01 A música popular nos anos 80 Os anos 80 foi marcado por uma época de grandes mudanças, para o mundo, encerrava-se a Guerra Fria, conflito de ideologias e políticas entre os Estados Unidos e a União Soviética. Já no Brasil foi uma década de grande tensão visto que o país vivia a ditadura militar, regime militarista implantado nos anos 60 que tinha como propósito libertar o Brasil do “fantasma do comunismo”. Neste regime, qualquer expressão de repúdio ao governo era extremamente proibida devido a declaração do Ato Institucional 5, após esse ato foi criado a DCDP -Divisão de Censura de Diversões Públicas, por onde passavam todas as produções culturais do país, onde eram selecionadas para ir a público ou não. Diante a situação do Brasil a esse período artistas que pertenciam ao MPB, expõem canções de revolta ao regime e movimentos como o Tropicalismo surgem cantando músicas que clamavam por liberdades. Desse movimento participavam artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Os Mutantes, Gal Costa, Tom Zé, Chico Buarque, dentre esses Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil tiveram que sair do país e viver exilados no exterior, necessitado aos riscos que corriam no seu próprio país. Músicos populares da década de oitenta CAZUZA Cantor e compositor nascido em 1958 foi um dos maiores ídolos da geração do pop-rock dos anos 80. Cazuza inicia sua carreira musical participando da banda Barão Vermelho que compôs as músicas Bilhetinho Azul, Ponto Fraco, Down em Mim e Todo Amor Que Houver Nessa Vida, que foi elogiado pela crítica. Acaba por decidir em seguir carreira solo em 1985 e lança seu álbum “Exagerado” que fez grande sucesso com as músicas “Exagerado”, “Mal Nenhum”, “Codinome Beija- Flor”, entre outras. Sua carreira infelizmente se encerra com sua morte em 1990 devido a AIDS. RITA LEE Rita Lee Jones nasceu em São Paulo no dia 31 de dezembro de 1947. Compositora e cantora brasileira e é considerada uma das maiores representantes do Rock no Brasil. Em 1966, junto com os irmãos, Sérgio e Arnaldo Baptista, formou a banda Os Mutantes. Banda Que participou de eventos importantes como Festival Internacional da Canção (FIC). Em 1972, segure carreira solo e lança Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida, em seguida lançou Atrás do Porto Tem Uma Cidade (1974) e Fruto Proibido (1975), que vendeu cerca de 700 mil cópias. Nos anos 80 eram destaques as músicas Baila Comigo, Lança Perfume, Pega rapaz, Bem-me-quer, Nem Luxo Nem Lixo, Banho de Espuma entre outras. LEGIÃO URBANA Formada nos anos 80 por Renato Russo, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos. Seu primeiro show foi em Minas Gerais. A banda se apresentou no festival Rock no Parque, ocorrido na cidade de Patos de Minas em 1982. O estilo musical da banda mistura do hardcore com o pop rock e o rolk, recheado de letras líricas e com profundidade política. Fez grande sucesso com músicas como: Ainda É Cedo, Geração Coca-Cola, Será, Por Enquanto e Soldados. Músicos populares da década de Noventa ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO Zezé Di Camargo & Luciano é uma dupla sertaneja brasileira formada pelos irmãos Mirosmar José de Camargo (Zezé Di Camargo) e Welson David de Camargo (Luciano), nascidos na Capela do Rio do Peixe em Florianópolis, no estado de Goiás (GO). Zezé Di Camargo e Luciano lançaram seu primeiro disco em 19 abril de 1991. “É o Amor”, música desse mesmo álbum viria alcançar o primeiro lugar no hit Parade. MAMONAS ASSASINAS Foi um grupo de rock que utilizava do humor em suas músicas. Surgiu em Guarulhos em 1995. Com as músicas "Pelados em Santos" e "Robocop Gay", conseguiram seu primeiro contrato com João Augusto Soares, baterista da banda Baba Cósmica. Mamonas saem em uma imensa turnê, se apresentando em programas como Jô Soares Onze e Meia, chegando a tocar mais de cinco vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. Entretanto, em 2 de março de 1996, quando voltavam de um show em Brasília, o jato em que viajavam chocou- se contra a Serra da Cantareira, matando todos que estavam no avião. 02INFLUÊNCIAS NA MÚSICA POPULAR A música do Nordeste é muito diversificada e representativa das matrizes étnicas que em seu território convivem há séculos. Essa longa convivência deu origem a grandes artistas. Destas matrizes o Brasil herdou seus cantos, suas danças, ritmo e cadência, junção dos ritmos uma amálgama cultural. Por volta dos anos 70, descobre-se nas festas do norte brasileiro, grande influência das danças folclóricas jamaicanas, mais conhecidas como: o ska e o calipso. No estado do Maranhão, principalmente na capital São Luís, é comum a organização de festas ao som de reggae. Esse ritmo trouxe para o Brasil o jeito dançante e suave de se expressar, com a presença da guitarra, e bateria. BELCHIOR Antônio Carlos Belchior, mais conhecido como Belchior, foi um cantor, compositor, músico, produtor, artista plástico e professor brasileiro. Foi um dos membros do chamado Pessoal do Ceará, que inclui Fagner, Ednaldo, Amelinha e outros. Belchior foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso internacional, em meados da década de 1970. Um de seus álbuns (Alucinação) de 1976, foi considerado por vários críticos musicais como um dos mais revolucionários da história da MPB, e um dos mais importantes de todos os tempos para a música brasileira FAGNER Raimundo Fagner Cândido Lopes, mais conhecido apenas como Fagner, é um cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor brasileiro, e também é um dos integrantes do chamado Pessoal do Ceará Raimundo Fagner coleciona discos de ouro e platina e superou a marca de um milhão de cópias vendidas. Responsável por criar alguns dos grandes clássicos da música popular brasileira, o veterano é considerado um dos maiores cantores de música latina, com canções que atravessam gerações. ALCEU VALENÇA Alceu Paiva Valença é um cantor, compositor, instrumentista e advogado brasileiro. Seu disco de estreia foi gravado em parceria com Geraldo Azevedo. Em maio de 2003, grava novo projeto ao vivo no Rio de Janeiro (Indie Records). Em julho, é agraciado com o Prêmio Tim de Música Brasileira na categoria "Melhor cantor regional", pelo álbum De Janeiro a Janeiro, em cerimônia realizada no Teatro Municipal do Rio de Jan 02RESSURGIMENTO DOS FESTIVAIS Os Festivais da Canção, que tiveram seu auge no fim dos anos 60, foram eventos musicais que possuíam um apelo similar a uma final de Copa do Mundo dos dias de hoje, tamanha a mobilização da população que, literalmente, vestia a camisa de seu cantor e/ou música preferida, comportando-se como um verdadeiro torcedor. A TV Excelsior, a primeira a realizar o evento, acabou perdendo o programa com a proposta que levou Solano Ribeiro para a TV Record. Essa emissora investiu na realização dos festivais e na produção de outros dois programas nos quais a música brasileira parecia ser compartimentada em dois seguimentos. Um deles era o Bossaudade, onde os estilos musicais mais antigos e tipicamente brasileiros eram prestigiados. O segundo era o Jovem Guarda, onde jovens embalados pelo rock curtiam o som da turma de Roberto e Erasmo Carlos. 02RESSURGIMENTO DOS FESTIVAIS Esses dois programas acabaram gerindo uma intensa rivalidade nos festivais onde nacionalistas e experimentais ofereciam os mais variados sons ao público. Entre outros artistas podemos destacar o surgimento do grupo Os Mutantes e cantores como Caetano Veloso, Tom Zé e Gilberto Gil. Outra vertente bastante rica também se consolidou com a chamada música de protesto, que tinha, entre outros artistas, Geraldo Vandré e Chico Buarque de Hollanda. Com o enrijecimento da censura durante a ditadura militar, os festivais acabaram perdendo sua viabilidade mediante a repressão instaurada. Um dos mais célebres casos dessa mudança aconteceu durante o festival de 1968, quando o cantor Geraldo Vandré conquistou todo o público com a música “Caminhando”. Os censores do governo, antes do anúncio dos vencedores, proibiram que Vandré fosse considerado autor da melhor canção. A realização daquele tipo de programa acabou trazendo à tona um tipo de experiência que transformou a própria organização do meio televisivo. Os jovens, aos se diferenciarem dos adultos e crianças, imprimiam a idéia de que diferentes nichos de consumo poderiam ser alcançados por meio da mídia. Além disso, formulou um ideal estético que ainda hoje norteia muitos dos programas televisivos. A juventude passou a ser uma idéia vendida em belos rostos e situações intensas experimentadas mediante a TV. Mesmo durante um curto período de tempo, os festivais marcaram um período de intensa atividade cultural que apontava para diferentes transformações históricas. A televisão viria a se transformar em um espaço de discussão pública onde os eventos nela acontecidos seria alvo do debate das pessoas nas ruas, na casa e no trabalho. Além disso, a geração juvenil dessa época manifestaria no “frenesi” dos festivais a mudança de comportamento em tempos de democracia. ALUNOS: 2 ANO D
OBRIGADO! EDUARDO GABRIELLE MARIA EDUARDA BARBOSA MARIA EDUARDA BENITEZ MARIA EDUARDA BOFF