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O QUE É MÚSICA?

 De uma maneira mais didática e abrangente, a música é composta por


melodia, harmonia e ritmo.

Melodia

Melodia é a voz principal do som, é aquilo que pode ser cantado.

Harmonia
A harmonia musical é a concordância dos sons, tornando-os agradáveis
ao ouvido e à sensibilidade do ouvinte. 
Ritmo
Ritmo é a marcação do tempo de uma música. Assim como o relógio
marca as horas, o ritmo nos diz como acompanhar a música.

.O que são Graves, Médios, Agudos? (Altura do som)

De uma maneira mais ampla e BÁSICA, o som é dividido em três partes:


Graves, Médios e Agudos.

Grave: é um som de frequência mais baixa

EX: Bumbo de bateria, cordas grossas de violão.

Médio: é um som de frequência média

EX: Corneta, voz humana.

Agudo: é um som de frequência mais alta

EX: Apito, microfonia.


O QUE É TIMBRE?

Timbre é a característica peculiar de cada som. A nota Dó tocada no


violão tem um som muito diferente da nota Dó tocada no teclado ou
na flauta. Isso significa que esses instrumentos
possuem timbres diferentes.

O QUE É VIOLÃO?

Violão é um instrumento musical no qual emite sons a partir da vibração


de suas cordas

ENTENDENDO O VIOLÃO.

Nosso instrumento é dividido como mostra o desenho:


PALHETA: Utilizada para tocar o instrumento, deixando-o
com uma sonoridade mais encorpada.

DEDEIRA: Mais utilizada na viola caipira. Pode ser utilizada no


violão para dedilhados

AS NOTAS MUSICAS: (CIFRAS)

As notas musicais podem ser identificadas por letras para facilitar a


escrita e aumentar a velocidade de leitura. Existem 7 letras para
representar as notas musicais. A partir de agora chamaremos estas letras
de CIFRAS:
C –> dó
D –> ré
E –> mi
F –> fá
G –> sol
A –> lá
B –> si 
Existem, também, outros símbolos muito usados no dia a dia do
violonista:
# - Sustenido 7 – Sétima
b – Bemol 9 – Nona
4 – Quarta 5 - Quinta
...Dentre muitos outros....
O PORQUE DAS CIFRAS?

As cifras servem para abreviações das notas na pauta musical, por


exemplo:

G D C D G A C D G

Melodia exemplo Melodia exemplo Melodia exemplo Melodia exemplo

Se não existissem as cifras ficaria da seguinte forma:


SOL RÉ DÓ RÉ G LÁ DÓ RÉ SOL

Melodia exemplo Melodia exemplo Melodia exemplo Melodia exemplo

Para se ler a cifra deve-se, somente, juntar um símbolo com o outro:

G# - Sol sustenido

Fm - Fá menor

A#m - Lá sustenido menos

Bb - Si bemol

C - Dó menor
TOM:

Em música, tom pode ter vários significados:


● Tom como Intervalo: Diferença de altura entre duas notas vizinhas na
escala diatônica. 

● Tom pode se referir à nota em relação à qual se constrói uma escala


diatônica no sistema tonal clássico. Mais conhecido como Tonalidade

● Tom também se refere à Altura de um som na escala geral dos sons.

EXEMPLOS:

1-Quando digo: Qual a distancia entre a nota X e a nota Y? Isto se refere


á tom como: INTERVALO

2- Quando digo: A música X do cantor Y está no tom de C (Dó). Isto se


refere á tom como: TONALIDADE

3-Quando digo: Certa pessoa alcançou o tom de D (Ré) em uma música


Isto se refere á tom como: ALTURA

ESCALA: (MAIOR)

Escalas musicais são sequências ordenadas de notas. Por exemplo: dó, ré,


mi, fá, sol, lá, si, dó…repetindo esse ciclo. Nessa escala, começou-se com
a nota dó e foi-se seguindo uma sequência bem definida de intervalos até
o retorno para a nota dó novamente usando a sequência de tom, tom,
semitom, tom, tom, tom, semitom…repetindo o ciclo. Essa escala é
chamada de “escala maior”.
SUSTENIDO E BEMOL:

Na música ocidental, há 12 notas:

. dó, dó#, ré, ré#, mi, fá, fá#, sol, sol#, lá, lá# e si.

Dessas 12 notas, 7 delas recebem um nome específico (dó, ré, mi, fá, sol,
lá, si) e as demais são identificadas por um sustenido (#) ou bemol (b)
dessas notas, também chamados de alterações(acidentes). Um sustenido,
por definição, é a menor distância entre duas notas na música ocidental,
assim como um bemol. A diferença de nomenclatura (bemol ou
sustenido) serve apenas para indicar se estamos nos referindo a uma
nota acima ou abaixo.

C D EF G A BC
No desenho temos em destaque as cifras das sete notas principais
(C-D-E-F-G-A-B) e entre elas estão seus acidentes musicais.

Pode se reparar que entre quase a maioria das notas estão elas mesmas,
mas com o símbolo de SUSTENIDO e o símbolo de BEMOL.

Podemos reparar que de C – D temos um intervalo de 1 tom, assim por


diante. Mas por que isso acontece e por que de E – F e de B – C temos
apenas ½ Tom de intervalo.
Isso ocorre devido aos acidentes musicais

Devido MI e FÁ e SI e DÓ não possuírem acidentes musicais entre elas


podemos caracterizar um intervalo de apenas ½ tom. Isto ocorre também,
como podemos ver, de C# - D, ou de F# - G, e assim por diante.

CONCLUSÕES:

1 - Sustenido (#) e bemol (b) são as menores distancias entre uma nota e
outra, tendo praticamente a mesma função, alterando, apenas, a indicação

2 - O intervalo será de 1 TOM ou mais quando pulamos de uma nota para


outra, e será de ½ TOM quando as notas são VIZINHAS umas das outras.

ENARMONIA:

Enarmonia é o termo utilizado quando um som possui mais de um nome.


Por exemplo:

C# é o mesmo que Db, portanto diz-se que estas duas notas são
enarmônicas.

E assim por diante como mostra a tabela:

C# Db
D# Eb
F# Gb
A# Bb

INTERVALOS:

Intervalo musical é a distância entre dois sons. Qualquer distância entre


duas notas é um intervalo.

INTERVALO = DISTÂNCIA
(EXERCÍCIO)
GRAU MUSICAL

Grau musical é uma nomenclatura criada para ajudar o músico na


localização dos intervalos. 

Existem duas maneiras de tratarmos os graus: A primeira consiste na


seguinte forma:

Se numerássemos a escala de Dó maior da seguinte forma: Dó (1º grau),


Ré (2º grau), Mi (3º grau), Fá (4º grau), Sol (5º grau), Lá (6º grau), Si (7º
grau), poderíamos dizer para um amigo, por exemplo: “toque o 5º grau da
escala de Dó maior”, e ele saberia que você está se referindo à nota Sol.

E assim sucessivamente com qualquer outra nota.

Esta maneira é a mais simples e prática, mas nos apresenta algumas


imperfeições:

- Primeiro temos que ter em mente que estamos falando de graus


MAIORES, por isso a escala de dó se encaixa perfeitamente na contagem;

- Se fizermos a mesma contagem na escala de si veremos que a sétima é a


nota lá. Isso não deixa de estar certo, mas este lá na escala de si, na
verdade é o sétimo grau menor, e não o sétimo maior.

Isto ocorre por que não existe apenas graus maiores, como podemos ver
na tabela a seguir, nos levando á segunda maneira de localizar os graus:

2º maior – está a 1 tom da tônica


2º menor – está a meio tom da tônica
2º aumentada – está a 1 tom e meio da tônica
2º diminuta – não existe
3º maior – está a 2 tons da tônica
3º menor – está a 1 tom e meio da tônica
3º aumentada – está a 2 tons e meio da tônica
3º diminuta – está a 1 tom da tônica
4º justa – está a 2 tons e meio da tônica
4º aumentada – está a 3 tons da tônica
4º diminuta – está a 2 tons da tônica
5º justa – está a 3 tons e meio da tônica
5º aumentada – está a 4 tons da tônica
5º diminuta – está a 3 tons da tônica
6º maior – está a 4 tons e meio da tônica
6º menor – está a 4 tons da tônica
6º aumentada – está a 5 tons da tônica
6º diminuta – está a 3 tons e meio da tônica
7º maior – está a 5 tons e meio da tônica
7º menor – está a 5 tons da tônica
7º aumentada – está a 6 tons da tônica
7º diminuta – está a 4 tons e meio da tônica

TRÍADES
O que são tríades?
Quando falamos das três notas que formam os acordes naturais, estamos
falando da tríade de cada acorde. Esse nome existe para representar as
notas básicas que formam um acorde específico. Na maior parte das
vezes, essas notas são o 1º o 3º e o 5º graus, formando assim os acordes
naturais, como já vimos no artigo anterior. Nesse caso, podemos ter uma
tríade menor ou uma tríade maior. Porém, podemos ter
outras tríades também, formando acordes mais complexos, como por
exemplo, uma tríade aumentada, uma tríade diminuta ou uma tríade sus4.
Confira abaixo:
Tríade maior
É formada pelos graus: 1º maior, 3º maior e 5 justa.
Tríade menor
É formada pelos graus: 1º maior, 3º menor e quinta justa
*se observarmos bem, a única coisa que diferencia um acorde maior de
um menor é o 3°grau, ou seja, nos acordes maiores o 3°grau é MAIOR, e
nos acorde menores o 3°grau é MENOR.
Tríade maior
É formada pelos graus: 1º maior, 3º maior e quinta justa.
Tríade menor
É formada pelos graus: 1º maior, 3º menor e quinta justa.
Tríade sus4
É formada pelos graus: 1º maior, quarta justa e quinta justa.
Tríade aumentada
É formada pelos graus: 1º maior, 3º maior e quinta aumentada.
Tríade diminuta
É formada pelos graus: 1º maior, 3º menor e quinta diminuta.
DEDOS DAS MÃOS:

Para montarmos um acorde é preciso “numerar” os dedos da mãos que se


usará para fazê-los.
NOMES DAS CORDAS DO VIOLÃO:
Cada corda do violão, estando ela SOLTA, possui o timbre de uma nota.
São elas:
ACORDES MAIORES NATURAIS:
ACORDES MENORES NATURAIS:

A maioria dos acordes menores não sofre uma grande alteração na


forma do acorde, geralmente acrescenta ou diminui o uso de um dos
dedos a partir do acorde maior.

Você irá perceber que os sons dos acordes maiores possuem um som
mais forte, ou seja, um som mais alegre, já o som de um acorde
menor possui um som mais triste, meio melancólico.

Na prática podemos caracterizar a tríade menor da seguinte forma:


1°Grau Maior
3°Grau Menor
5°Justa
ACORDES DE SUSPENSÃO:

Sus é a abreviação para suspenso. Um acorde suspenso não é maior


nem menor, pois a suspensão refere-se à terça. Como é a terça que
caracteriza o acorde como maior ou menor, a ausência dela
caracteriza um acorde suspenso. Desta forma, um acorde com quarta,
que possui apenas tônica e quinta é um acorde suspenso, pois não
possui a terça.
ACORDES COM QUARTA

Acordes com quarta são acordes de suspensão, pois não possuem sua
terça nota, apenas a Tonica e quinta.
Uma das funções principais de um acorde com quarta é segurar certo
tempo de determinada melodia, fazendo com que a melodia não fique
durante muito tempo em uma nota só. Exemplo:

A melodia X possui as seguintes notas: G – C – D, todas com 1 tempo,


exceto a nota ré (D). Esta nota possui 2 tempos, é ai que entra a nota com
quarta (4).

Para melodia não ficar “maçante”, com 2 tempos contínuos em uma nota
só, podemos utilizar o acorde de ré com quarta (D4), deixando a melodia
deste jeito: G – C – D – D4.

OBS: Neste esquema de uso de notas com quarta, a nota deve começar e
terminar na mesma nota, para se ter o “som” e função desejadas....Não é
uma obrigatoriedade, mas um modelo de utilização destas notas.

Os acordes com quarta também podem ser usados, sutilmente, dentro de


determinada melodia, como modo de “enfeite”.
ACORDES COM QUINTA

Os acordes com quinta são conhecidos como powerchords e são formados


pela Tonica e pela quinta, se tornando, também, um acorde suspenso.

Os powerchords aparecem com mais freqüência na guitarra, mas é


utilizado no violão quando se busca um som mais forte e encorpado.

Um acorde com quinta não tem distinção de nota maior ou menor, ou seja,
um C5, por exemplo, pode ser tanto maior quanto menor.
ACORDES COM SEXTA

Os acordes com sexta são os chamados acordes complexos. Tem este


nome por se tratar de acordes que possuem notas de tensão – que nada
mais são do que as demais notas que complementam um acorde. Os
acordes com SEXTA, SÉTIMA e NONA são todos acordes de tensão,
pois, além de contar com sua tríade, ainda possuem um acorde a mais – o
acorde de tensão.

As notas com sexta não tem uma função especifica dentro de uma
melodia, mas devem ser usadas com cuidado devido á sua sonoridade
diferenciada
ACORDES COM SÉTIMA:

Os acordes com sétima ou acorde de sétima são muito utilizados para


preparar outro acorde, ou seja, antecipar o início de um refrão, ou
indicar uma mudança na melodia.

Os acordes com sétima são chamados de TÉTRADES.


Os acordes c/sétima geralmente vem acompanhados de duas outras notas,
podemos dizer que é uma espécie de casamento entre elas.

Acordes com sétima para antecipar refrão:

Primeira Nota Nota c/sétima Nota final


C C7 F
D D7 G
E E7 A
F F7 B
G G7 C
A A7 D
B B7 E

Acordes com sétima para mudança na melodia:

Primeira Nota Nota c/sétima Nota final


C A7 D
D B7 E
E C#7 F#
F D7 G
G E7 A
A F#7 B
B G#7 C#

ACORDES COM NONA

Os acordes com nona também são acordes de tensão.

Tem por finalidade dar um brilho a mais na música, tendo em vista que
sua sonoridade é bem parecida com a sonoridade de uma tríade original,
dando uma ênfase a mais, isso devido á nona adicionada dentro desta
tríade.

Pode-se usar um acorde com nona caso haja dois violões tocando juntos.
A melodia é G – C – D

Para que os dois violões não façam a mesma coisa, um deles pode
adicionar uma nota com nona a fim de diferenciar a melodia sem sair do
campo harmônico tocado, ficaria assim:

G – C9 – D
CAMPO HARMÔNICO

Campo harmônico é um conjunto de acordes formados a partir de uma


determinada escala, sendo ela: MAIOR / MENOR / SUSTENIDA /
BEMOL

Campo Harmônico da Escala Maior

Ao estudar o campo harmônico você está conhecendo os acordes na sua


raiz, eles são formados com as notas da escala maior em questão.

Os acordes formados no campo harmônico maior sempre seguirão a


ordem:

1º grau: sempre maior. ex: C


2º grau: sempre menor. ex: Dm
3º grau: sempre menor. ex: Em
4º grau: sempre maior. ex: F
5º grau: sempre maior. ex: G
6º grau: sempre menor. ex: Am
7º grau: sempre diminuto. ex: Bº
*Na escala maior também podemos usar a sétima menor para
formar o campo harmônico de determinada nota.

Campo Harmônico da Escala Menor

Os acordes formados no campo harmônico menor sempre seguirão a


ordem:

1º grau: sempre menor. ex: D


2º grau: sempre menor. ex: Em
3º grau: sempre menor. ex: F
4º grau: sempre menor. ex: Gm
5º grau: sempre maior. ex: A
6º grau: sempre menor. ex: Bb
7º grau menor: sempre maior. ex: C

*Na escala menor existe a diferença do terceiro e sétimo grau


(passam a ser menores)

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