvidas,
esse material vai ser de grande valia, pois além de falar sobre cada uma das
possibilidades, também vou indicar pra você quais equipamentos são os mais
recomendados para cada faixa de preço.
Espero que este material seja útil, que esclareça suas principais dúvidas
sobre o assunto e que te ajude a comprar seus primeiros equipamentos da
maneira correta.
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Capítulo 1
Palhetas
O primeiro equipamento que vou apresentar é a palheta. Certamente você
já viu que quando a grande maioria dos guitarristas tocam, eles seguram ali na
mão que ataca as cordas um objeto, não é mesmo? Esse objeto é a palheta e ela
pode ser feita de vários materiais, ter diferentes formatos e tamanhos, além de
várias espessuras diferentes:

Basicamente esses são os quatro fatores que analisamos ao escolher uma


palheta: o material, o formato, o tamanho e a espessura. E a partir de agora
vamos entender melhor cada um desses aspectos.

O tamanho das palhetas

Seria fácil se pudéssemos generalizar e dizer que palhetas pequenas,


médias e grandes possuem medidas padronizadas, mas isso definitivamente não
acontece. Ao escolher uma palheta baseada em seu tamanho devemos levar em
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consideração a mão de quem vai segurá-la, afinal de contas os termos “grande,


médio e pequeno” se tratam de proporcionalidades.
Geralmente os tamanhos de palhetas mais comuns no mercado ficam
entre 2,5 cm e 3,2 cm. Isso parece ser uma diferença muito pequena, mas para
quem vai tocar, na verdade, é uma enorme diferença.
A questão da proporcionalidade começa a aparecer nesse momento, pois
para uma pessoa que possui mãos muito grandes e dedos muito grossos pode
ser desconfortável usar uma palheta considerada pequena. O contrário também
acontece, para uma pessoa que possui mãos pequenas e dedos mais finos as
palhetas maiores podem trazer algum tipo de incômodo. Isso não é uma regra,
mas vale observar desde o início quando você for comprar suas primeiras
palhetas: segure a palheta entre os dedos indicador e polegar e observe se pelo
menos a ponta dela fica para fora dos seus dedos.

Não existe problema algum se a ponta da palheta estiver sobrando muito


ou pouco, o grande problema é quando não sobra de jeito nenhum. Escolher o
tamanho adequado da palheta para você é importante para que sinta conforto na
hora de tocar.

O formato das palhetas

Atualmente no mercado encontramos palhetas em formatos triangulares


sendo algumas com as pontas mais pontiagudas e outras mais arredondadas,
mas nada impede de você fazer como Brian May e utilizar uma moeda de 25
centavos para atacar as cordas.
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Existe um mito sobre o assunto de que guitarristas mais “técnicos” só


utilizam palhetas mais pontiagudas, o que não é tão verdade assim. A questão é
que geralmente aquela pontinha mais aguda da palheta desliza melhor entre as
cordas, ou seja, ela reduz o atrito e acaba permitindo uma maior velocidade e
leveza na hora de tocar. Veja alguns dos formatos de palhetas mais famosos:

Afirmar qual o modelo ideal para cada um é difícil, pois isso depende
muito da forma como o músico ataca nas cordas da guitarra, portanto, não fique
preocupado se ao longo da sua prática você optar por trocar de palheta ou até
mesmo chegar a conclusão de que são precisos mais de um modelo de palheta
para você conseguir tocar bem. Existem guitarristas que fazem isso e acabam
utilizando palhetas mais pontiagudas para músicas que possuem mais solos e
palhetas sem ponta para aquelas músicas que possuem apenas ritmos, por
exemplo.

A espessura das palhetas

Existem duas coisas que devem ser levadas em consideração na hora de


escolher a espessura da sua palheta. A primeira delas é a própria sensação de
estar segurando algo muito grosso ou muito fino, dependendo do músico isso
pode causar um certo desconforto, e a segunda delas é a força que se toca nas
cordas.
Com uma rápida pesquisa você vai ver que é muito comum encontrar
palhetas que vão de 0,5 mm até 3,0 mm:
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Palhetas mais finas, como as que têm espessura de 0,5 mm e 0,8 mm, são
maleáveis e acabam sendo facilmente dobradas a depender da força que o
músico toca. Isso não acontece com as palhetas a partir de 1,0 mm de espessura,
independente da força que se coloque para atacar as cordas.

Esse é outro fator que você vai determinar melhor quando já estiver
tocando, pois é difícil prever a força média que você vai usar para atacar as cordas,
mas um bom ponto de partida é escolher palhetas com espessura média (entre
0.70 mm e 1.00 mm) pois você vai começar aprendendo a dosar sua força com
elas.
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O material das palhetas

Deixei para falar sobre o material de construção das palhetas por último,
pois dentre as classificações possíveis para uma palheta, esse é o mais subjetivo
de todos e diz respeito a algumas situações pessoais e físicas de cada músico.
As palhetas podem ser feitas de vários materiais, mas as mais comuns são
feitas de derivados de plástico, metal e resina. Também é preciso citar que suas
superfícies podem ser lisas, abauladas ou até mesmo porosas, e essas condições
acabam interferindo diretamente na tocabilidade e também na sonoridade que
se deseja ouvir.

Geralmente os músicos que suam muito enquanto tocam acabam não


optando por palhetas lisas, pois essas vão começar a escorregar entre os dedos
quando estiverem suados e isso acaba gerando um enorme desconforto e falta
de precisão ao tocar. Nesses casos as opções mais indicadas são aquelas feitas de
materiais derivados do plástico, pois existe a possibilidade de tornar suas
superfícies porosas. As palhetas feitas em materiais metálicos também não
possuem tanto atrito com os dedos ao tocar, o que pode gerar desconfortos e
acabar escorregando entre os dedos. Além disso, acabam produzindo mais
harmônicos e também mais atrito com as cordas (o que pode até arrebentar suas
cordas caso você toque com muita força) e, dependendo da forma como se
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inclina a palheta ao tocar e também da força que se toca, isso pode acabar
sujando o som, fazendo com que as notas não tenham tanta clareza.
Como você viu, existem palhetas consideradas grandes, médias e
pequenas. Algumas delas possuem formato mais triangular e outras têm a ponta
mais arredondada. Cada uma delas pode ser feita em material mais poroso ou
mais liso, assim como pode ser mais fina ou mais grossa.
A principal dica quando vamos falar sobre a escolha das palhetas é
experimentar algumas e então comprar as que você mais acha que vão ser
confortáveis na hora de tocar. Mas, pra te ajudar nessa tarefa, vou deixar uma
sugestão pra você que não sabe por onde começar…
Se você nunca teve contato com palhetas antes, opte por iniciar tocando
com uma de tamanho médio, com espessura de até 1,0 mm e com uma ponta
não tão aguda assim. Aqui ficam algumas recomendações para você iniciar sua
pesquisa:

A discussão sobre os formatos de palheta é sempre importante, mas


também devemos lembrar que você pode trocar sua preferência de palheta ao
longo da sua trajetória e que a guitarra também pode ser tocada sem palhetas,
em alguns casos até mesmo com os dedos e com a palheta alternadamente.
Claro que a maioria dos músicos acaba optando por tocar com palheta, mas
existem vários outros que se destacam justamente por não a utilizarem em seus
fraseados, como Mark Knopfler, Jeff Beck, Derek Trucks, entre vários outros.
Um direcionamento legal que você pode fazer desde o início dos seus
estudos é perceber se a maioria dos seus guitarristas preferidos ou das bandas
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que você mais escuta tocam com ou sem palheta. Caso 80% dos guitarristas que
você escuta usem palhetas, é legal passar 80% do seu tempo estudando com ela,
mas também não ignore o fato de que algumas das suas referências tocam sem
palheta, e então, foque 20% do seu tempo tocando sem elas.
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Capítulo 2
Cordas
Se você está começando a tocar guitarra agora prepare-se para as
corriqueiras e até mesmo inesperadas trocas de cordas. Elas são os elementos
básicos em nosso instrumento e desde já quero te falar que a coisa mais normal
do mundo é uma corda arrebentar! E também quero te informar que você não
deve trocar as cordas da sua guitarra apenas quando elas arrebentam ou quando
estão muito enferrujadas. A troca das cordas da guitarra deve ser feita
periodicamente.
Existem vários modelos, tipos e especificidades quando o assunto são
cordas de guitarra, porém não vamos adentrar em cada uma delas com muito
detalhamento, eu quero concentrar em te ajudar a entender como elas
funcionam para que você tenha segurança ao comprar suas cordas. Para isso
vamos começar a entender as principais características das cordas.
As seis cordas da guitarra possuem medidas diferentes e existe uma
proporção padronizada de diferença entre cada uma delas. Para ficar mais claro, o
jogo de cordas é classificado através do diâmetro da primeira corda e com base
nessa medida temos condição de saber também o diâmetro de todas as outras.
Veja as medidas padrões de um jogo de cordas classificado como 0,009 e outro
classificado como 0,010:

0.009 0.011 0.016 0.024 0.032 0.042

0.010 0.013 0.017 0.026 0.036 0.046

Com isso é possível perceber que todas as cordas possuem medidas


diferentes, sendo o jogo de cordas 0,009 todo mais fino que o 0,010. Essa
diferença no calibre das cordas afeta diretamente a tocabilidade e você precisa
entender desde o início que não existe melhor nem pior, tudo é uma questão de
hábito, adequação a mão de quem toca e principalmente de conforto. E digo
mais, entenda que O ÚNICO FATOR QUE DEVE SER LEVADO EM CONTA AO
ESCOLHER O CALIBRE DAS CORDAS É O CONFORTO!
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Como e por que descobrir o calibre das cordas da guitarra


A olho nu é muito difícil diferenciar uma corda 0,009 e uma 0,010,
principalmente para uma pessoa que não possui prática nenhuma. Um
profissional ou pessoa que já toca há muito tempo até consegue diferenciar ao
pegar nas cordas, por isso o mais indicado é contar com ajuda de alguém para
saber qual calibre de cordas veio na guitarra quando você a comprou.
Se você comprar uma guitarra nova é bem provável que ela veio com
cordas calibre 0,009 ou até mesmo 0,010 pois a maioria das fabricantes
padronizam isso para facilitar a vida dos clientes. Porém, se você comprar uma
guitarra usada, pode ser que esse padrão seja alterado, pois o dono anterior do
instrumento pode utilizar qualquer calibre de cordas. Nesse segundo caso, o mais
recomendado é perguntar e se informar.
A grande questão em volta da discussão do calibre de cordas se deve ao
fato de que o instrumento precisa ser regulado de forma diferente para cada um
dos calibres de corda. Portanto, se você em algum momento quiser trocar o
calibre de cordas do seu instrumento o mais recomendado é que leve-o até um
luthier (profissional que faz manutenção e ajustes em instrumentos musicais)
para que ele o possa regular da maneira mais adequada. Você até pode trocar o
calibre de cordas sem fazer esse ajuste, mas não recomendamos.
O parágrafo anterior não deve te trazer nenhum tipo de preocupação, pois
essa necessidade de ajustes ao longo do tempo já existe (é como a necessidade
de levar um carro no mecânico para manutenções preventivas) e é claro que ao
longo do tempo você vai descobrir qual é o melhor calibre de cordas para você e
qual a melhor marca de cordas de guitarra.
A partir de agora vou tentar ser um pouco mais objetivo e ajudar você que
ainda não sabe nada sobre cordas de guitarra. Recomendo que inicie tocando
com cordas de calibre 0,009 pois elas são mais leves, mais fáceis de serem
apertadas e não machucará tanto a ponta dos seus dedos para tocar e realizar as
principais técnicas do instrumento. É importante também lembrar do que foi dito
no primeiro parágrafo deste capítulo e saber que as cordas podem (e vão)
arrebentar, portanto você precisa ter cordas reservas em casa para que isso não
atrapalhe o seu desenvolvimento.
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Aqui abro um parêntese para te afirmar que as cordas muitas vezes


arrebentam em momentos inoportunos, como em uma quinta-feira, véspera de
feriado nacional, às 19:00, e aí todas as expectativas de treinar muito no feriado
vão por água abaixo.
É recomendado que você tenha de dois a três jogos de cordas reservas (se
nenhuma corda arrebentar você terá cordas por seis meses, pelo menos) e que
você experimente as mais variadas marcas. Como tudo na vida, existem marcas
de cordas que são mais baratas, mais caras e você deverá encontrar a que mais se
encaixa no seu perfil de uso. As cordas mais caras geralmente possuem materiais
mais selecionados em sua fabricação, porém algumas marcas de corda mais
barata, por conta da sua durabilidade e adaptação a sua mão, pode apresentar
um maior custo/benefício no final das contas.

Cuidados básicos e limpeza das cordas da guitarra

Existem muitos equipamentos e acessórios que ajudam no


condicionamento e limpeza das cordas do instrumento, e isso acaba fazendo com
que elas durem mais. Porém, nada adianta ter todos esses acessórios se o básico
não estiver sendo feito: higiene das mãos.
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Pode parecer meio óbvio, não é mesmo? Mas, me sinto na obrigação de te


falar que os fatores que mais aceleram o processo de corrosão e desgastes das
cordas é o suor e também sujeiras que trazemos para a guitarra ao tocar.
Portanto, antes de começar a tocar é extremamente importante lavar suas mãos
e ao finalizar a prática do dia passe um pano seco nas cordas para que seja
eliminado qualquer excesso durante a prática.
Alguns outros acessórios podem ajudar no condicionamento das cordas:
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Capítulo 3
Cabos
Os cabos são um dos acessórios mais importantes para todos os
guitarristas, afinal de contas, precisamos deles para fazer a conexão entre a nossa
guitarra e o amplificador. Porém, por se tratarem de produtos que não são muito
caros (quando comparados ao valor total que vai se investir ao começar a tocar)
muitas pessoas acabam não dando a devida atenção na hora de escolher cabos.
Um bom cabo tem vida útil de anos e entrega uma qualidade sonora
superior aos demais, isso porque os componentes que estão dentro do cabo (que
são popularmente chamados de “malha”) conduzem todos os sinais elétricos e aí
cabos que possuem essa malha interna melhor elaborada e com materiais de
qualidade permitem que o sinal saia da guitarra e chegue mais intacto até a outra
ponta, onde está o amplificador.
De uma forma muito simples, agora você entende a importância de usar
bons cabos, porém o mais comum é encontrar pessoas indo até lojas de músicas
e pedindo sempre “o mais barato”. Certamente é um erro, pois nem sempre o
cabo mais barato vai entregar o melhor custo/benefício e você também corre
risco de prejudicar o seu som. Porém, o outro lado também é compreensível e
imaginável, pois é muito difícil para um consumidor que desconhece todas as
especificações de cabos e também não tem conhecimento sonoro nenhum
escolher bons cabos desde o início, por isso agora eu vou indicar boas opções
para que você acerte desde o início na compra dos seus cabos.

Os tipos de cabos

Basicamente na hora de comprar seu cabo você vai se deparar com duas
opções visíveis muito diferentes entre os cabos: cabos emborrachados ou
cobertos de tecido. Ambas opções são válidas e possuem aspectos positivos e
negativos. Sendo bem objetivo, os cabos cobertos de material emborrachados são
mais resistentes a água e ambientes molhados, porém são facilmente dobráveis,
o que poderia danificar a malha interna com mais facilidade, já os cabos cobertos
com material de tecido não são tão resistentes em ambientes mais úmidos e com
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água quanto o anterior, porém não podem ser dobrados e torcidos tão
facilmente, o que faz com que se preserve mais a malha interna.

Por isso, leve os fatores acima em consideração na hora de escolher seus


cabos e se optar por cabos de blindagem dupla de marcas já tradicionais no
mercado como Santo Angelo, D’addario, Datalink e Tecniforte dificilmente você
terá problemas tão cedo quanto comprando cabos de marcas paralelas e que não
possuem nenhum tipo de desenvolvimento de produtos voltados para músicos.
Você ainda poderá escolher entre cabos com os conectores retos e em 90
graus, o que pode melhorar a organização e aumentar sua segurança na hora de
tocar. Atualmente alguns cabos também contam com “killswitch” em seus
conectores, o que permite cortar o som do cabo para retirá-lo ou colocá-lo em seu
instrumento.
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Por fim, mas não menos importante, quero aproveitar para dizer que os
cabos possuem tamanhos diferentes (o que você já deve imaginar), porém é legal
escolher o comprimento do cabo pensando no ambiente em que ele vai ser
utilizado, pois da mesma forma que não adianta comprar um cabo de um metro
para fazer um show em um palco grande, você também pode ter problemas
comprando cabos extremamente grandes (cinco ou dez metros) para utilizar
apenas em seu local de estudo. Os cabos embolam facilmente e nada custa para
você acabar dobrando ou então, até mesmo, passando uma cadeira de rodinhas
em cima dele.
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Capítulo 4
Correia
O único jeito de tocar em pé é com suporte de correias para pendurar a
guitarra em nosso corpo, por isso é legal destinar um espaço para discussão desse
acessório também. As correias em nada interferem na sonoridade do nosso
instrumento, porém são importantes para quem vai tocar em pé, pois uma
correia que fique desconfortável ao tocar acaba não possibilitando que o músico
entregue o melhor resultado de si. Pensando nisso vou trazer algumas dicas que
podem contribuir para sua tomada de decisão.
Antes de falar especificamente sobre o que analisar em uma correia, quero
dizer que o que eu acho mais legal é que elas são altamente personalizáveis e
trazem um pouco do estilo do músico. Existem correias de apenas uma cor, que
trazem desenhos, caricaturas, frases, trechos de músicas e tudo mais que a
imaginação puder contribuir.

Existem correias feitas em diferentes tipos de materiais, mas o mais


importante é analisar como cada modelo se adapta ao corpo. As correias podem
ser de tecido, couro, derivados de plástico e também grossas, médias ou finas.
Cada uma dessas especificações traz características diferentes na hora de tocar,
então, se for possível, quero te sugerir que compre uma correia apenas depois de
experimentar o modelo e saber como ela vai se comportar no seu corpo. Por
exemplo, correias mais finas acabam forçando muito uma determinada região do
ombro e causando um cansaço muscular maior. As correias mais grossas não
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fazem isso, algumas são até acolchoadas, em contrapartida elas esquentam bem
mais o ombro e as costas.

Pense também que a guitarra já possui um certo peso para carregá-la por
tanto tempo e se a correia for muito pesada isso pode causar um desconforto
ainda maior. Ainda assim existe certa subjetividade nisso, pois diferentes tipos de
pessoas vão conseguir ter sensações diferentes ao tocar com correias e guitarras
diferentes.
A funcionalidade mais diferente que você vai encontrar nas correrias é que
algumas possuem um mecanismo de trava, que chamamos de straplock. Essa
trava faz com que a correia apenas seja retirada quando ela é desabilitada, ou
seja, isso traz mais segurança ainda para os músicos, mas o preço delas também
é mais caro.
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Capítulo 5
Pedais e Pedaleiras
Chegamos em um dos capítulos mais esperados e que geram a maior
dúvida e interesse em todos que estão começando a tocar. Quero aproveitar para
dizer que se você já ouviu falar sobre pedais ou pedaleiras e se sente
completamente perdido nesse assunto, nem sabe o que esses produtos podem
te oferecer, agora é a hora de simplificar tudo isso e, mantendo nosso hábito, sem
enrolações. Ah, no final desse capítulo eu vou dar dicas pra você comprar seus
primeiros equipamentos e também aprender mais sobre o assunto.
Antes de começar é preciso deixar bem claro que a falta de pedais ou
pedaleiras não interfere em nada na capacidade de aprendizado, você pode
tranquilamente aprender através do Cifra Club Academy ou através de qualquer
outro curso sem esses equipamentos inicialmente. Inclusive, no Cifra Club
Academy não há nenhuma exigência para isso nos primeiros níveis, ou seja, você
tem um tempo para se programar, conhecer mais e então depois fazer a compra
dos seus primeiros equipamentos.
Os pedais e as pedaleiras são responsáveis por simular efeitos que dão
características sonoras diferentes para a guitarra e, além disso, eles podem trazer
funções que ajudam ainda mais o processo de aprendizagem como, por exemplo,
afinador que facilita muito o processo de afinação do instrumento e loops de
bateria para você conseguir treinar ritmos e exercícios mais adiante.

Historicamente os pedais vieram antes das pedaleiras, por isso você pode
aprender facilmente a distinção dos dois equipamentos para compreender
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melhor a história dos pedais. Lá atrás, pouco tempo depois da popularização da


guitarra surgiram os primeiros pedais de efeitos e eles eram responsáveis por
trazer características diferentes ao som da guitarra. Alguns pedais são
responsáveis por “saturar” o som do instrumento, outros por simular repetições
do sinal da guitarra, outros por simular a reverberação que acontece quando
estamos em alguma espécie de sala vazia.
Se você não sabe nada sobre o assunto, acesse nossos vídeos que fizemos
sobre o assunto e estão no canal do Cifra Club no Youtube clicando aqui.
De uma forma bem resumida você pode imaginar que o negócio deu certo
e que várias pessoas começaram a produzir pedais por aí, isso aumentou (e ainda
aumenta) de forma significativa a quantidade de variações dentro de cada um
dos efeitos que mencionamos anteriormente. Os pedais geralmente são
equipamentos analógicos e por conta disso até mesmo seus ajustes são mais
fáceis de serem feitos. Quando o assunto é pedal, literalmente estamos falando de
“rodar ou apertar botões”.
As pedaleiras vieram depois na história, quando alguns pedais e
sonoridades já estavam se consolidando, vieram as primeiras pedaleiras com a
missão de juntar todos eles (ou uma parte) dentro de um único produto. Eu adoro
dizer que as pedaleiras, na verdade, são multiprocessadores de efeitos. Nome
chic, não é mesmo?
Dentro de uma pedaleira temos diversos efeitos. Antigamente muito se
questionava sobre a qualidade dessas simulações, porém com a evolução
tecnológica isso, cada vez mais, é coisa do passado. É possível fazer um som legal
independente se você usa pedais ou uma pedaleira. Fazendo um paralelo com o
que falamos sobre os pedais, o modo de funcionamento de uma pedaleira é mais
complexo, é como se fosse um computador portátil que você vai ter que aprender
a dominar para conseguir tirar o melhor som, ou seja, não se trata apenas de
“rodar ou apertar botões”.
Esse primeiro momento é importante, pois um dos princípios básicos para
você definir o que é melhor pra você é entender o seu perfil. Se você não tem
muita paciência para aprender a mexer com novos produtos, prefere a
simplicidade do uso, não está nem aí para espaço e pode gastar um pouco mais,
certamente você vai preferir usar pedais do que uma pedaleira. Já se você prefere
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um produto mais compacto, que use menos cabos, não se importa de gastar um
tempo maior para aprender a mexer em um produto que vai te trazer mais
organização e quer economizar espaço, certamente você vai se dar bem com
uma pedaleira.

Comprando os primeiros pedais

Se você está convencido de que usar pedais é melhor para você, preciso te
avisar que montar um setup de pedais demanda tempo e pesquisa na maioria
das vezes. Tempo porque se você tiver um orçamento mais limitado não
conseguirá comprar todos os pedais que deseja de uma vez só - pois são
equipamentos geralmente caros - e pesquisa, pois como já dissemos
anteriormente, existem milhares de possibilidades de pedais para você comprar e
cada dia que se passa esse mercado cresce mais.
Os primeiros pedais que devem estar presentes no setup de todos os
guitarristas são os drives (preferencialmente os drives chamados “leves” no início),
pois eles trazem a essência sonora do Rock N’ Roll. É fácil reconhecer a
sonoridade de uma guitarra com drive e sem o drive:

Músicas tocadas sem o drive forte: “Sultans Of Swing”, “Under The Bridge”,
“All My Loving”, “Mr. Jones” e “Good Times”.
Músicas tocadas com o drive forte: “Smoke On The Water”, “Back In Black”,
“Have A Nice Day”, “The Final Countdown” e “Fade To Black”.

Por este motivo os primeiros pedais a serem comprados devem ser os


drives, pois com eles você vai poder conseguir sonoridades muito parecidas com
as que mencionamos acima. Quando quiser um som “clean” (limpo, sem efeitos)
basta desligar os drives, já quando quiser um som com “drive” basta ligar os
pedais. Para sua primeira compra, sugerimos os drives leves pois eles são
considerados pedais “coringas”, podem ser usados em vários estilos musicais e,
posteriormente, você vai ver que eles podem ser usados de diversas maneiras
diferentes também, trazendo ainda mais riqueza para o seu som. Veja alguns
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exemplos de pedais de drives leves que você pode iniciar a sua pesquisa e então
comprar:

Esses são pedais renomados, mas é possível comprar também pedais


inspirados nesses tradicionais que vão funcionar tão bem quanto os modelos
tradicionais.
No momento em que já estiver com seu primeiro pedal de drive leve em
mãos, você pode começar a pensar no segundo pedal que, aí sim, pode ser um
pedal de drive com um pouco mais de ganho para fazer solos, bases mais
pesadas e tocar outros estilos musicais. Nada impede de você já começar tocando
com um drive mais pesado, ok? Aqui eu apenas quero passar uma fórmula que
funciona para a maioria das pessoas que estão começando a tocar agora e que
também vai ter menos chances de erros futuros.
Como disse anteriormente, existem milhares de possibilidades sonoras
para você escolher, portanto comprar o seu primeiro pedal significa também que
você acabou de entrar em um universo extremamente amplo onde descobertas
virão a todo momento e você não pode ter medo de errar. O mais importante é
experimentar e evoluir musicalmente para que cada sonoridade faça um sentido
diferente para você e que você consiga aplicar esses efeitos e pedais da melhor
forma possível dentro das músicas que você vai tocar.
Depois dos drives leves não existe uma regra, você vai ter que escolher os
próximos pedais baseados na necessidade do que você toca. Algumas pessoas
vão preferir comprar pedais de ambiência primeiro - como é o caso dos reverbs e
delays -, outras pessoas vão preferir comprar as modulações - como o chorus,
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flanger, phaser, por exemplo - e outras pessoas vão preferir começar pelo
envelope filters - como é o caso do wah-wah - ou compressores, por exemplo. A
partir desse momento cada músico começa a seguir uma linha própria e quando
chegar lá você vai saber facilmente qual caminho deve percorrer. Por isso
recomendamos que você faça a montagem do seu setup aos poucos, comprar
todos os pedais de uma vez só pode significar uma alta chance de necessidade
de troca dos equipamentos no futuro.
Vale ressaltar que alguns pedais são alimentados apenas através de fonte
elétrica e outros pedais podem ser alimentados através de baterias (de 9 volts, por
exemplo) e também para conectar dois ou mais pedais você vai precisar de cabos
pequenos para fazer essa ligação. Ainda sobre a alimentação dos pedais, quando
existir a necessidade de ligar mais de um pedal na energia elétrica você também
vai precisar de uma fonte de alimentação para ligá-los, o que vai ocupar um
espaço a mais no seu setup.

E ATENÇÃO! Caso você opte por utilizar seus pedais com fontes de
alimentação, tenha bastante atenção na voltagem, pois é muito comum
pedais que necessitam de fontes de 9v ou 12v.
Para entender melhor, veja a foto de um pedalboard completo:
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Comprando a primeira pedaleira

Se você está convencido de que usar pedaleira é a melhor opção eu preciso


te avisar que as pedaleiras mais baratas possuem poucos “switches” (que são os
espaços destinados a pisar e trocar os sons) e mesmo que a qualidade já seja bem
legal para quem está começando, elas não possuem uma sonoridade tão boa
quanto a de pedais ou pedaleiras mais caras.
Pedaleiras são produtos digitais e como você sabe a tecnologia salta cada
dia mais, portanto, comprar uma pedaleira de entrada lançada há muito anos
pode não ser um bom negócio. Tenho certeza que você hoje não compraria um
celular de entrada do ano 2015, certo? O mesmo raciocínio serve para as
pedaleiras, elas vão ficando ultrapassadas, a qualidade sonora defasada e, às
vezes, é até difícil conseguir suporte caso dê algum problema, algumas
manutenções podem ser tão caras quanto comprar um produto novo.
As pedaleiras também são indicadas para aquelas pessoas que em algum
momento vão precisar ligar seu instrumento diretamente em mesas de som,
como é o funcionamento de algumas igrejas, pois elas já contam com um
sistema de pré-amplificação que possibilita que isso possa ser feito com
qualidade, ou então para ligar em caixas de som de computador normal. Atenção!
Isso também pode ser feito com um setup de pedais, porém para ficar com boa
qualidade sonora você vai precisar de um pedal específico que simula esses
pre-amps ou gabinetes como as pedaleiras já fazem naturalmente.
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Pedaleira para comprar até R$ 1.000,00

Como mencionamos anteriormente você pode sim comprar uma pedaleira


usada que custa aproximadamente uns R$ 200,00 ou R$ 500,00, mas é
importante saber que esse é um produto já antigo e que desde lá a qualidade
sonora das pedaleiras evoluiu muito. As pedaleiras mais novas e atuais começam
a ser vendidas aproximadamente por R$ 1.000,00.
O primeiro modelo que eu indico para você é a Zoom G1Four que é uma
pedaleira simples e bem compacta.

Com essa pedaleira, basicamente você vai ter acesso aos principais efeitos
para tocar guitarra - como drives, reverbs, delays, chorus, entre outros - e também
vai poder organizá-los em bancos de efeitos, onde cada um desses bancos vai ser
um tipo de sonoridade que você vai usar para tocar.

Pedaleira para comprar até R$ 2.000,00

Da faixa de preço anterior para essa aqui o salto em termos de qualidade e


funcionalidades é muito grande. Com R$ 2.000,00 é possível comprar produtos
que já são usados por músicos profissionais.
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Nessa faixa de preço a melhor opção é comprar uma Boss GT-1 que ainda é
uma pedaleira compacta, mas que possui pedal de expressão ao lado (serve para
ajustar volume mais facilmente e para controlar efeitos como wah-wah e pitch
shifter), possui três foots para possibilitar mais mobilidade na hora de trocar os
efeitos e também é possível usá-la como interface de áudio para ligar sua guitarra
no computador, como vou falar no próximo capítulo.

Em especial, essa pedaleira possui uma “pedaleira irmã” que é mais


robusta, a GT-100, e basicamente a diferença entre as duas é o tamanho,
quantidade de foots e alguns recursos adicionais que a outra possui. O driver de
processamento e qualidade final dos efeitos é o mesmo para ambos produtos.

Pedaleira para comprar até R$ 3.000,00

Se você está disposto(a) a investir um pouco mais saiba que os produtos na


faixa de R$ 3.000,00 entregam sim um resultado melhor, permitem mais
mobilidade para o músico e também contam com ferramentas que facilitam
muito a prática dos músicos.
Se um produto como a Boss GT-1 que custa R$ 2.000,00 já é utilizado por
alguns músicos profissionais, imagine a Zoom G3Xn que está em uma categoria
acima... Ela é muito utilizada por músicos em diversos níveis que trabalham ou
não com música. Digo mais, ela é uma das preferidas da turma que toca worship
music por alguns de seus recursos.
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Perceba que a partir dessa categoria você já vai ver pedaleiras bem
maiores, com mais footswitches e bem mais recursos internos.
Acima desses valores já começamos a encontrar produtos com qualidade
pouco questionáveis, são produtos que em nenhum momento deixam o músico
na mão e entregam uma qualidade sonora muito maior. Porém, acredito que
você não deve começar com produtos tão completos e complexos assim, a não
ser que faça mesmo questão e possa pagar mais caro por eles.
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Capítulo 6
Amplificadores e Interfaces de Áudio
Quando eu comecei a tocar guitarra era extremamente necessário sair de
uma loja de música carregando uma guitarra e também um amplificador, pois
não existiam as facilidades de hoje naquela época. Uma pessoa que começa a
tocar guitarra hoje pode optar por ligar a guitarra também em uma interface de
áudio para conectá-la diretamente em um computador, celular ou tablet e ouvir
tudo em caixinhas de som e/ou fones de ouvido.
As possibilidades hoje aumentaram, porém cada uma delas possui
características, vantagens e desvantagens que vamos tratar aqui a partir de
agora.
Antes de entender qualquer coisa sobre o assunto é necessário explicar
que, independente de como você ligue sua guitarra, todos os meios alternativos
acabam tentando simular algo parecido com a ligação de uma guitarra em um
amplificador. Por isso, antes de prosseguir devemos falar sobre os amplificadores
e suas principais características.

Entendendo o amplificador

Depois da guitarra, os amplificadores são os principais produtos que


merecem atenção do guitarrista, pois a sua escolha deve estar associada
diretamente a necessidade de uso de cada músico. Existem amplificadores que
são voltados para o estudo e outros que até mesmo no volume “1” fazem um
barulho ensurdecedor.
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É no amplificador que a mágica acontece, em resumo você precisa


entender que o sinal sonoro chega até ele através dos cabos, depois esse sinal é
modificado e amplificado para que fique em volumes que conhecemos. Todos os
amplificadores possuem uma parte destinada à equalização do som (controle das
frequências sonoras como graves, médios e agudos) e existem amplificadores
que também contam com outros recursos como simulação de efeitos (da mesma
forma como as pedaleiras e pedais fazem).
Não precisamos entrar aqui em termos muito técnicos, pois nesse
momento eles só vão confundir ainda mais a cabeça de qualquer iniciante.
Porém, é importante entender que para o som da guitarra ser formado da
maneira como ouvimos, o sinal é passado por alguns estágios e os mais famosos
deles são a “pré-amplificação” (que é o estágio inicial da entrada do sinal no
amplificador e onde ocorrem os ajustes) e a “amplificação” que ocorre
especificamente nos falantes, fazendo com que o som seja entregue aos nossos
ouvidos.
Para quem está começando a tocar agora o mais indicado é usar
amplificadores que permitam com que você toque em volumes ambientes e se
tiverem alguns efeitos adicionados ainda podem ajudar ou eliminar a
necessidade de alguns pedais específicos num primeiro momento. Via de regra,
quanto mais simples for o amplificador num primeiro momento, melhor.
Sabemos que existem algumas pessoas que já começam a tocar guitarra
pensando em montar uma banda com os amigos e existem amplificadores que,
devido a sua potência, conseguem entregar uma quantidade de som suficiente
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para tocar acompanhado de uma bateria e um baixo, por exemplo. Os


amplificadores mais indicados para tocar com banda são aqueles que possuem
50 watts de potência, mas esses são um pouco mais caros que os amplificadores
com menos potência. Pensando nisso, agora vou indicar alguns equipamentos
para que você possa iniciar sua pesquisa sobre os amplificadores:

Não há dúvidas que o melhor, quando se deseja tocar com banda, é ter um
bom amplificador, porém existem aquelas pessoas que estão em busca de
aprender primeiro, desenvolver um hobbie e apenas praticar em casa, para essas
pessoas vale considerar o uso de amplificadores menores e até mesmo outras
formas de ligar sua guitarra, como fones ou caixas de som.

As interfaces de áudio

O avanço tecnológico permitiu que interfaces de áudio para ligar


instrumentos no computador, tablets ou celulares ficassem mais acessíveis e hoje
é possível fazer isso gastando bem menos do que o valor de um amplificador
pequeno novo. Existem boas opções por bem menos de R$ 1.000,00:
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A partir do momento que você conecta uma interface de áudio via USB no
seu computador ela passará a processar todo o áudio dali por diante e também
será responsável por captar os sinais dos instrumentos ou microfones que você
liga nelas. Existem interfaces de áudio que possibilitam a conexão de até duas
entradas de áudio simultaneamente, que já conseguem entregar um excelente
resultado para quem quer apenas tocar e estudar guitarra ligando-a no
computador (na verdade, uma entrada já seria o suficiente para essa finalidade).
Com a guitarra conectada no seu computador você vai poder transformar
seu computador em um “amplificador” ou em um “estúdio virtual” com ajuda de
alguns softwares específicos. Existem softwares que simulam as características de
amplificadores que mencionamos anteriormente aqui neste capítulo e também
outros softwares que permitem que você grave e edite os áudios da sua guitarra
facilmente.
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Algumas pedaleiras possuem o dispositivo de interface de áudio e aí elas


acabam fazendo as duas funções ao mesmo tempo (ser pedaleira e permitir
conectar sua guitarra no computador), portanto antes de comprar uma pedaleira
você precisa verificar se ela possui caso haja o interesse. A grande vantagem de
ter uma interface de áudio (ou pedaleira que cumpra essa função) é ter
mobilidade e poder estudar de fone de ouvido ou caixas de som normais e até
mesmo levar seu “setup completo” para qualquer lugar, como é o caso de quem
usa notebooks.
De fato, assim como falamos no capítulo anterior, essa opção exige um
maior tempo dedicado para deixar tudo configurado, porém pode valer a pena se
o objetivo é ter mobilidade e organização.
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Conclusão
Como você pôde perceber ao longo das apresentações e explicações sobre
cada equipamento “tudo depende”. Depende dos gostos do músico, depende das
necessidades de cada um e também do perfil e habilidades. Mas espero que esse
material possa ter ajudado você a chegar em uma conclusão do que pode ser
melhor pra você ou tenha chegado o mais próximo disso.
Você pode iniciar sua pesquisa pelas lojas de músicas mas é legal assistir
alguns reviews não patrocinados e ouvir opiniões de pessoas que possuem os
equipamentos que você deseja comprar. Procure entender as principais
qualidade de cada equipamento e também tente entender onde eles deixam a
desejar, tente perceber quando uma pessoa fala sobre um determinado
equipamento qual a principal “dor” que ela possui por ter aquele equipamento.
Isso vai ajudar você a chegar no melhor resultado para você e já ter conhecimento
das principais vantagens e desvantagens de cada um.
No canal do Cifra Club existem reviews patrocinados de vários produtos
que mencionamos aqui e certamente eles podem te ajudar a entender melhor
sobre cada produto. Eu fiz uma playlist especial para te ajudar nesse início, veja
clicando aqui.
Caso tenha alguma dúvida sobre qualquer assunto relacionado a isso que
não abordamos aqui nesse material fique a vontade para nos escrever através do
e-mail suporte@cifraclub.com.br e também veja os vídeos presentes no Cifra
Club Academy, eles vão ajudar ainda mais nas suas decisões.

Aproveite! Música é vida…

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