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Música – é uma combinação de sons que conservam entre si relações lógicas e ordenadas.
Som – é tudo aquilo que impressiona o órgão auditivo, resultado do choque de dois corpos.
Propriedades do som:
Altura – é o grau de entoação que relaciona os sons quanto a sua altura em graves, médios e agudos.
Elementos da escrita musical – Música é uma linguagem universal, um idioma com características
especiais, onde teremos uma forma particular de se ler e escrever.
Acidentes – são sinais que indicam alteração no registro natural das notas, elevando-as ou
abaixando-as.
Tom – é a unidade de medida que serve para calcular o espaço existente entre dois ou mais sons e é a
soma de dois semitons.
Semitom – é a metade de um tom. A menor distancia entre dois sons. 1 tom = 2 semitons.
6ª corda – Mi (E – grave)
5ª corda – Lá (A)
4ª corda – Ré (D)
3ª corda – Sol (G)
2ª corda – Si (B)
1ª corda – Mi (E – aguda)
Escala – é uma sucessão de sons separados em graus conjuntos (em ordem ascendente ou descendente)
que segue uma determinada combinação intervalar (através de tons e semitons) e cuja soma deve
perfazer 6 tons inteiros, ou seja, uma oitava. Oficialmente temos duas escalas:
Escala Cromática – é uma escala formada por semitons e que possui as 12 notas do nosso sistema
musical. O espaço de uma oitava é dividido em 12 partes iguais, resultando em 12 notas separadas por
½ tom:
C C#/Db D D#/Eb E F F#/Gb G G#/Ab A A#/Bb B.
As 8 notas que formam a escala diatônica maior são numeradas em algarismos romanos e são
chamadas de graus.
Seguindo a idéia de tom e semitom, no braço da guitarra, cada casa equivale a meio tom ou um
semitom. Seguindo esse critério, se desejarmos medir a distância entre duas notas que estão separadas
por uma casa teremos uma somatória de 2 semitons, o que resultará num tom.
Escreva as notas nos braços:
Tablatura – é uma forma alternativa de se escrever música muito popular entre os guitarristas. Esse
sistema é formado por um grupo de seis linhas, onde cada linha representará uma corda da guitarra, e
por número que representarão os trastes (casas) a serem digitados. O número zero representa a corda
solta (aberta).
Obs: Diferente do piano ou instrumentos de sopro onde teremos apenas uma região para tocar
determinada nota em uma mesma altura, na guitarra ou violão ( instrumentos de cordas ) teremos a
mesma nota na mesma altura em regiões diferentes. Por esse motivo a tablatura será um complemento
prático da partitura, indicando a região que as notas deverão ser tocadas.
Ex.4 Tablaturando o exemplo 3, (escala de C ) na mesma altura mas em outra região:
Afinação:
Existem várias formas possíveis de se afinar a guitarra, é claro que a mais eficaz de todas é a realizada
com o auxílio de um afinador eletrônico.
Mas antes de se render à essa facilidade tecnológica, é sempre interessante um esforço no sentido de
afiná-la de ouvido.
Segue abaixo uma das várias maneiras de se realizar essa tarefa:
a) Com a ajuda de um diapasão, uma música ou outro instrumento afinado, afine a 5ª corda (Lá) solta.
b) Pressione a 6ª corda (Mi) na quinta casa e afine-a com a 5ª corda (Lá) solta.
c) Pressione a 5ª corda (Lá) na quinta casa e afine a 4ª corda (Ré).
d) Pressione a 4ª corda (Ré) na quinta casa e afine a 3ª corda (Sol).
e) Pressione a 3ª corda (Sol) na quarta casa e afine a 2ª corda (Si).
f) Pressione a 2ª corda (Si) na quinta casa e afine a 1ª corda (Mi).
Dicas:
a) Ouça a vibração que as cordas produzem juntas, quando ela for rápida diminua a tensão da
corda que está sendo afinada, quando for lenta aumente.
b) Toque algumas aberturas de acordes em diferentes regiões e perceba se eles soam afinados
(agradáveis)
c) Não se desespere: mesmo profissionais experientes, às vezes, encontram dificuldades para
afinar corretamente os seus instrumentos. O importante é perseverar!
Mão Direita – “Cordas Abertas”
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Independência dos dedos da mão esquerda
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Padrões
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Obs: Repetir em todas as posturas!
Noções Básicas
Rítmica
Figuras rítmicas – são aquelas que representam a duração dos sons – Valores positivos.
As figuras rítmicas em uso nos dias de hoje são em número de 7. Destas 7 figuras, a semibreve é a de
maior duração. Partindo-se desta, cada figura valerá a metade da sua antecedente.
Observe no quadro abaixo:
Obs1: As pausas terão a mesma duração em silêncio de suas respectivas figuras rítmicas.
Obs2: As Quiálteras são grupos de notas que não obedecem à divisão normal do compasso. São
representadas na escrita com uma cifra colocada acima ou abaixo do grupo de notas para indicar a
quantidade de figuras de sua composição.
Leitura
Clave de Sol – sinal colocado no começo da pauta para dar nome às notas.
Ex1:
Ex2:
Quando a unidade de tempo é um valor simples, (nota sem ponto de aumento), temos o chamado
compasso simples.
Quando a unidade de tempo é um valor composto, (nota pontuada), temos o chamado compasso
composto.
Fórmula de Compasso
As fórmulas de compassos são dois números sobrepostos que indicam a unidade de tempo e o
número de tempos do compasso.
Tanto nos compassos simples quanto nos compassos compostos, o número inferior da fórmula
representa as notas assim:
Ex:
Dica: n° superior (nos compassos simples) normalmente 2, 3 ou 4.
Ex:
Lembre-se que aqui a unidade de tempo é uma nota pontuada, portanto, se divide em 3 partes iguais.
Uma forma prática de encontrar a unidade de tempo no compasso composto é dividindo pela metade o
número da parte inferior do compasso e acrescentando à nota encontrada um ponto de aumento.
Ex:
Entendendo:
Regra:
Lembre-se que a duração do som pode ser representada pela figura rítmica e pelo andamento.
Andamento: é a velocidade da música. Em partituras tradicionais, os andamentos eram indicados com
palavras italianas. Ex: Allegro, Andante, Largo, Adagio, etc.
Atualmente o metrônomo pode nos dar com exatidão este andamento. Utilizamos o termo “BPM”
(batidas por minuto) assim sendo, num compasso 4/4 com andamento em 70 BPM ( = 70) teremos
70 batidas por minuto, cada batida equivalendo a uma semínima ( unidade de tempo).
Linhas Divisórias e Sinais de Repetição
Além da barra de repetição, quando o mesmo compasso se repete, utilizamos a seguinte abreviação. Ex:
Quando a repetição deve partir de outro lugar que não o começo, marca-se este ponto com os sinais:
Artifícios para modificar os valores das notas
Existem basicamente três maneiras de aumentarmos os valores das notas: através da ligadura, do ponto
de aumento e da fermata, e uma maneira de diminuirmos seus valores: através do ponto de diminuição.
1)LIGADURA: é um sinal semicircular que se coloca acima ou abaixo das figuras de notas, somando
as suas durações.
a) Ligadura de valor – indica a união de dois ou mais valores da mesma altura e mesmo nome. Só a
primeira nota é palhetada, sendo que a seguinte constitui uma prolongação da primeira.
b) Ligadura de Portamento – quando a ligadura aparece sobre duas notas de nomes diferentes,
indicando que apenas a primeira nota deve ser palhetada. A segunda nota é martelada (Hammer-on) ou
puxada (Pull-off).
c) Ligadura de Fraseado – quando esta aparece acima ou abaixo de três ou mais notas, indicando que
primeira nota de cada desenho ligado deve ser levemente acentuada e a última levemente destacada. (É
o chamado “Legatto”).
2) PONTO DE AUMENTO: é um ponto colocado à direita de uma figura de nota ou de pausa.
A nota sem ponto de aumento é um VALOR SIMPLES, que se subdivide em duas notas menores e de
igual duração (subdivisão binária).
A nota pontuada é um VALOR COMPOSTO, que se subdivide em três notas menores e de igual
duração (subdivisão ternária).
3) FERMATA: Fermata ou coroa é um sinal que se escreve sobre a nota ou a pausa, indicando uma
duração indeterminada do valor em que se encontra.
Quando as notas são executadas em tempos fracos ou partes fracas dos tempos, e são intercaladas por
pausas nos tempos fortes ou partes fortes dos tempos, temos o chamado Contratempo.
Síncopa
A sincopa é o prolongamento de um tempo fraco ou parte fraca de um tempo, para o tempo forte ou
parte forte do seguinte.
2) Irregulares: Quando as notas possuem durações diferentes, divididas com desigualdade, ou seja, se
prolongam para um valor de maior ou menor duração.
Leitura Melódica
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Leitura Rítmica
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Técnica – Combinações Cromáticas
Obs: A maioria de nossas deficiências motoras e rítmicas podem ser resolvidas se praticarmos esse tipo
de exercício com freqüência.
Observações técnicas:
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4) Com saltos:
5) Com saltos:
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7) Com saltos:
8)
9) Com saltos:
12)
Termos Técnicos da Guitarra:
Half Bend (Meio Bend) – Puxa-se a corda para cima ou para baixo meio tom (equivalente a uma
casa) elevando-se a nota original meio tom a cima.
Full Bend (bend inteiro) – Puxa-se a corda para cima ou para baixo um tom inteiro (equivalente a
duas casas) elevando-se a nota original um tom acima.
Bend &Release (bend e soltar) - Puxa-se a corda para cima ou para baixo meio tom ou um tom inteiro
elevando-se a nota original até onde se deseja retornando em seguida para a nota original.
Pré-Bend – Faz-se o bend ou meio bend e depois se toca a nota.
Pré-Bend & Release (pré-bend e soltar) – Faz-se o Pré-Bend retornando em seguida para a nota
original.
Unison Bend (bend uníssono) – Toca-se as duas notas simultaneamente fazendo o Bend na nota mais
grave até ela chegar na mesma afinação da nota mais aguda.
Vibrato – A corda é vibrada com bends pequenos e rápidos com um dedo da mão esquerda ou através
de alavancadas.
Super Vibrato – A afinação é variada com grande intensidade através de Bends ou Alavancadas.
Slide 1 – Toca-se a primeira nota e arrasta-se com o mesmo dedo até uma segunda nota, tocando-a ou
não (se a 2ª nota não for tocada haverá sinal de ligadura).
Slide 2 – Desliza-se o dedo até a nota indicada partindo de algumas casas abaixo.
Hammer-On (martelada) – Toca-se a primeira nota e a segunda nota é pressionada com outro dedo,
porém sem palhetá-la.
Pull-Off (puxada) – Coloca-se os dedos sobre as notas que serão tocadas, toca-se a nota mais aguda e
tira-se o dedo para que soe a nota mais grave sem palhetar.
Trinado – Alterna-se rapidamente entre a nota indicada e a pequena nota entre parênteses, martelando
(Hammer-On) e puxando (Pull-Off).
Tapping - Martela-se com o indicador ou dedo médio da mão direita sobre as notas no braço.
Harmônico Natural – A nota é tocada encostando-se levemente na corda sobre a casa indicada.
Harmônico Artificial – O harmônico é obtido na mão direita palhetando-se a nota e encostando logo
em seguida o polegar da mão direita sobre a corda ainda vibrante.
Tremolo Bar (alavancada) – A afinação da nota original é alterada por um certo número de tons
acima ou abaixo com a alavanca.
Palm Mute (abafar com a palma) – A nota é parcialmente abafada com a palma da mão direita que
encosta levemente na(s) corda(s) perto da ponte.
Pick Slide (arranhada) – Passa-se a borda da palheta pelo comprimento das cordas a fim de obter um
som exótico.
Cordas Abafadas – Abafa-se a mão esquerda e palheta-se normalmente, quantas vezes estiver
indicado.
1) Corpo
2) Braço
3) Headstock ou mão - é a extremidade do braço, onde se encontram as tarrachas.
4) Tarrachas – mecanismo giratório encontrado no headstock que serve para prender e afinar as
cordas.
5) Capotraste ou pestana - é a peça que fica entre a escala e o headstock onde as cordas ficam
apoiadas.
6) Casas - são os espaços entre os trastes onde apertamos as cordas para tocar.
7) Trastes - filetes de metal que são colocados ao longo de toda a escala e servem para delimitar os
sucessivos semitons ( as notas de cada casa ).
8) Escala – Parte superior do braço onde ficam fixados os trastes e por onde as cordas passam.
9) Pick Guard ou Escudo – placa que serve para resguardar a parte elétrica do instrumento, mas que
também pode ter uma finalidade meramente estética em algumas guitarras, sendo usada para fixar
palhetas entre ela e o corpo da guitarra. Nem todas as guitarras possuem escudo.
10) Captadores ou Pickups – é por onde se capta o som da guitarra. São enrolamentos (bobinas) que
envolvem uma barra magnética (imã) que é a responsável pela captação do som das cordas e pela sua
transformação em sinais elétricos que serão enviados para um amplificador através de um cabo. Há,
basicamente, dois tipos de captadores: os de uma bobina chamados single-coil. e os de bobina dupla
chamados humbucker. Os single-coils tem como características um timbre mais “brilhante” e
“estalado”, porém com mais ruído, enquanto os humbuckers têm um timbre mais “apagado” com bem
menos ruído.
11) Ponte – é a parte do corpo onde prendemos uma das extremidades das cordas (a outra está
nas tarrachas). Existem dois tipos de pontes:
Fixas: são como pontes de violão, servem apenas para prender as cordas.
Móveis: sua estrutura é presa a um mecanismo feito de molas que fica na parte de trás do corpo.
Através de uma alavanca colocada na parte inferior da ponte, podemos movê-la desafinando a guitarra.
Depois disso o mecanismo de molas trará a ponte para a sua posição original permitindo que as cordas
continuem afinadas. Algums pontes móveis possuem um recurso chamado microafinação: que são
parafusos que quando acionados elevam ou abaixam a afinação da corda de forma muito mais sutil que
as tarrachas. Normalmente as guitarras que possuem pontes com microafinação, têm instalado no
capotraste uma trava que impede que a corda deslize da tarracha mesmo quando se abusa da alavanca.
12) Knobs – botões de controle de volume e tonalidade dos captadores.
13) Alavanca ou Trêmolo – sistema mecânico que quando acionado produz um efeito de “distensão”
sobre as cordas, “desafinando-as” momentaneamente.
14) Chave seletora de captadores – serve para selecionar o captador que será usado e também fazer
combinações entre eles, podendo manter dois captadores ligados ao mesmo tempo.
15) Jack – orifício onde encaixamos o cabo que leva o som da guitarra para o amplificador.
Escala Pentatônica
Como o próprio nome já diz, esta é uma escala composta de 5 notas. Se tocarmos as mesmas 5
notas, porém, partindo de cada uma destas notas, chegaremos aos 5 desenhos (“shapes”) da escala
distribuídos pelo braço do instrumento.
Portanto, entenda que são 5 desenhos de uma mesma escala!
É necessário sabermos todos os shapes, para podermos tocar livremente a escala por todo o braço.
Pentatônica Blues
Muito da “cor” peculiar aos grandes solos e licks de Blues está associada à adição de certas
notas de passagem, dentre elas a mais conhecida é a 5ª diminuta, também chamada de “Blue-Note”
(tomando como referência a pentatônica menor).
A utilização desta “Blue-Note” está vinculada à maneira dos negros norte-americanos
“semitonarem” alguns graus da escala pentatônica – escala originária da cultura oriental e difundida nas
Américas através de outras culturas, como o próprio negro africano trazido como mão de obra escrava
para a colonização. Use a “Blue-Note” apenas como nota de passagem, evite repousar nela.
Vamos tomar como exemplo característico a utilização da pentatônica menor sobre acordes
dominantes:
Ex: Sobre um blues em A7 improvise com a pentatônica de Am. Experimente a adição da 5ª
diminuta (Eb = blue-note).
Pesquise frases de seus guitarristas favoritos “entendendo” como as dissonâncias atuam em seus
estilos. Perceba como outros intervalos não pertencentes à escala pentatônica aparecem em muitas
frases, sempre no intuito de “colori-las”. Tenha bom senso nas adições de notas e lembre-se que 90%
de uma boa frase está na sua nota de repouso, assim como diz o grande Eddie Van Halen, um “expert”
nas pentatônicas: “Role as escadas mas caia sobre seus pés!!!”.
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