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O BLUES NA GUITARRA

Celso Gomes
Semog Edições
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Semog Edições

NA GUITARRA
Vol. I

2008 – Varginha-MG – Brasil

Blues na Guitarra vol.1 by Celso Augusto dos Santos Gomes is licensed under
a Creative Commons Atribuição-Uso
Atribuição Não-Comercial-Vedada
Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.

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SOBRE O AUTOR
Celso Gomes
(Celso Augusto dos Santos Gomes)

Guitarrista e Violonista, iniciou seus estudos em violão


erudito na escola de música Maestro Marcelo Pompeu de
Pesquisador nas áreas de educação musical e aprendizagem (de
Campanha-MG e no Conservatório Estadual de Música de
uma forma geral) sob a perspectiva da teoria da complexidade
Varginha –dinâmicos),
(sistemas MG. Tocou em várias bandas
semiótica e acompanhou
peirceana e computação
também artistas
pervasiva na regiãoCelso
e ubíqua, do Sul está
de Minas.
concluindo o mestrado em
Tecnologias da Inteligência e Design Digital na PUC-SP sob a
área deÉ Bacharel em guitarra
concentração pela FaculdadeCognitivos
em "Processos de Artes Alcântara Machado -
e Ambientes
FAAM-UniFMU
Digitais" (São a
focando Paulo-SP),
linha deonde foi orientado
pesquisa pelos professores
"Aprendizagem e de
Semiótica Cognitiva".
guitarra Marcelo Gomes Nesse
(Grupo programa de epós-graduação
Terra Brasil) tem
Paulo Tiné (Também
bolsa CAPES/PROSUP modalidade 2, onde pesquisa por recursos
professor da Faculdade Santa Marcelina-SP), na faculdade estudou dentre
tecnológicos, ubíquos
outras, as matérias e pervasivos
de contraponto, em processos
harmonia cooperativos
(com Marisa Ramires),
de ensino e aprendizagem.
linguagem instrumental e improvisação (arranjo), prática de conjunto e
É percepção.
pós-graduado em Docência em Educação a Distância no Centro
Universitário do Sul de Minas (UNIS-MG), em Psicopedagogia
Concluiu o curso
Institucional de Licenciatura
(UCB), em DesigneremInstrucional
música - habilitação
para em guitarra
a EaD
por meiopela
virtual de complementação
Universidadepedagógica
Federal pela Universidade
de Itajubá e emdo Tecnologia
Vale do Rio
e Verde (UninCor - Três Corações-MG).
EaD (UNIS-MG).

É Pós-Graduado
Tem graduação em psicopedagogia
em Música (licenciaturapela Universidade Castelo Branco
plena) e graduação em
Música (Bacharelado) pelo Centro Universitário das Faculdades
(RJ)/ IESD (PR) e em Docência na EaD pelo Centro Universitário do Sul de
Integradas Alcântara
Minas (UNIS-MG) Machado (2003).
onde desenvolveu trabalhos nas áreas da pedagogia e da
música.
Atualmente é Coordenador do Curso de Graduação em Música do
Unis É(oferecido
professor dena modalidade
guitarra e violãoadesde
distância)
1995 e etrabalhou
Designerna Escola
educacional do UNIS. Tem experiência na área de educação, com
Consonante de Música (Três Corações-MG), no Estúdio Meyer Escola de
ênfase em educação a distancia e tecnológica. Atua como
Música em São
conselheiro Paulo,doe Comitê
membro atualmente é professor
de Ética de Músicadapopular
em Pesquisa e
Fundação
defolclórica,
Ensinoprática de conjunto
e Pesquisa do (com ênfase
Sul de em improvisação)
Minas - CEP/FEPESMIGe guitarra no 1o o
- desde
e 2o graus
início de no Conservatório Estadual de Música de Varginha onde implantou
2009.
o curso de guitarra em 1999 além de ministrar aulas particulares. Atua
também como professor/tutor universitário no Centro Universitário do Sul de
Para visualizar o Currículo Lattes de Celso Gome acesse
Minas (UNIS-MG).
http://lattes.cnpq.br/8784835682994528
Atualmente faz parte dos quartetos instrumentais JAZZMIN e ARROIO,
ambas de Jazz, música brasileira e fusion; e está em pré-produção de seu
novo CD – Brazuca.

Site: www.celsogomes.com.br

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ÍNDICE
GRADE __________________________________________________ 5

INTRODUÇÃO ____________________________________________ 6

A ORIGEM _______________________________________________ 7

ALGUNS ÍCONES _________________________________________ 7

A PRONÚNCIA ____________________________________________ 9

A FORMA MUSICAL_______________________________________ 10

ACOMPANHAMENTO _____________________________________ 13

ACORDES ______________________________________________ 15

LEVADAS ______________________________________________ 16

COMPINGS _____________________________________________ 17

ACORDES NO BLUES _____________________________________ 16

ESTRUTURA MELÓDICA __________________________________ 19

PENTA BLUES ___________________________________________ 21

PENTA BLUES + BLUE NOTE 9ª AUM.________________________ 22

PENTA BLUES + BLUE NOTE 6ª M. __________________________ 23

PENTA BLUES + BLUE NOTE 4ª AUM.________________________ 24

EXERCÍCIOS DE TRANSCRIÇÃO____________________________ 25

PLAY-ALONG DA MÚSICA SCHOOL BLUES ___________________ 29

FRASES ________________________________________________ 30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ______________________________ 33

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GRADE
Neste livro usaremos a grade para representar as escalas, modos e
arpejos. Este é um sistema de notação que simboliza a imagem do braço da
guitarra. Existem diversas formas de abordar esta representação, porém neste
livro, usaremos estes dois sistemas da seguinte maneira:

1. Como se a guitarra estivesse em suas mãos, como você olha para ela.

2. Como se a guitarra estivesse em de pé .

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INTRODUÇÃO
.

Olá, tudo bem?

Seja bem vindo ao estudo do Blues na guitarra!

Com o intuito de estudar este importante estilo musical, que veio a


influenciar vários outros estilos, acabei compilando algumas idéias que aqui
estão.

Este livro, no entanto, destina-se ao entendimento e a prática de


elementos musicais para a performance do blues e de suas possíveis
aplicações em outros tantos estilos musicais de música popular.

Aqui se encontram alguns exemplos de escalas, acordes, frases e


acompanhamentos que podemos usar como ponto de partida para tocarmos e
improvisarmos em músicas no estilo blues e em outros estilos derivados.

Porém, o fato de se poder improvisar de forma elementar, como


característico nesse estilo, vem demonstrar que o estudo do blues é um
recurso importante para a prática improvisacional, comum no Jazz e na Música
Brasileira e em outros estilos, como o rock por exemplo.

Este trabalho faz parte das referências bibliográficas dos cursos de


guitarra e estruturação musical que ministro. É de suma importância que não
seja a única fonte de pesquisa, pois é apenas um referencial.

Então mãos a obra e não se esqueça: pesquise, faça aulas, estude


teoria, harmonia, troque idéias com amigos, tire músicas de ouvido, pratique,
pratique, pratique e divirta-se, isto torna tudo mais eficaz.

Um grande e forte abraço!

CELSO GOMES

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A ORIGEM
Os escravos africanos, levados para os Estados Unidos, cantavam um
tipo de música que de certa forma servia para aliviar sentimentos como a
tristeza, a saudade e o cansaço causados pelos trabalhos forçados nas
lavouras de algodão. Esse tipo de manifestação, chamada de worksongs, foi o
que podemos entender como a origem dessa maneira de se cantar que mais
tarde se transformaria no que conhecemos por Blues .

Assim o Blues surge como uma expressão cultural que se caracteriza


por uma simplicidade, poesia, humor e ironia.

Como podemos deduzir, pela sua origem, a definição do termo Blues


mostra muito do sentimento e do estado de espírito
dos seus criadores. Essa expressão – Blues – ficou
popular, contudo, depois da Guerra Civil Americana,
quando passou a ser vista como um meio de
significar o estado de espírito da população afro-
americana frente aos problemas que enfrentavam
com o final da guerra.

Este estilo de música, que veio a influenciar o Jazz, o Rock, o Gospel, o


Funk e muitos outros, é além de tudo um excelente exercício de improvisação
com musicalidade e “feeling”.

ALGUNS ÍCONES
Robert Johnson

Este que foi considerado um marco do blues,


modificou o estilo de execução, empregando mais
técnica, frases mais elaboradas e maior ênfase no
uso das cordas graves para criar um ritmo regular.
Johnson influenciou Elmore James e Muddy Waters,
e o blues elétrico de Chicago na década de 1950 foi
criado em torno do estilo de Johnson. Há uma linha
direta de influência entre a obra de Johnson e o
Rock and Roll que se tornaria popular no pós
segunda guerra mundial .

Anos após sua morte, o grupo de admiradores de Johnson cresceu e


inclui grades nomes da guitarra rock como Keith Richards e Eric Clapton.

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Muddy Waters

Nascido em Rolling Fork, Mississippi, Waters começou a grava gravar em


1940. Ele mudaria-se se mais tarde para Chicago, Illinois, onde trocou o violão
pela guitarra elétrica. Sua popularidade começou a crescer entre os músicos
negros, e isso o permitiu passar a se apresentar em clubes de grande
movimento. A técnica de Waters é fortemente
característica devido a seu uso do slide (botle neck) na
guitarra. Suas primeiras gravações pela Chess
Records apresentavam Waters na guitarra e nos
vocais apoiado por um violoncelo.
violoncelo Posteriormente, ele
adicionaria uma seção rítmica e a gaita de Little
Walter, inventando a formação clássica de Chicago blues.

Com sua voz profunda, rica, uma personalidade


carismática e o apoio de excelentes músicos, Waters
rapidamente tornou-se
tornou a figura mais famosa
osa do Chicago
Blues. Até mesmo B. B. King referiria-se
se a ele mais tarde
como o “Chefe de Chicago”. Suas bandas eram um
“quem é quem” dos músicos de Chicago blues: Little
Walter, Big Walter
Walter Horton, James Cotton, Junior Wells,
Willie Dixon, Otis Spann, Pinetop Perkins, Buddy Guy, e daí em diante.

B.B. King

É um dos mais reconhecidos guitarristas de Blues da atualidade. Por


vezes, referido como o Rei do Blues. É bastante
apreciado por seus solos, nos quais, ao contrário de
muitos guitarristas,, prefere usar poucas notas. Certa
vez, B.B King teria dito: "posso fazer uma nota valer
por mil". B. B. King começou a tocar na rua para
ganhar alguns trocados, ainda em sua cidade natal. No
ano de 1947,, partia para Memphis, no Tenessee,
apenas com sua guitarra e $2,50 dóláres.

Conhecido também por seu vibrato King em 1970,, alcançava as paradas


de sucesso com a música, The Thrill is Gone.

BB king era considerado o melhor guitarrista


guitarrista do mundo por Jimi Hendrix.

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A PRONÚNCIA
Criada pelos escravos norte americanos nas plantações de algodão, o
blues é um tipo de música que tem um sotaque, ou seja, um swing próprio.
Construído em compasso quatro por quatro é caracterizado pela execução de
colcheias, da seguinte forma:

Execução:

Porém anota-se na pauta assim:

A esta interpretação dá-se o nome de Swing feel ou triplet feel


(sentimento triplo). Porém na maior parte dos casos damos o nome de
pronúncia blues, a esta articulação da colcheia.

Escrita Execução

O blues pode ainda ser escrito em compasso composto, ou seja, em


doze por oito. Dessa forma não existe a necessidade de anotá-lo com o “triplet
feel”, onde temos, contudo, as seguintes formas básicas de anotação:

ou

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A FORMA MUSICAL
A forma musical mais comum do blues é o de 12 compassos, que se
cristalizou com a idéia dos três versos, cada verso com quatro compassos.

Primeiro verso pode ser construído por duas progressões:

1- Slow change (troca lenta): todo construído sobre o acorde da Tônica (ex. Dó
maior).

2- Fast change (troca rápida): primeiro compasso com acorde de tônica,


segundo com acorde de subdominante e terceiro e quarto novamente com o
compasso de tônica. (ex. Dó maior).
maior)

Segundo verso é dividido em: dois compassos para a subdominante e dois


para a tônica. (ex. Dó maior).
maior)

Terceiro verso pode ser construído por três progressões:

1- Dominante nos dois primeiros compassos e tônica nos dois últimos. Essa
forma é pouco usada hoje em dia, porém será utilizada para tocarmos blues de
raiz (ou folkblues):

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2- Dominante, subdominante e tônica. (ex. Dó maior).

3- Dominante, subdominante, tônica e dominante. (ex. Dó maior)..

Turnaround - Ciclo Harmônico tocado para preparar a volta ao início do


chorus.

A estas combinações dos versos chamamos de chorus, que são tocados


para a base da melodia principal (tema) e dos improvisos (secção de
improviso)

Obs.: perceba que no final das faixas existe uma virada de bateria,
usada para voltar ao início do chorus.
cho

Slow change sem turnaround

Faixa 1 (ex. Dó maior).

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Slow change com Turnaround


Faixa 2 (ex. Dó maior).

Fast change sem Turnaround


Faixa 3 (ex. Dó maior).

Fast change com Turnaround


Faixa 4 (ex. Dó maior).

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ACOMPANHAMENTO
Tradicionalmente o blues é construído com acordes com sétima menor,
contrariando o campo harmônico maior.

Campo harmônico maior:

Podemos assim relacionar as funções dos acordes usados no blues com


uma escada, onde a Tônica é o chão, a subdominante é o degrau do meio e a
dominante é o degrau mais alto.

Então o blues slow change com turnaround ficaria assim (ex. Dó maior):

Como exercício construa o gráfico de outras possibilidades de execução de


blues:
 slow change sem turnaround
 fast change com e sem turnaround
 fast e slow change com o último verso tipo folk blues.

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Dois dos tons mais usados na guitarra para tocar blues são o de mi
maior e o de lá maior, como nos exemplo a seguir:

Faixa 5 (mi maior)

Faixa 6 (lá maior)

Como exercício construa e pratique as seguintes possibilidades de execução


de blues nos tons de A e E:
 slow change sem turnaround
 fast change com turnaround
 fast change sem turnaround
 fast change com o último verso tipo folk blues.
 slow change com o último verso tipo folk blues.

Agora repita as possibilidades acima em outros tons como, por exemplo, em G,


Bb, F, Eb, dentre outros de sua preferência.

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ACORDES
Aqui, temos algumas sugestões de digitações de acordes blues em Mi maior:

Obs.: As cordas com um “x” não devem ser tocadas, ou seja, devem ser
abafadas.

Como exercício pesquise e pratique outras digitações de acordes para que


você possa tocar blues em outras tonalidades.

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LEVADAS
Levadas são os ritmos que usamos no acompanhamento característico de
um estilo musical. No blues estas levadas respeitam ao triplet feel ou pronúncia
blues:

Levada 1
(stop rhythm)

Faixa 7 (blues em MI maior usando a levada 1)

Levada 2

Faixa 8 (blues em MI maior usando a levada 2)

Levada 3

Faixa 9 (blues em MI maior usando a levada 3)

Levada 4

Faixa 10 (blues em MI maior usando a levada 4)

Levada 5

Faixa 11 (blues em MI maior usando a levada 5)

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COMPINGS
Exemplo 1a

Exemplo 1b

Exemplo 2a

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Exemplo 2b

Exemplo 3a

Exemplo 3b

Faixa 12- Blues em mi maior usando exemplo 1a e 1b.

Faixa 13- Blues em mi maior usando exemplos 2a e 2b.

Faixa 14- Blues em mi maior usando exemplos 3a e 3b.

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ESTRUTURA MELÓDICA

Na música africana, onde evidentemente encontram-se as raízes do


Blues, a escala musical mais presente é a pentatônica (escala constituída por 5
notas).

Pentatônica menor- É idêntica a escala menor natural, porém sem o II


e o VI graus, como mostrado no exemplo a seguir, no tom de lá menor.

Tônica 3am 4J 5aJ 7am Tônica(8aJ)

1 tom e ½ 1 tom 1 tom 1 tom e ½ 1 tom

Quando se tentava executar as canções, cantadas com essa escala,


acompanhando-as com instrumentos musicais europeus, construídos para o
sistema diatônico, o conflito era inevitável. Tal conflito, supostamente, teria
gerado o que hoje se conhece por blue notes, que são consideradas uma
tentativa dos músicos afro-americanos de tocar exatamente aquilo que
cantavam.

Tais blue notes são: a terça menor e a sexta maior “aumentadas em


quase meio tom”, além da quarta aumentada usada como cromatismo entre a
quarta justa e a quinta justa.

(½ tom) (½ tom)

3a menor 6a maior
(aumentada em ½ tom) (aumentada em ½ tom)

4aaum.

Obs.: A 3ª menor neste contexto soa como 9aaum.

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Em um blues, por exemplo, no tom de A maior, é característico o uso da


pentatônica de Lá menor (quando aplicada desta maneira esta passa a se
chamar “penta blues”), tendo como resultado os seguintes intervalos perante os
acordes usados:

Sobre A7 (I7) - Fund.. 9aaum. 4aJusta 5aJusta 7amenor Fund.

Sobre D7 (IV7)- 5aJusta 7amenor Fund.. 9amaior 4aJusta 5aJusta

Sobre E7 (V7) - 4aJusta 13amenor 7amenor Fund. 9aaum. 4aJusta

A seguir veremos exemplos de digitação da pentatônica e da penta


blues para se tocar no tom de Lá maior, e na seqüência as blue-notes estarão
assinaladas nesta mesma digitação.

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PENTA BLUES
PENTA BLUES SEM BLUE NOTES
Ex: Lá maior (blues)

- Tônica (nota que dá nome a escala)

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PENTA BLUES + BLUE NOTE 9ª AUM.


Com a Blue note - 3ª menor (com bend) = 9ª aumentada.
Ex: Lá maior (blues)

- Tônica (nota que dá nome a escala)

- Dê um bend de meio tom nesta nota, para que esta soe Blue note.

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PENTA BLUES + BLUE NOTE 6ª M


Blue note - 6ª maior (com bend) = 7ª menor abaixada
Ex: Lá maior (blues).

- Tônica (nota que dá nome a escala)

- Dê um bend de meio tom nesta nota, para que esta soe Blue note.

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PENTA BLUES + BLUE NOTE 4ª AUM


Com a blue note - 4ª aumentada
Ex: Lá maior (blues)

- Tônica (nota que dá nome a escala)

- Esta blue note serve de passagem entre a 4ª e a 5ª nota da escala.

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EXERCÍCIOS
A prática da transcrição, também chamada de “tirar de ouvido” é uma das
formas mais eficazes de se desenvolver a musicalidade e a performance do músico
em um determinado estilo. Assim adquire-se desenvoltura para a improvisação,
composição, acompanhamento e técnica de uma forma equilibrada, resultando
freqüentemente em uma maneira natural de se tocar o instrumento.
Então, tendo tudo isso em vista vamos agora transcrever as frases das faixas
indicadas do CD deste livro para as pautas abaixo. Todas as frases estão colocadas
sobre um blues no tom de Mi maior, então lembre-se de ter em mente a penta blues,
ou seja, a pentatônica de Mi menor com a possibilidade de uso das blue notes.

Faixa 15 – usando a 1ª região (da 14ª até a 17ª casa)

Faixa 16 – usando a 1ª região (da 2ª até a 5ª casa)

Faixa 17 – usando a 1ª região (da 2ª até a 5ª casa)

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Faixa 18 – usando a 2ª região (da 5ª até a 8ª casa)

Faixa 19 – usando a 2ª região (da 5ª até a 8ª casa)

Faixa 20 – usando a 2ª região (da 5ª até a 8ª casa)

Faixa 21 – usando a 3ª região (da 8ª até a 10ª casa)

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Faixa 22 – usando a 3ª região (da 8ª até a 10ª casa)

Faixa 23 – usando a 3ª região (da 8ª até a 10ª casa)

Faixa 24 – usando a 4ª região (da 9ª até a 12ª casa)

Faixa 25 – usando a 4ª região (da 9ª até a 12ª casa)

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Faixa 26 – usando a 4ª região (da 9ª até a 12ª casa)

Faixa 27 – usando a 5ª região (da 12ª até a 15ª casa)

Faixa 28 – usando a 5ª região (da 12ª até a 15ª casa)

Faixa 29 – usando a 5ª região (da 12ª até a 15ª casa)

Outro exercício interessante para ser praticado, consiste na divisão dessas


frases em duas partes (antecedente e conseqüente) para que assim possamos
usar apenas uma dessas partes, sendo que na outra improvisaríamos com a
escala pertinente ao tom da música. Isso nos dá a habilidade de aplicação dos
elementos fraseológicos aqui estudados, para que dessa forma possamos
ampliar nosso vocabulário blues.

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PLAY-A-LONG
Faixa 30 – School Blues – Com guitarra

School Blues
Celso Gomes

Faixa 31 – Play-Back - School Blues – Sem guitarra

Toque o blues – School blues e improvise usando os elementos


estudados neste livro. Você deve criar seus solos, ou seja, o seu estilo, para
isso você não precisa, exatamente, usar as frases que foram transcritas aqui,
mas sim fragmentos usados na sua constituição, bem como as blue notes, os
compings e as levadas estudadas com este livro. Então improvise e crie suas
frases escrevendo-as como forma de exercício e aprimoramento musical!

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FRASES
Aqui estão as frases do CD para que você possa conferir suas transcrições.

Faixa 15

Faixa 16

Faixa 17

Faixa 18

Faixa 19

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Faixa 20

Faixa 21

Faixa 22

Faixa 23

Faixa 24

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Faixa 25

Faixa 26

Faixa 27

Faixa 28

Faixa 29

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BIBLIOGRAFIA

CHEDIACK, Almir. Harmonia & Improvisação. Rio de Janeiro: Lumiar Editora,


1986.

FARIA, Nelson. Escalas,Arpejos e acordes. Rio de Janeiro: Lumiar Editora,


1998.

GAMBALE, Frank. Improvisation Mad Easier. Miami: Manhattan Music, 1997.

GOMES. Celso A. S. Cadernos do Corso de Guitarra do Curso de


Bacharalado da FAAM. São Paulo: Manuscritos. 1999-2003.

KOCH, Greg. Hal Leonard Guitar Method - Blues Guitar. Hal Leonard.

MELLO, Mozart. Apostila de Apoio. São Paulo: Manuscritos, 1994.

_______. Apostila da Vídeo Aula – Guitarra Fusion. São Paulo: Manuscrito,


1994.

PASS, Joe. Joe Pass Guitar Style, Waner Bros. Publications.

SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. São Paulo: Moderna,


2003.

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