Você está na página 1de 19

Apostila

de
Música
Teoria simplificada

Felipe Lisboa Uchôa Costa


MÚSICA

A música é uma linguagem Universal, reconhecida em todo o mundo da


mesma forma, que consiste na arte de combinar sons.
A música, no geral, é composta por Harmonia, Melodia e Ritmo, que
compõem cada um o seu papel, a fim de criar algo nos padrões grego
do belo.

• Harmonia: Combinação de sons simultâneos, ou seja, ao mesmo


tempo.
• Melodia: Combinação de sons sucessivos, ou seja, um posterior
ao outro.
• Ritmo: É o movimento ordenado dos sons em seu devido tempo.

NOTAS MUSICAIS:

São os nomes postos em devidos sons a fim de sinalizá-los


correspondentemente à sua vibração devida.
Não existe uma afinação de vibrações certas aos padrões, pois esta
vibração foi mudada ao londo do tempo. É comum usar hoje em dia, no
Lá central do piano, o de 440 Hz, que são 440 vibrações por segundo.

As notas musicais são: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Sí.

Obs.: Normalmente não se usa os nomes das notas, propriamente ditos


à sua leitura, e sim, suas devidas cifras.

CIFRAS:

São símbolos que substituem os nomes das notas, a fim de facilitar a


leitura e escrita.
As cifras correspondentes a cada nota são:

Dó=C;
Ré=D;
Mi=E;
Fá=F;
Sol=G;
Lá=A;
Sí=B.
INTERVALOS

Os intervalos são a separação entre dois sons distintos em um espaço


devido.
Os intervalos, normalmente são o de Tom (T) e o de semitom (ST ou S).

• Tom: É o espaço inteiro entre dois sons.


(Sempre que este ocorre, é comum ficar espaço reproduzível entre
os sons.)
• Semitom: É o menor espaço entre dois sons.
(É comum que nunca sobre espaço reproduzível entre os sons,
quando este ocorre.)

Obs.: Os intervalos não se limitam apenas em tons e semitons, pois


entre eles existem microtons que são capazes de serem reproduzidos
em instrumentos fretless, como violino ou baixo acústico, ou em bands
de uma guitarra e teclado. Com isso, também é possível criar uma
categoria de instrumentos, os microtonais.

ACIDENTES

Os acidentes são o que interveem um som, tornando-o mais grave ou


agudo. Estes são o sustenido (#), e o bemol (b).

• Sustenido (#): Aumenta a nota em um semitom ascendente.


• Bemol(b):Diminui a nota em um semitom descendente.

Obs.: Em qualquer escala, a distância entre as notas, normalmente são


de um tom, exceto entre E-F e B-C, que sempre terão intervalos de
semitom, sendo assim necessário o uso dos acidentes para encaixarem-
se nos padrões da escala. A visibilidade desse fenômeno é facilitada ao
olhar as teclas de um piano, que entre as notas E e F e entre B e C não
possuem teclas pretas destinadas aos sustenidos.

Obs.2: A partir de agora as notas de qualquer escala serão chamadas


por ordem: I-(primeira ou tônica,
II-(segunda), III-(Terça), IV-(quarta), V-(quinta),
VI-(sexta), VII-(sétima) e VIII-(oitava).
Ao terminar o ciclo todo se repete sendo a II como nona e assim
sucessivamente.
ESCALA MAIOR

As escalas são sempre constituídas em padrões específicos de


intervalos. Nas escalas maiores teremos intervalos de semitons da
III-IV(terça para quarta) e VII-VIII(sétima para oitava). Lembrando que
entre E-F e B-C temos um semitom natural, ou seja, tem-se que adaptar
com os acidentes para encaixar essa sequência de: tom, tom, semitom,
tom, tom, tom, semitom.

I II III IV V VI VII VIII


C D E F G A B C
D E F# G A B C# D
E F# G# A B C# D# E
F G A Bb C D E F
G A B C D E F# G
A B C# D E F# G# A
B C# D# E F# G# A# B

\/ \ / \/ \ / \ / \/ \ /
T T S T T T S

RELATIVA

A relativa é a sexta nota da escala maior, que, a partir dela, repete os


mesmos padrões entre os intervalos das notas da escala maior.
A relativa inicia a escala menor prosseguindo com os mesmos padrões.
A relativa de C, sua sexta, é a nota A, portando a escala de Am será
idêntica em acidentes das notas da escala de C, assim como a de D que
tem como relativa B, fazendo a escala de Bm, idêntica em acidentes das
notas da escala de D.

ESCALA MENOR

Outra forma de identificar a escala menor é sabendo que: da II-III


(segunda para terça) e da VI-VII (sexta para a sétima) são semitons.
Lembrado sempre dos intervalos entre E-F e B-C, que são semitons
naturais, fazendo com que seja necessário colocar os acidentes para
adaptar ao padrão de tom, semitom, tom, tom, semitom, tom, tom.
I II III IV V VI VII VIII
C D Eb F G Ab Bb C
D E F G A Bb C D
E F# G A B C D E
F G Ab Bb C Db Eb F
G A Bb C D Eb F G
A B C D E F G A
B C# D E F# G A B

\/ \ / \ / \ / \ / \/ \ /
T S T T S T T
Obs.: Existem notas com nomes diferentes, porém com o mesmo som,
chamadas de “enarmônicas”.
Alguns exemplos claros são C#=Db ou F#=Gb.

NOTA ≠ ACORDE

Nota é a unidade de som singular em uma determinada vibração


correspondente à sua nomenclatura, sendo assim os sons individuais.
O acorde é a união de 2 ou mais notas a fim de criar uma harmonia. Os
acordes podem ser de 3 notas (tríades), 4 notas (tétrade) ou mais notas,
intercalando ou não as notas da escala.

TRÍADE

A tríade é formada, em qualquer escala, pela tônica, terça e quinta (I, III,
V). Um exemplo disso é a tríade de C que é composta pela tônica C,
terça E e a quinta G, formando uma sequência de C, E e G que são
exatamente as notas tocadas para executar o acorde; já a de D, por
exemplo é formada pela tônica D, a terça F# e a quinta A; Cm é
constituída pela tônica C, terça Eb e quinta G; a de Dm é a tônica D,
terça F e quinta A, assim sucessivamente.

Acordes maiores /Acordes Menores

C-E-G. C-Eb-G

D-F#-A. D-F-A

E-G#-B. E-G-B

F-A-C. F-Ab-C

G-B-D. G-Bb-D

A-C#-E. A-C-E

B-D#-F#. B-D-F#

Obs.: A tônica sempre nomeia o acorde.


CAMPO HARMÔNICO:

É o conjunto de acordes tocados em uma harmonização que sempre


estarão de acordo com a escala de tal tonalidade.
O campo harmônico seguirá sempre os padrões de notas e intervalos da
escala correspondente, sendo assim, o uso de acorde menores e
maiores, sustenidos ou bemóis.

Vamos analisar:

A escala maior de C é constituída das seguintes notas:


CDEFGAB
Portanto, o campo harmônico não pode fujir dessas notas, sendo assim
compostas pelo acorde correspondente da tônica que é C(maior), sendo
C-E-G. Veja que todas as notas que formam o acorde de C(maior) são
encontrados na escala maior de C, assim também será com a II, que no
caso é D. Este deve obter também as notas da escala, portanto, a partir
de D temos D-F-A. Veja que essas notas correspondem a escala maior
de C, porém não são as notas da escala maior de D, mas são as notas
que correspondem à escala menor de D. Sendo assim, o segundo
acorde do campo harmônico de C(maior) é Dm.
Seguindo esse padrão teremos os acordes que constituem o campo
harmônico de C(maior):

• C = (C-E-G)
• Dm = (D-F-A)
• Em = (E-G-B)
• F = (F-A-C)
• G = (G-B-D)
• Am = (A-C-E)
• B° ou Bm(5b) = (B-D-F + A)

Obs.: A nomenclatura do VII grau, nesse caso é Sí diminuto ou Sí menor


com quinta bemol. Não se preocupe com esse acorde, geralmente usa-
se uma inversão do V grau com a tônica no VII grau para substituir esse
acorde.

Tendo isso, temos um padrão nos campos harmônicos maiores que


sempre se constituirão pelas notas das escalas em seus acidentes
seguindo apenas das tensões.
Sendo assim, o campo harmônico maior tem as seguintes tenções:
I II III IV V VI VII VIII
M7+ m7 m7 M7+ M7 m7 ° M7+

M=Maior
m=Menor
°=Diminuto

Obs.: acrescentar a sétima aumentada (7+) ou sétima (7) serve para


formar uma tétrade do acorde, podendo também ser a composição do
campo harmônico.

Os campos harmônicos maiores são:

I II III IV V VI VII
C7+ Dm7 Em7 F7+ G7 Am7 B° ou Bm7(b5)
D7+ Em7 F#m7 G7+ A7 Bm7 C#° ou C#m7(b5)
E7+ F#m7 G#m7 A7+ B7 C#m7 D#° ou D#m7(b5)
F7+ Gm7 Am7 Bb7+ C7 Dm7 E° ou Em7(b5)
G7+ Am7 Bm7 C7+ D7 Em7 F#° ou F#m7(b5)
A7+ Bm7 C#m7 D7+ E7 F#m7 G#° ou G#m7(b5)
B7+ C#m7 D#m7 E7+ F#7 G#m7 A#° ou A#m7(b5)

Os campos harmônicos menores são formados da mesma forma que os


maiores, as notas que constituem as escalas de cada tonalidade
definem os campos harmônicos.
Assim como nas escalas, maiores com relação as menores, os campos
harmônicos são semelhantes, sabendo que a relativa menor da escala
possui o mesmo campo harmônico do maior correspondente, como por
exemplo, o campo harmônico de Am possui os mesmos acordes do
campo harmônico de C(maior).

O campo harmônico menor tem as seguintes tensões:


I II III IV V VI VII VIII
m7 ° M7+ m7 m7 M7+ M7 m7

Sendo assim o campo harmônico de C(maior) que é constituído por:


C7+ ; Dm7 ; Em7 ; F7+ ; G7 ; Am7 ; B° ou Bm7(b5)
corresponde os acordes exatos do campo harmônico de Am, que são:
Am7 ; B° ou Bm7(b5) ; C7+ ; Dm7 ; Em7 ; F7+ ; G7
Observem que em ambos os campos harmônicos possuem os mesmos
acordes.

Dica: A fim de facilitar, quando perceber a tonalidade menor em uma


música, averígue um tom e meio a frente do tom menor, pois esse
acorde é o correspondente maior da música.
Ou seja, quando perceber uma música, de tonalidade Am, aplique o
campo harmônico de C(maior) que será totalmente correspondente.

Os Campos harmônicos menores são:

I II III IV V VI VII
Cm7 D° ou Dm7(b5) Eb7 Fm7 Gm7 Ab7+ Bb7
Dm7 E° ou Em7(b5) F7+ Gm7 Am7 Bb7+ C7
Em7 F#° ou F#m7(b5) G7+ Am7 Bm7 C7+ D7
Fm7 G° ou Gm7(b5) Ab7+ Bbm7 Cm7 Db7+ Eb7
Gm7 A° ou Am7(b5) Bb7+ Cm7 Dm7 Eb7+ F7
Am7 B° ou m7(b5) C7+ Dm7 Em7 F7+ G7
Bm7 C#° ou m7(b5) D7+ Em7 F#m7 G7+ A7

FUNÇÃO HARMÔNICA:

Função harmônica é a tenção aplicada na música, diferenciada pelo


grau na escala maior harmônica, ou seja, são as sensações e
sentimentos que um conjunto de notas trazem ao serem tocadas.

As funções harmônicas são:


Tônica – I
Subdominante semiforte – II
Tônica fraca – III
Subdominante – IV
Dominante – V
Tônica fraca – VI
Dominante semiforte – VII

As principais dessas são Tônica, que é o I grau; Dominante, que é o V


grau; e Subdominante que é o IV grau.
• Função Tônica – I

Transmite uma sensação de finalização, de repouso. Traz a música a


ideia de conclusão, encerramento.
Um acorde cumprindo a função tônica produzirá uma sensação de
relaxamento.

• Função Dominante – V

Provoca uma sensação de tensão. É aqui que a música fica tensionada


no pico, “chamando” um repouso ou um alívio.
Nesse caso, o acorde passaria a impressão de algo não finalizado. A
sensação é de que algo está pendente na música, algo que precisa ser
resolvido.

• Função Subdominante – IV

Funciona como o meio termo entre as duas funções anteriores.


Também transmite a ideia e uma sensação de preparação, mas com
uma menor intensidade.
Pode-se levar a música a um outro acorde, tanto para a dominante
(tensão) quanto para a tônica (repouso).

Obs.: Os outros graus tens as funções semelhantes a esses 3


principais, porém com menor intensidade, essas são:

Tônica: I; III; VI graus


Dominante: V; VII graus
Subdominante: II; IV graus

Essas funções diferem em intensidade uma da outra como forte,


semiforte ou fraca.
Obs.: Em uma música você pode substituir qualquer acorde por outro
acorde correspondente com a mesma função harmônica.
Ou seja, o I grau pode ser substituído tanto pelo III grau quanto pelo VI,
pois todos têm a mesma tenção de tônica. Isso quando está
harmonizando junto a uma equipe de instrumentos harmônicos.
INTERVALOS

Os intervalos são essenciais na música, pois definem tanto a tenção


quanto o espaço que existem entre dois sons.
Os intervalos podem ser identificados ao ler uma cifra harmônica de
músicas ou auditivamente.
A percepção dos intervalos na música é de extrema necessidade a um
bom músico.

Pegando como exemplo a partir de C temos os intervalos:

• Tônica:
som uníssono
(C-C)

• 2° menor:
1 semitom
(C-Db)

• 2° maior:
1 tom
(C-D)

• 3° menor:
1 tom e meio
(C-Eb)

• 3°maior:
2 tons
(C-E)

• 4° justa:
2 tons e meio
(C-F)

• Trítono:
3 tons
(C-F#)

• 5° justa:
3 tons e meio
(C-G)

• 6° menor:
4 tons
(C-Ab)

• 6° maior:
4 tons e meio
(C-A)

• 7°menor:
5 tons
(C-Bb)

• 7°Maior:
5 tons e meio
(C-B)

• 8° justa:
6 tons
(C2-C3)

ESCALAS (VISÃO GERAL)

Escalas é o conjunto de notas, com diferentes intervalos quem são


componentes de uma tonalidade e quem conversam entre si.
Além das escalas maiores e menores, vistas acima, existem outras que
também, podem ser aplicadas em uma melodização.

Obs.: Não existe apenas uma escala menor, a que mostramos


anteriormente foi a escala menor natural.
Fora essa existem também a escala menor harmônica e a escala menor
natural.

-DIATÔNICAS:
Escalas que geram tonalidades. Estas são as maiores e menores.

• Escala menor natural (revisão):


Vimos que a escala menor natural tem a mesma composição a partir da
VI, relativa, da escala maior.

Sendo assim com os intervalos de:

T-S-T-T-S-T-T

Entre as notas que compõem sua escala.

• Escala menor harmônica:

A menor harmônica tem uma característica peculiar que traz um timbre


especifico, pois é composto com os mesmos intervalos porém com a VII
maior, com intervalo de 2° aumentada, dando um intervalo de um tom e
meio com relação a VI.
Os intervalos entre as notas ficam:

T-S-T-T-S-T-(T+S)-S

Essa escala soa com uma característica de som oriental.

As escalas menores harmônicas são:


I II III IV V VI VII VIII
C D Eb F G Ab B C
D E F G A Bb C# D
E F# G A B C D# E
F G Ab Bb C Db E F
G A Bb C D Eb F# G
A B C D E F G# A
B C# D E F# G A# B
\/ \ / \/ \ / \ / \/ \ /
T S T T S T+S S

Obs.: O VII grau da escala torna-se sensível por está apenas a um


semitom da tônica e soa bem com ela.

• Escala menor melódica:

Quando tocamos a escala menor harmônica, notamos que o intervalo


entre o VI e VII graus da escala soa estranho melodicamente. Este
intervalo é chamado de segunda aumentada, soando exatamente como
uma terça menor. Porém não temos tons na escala entre estas notas e
este intervalo de segunda aumentada é considerado dissonante na
harmonia clássica. Portanto há a escala menor melódica natural, onde
além do VII grau elevado em um semitom, a escala também eleva seu
VI grau em um semitom. Essa alteração é para facilitar o movimento
melódico gerado entre o VI e VII graus da escala menor harmônica de
2ª aumentada.
Portanto seus intervalos são:

T-S-T-T-T-T-S

Obs.: A escala menor melódica difere só em um tom da escala maior.


Por isso, os compositores optam em apenas usar ela em escalas
ascendentes, nas descendentes usam a menor natural.

As escalas menores melódicas são:

I II III IV V VI VII VIII


C D Eb F G A B C
D E F G A B C# D
E F# G A B C# D# E
F G Ab Bb C D E F
G A Bb C D E F# G
A B C D E F# G# A
B C# D E F# G# A# B
\/ \ / \/ \ / \ / \/ \ /
T S T T T T S

-SIMÉTRICAS:
As escalas simétricas são as que tem padrões simétricos em intervalos
intercalados ou não, portanto sempre possuem a mesma sequência de
intervalos. São mais fáceis de aprender e executar.
Estas são a Diminuta, de Tons Inteiros e Cromática.

• Diminuta

A escala diminuta, também chamada de tom semitom, é uma escala


simétrica constituída sempre de tons e semitons em uma sequência de
8 notas.
Os intervalos da escala diminuta são:

T-S-T-S-T-S-T
Portanto as escalas diminutas são:
I II III IV V VI VII VIII
C D Eb F Gb Ab Bbb Cb
D E F G Ab Bb Cbb Db
E F# G A Bb C Db Eb
F G Ab Bb Cbb Db Ebb Fb
G A Bb C Db Eb Fb Gb
A B C D Eb F Gb Ab
B C# D E F G Ab Bb
\/ \/ \/ \/ \/ \/ \/
T S T S T S T

Obs.: Essa escala também podem gerar acordes, geralmente usado no


VII grau da escala maior ou no II grau da escala menor. Esses acordes
não se restringem a essas posições em uma composição. Em
passagem cromática de acordes pode-se usar um acorde diminuto para
gerar uma tensão sem sair da escala.

• Escala cromática

A escala cromática, conhecida por semitons, é constituída apenas por


semitons, ou seja, todo intervalo entre as notas possuem um semitom.
Ela é utilizada muito para fazer ligados, muitas vezes no jazz. É uma
escala bem versátil mas não podemos abusar.
Os intervalos da escala cromática são:

S-S-S-S-S-S-S-S-S-S-S-S

Portanto, a escala cromática é:


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
C C# D D# E F F# G G# A A# B

\/ \/ \/ \/ \/ \/ \/ \/ \/ \/ \/
S S S S S S S S S S S

Obs.: Essa escala possui 12 notas. Apenas existe uma escala


cromática, já que as outras são apenas modos dela, ou seja, a mesma
escala começando em uma nota diferente.
• Escala de tons inteiros:

A escala de tons inteiros tem esse nome por consistir em todos os graus
da escala obterem um tom. Essa é uma escala bem simples de ser
utilizada.
Os intervalos da escala de tons inteiros são

T-T-T-T-T

Obs.: A escala de tons inteiros consiste em apenas 6 notas. Ela só


possui apenas 2 escalas, porque todos os outros são seus modos
criando a mesma escala.

As escalas de tons inteiros são:

I II III IV V VI VII
C D E F# G# Bb C
Db Eb F G A B Db
\/ \/ \/ \/ \/ \/
T T T T T T

Obs.: Sempre que usarmos o I, III e V grau da escala de tons inteiros


serão formados acordes aumentados. Ou seja, essa escala pode ser
tocada sobre acordes aumentados.

-PENTATÔNICAS:
São as escalas que possuem 5 notas, em sua exceção apenas na
pentatônica blues. Existe três tipos de pentatônicas: maior, menor e
blues.

• Penta maior:

A pentatônica maior é derivada da escala maior. A pentatônica exclui o


IV e o VII grau da escala gerando uma escala com 5 notas.
Essa escala é muito utilizada por sua versatilidade e sonoridades
características, sendo reconhecida assim que tocadas.
Os intervalos da penta maior são:

T-T-(T+S)-T-(T+S)
As escalas pentatônicas maiores são:
I II III V VI VIII
C D E G A C
D E F# A B D
E F# G# B C# E
F G A C D F
G A B D E G
A B C# E F# A
B C# D# F# G# B
\/ \/ \/ \/ \/
T T T+S T T+S

• Penta menor:

Assim como na escala maior, a pentatônica menor também segue o


padrão da relativa. A partir da relativa da escala maior, no caso o VI
graus, é que se dá a penta menor. A penta menor, portanto, exclui o II e
o VI grau da escala menor natural.
Sendo assim, seu intervalos são:

(T+S)-T-T-(T+ST)-T

As escalas pentatônicas menores são:

I III IV V VII VIII


C Eb F G Bb C
D F G A C D
E G A B D E
F Ab Bb C Eb F
G Bb C D F G
A C D E G A
B D E F# A B
\/ \/ \/ \/ \/
T+S T T T+S T

• Penta blues:

A escala Pentatônica blues são qualquer um das escalas pentatônicas,


porém acrescentando a “nota Blues” dando o som característico do
estilo musical que leva seu nome.
Usando como exemplo apenas a penta menor, mais utilizada, a nota
blues fica localizada entre o IV e o V grau.
Os intervalos da penta menor blues são:

(T+S)-T-S-S-(T+S)-T
Portanto as escala da penta blues menores são:
I III IV BLUES V VII VIII
C Eb F F# G Bb C
D F G G# A C D
E G A A# B D E
F Ab Bb B C Eb F
G Bb C C# D F G
A C D D# E G A
B D E F F# A B
\/ \/ \/ \/ \/ \/
T+S T S S T+S T

Obs.: As escalas de penta blues maiores é só você inverter os padrões


da relativa, ou seja, no caso da penta menor, a maior é a partir de sua
terça, fazendo com que a notas blues fique entre o II e III grau da escala
de penta maior.

-MODOS GREGOS:
Os modos gregos são toda escala derivada das escalas diatônica maior
natural e menor natural.
Os modos gregos geralmente são as escalas a partir de certo ponto da
escala, como a escala menor que é a mesma escala a partir do VI grau
da escala maior.
Os modos gregos conhecidos são: Jônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio,
Eólio e Lócrio.
Apresentaremos apenas os modos gregos da escala maior.

• Jônio (I):

O modo jônio é a escala maior a partir de sua tônica, ou seja, é a escala


maior natural.
Seus intervalos são:

T-T-S-T-T-T-S

• Dórico (II)

O modo dórico é a escala maior a partir do II graus da escala, ou seja,


as notas terão os mesmos intervalos da escala maior a partir do II grau.
Seus intervalos são:
T-S-T-T-T-S-T

• Frígio (III)

O modo frígio é a escala maior a partir do III grau da escala, ou seja, as


notas terão os mesmos intervalos da escala maior a partir do III grau.
Seus intervalos são:

S-T-T-T-S-T-T

• Lídio (IV)

O modo lídio é a escala maior a partir do IV graus da escala, ou seja, as


notas terão os mesmos intervalos da escala maior a partir do IV grau.
Seus intervalos são:

T-T-T-S-T-T-S

• Mixolídio (V)

O modo mixolídio é a escala maior a partir do V graus da escala, ou


seja, as notas terão os mesmos intervalos da escala maior a partir do V
grau.
Seus intervalos são:

T-T-S-T-T-S-T

• Eólio (VI)

O modo eólio é a mesma escala da menor harmônica a partir da


relativa. O modo eólio é a escala maior a partir do VI graus da escala,
ou seja, as notas terão os mesmos intervalos da escala maior a partir do
VI grau. Esta é a escala menor natural.

Seus intervalos são:

T-S-T-T-S-T-T

• Lócrio (VII)

O modo lócrio é a escala maior a partir do VII graus da escala, ou seja,


as notas terão os mesmos intervalos da escala maior a partir do VII
grau.
Seus intervalos são:

S-T-T-S-T-T-T

Obs.: As escalar de modo grego também se relacionam com as funções


harmônicas. Geralmente são usadas as escalas com as funções do
acorde que está soando na música.
As funções dos modos são proporcionais as do acorde, que são
identificados através da III do acorde.
As funções dos modos gregos são:

Jônio (I) – Tônica


Terça maior

Dórico (II) – Subdominante semiforte


Terça menor

Frígio (III) – Tônica fraca


Terça menor

Lídio (IV) – Subdominante


Terça maior

Mixolídio (V) – Dominante


Terça maior

Eólio (VI) – Tônica fraca


Terça menor

Lócrio (VII) – Dominante semiforte


Terça menor

Você também pode gostar