Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo: A personalidade como se sabe é constituída por três sistemas característicos: o Id, o Ego e o Super-ego.
Cada qual desempenha uma função específica tendo propriedades inerentes e que refletem diretamente no
comportamento humano. Neste trabalho, nos deteremos sobre a exposição sobre o Ego e seus mecanismos de
defesa: repressão, negação, racionalização, intelectualização, formação reativa, projeção, deslocamento,
compensação, isolamento, regressão e fixação. Mecanismos estes, que ajudam o Ego a amenizar suas tensões
oriundas de um diagnóstico de ansiedade.
1. EGO
A função que o Ego, então, é enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer,
tendo que de controlar ou regular os impulsos do Id de modo que o individuo possa buscar
soluções menos imediatas e mais realistas. Podemos dizer que o Ego age conforme o
executivo da psique, uma vez que vive em constante tensão: de um lado é pressionado a
satisfazer os impulsos do id, do outro é reprimido pelo superego, integrando as exigências do
id, do super-ego e do meio externo. Ressalta-se ainda que o Ego depende da existência do Id e
dele é que provem a sua força, garantindo saúde, segurança, capacidade reprodutiva e
sanidade da personalidade. Com efeito, não há como o Ego existir por si mesmo.
1
Graduado em Matemática pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora_CES-JF e graduando em Filosofia
pela Faculdade Arquidiocesana de Mariana Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida_FAM
2
Por vezes o Ego é obrigado a tomar algumas medidas para diminuir a tensão provocada pela
ansiedade. A ansiedade pode se desenvolver quando a ameaça a alguma parte do corpo ou da
psique muito grande para ser ignorada, dominada ou descarregada (sinais de perigo e
insegurança). Suas causas podem estar relacionadas à perda de um objeto desejado, perda do
amor, perda de identidade – medo de castração, perda de auto - estima – desaprovação do
superego. 2
Freud nos diz que “o primeiro determinante da ansiedade, que o próprio ego
introduz, é a perda de percepção do objeto”. (1996a, p. 165). A própria ansiedade leva a
pessoa a criar condições internas para solucionar o problema da tensão causada seja pelo
medo ou pela tensão. Para saná-la podemos ou lidar diretamente com a situação ou distorcer a
realidade, por meio dos mecanismos de defesa, os quais abordaremos a seguir.
2.1 Repressão
Sabe-se que o conteúdo reprimido continua a exercer força dinâmica (apaga a lembrança, não
a emoção do que foi causado). Com efeito, muito dos medos sentidos pelos adultos são
consequencias de possíveis repressões na fase infantil. Este mecanismo de defesa procura
distorcer a realidade evitando-a.
2.2. Negação
2
CARLOS, José Carlos. Notas de aula do 3º período de bacharelado do curso de Filosofia, 2013
3
Consiste na não aceitação de uma realidade incomoda ou de qualquer fato que perturbe o ego.
Para não encarar a situação que lhe causa constrangimento, a pessoa nega a realidade. Este
mecanismo de defesa procura distorcer a realidade excluindo-a.
2.3. Racionalização
2.4. Intelectualização
É a tentativa de substituir uma razão genuína, instintiva, por uma fictícia, socialmente
aceitável, isto é, para tentar afastar-se de uma situação estressante a pessoa se utiliza de
discursos puramente abstratos. Segundo o verbete do dicionário Infopédia temos que a
Intelectualização é:
2.6 Projeção
2.7. Deslocamento
Este mecanismo de defesa do Ego procura redirecionar um motivo que não pode ser
gratificado. Neste mecanismo fica evidenciado as generalizações proveniente de situações mal
resolvidas, por exemplo, uma pessoa pode ter tido uma experiência negativa com um
psicólogo, então passa a estender esta experiência aos demais psicólogos (generalização).
2.8 Compensação
É um mecanismo que leva a pessoa a criar compensações para suas frustrações, suas
qualidades e defeitos. Exemplo: uma pessoa que não tem habilidade musical se consola
porque é importante socialmente. Não é inteligente, mas se acha bonita.
2.9. Fantasia
Neste mecanismo de defesa, o sujeito cria uma realidade mental paralela a realidade objetiva,
onde pode ser o que quiser e ter todos os seus desejos correspondidos; neste tipo de
virtualidade o individuo pode ser vários personagens (máscaras) que na vida real não poderia
ser. Este tipo de defesa do Ego ocorre justamente para amenizar desejos que não são possíveis
de concretizar na realidade. Algumas pessoas tendem a criar protótipos perfeitos, seja de si,
dos outros e das coisas, hiperbolizando ou reduzindo.
5
2.10. Isolamento
Consiste no ato de dividir uma determinada situação, de modo a restar pouca ou nenhuma
reação emocional ligada ao acontecimento, mantém a lembrança do fato e não registra (apaga)
a emoção. Por exemplo, uma pessoa sofre um acidente de carro e algum passageiro morre. O
inconsciente pode, por intermédio do trauma momentâneo, apagar os sentimentos que trariam
à tona a carga emotiva do acidente, e desta forma se mostrar apática ao fato posteriormente
relatado, ou seja, a pessoas isola um pensamento dos demais a fim de evitar, por exemplo, o
sofrimento. Este mecanismo de defesa procura distorcer a realidade dividindo-a.
2.11. Fixação
A fixação ocorre quando uma pessoa não progride normalmente de uma fase do
desenvolvimento psicossexual para outra, mas permanece muito envolvido numa fase
particular (oral, anal, fálica, latência, genital) podendo ocasionar futuramente em desvios da
personalidade. 3
2.12. Regressão
3
Conforme abordado no artigo “Considerações acerca da percepção freudiana da sexualidade infantil :
do nascimento à fase da fálica” do mesmo autor do presente texto..
6
3. Considerações finais
Referências Bibliográficas
FREUD, Sigmund. Ansiedade, Dor e Luto. In: ______. Obras completas de Sigmund Freud Vol XX:
um estudo autobiográfico, inibições, sintomas e ansiedade, análise leiga e outros trabalhos (1925-
1926). Tradução Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996a. p. 164-167.[edição standart
brasileira; traduzido do alemão e do inglês]
FREUD, Sigmund. O Ego e o Id. In: ______. Obras completas de Sigmund Freud Vol XIX: o Ego e o
ID e outros trabalho (1923-1925)s. Tradução Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996 b. p. 33-
40.[edição standart brasileira; traduzido do alemão e do inglês]