Você está na página 1de 10

RENATO RUSSO

“O Trovador Solitário”

A história de um dos maiores cantores da história do


Brasil e líder de uma das melhores bandas
brasileiras, a Legião Urbana.
Grupo: Emmilly Araújo, João Minervino e Victor
Daniel.
Turma: 1º série.
INFÂNCIA E JUVENTUDE
Renato Manfredini Junior nasceu no dia 27 de março de 1960, no Rio de Janeiro. Era
filho de um funcionário público do Banco do Brasil, Renato Manfredini, com a
professora de inglês, Maria do Carmo. Quando pequeno, seu pai foi transferido de
Brasília para Nova Iorque (EUA) e Renato viveu lá com sua família dos sete aos dez
anos.
Renato era de uma família de classe média, estudava e levava uma vida normal. Porém,
entre os seus quinze e dezesseis anos, sofreu por causa de uma doença chamada
epifisiólise, que é uma rara doença óssea e deixou Renato sem se mover. Foi nesta
época que ele começou a compor músicas compulsivamente em sua casa e data desta
época também o seu projeto fictício de banda.
CARREIRA MUSICAL
“ABORTO ELÉTRICO”
O aborto elétrico foi uma banda seminal que deu origem à carreira de Renato Russo
como músico, compositor e intérprete. Após se recuperar da doença que sofria, a
epifisiólise, o jovem Renato descobre, incentiva e participa do movimento punk em
Brasília.
Em uma das várias “festinhas” organizadas pelo pessoal, Renato conhece André
Pretorius, com quem decide formar uma banda. A sua primeira banda teve diversas
formações e contou também com os irmãos Fê e Flávio Lemos. É bom ressaltar também
que grandes sucessos da Legião Urbana surgiram na época do Aborto Elétrico, como as
músicas “Que País É Este?” e “Veraneio Vascaína”.
Em uma das apresentações da primeira banda de Renato, ele estava bêbado e segundo o
baterista, estava tocando mal demais e então o tacou uma baqueta. Foi aí que Russo
resolveu sair da banda e iniciar a sua fase solo, que é intitulada de “O Trovador
Solitário”. Os outros integrantes do “Aborto Elétrico”, pouco tempo depois formaram a
banda “Capital Inicial”.
O Trovador Solitário
No curto período que datava entre o fim do Aborto Elétrico e a formação da Legião
Urbana (mais precisamente no ano de 1982), Renato Russo resolveu dar a cara a tapa e
se despir do apoio de seus companheiros de banda para se apresentar sozinho, em
pequenos palcos de Brasília.
Em uma versão totalmente diferente da performance enérgica de sua antiga banda, o
novo projeto consistiria apenas em tornar público o modo como Renato tocava suas
músicas em casa: acompanhado somente de seu próprio violão, afinal, todas as músicas
foram tocadas apenas em um raro e velho violão de doze cordas.
Renato, nessa época de hiatos entre o Aborto Elétrico e a Legião Urbana, se inspirava
no grande poeta e cantor John Cooper Clarke e recebia o apelido de “Trovador
Solitário” pois vagava pelos bares de Brasília tocando suas músicas compostas
lindamente, com uma temática parecida com a dos trovadores na Idade Média.
LEGIÃO URBANA
A Legião Urbana assim como toda banda já existente passou por várias formações. A
primeira formação que a banda teve conseguiu uma gravadora pela indicação de um
amigo de Renato que tocava na banda “Paralamas do Sucesso”. A Legião Urbana
lançou as músicas “Será”, “Ainda é Cedo” e “Geração Coca-Cola”, lançando com essas
músicas e mais algumas seu primeiro álbum. No primeiro álbum gravado pela banda,
continham músicas que até hoje são exaltadas.
O segundo álbum, intitulado “Dois” tinha hits como “Tempo Perdido” e “Índios” e é
considerado um dos maiores discos de rock do país até hoje. Deste ano (1985) Renato
Russo já era mencionado como um dos melhores cantores & compositores do Brasil.
Depois disso, vieram mais álbuns e cada vez mais triunfo para a banda do “trovador
solitário”. Visto que, até 1996 a banda lançava milhares de hits que até hoje são
ouvidos por todos os públicos. Alguns dos maiores sucessos do Legião são: “Faroeste
Caboclo”, “Será”, “Que país é este?”, sem contar os outros vários triunfos da banda.
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Às vésperas da Semana Santa de 1993, o cantor Renato Russo tomou uma decisão
extrema. Depois de quase morrer de overdose mais de uma vez, internou-se numa
clínica de reabilitação próxima ao Maracanã, no Rio de Janeiro. Àquela época, venerado
como líder da banda Legião Urbana, ele constatou ter “chegado ao fundo do poço,
sentindo angústia, solidão e dor (até física, por vezes)”.
Segue um relato do próprio Renato sobre sua dependência química em cigarros, álcool e
drogas:
“Em agosto de 1990, quando estava morando no Marina Palace Hotel, no Rio de
Janeiro, e alternando meu uso de álcool com heroína (os dois juntos não combinam),
passei uma noite me queimando no rosto e nos braços com cigarros acesos. Fiquei com
feridas bem visíveis, de até um centímetro de diâmetro, especialmente no braço
esquerdo e na testa. Só senti um pouco de dor, e uma compulsão masoquista me levava
a aumentar cada vez mais as feridas e queimaduras, que, por sorte, cicatrizaram sem
deixar sequelas, em dois meses. Não me incomodei com o fato porque nesse período
estava completamente anestesiado por minha dependência química. Me senti vazio de
sentimentos e emoção, a não ser por ansiedade.”
A HOMOSSEXUALIDADE
Apesar de já insinuada em “Soldados” e “Daniel na Cova dos Leões”, a
homossexualidade de Renato só foi assumida publicamente em 1990, em uma entrevista
da BIZZ: “Eu estava precisando me assumir havia muito tempo. Mas fica aquela coisa,
filho de católico, ‘você é doente’ etc. (…) Sei que sou assim desde os 3, 4 anos”.
Curiosamente, o que não era novidade para amigos e colegas músicos só foi informado
à família Manfredini poucos meses antes do público. Dona Maria do Carmo, a
Carminha, sustenta que o cantor era bissexual (“O que é bem diferente de ser
homossexual”) e que nunca havia desconfiado da orientação do filho famoso até aquele
almoço marcante.
Relato de sua mãe, Carminha Manfredini:
“Era um dia de semana qualquer, sem nada de especial, no final dos anos 80. Me lembro
que eles lançavam o disco As Quatro Estações [1989]. Estávamos na cozinha de casa,
apenas nós dois, preparando o almoço. O Júnior veio, me deu um beijo e falou: ‘Mãe,
preciso conversar com a senhora’. Fiquei tão feliz – pensei que ele finalmente
anunciaria seu noivado com uma namorada que ele tinha já havia muito tempo. Mas ele
afirmou: Não vou me casar com ela. Vou me assumir. Quero me relacionar com homens
e mulheres.”
AIDS
Russo soube que tinha Aids depois de ter namorado Robert Scott Hickmon, que o
roqueiro conheceu em Nova York, em novembro de 1989. Morador de San Francisco,
Scott era gay e tinha um namorado vítima da Aids. Russo e Scott viveram juntos alguns
meses no Brasil, antes de o americano voltar para os Estados Unidos, no final de julho
de 1990, quando usaram heroína juntos. “Foi fogo. O namorado do Scott estava em
estado terminal de Aids e mesmo assim o Renato se envolveu com ele”, diz a amiga
Leonice de Araújo Coimbra, a Léo, que estava com Russo em Nova York, em
novembro de 1989, quando o romance começou. Em 1990, ela recebeu o músico em sua
casa, em Brasília, que segurava o resultado de um exame. Chorando, abraçou forte a
amiga e desabafou: “Sou HIV positivo”. Léo afirma: “Renato tinha certeza de que
pegou Aids do Scott. Ele foi embora e ninguém soube mais dele”. Russo nunca assumiu
a Aids publicamente.
SUA MORTE
Em 11/10/1996 Renato Russo morreu em consequência de complicações causadas pela
Aids. Seu corpo foi cremado e suas cinzas lançadas sobre o jardim do sítio de Roberto
Burle Marx.

Renato Russo atingiu o auge de sua carreira como músico à frente da banda Legião
Urbana, sendo compositor de praticamente todas as letras. Através do grupo, que ainda
tinha Dado Villa-Lobos (guitarra), Renato Rocha (baixo de 1984 a 1988) e Marcelo
Bonfá (bateria), Renato passou a ser reconhecido como um dos maiores poetas do rock
brasileiro, criando uma relação com os fãs que chegava a ser messiânica.

No dia 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do cantor, Dado e Bonfá, ao lado
do empresário Rafael Borges, anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que
a banda tenha vendido cerca de 15 milhões de discos no país durante a vida de Russo.
REFERÊNCIAS
http://www.renatorusso.com.br/bio/

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/7-historias-pouco-conhecidas-de-renato-russo/

http://www.legiaourbana.com.br/bio.html

https://whiplash.net/materias/diaadia_mortes/057491-legiaourbana.html

Você também pode gostar