melhores cantores brasileiros e líder de uma das maiores bandas do Brasil, a Legião Urbana. INFÂNCIA E JUVENTUDE Renato ‘Russo’ Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro e viveu dos sete aos dez anos em Nova York (EUA), por conta de uma transferência profissional de seu pai. Aos 13 anos, de volta à Brasília, Renato estudava e levava uma vida típica dos adolescentes de classe média da Capital Federal. Quando, entre os 15 e 16 anos, enfrentou uma rara doença óssea, a epifisiólise, que o deixou por um período entre a cama e a cadeira de rodas. Já nesta época criava bandas e movimentos imaginários. Começou também a compor letras e músicas compulsivamente em casa.
Renato quando ainda era criança
SUA CARREIRA MUSICAL: ABORTO ELÉTRICO Aborto Elétrico foi uma banda seminal que deu origem à carreira de Renato Russo como músico, compositor e intérprete. Após se recuperar da doença que o acometia na época, o jovem Renato descobre, incentiva e participa do movimento punk em Brasília e forma a banda em 1979. Em 82 abandonou a banda e passou a fazer trabalhos solos. Este período ficou conhecido como "O Trovador Solitário". Sua primeira banda foi a responsável pela composição da música “Que país é este?” e com a saída de Renato, André Pretorius e Fê Lemos formaram, pouco tempo depois, a banda “Capital Inicial”. André Pretorius na guitarra, Fê Lemos na bateria e Renato Russo nos vocais e baixo Renato fala sobre o fim de sua primeira banda e o início da sua fase solo, “O Trovador Solitário” SUA FASE SOLO: O TROVADOR SOLITÁRIO No curto período que datava entre o fim do Aborto Elétrico e a formação da Legião Urbana (mais precisamente no ano de 1982), Renato Russo resolveu dar a cara a tapa e se despir do apoio de seus companheiros de banda para se apresentar sozinho, em pequenos palcos de Brasília. Em uma versão totalmente diferente da performance enérgica de sua antiga banda, o novo projeto consistiria apenas em tornar público o modo como Renato tocava suas músicas em casa: acompanhado somente de seu próprio violão, afinal, todas as músicas foram tocadas apenas em um raro e velho violão de doze cordas. SUA ÚLTIMA E ETERNA BANDA Legião Urbana A Legião Urbana assim como toda banda já existente passou por várias formações. A primeira formação que a banda teve conseguiu uma gravadora pela indicação de um amigo de Renato que tocava na banda “Paralamas do Sucesso”. A Legião Urbana lançou as músicas “Será”, “Ainda é Cedo” e “Geração Coca-Cola”, lançando com essas músicas e mais algumas seu primeiro álbum. No primeiro álbum gravado pela banda, continham músicas que até hoje são exaltadas. O segundo álbum, intitulado “Dois” tinha hits como “Tempo Perdido” e “Índios” e é considerado um dos maiores discos de rock do país até hoje. Deste ano (1985) Renato Russo já era mencionado como um dos melhores cantores & compositores do Brasil. Depois disso, vieram mais álbuns e cada vez mais triunfo para a banda do “trovador solitário”. Visto que, até 1996 a banda lançava milhares de hits que até hoje são ouvidos por todos os públicos. Alguns dos maiores sucessos do Legião são: “Faroeste Caboclo”, “Será”, “Que país é este?”, sem contar os outros vários triunfos da banda. DEPENDÊNCIA QUÍMICA Às vésperas da Semana Santa de 1993, o cantor Renato Russo tomou uma decisão extrema. Depois de quase morrer de overdose mais de uma vez, internou-se numa clínica de reabilitação próxima ao Maracanã, no Rio de Janeiro. Àquela época, venerado como líder da banda Legião Urbana, ele constatou ter “chegado ao fundo do poço, sentindo angústia, solidão e dor (até física , por vezes)”. Segue um relato do próprio Renato sobre sua dependência química em cigarros, álcool e drogas: “Em agosto de 1990, quando estava morando no Marina Palace Hotel, no Rio de Janeiro, e alternando meu uso de álcool com heroína (os dois juntos não combinam), passei uma noite me queimando no rosto e nos braços com cigarros acesos. Fiquei com feridas bem visíveis, de até um centímetro de diâmetro, especialmente no braço esquerdo e na testa. Só senti um pouco de dor, e uma compulsão masoquista me levava a aumentar cada vez mais as feridas e queimaduras, que, por sorte, cicatrizaram sem deixar sequelas, em dois meses. Não me incomodei com o fato porque nesse período estava completamente anestesiado por minha dependência química. Me senti vazio de sentimentos e emoção, a não ser por ansiedade.” AIDS Russo soube que tinha Aids depois de ter namorado Robert Scott Hickmon, que o roqueiro conheceu em Nova York, em novembro de 1989. Morador de San Francisco, Scott era gay e tinha um namorado vítima da Aids. Russo e Scott viveram juntos alguns meses no Brasil, antes de o americano voltar para os Estados Unidos, no final de julho de 1990, quando usaram heroína juntos. “Foi fogo. O namorado do Scott estava em estado terminal de Aids e mesmo assim o Renato se envolveu com ele”, diz a amiga Leonice de Araújo Coimbra, a Léo, que estava com Russo em Nova York, em novembro de 1989, quando o romance começou. Em 1990, ela recebeu o músico em sua casa, em Brasília, que segurava o resultado de um exame. Chorando, abraçou forte a amiga e desabafou: “Sou HIV positivo”. Léo afirma: “Renato tinha certeza que pegou Aids do Scott. Ele foi embora e ninguém soube mais dele”. Russo nunca assumiu a Aids publicamente. SUA PRECOCE MORTE
RENATO RUSSO FALECEU NO DIA 11 DE OUTUBRO DE 1996, ÀS 01H15 DA
MADRUGADA, COM POUCO MENOS DE 36 ANOS, DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA, SEPTICEMIA E INFECÇÃO URINÁRIA - CONSEQUÊNCIAS DA AIDS (RENATO ERA HIV POSITIVO DESDE 1989, MAS NUNCA ASSUMIU PUBLICAMENTE A DOENÇA).