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REGÊNCIA: A ARTE DE INDUZIR,

UMA VISÃO TÉCNICA E PRÁTICA


Como ter uma regência que seja
eficaz, para uma melhor performance
entre os músicos, com uma visão
técnica e prática?

Maestro Rodrigo Moraes


 O papel do regente é ajudar o seu grupo a ter um
melhor desempenho, por meio de uma boa técnica.
Para isso, o primeiro passo seria o estudo da
partitura, com o estudo independente do repertório
gestual para depois unir ambos dentro de uma
interpretação que foi adquirido através do estudo
da partitura.
 Por isso, o regente precisa está preparado para o
primeiro dia de ensaio como se fosse para o concerto,
porém se não estiver preparado, a única coisa que
poderá fazer é atrapalhar a execução da orquestra e
não ajudar no desempenho. “Pois os músicos conhecem
se o regente é bom ou medíocre (mediano), com apenas
dois compassos a frente do seu grupo” (Isaac
Karabtechevisk)
 O verdadeiro papel do regente é servir!
 Servir, primeiramente, o compositor, os músicos e o
publico, através da sua arte.
 Falando em regência, o regente não pode ser um mero
marcador de compassos, mas ter um papel primordial de
induzir seus músicos a tocarem melhor, por meio da
técnica, com menor esforço e maior rendimento.
 Além disso, o regente é um vendedor de sonhos para seus
músicos e precisa estar a frente de seu tempo, através de
muitas leituras musicais e extramusicais: sendo um
psicólogo, administrador, professor, pedagogo, entre
outras áreas. Pois assim vem a liderança natural e
respeitosa por parte de seus músicos e liderados, sem
precisar ser autoritário com ninguém.
 O que eu posso falar para você, que seria primordial nos
estudos base para uma boa evolução?
 O regente precisa dominar os três pilares da regência:
Estudo da partitura, técnica gestual, que é uma repertório
de gestos e técnica de ensaio, para que seu ensaio seja
produtivo.
 Porém para você poder entender e aperfeiçoar esses três
pilares, irás precisar de um método e mentor para lhe
direcionar a esse caminho, pelo contrário, irás passar 10,
20 ou 30 anos sem ter resultados, na regência. É o que
aconteceu com meus alunos, que passaram esse tempo sem
ter resultados, agora estão alcançando grandes
resultados, por meios das ferramentas certas, alcançando
em 1 ano, que não conseguiram em 20 ou 30 anos.
 Aqui irei usar alguns exemplos que acho primordial
para um bom estudo e que você possa desenvolver
depois com acompanhamento, como falei antes, de um
mentor.
 Estude bastante as variações de compassos simples e
compostos, dentro da trajetória e gravidade dos gestos
a seu favor, tanto de um lado do braço, quanto do
outro, e observar se um braço está igual ao outro,
separadamente, para depois unir nos três pontos da
regência. O mesmo será feito com os compassos
alternados e assimétricos, após isso, brinque com as
formulas de compassos, para ficar natural em seu
desenvolvimento.
Levare

 O levare é a preparação para a música, ou seja, o levantar das


mãos para iniciar uma obra musical, porém, pode ser usado no
meio da obra em várias aplicações.
 É o gesto mais importante do Maestro!
 No levare, o regente mostra o tempo, a dinâmica, a articulação e
o estilo da música.
 Temos dois tipos de saídas de levare para o batere.
1. Saindo do primeiro ponto, ou seja, do ponto central para o
mesmo ponto.
2. Saindo do terceiro ponto para o primeiro ponto.

Exemplo do levare na próxima pagina


Exemplo

 Utilizando os três pontos na regência


Shape dos compassos simples, dentro dos pontos e da
gravidade dos gestos.
Exercício Nº1
Exercício Nº2
Exercício Nº3
Compassos alternados

 São compassos formados pela união de dois ou mais compassos diferentes executados
alternadamente.
 Exemplo:
Exemplo

 Abertura para banda, de Ernani Aguiar


Compassos assimétricos

 Os compassos assimétricos são formados por tempos inteiros e fracionados.


Treinamento

 Treinamento dos compassos na prática.


Agrupamento de frase
 Agrupamento de frases é quando se agrupa uma
frase para o melhor entendimento da peça, por
exemplo a música é em 1, porém cada frase é de 4
compassos, então é melhor “reger em 4” para
organizar melhor a frase.
 Por exemplo a 5º sinfonia de Beethoven
 Está em 1, mas Beethoven escreveu dentro de uma
quadratura que se pode “reger em 4”, etc.
Falarei em sala de aula sobre:

 Independência dos braços


 Entradas nos tempos e contratempos dos compassos
simples e compostos
 Postura
 Expressividade do regente
 Estudo da partitura e;
 Técnica de ensaio.

Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. A


excelência, por tanto, não é um ato, mas sim um hábito.
(Aristóteles)

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