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Biografia

MPB, Folk Sites oficiais e Fã-Sites


Artista
Zé Ramalho (José Ramalho Neto)
Nasceu em 3 de outubro de 1949
Brejo da Cruz/Paraíba - Brazil
Instrumentos: Cantor
Últimos Álbuns

Sinais dos tempos


2012

Nação Nordestina
2006

Zé Ramalho: ao Vivo
2005

20 Supersucessos - Zé Ramalho
2005
Músicas mais ouvidas
Chão de Giz
Sinônimos
Admirável Gado Novo
Avôhai
Garoto de Aluguel

Nascido em 3 de outubro de 1949, José Ramalho Neto é natural de Brejo da Cruz


(PB). Quando tinha 2 anos, ficou órfão de pai, o seresteiro Antônio de Pádua
Pordeus Ramalho, que morreu afogado num açude do sertão. Com isso, sua mãe,
a professora primária Estelita Torres Ramalho, entregou-o para ser criado pelos
avós, José e Soledade Alves Ramalho, que tinham melhor condição financeira. Por
isso Zé pôde estudar nos melhores colégios da cidade e até estudar medicina.

Sua vida artística começou como Zé Ramalho da Paraíba, cantando em conjuntos


de baile inspirados na jovem guarda e no rock inglês. O interesse pelos violeiros
e pala literatura de cordel só surgiria depois, ao participar da trilha sonora do
filme Nordeste: cordel, repente e canção, de Tânia Quaresma, em 1974. Por conta
desse trabalho, Zé se mudou para o Rio de Janeiro (RJ), acompanhado por outros
cantores nordestinos. Naquele mesmo ano, lançou seu primeiro disco, uma
parceria com Lula Côrtes.

Logo Zé estava tocando viola na banda de Alceu Valença, em cujo show ele tinha
chance de interpretar uma composição sua. Mas a oportunidade foi por água
abaixo quando Zé resolveu modificar o roteiro de uma das apresentações da
turnê. O público gostou, mas Alceu detestou e rompeu com o colega. A amizade
só seria recuperada um ano depois, quando Alceu incluiu, de surpresa, uma
música de Zé em seu novo espetáculo.
Sobreviver no Rio não era fácil. Zé precisou dormir em bancos de praças e
trabalhar em gráfica para poder continuar apostando em seu próprio talento. Em
1977, foi convidado pelo produtor Augusto César Vanucci a ir a São Paulo (SP)
participar da gravação da música "Avôhai", composição sua que seria incluída no
novo disco da cantora Vanusa. E assim ele ia ganhando nome e conseguindo
dinheiro. No mesmo período, Zé lançou o folheto de cordel "Apocalipse
agalopado".

No ano seguinte, ele gravou seu primeiro disco solo, que não só incluía "Avôhai"
como também "Vila do sossego", "Chão de giz" e "Bicho de sete cabeças". A crítica
elogiou seu trabalho e o público o comprou, maravilhados com as letras cheias
de imagens míticas e o tom profético das interpretações. Resultado: Zé ganhou
prêmio de melhor cantor revelação da Associação Brasileira de Produtores de
Disco e da Rádio Globo.

A carreira do paraibano se consolidou em 1979, quando ele lançou seu maior


clássico, "Admirável gado novo", e o grande sucesso "Frevo mulher".

Em 1980, Zé participou do Festival de Música Popular da TV Globo, ficando entre


os 20 primeiros colocados. Mudou-se para Fortaleza (CE) e ganhou seu primeiro
disco de ouro. Com popularidade crescente, no ano seguinte se destacou com as
faixas "A terceira lâmina" e "Canção agalopada", ganhando outro disco de ouro.
Também lançou o livro de poesias Carne de pescoço e os livretos Apocalipse e A
peleja de Zé do Caixão com o cantor Zé Ramalho.

O artista viu seu nome envolvido numa grande polêmica em 1982. Tudo porque
as letras de seu disco daquele ano se assemelhavam a alguns versos do poeta
irlandês William Yeats, o que lhe rendeu um processo por plágio. Ficou tudo
resolvido quando a Marvel, editora que publicava O incrível Hulk, admitiu ter
dado crédito ao escritor na edição da revista em quadrinhos que inspirou as
composições de Zé naquele LP. E ele ganha outro disco de ouro.

Seus discos já contavam com participações especiais de muita gente famosa em


1983, quando ele voltou a morar no Rio. No entanto, sua popularidade andava
em baixa, o que o levou a dar uma reviravolta em sua carreira, deixando a
influência do rock dos anos 60 falar mais alto que sua raiz nordestina. Só em
1986 ele retomaria o misticismo que havia se tornado a marca registrada de sua
música. Em 1990, depois de um período de ostracismo, Zé gravou um disco só de
forró e fez uma série de shows nos EUA.

Em 1996, a sorte de Zé Ramalho começou a mudar. "Admirável gado novo", um


de seus primeiros sucessos, voltou a tocar sem parar nas rádios, graças à sua
inclusão na trilha sonora da novela O Rei do Gado, da TV Globo. E seu nome
voltou à mídia ao participar do disco O grande encontro, resultado de um show
que fez em parceria com Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo. As
críticas foram tão favoráveis e o público se mostrou tão receptivo que o grupo
ganhou disco de platina duplo e voltou a se reunir em outros dois CDs, lançados
em 1997 e 2000, embora sem Alceu.
Com o álbum Antologia acústica, de 1997, Zé comemorou 20 anos de carreira,
fazendo uma releitura de suas canções mais conhecidas, o que lhe rendeu outro
disco de platina duplo. No mesmo período, foi lançado o livro Zé Ramalho - um
visionário do século XX, de Luciane Alves, e um songbook com 30 letras cifradas
do compositor.

Parecia uma preparação para aquele que seria seu mais importante trabalho, o
CD duplo Nação nordestina, de 2000, com o qual fez uma espécie de inventário
da influência do Nordeste na MPB, contando com a participação de diversos
artistas e citando a obra de tantos outros. O disco foi considerado um dos
melhores exemplos da fusão da música nordestina com o mundo pop.

E assim Zé Ramalho vem construindo sua obra, inspirada tanto na literatura de


cordel e nos ritmos nordestinos quanto no cinema, nas histórias em quadrinhos,
nos livros de ficção científica, nos seriados de TV, no rock e na mitologia,
alinhavando tudo com seu jeito único de cantar, como se estivesse narrando, e
com suas composições que remetem a imagens.

Fonte: site Sony BMG

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