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AULA DE CONTRABAIXO

Conhecimentos Gerais.

Aluno imediatista.
Em qualquer andamento musical, precisamos executar com precisão todos os
exercícios e músicas. O aluno imediatista é aquele que quer, a todo custo, executar de
maneira rápida, sem perfeição, todo ou qualquer obra musica, exercícios, etc. Ele
perde na execução e na percepção dos estudos de música. Portanto, faça tudo com
calma, começando sempre lentamente e com precisão (perfeição).
Ouvido Relativo e Absoluto.
O ouvido relativo é a capacidade do aluno de reconhecer as notas musicais sem
realmente o ter noção das notas que estão sendo executadas. É capaz de perceber
formas e estruturas musicais, como também realizar diversos tipos de relações.
Quaisquer padrões estruturais sonoros, independentemente dos níveis de
complexidade, são discernidos através da audição relativa.
O ouvido absoluto é a capacidade do aluno de reconhecer com exatidão as
notas executadas. A capacidade de reconhecer com extrema precisão a freqüência
característica de cada som, possibilitando-o nomear tons específicos, assim como
entoá-los isoladamente, sem a necessidade de recorrer a quaisquer parâmetros.
Metrônomo

O metrônomo é um relógio que mede o tempo (andamento) musical.


Produzindo pulsos de duração regular, ele pode ser utilizado para fins de estudo ou
interpretação musical.

O metrônomo mecânico consiste num pêndulo oscilante cujas oscilações,


reguladas pela distância de um peso na haste do pêndulo, podem ser mais lentas ou
mais rápidas, sendo que a cada oscilação corresponde um tempo do compasso. Há
também metrônomos eletrônicos, em que cada tempo do compasso é indicado pelo
piscar de um LED (light-emitting diode) e por um som eletrônico.

Tempo musical.

Tempo é o nome dado à pulsação básica subjacente de uma composição musical


qualquer. Cada “clique” do metrônomo corresponde a um tempo. Os tempos se
agrupam em valores iguais e fixam-se dentro de divisões das pautas musicais
conhecidas como compassos.
Os tempos, em música, estão diretamente relacionados com a pulsação da música,
e não ao som em si; por esse motivo, uma pausa temporal numa partitura também
possui a sensação e o valor de duração de tempo e, por isso, é considerada um tempo,
ou parte da unidade do tempo.

O tempo musical organiza, independentemente de ritmo, ou de qualquer outra


propriedade da música ou do som, o acontecimento sonoro, ou seja, o espaço entre um
som musical (seja qual for) e o próximo som musical ou ausência dele. A propriedade
que explica esse fenômeno sonoramente é a duração, mas esse termo não se
completa musicalmente visto que o tempo musical depende, além da duração de sons
ou pausas (ausência de sons) do intervalo entre estes. Além disso, o tempo define
quando a música começa a existir e quando ela encerra.

Abaixo os movimentos para marcação do tempo:

2/2= o primeiro tempo começa em cima e depois para baixo.

3 / 3 = o movimento começa para a esquerda, depois para cima e


terminando em baixo.

4/4= o movimento começa para esquerda, depois direita, em cima e em


baixo.

O Contrabaixo
O Baixo (ou Contrabaixo) é o instrumento responsável pelos sons mais Graves
da música. Ele também tem a função de ser um elo entre o som da Bateria e o restante
dos instrumentos de uma banda.

É bem difícil ouvir o som do Baixo quando tocado, por isso você vai precisar ligar
ele a um Amplificador de Contrabaixo.

As notas do Baixo podem ser tocadas com os dedos (Pizzicatto), com a Palheta,


o Slap, entre outros.

Além de tirar música de ouvido, que é uma habilidade importante para todo
Baixista, é importante que ele saiba ler Cifra, tablatura e também partitura, além de
conhecer as notas no braço do instrumento

Algumas pessoas desistem de tocar Baixo porque acham um


instrumento desconfortável pelo tamanho, peso e a grande distância das cordas para o
braço. Mas é importante lembrar que uma boa regulagem no Baixo feita por
um luthier deixará seu instrumento bem mais macio e fácil de tocar.

Não esqueça que seu corpo exige uma adaptação e reconhecimento das novas
habilidades. A musculatura irá se desenvolver conforme o estudo for avançando, então
não exija demais de você.

Componentes do Contrabaixo:
É necessário conhecer o instrumento que você está estudando, saber as peças que
o compõe:
1 - Braço;
2 - Corpo
3 – Tarraxas;
4 - Capotraste;
5 - Casas;
6 - Trates;
7 - Captador;
8 – Potenciômetro ou Knob;
9 – Ponte.

Tarraxa – é por onde se afina o instrumento.

Casa – é a distância entre dois trastes consecutivos.

Traste – é um objeto de ferro que, quando a corda é pressiona sobre ele, serve para
mudar o comprimento da corda e consequentemente as alturas dos sons (notas
musicais)

Capotraste – tem a mesma função do traste em relação as casas e serve para


direcionar as cordas no braço do contrabaixo.
Captador – aparelho que serve para capta os sons de instrumento e amplifica-lo.

Potenciômetros – serve para ajustar questões referentes ao timbre e intensidade.

Ponte – é onde se prende as cordas.

Lembrando que as casas existem pela simples colocação dos trastes no braço do
contrabaixo. Existe uma peça que fica dentro do braço do contrabaixo que se chama
extensor. Ela não deixa o braço empenar, porém o mau uso do instrumento poderá
fazer com que o braço empene.
Cordas e nomes.
O contrabaixo é composto por 04 (quatro) cordas. As mesmas são contadas de
baixo para cima. Cada corda tem o nome de uma nota quando executada, sendo
representada da seguinte maneira:
1ª – Sol 2ª – Ré 3ª – Lá 4ª – Mi
Existem contrabaixos de 05 (cinco) e 06 (seis) cordas ou mais. Acrescenta-se a
5ª corda (baixo de cinco cordas) Si, no contrabaixo de seis cordas, acrescenta-se 6ª Si
e a 1ª – Dó. Existem outras afinações, mas o mais comum são essas.
Mão direita.
A mão direita é a que conduz todo o andamento na execução do instrumento.
São utilizados 04 (quatro) dedos que serão tratados da seguinte forma:
P – Polegar M – Médio I – Indicador A – Anelar

Mão Esquerda
A mão esquerda executara o movimento (exercícios) a serem executados na
música. Serão utilizados os dedos indicador, anelar e o polegar.
Pizzicato

O Pizzicato (pronuncia-se pitzicato - a palavra vem do italiano e significa


"beliscado"). A técnica consiste em usar as pontas dos dedos (indicador e médio) para
tocar as cordas e fazer soar o som das casas digitadas com a mão esquerda. Essa
técnica vem do Contrabaixo acústico, foi aperfeiçoada por Stanley Clark e Jacó
Pastorius para o contrabaixo elétrico e sem dúvida é uma das mais utilizadas técnicas
atualmente.

Muitos iniciantes têm dificuldade para um pizzicato coordenado. Para um bom


rendimento, sua mão direita deve ter uma boa postura:

- Apoie o seu dedão no corpo do contrabaixo junto com a última;

- Sempre alternar os dedos (indicador e médio). Treine desde o começo o modo certo
para não adquirir "vícios". Depois, vai ser muito difícil perdê-los;

- Não toque com muita força, se você quer um som forte aumente o volume do baixo e
do amplificador, pois tocar com força só deixa o som com uma qualidade ruim.

Exercícios
Exercício - Alternar os dedos e velocidade da mão esquerda:

1º Toque alternando os dedos da mão direita, comece devagar e aumente a velocidade


aos poucos. Se tiver um metrônomo.

2º Mão esquerda, começando da 5ª casa do instrumento, da seguinte forma (continuar


exercitando os dedos da mão direita):

Dedos: 1 – 2

Dedos: 1 – 3

Dedos: 1 – 4

Dedos: 1 – 2 - 3

Dedos: 1 – 2 – 3 – 4

Dedos: 4 – 3

Dedos: 4 – 2

Dedos: 4 – 1
Dedos: 4 – 3 – 2

Dedos: 4 – 3 – 2 – 1

Dedos: 1 – 4 – 2 – 3

Dedos: 1 – 4 – 3 – 2

Dedos: 1 – 3 – 2 – 4

Dedos: 1 – 2 – 4 – 3

Notas musicais
Existem 07 (sete) notas musicais, sendo: Dó, Ré, Mi Fá, Sol, Lá e Si.
Cada nota é correspondida por letras que corresponde à nomenclatura universal
chamada de cifra/acorde.
Dó = C Ré = D Mi = E Fá = F Sol = G Lá = A Si = B
Também, existem as notas que são conhecidas como acidentes, e/ou, semitons
ou tons intermediários, que são:
Dó sustenido ou Ré bemol = C# / Db
Ré sustenido ou Mi bemol = D# / Eb
Fá sustenido ou Sol bemol = F# / Gb
Sol sustenido ou Lá bemol = G# / Ab
Lá sustenido ou Si bemol = A# / Bb

Acordes e sua estrutura


Acorde é uma combinação de notas tocadas simultaneamente (um conjunto de
notas formando as “posições no braço do instrumento”).
Cifra é a maneira como representamos graficamente os acordes. As cifras são
representadas por letras, números, e sinais, tornando, assim, a leitura mais fácil e
dinâmica.
Estes são alguns símbolos:
Acorde maior: apenas a letra maiúscula indica que o acorde e maior = C;
Acorde menor: virá acompanhado da letra m (minúscula) = Cm;
Acorde menor com sétima: virá acompanhado da letra m (minúscula) e o número 7=
Cm7;
Acorde suspenso com 2ª: vira acompanhada da sigla sus e o número 2 = Csus2;
Acorde suspenso com 4ª: vira acompanhada da sigla sus e o número 4 = Csus4;
Acorde com 5ª: vira acompanhada do número 5 = C5;
Acorde com 6ª: vira acompanhada do número 6 = C6;
Acorde com 7ª: vira acompanhada do número 7 = C7;
Acorde com 7ª maior ou aumentado(a): vira acompanhada do número 7, com a letra
M (maiúscula), com a sigla Aum, e/ou o símbolo de += C7M / CAum / C7+;
Acorde com 9ª: vira acompanhada do número 9 = C9;
Acorde com 11ª: vira acompanhada do número 11 = C11;
Acorde com 13ª: vira acompanhada do número 13 = C13;
Acorde diminuto: vira acompanhada do símbolo º = Cº
Acorde sustenido: vira acompanhado do símbolo do jogo da velha # = C#;
Acorde bemóis vira acompanhado da letra b minúscula em itálico = Cb;

Formação de acordes.
Escalas.
É um grupo de notas musicais que derivam, em parte ou no todo, do material
escrito de uma composição musical; uma seqüência ordenada de tons pela frequência
vibratória de sons, (normalmente do som de freqüência mais baixa para o de
freqüência mais alta), que consiste na manutenção de determinados intervalos entre as
suas notas. Habitualmente a escala mais comum é a: Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si
- Dó.
Existem, na verdade, inúmeras escalas musicais (uma vez que o número de
escalas possíveis de serem construidas no braço do instrumento é praticamente
ilimitado).
Escala cromática é a escala de 12 sons criada pelos ocidentais através do
estudo das frequências sonoras. A escala é formada pelas 7 notas padrão da escala de
Dó maior acrescidas dos 5 semitons, e/ou 5 tons intermediários (acidentes) desta fora:

Do # Ré # Fá # Sol # La #
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Ré b Mi b Sol b Lá b Si b

Essa é a escala maior de C (dó):

C - D - E - F - G - A - B - C

Essa é a escala menor de A (lá):

A - B - C - D - E - F - G - A
A tabela abaixo resume os modos com suas principais características:

Seguindo a sequência da escala maior de C (dó), ficam entendidos assim os


módulos, lembrando que devemos alterar apenas os graus indicados nos modos:

Ficando desta forma:

Como Formar Um Acorde.


Veremos agora os intervalos (graus) da escala.
Intervalo é a distância que separa duas notas musicais. Os intervalos recebem
denominações diversas, usaremos a escala de Dó conforme abaixo:

Vejamos a regra para a formação dos acordes. Lembrando que os acordes, tem
como base as tríades; três notas encontradas na escala a que o mesmo pertence. A
posição relativa destas notas é sempre a mesma em qualquer escala. Vejamos abaixo:

Campo Harmônico
Visualizaremos a escala com os graus correspondentes:

Organize, harmonize, a escala em terças, colocando lado a lado a T e a III nota.


Esta é a harmonização em terças diatônicas (diatônica: sucessão natural de tons e
semitons). Lembre-se que a terça pode ser maior ou menor (não utilizaremos a oitava
nota da escala.
1 C - E Maior
2 D - F menor
3 E – G menor
4 F – A Maior
5 G – B Maior
6 A – C menor
7 B – D menor

Observe que os pares 1, 4 e 5 são formados por terças maiores; 2, 3, 6 e 7 são


formados por terças menores. Importante: este padrão é sempre o mesmo para todas
as escalas maiores.
Vamos incluir o V grau da escala ao lado do par já existente:
1 C - E – G Maior
2 D–F-A
3 E–G-B
4 F – A – C Maior
5 G – B – D Maior
6 A–C-E
7 B–D–F

Observe que as tríades 1, 4 e 5 formam acordes maiores; 2, 3 e 6 formam acordes


menores; o 7 um acorde diminuto. Este padrão repete-se em todas as escalas maiores.
Neste resultado temos as formulas de Acordes maiores, menores e diminuto.
Vejamos a sequência de acordes com as notas que formam a escala de C (Dó).
C Dm Em F G Am Bº
Este conjunto forma o que se denomina de campo harmônico (no caso de Dó).
Campo Harmônico nada mais é do que todos os acordes possíveis de serem
construídos a partir das notas de uma determinada escala. O importante é que os
acordes de um mesmo campo harmônico soam bastante bem quando tocados uns com
os outros. São comumente utilizados na composição musical.

Campo harmônico em tríades (três notas):


Tablatura:

Tablatura é um sistema que informa ao músico, ou estudante de música, onde colocar


os dedos na escala do instrumento, e exatamente quais notas devem ser tocadas,
mostrando a casa e a corda do instrumento. As tablaturas constituem-se também em
uma forma de representar solos de violão, guitarra e outros instrumentos de corda,
como o contrabaixo. A notação musical padrão é geralmente conhecida como notação
na pauta, ou simplesmente partitura. Já as tablaturas podem ser escritas em
uma pauta ou apenas com números.

Técnicas e Convenções mais usadas com tablaturas

O Hammer-on, ou ligado ascendente, consiste em você martelar uma nota anterior e


sem tocar a próxima nota com a mão direita, você irá usar o dedo da mão esquerda
para martelar a nota seguinte. É um excelente exercício para se conseguir força e
precisão com os dedos da mão esquerda.

O pull-off, ou ligado descendente, que consiste em tocar uma nota e sem tocar
novamente, levemente puxarmos a corda para uma nota anterior. A função desse
exercício é que você ganhe força e também adquira uma melhor coordenação de
movimentos da mão direita e esquerda.

O Slide ou arraste, consiste em tocar a primeira nota e então escorregar o mesmo


dedo até a segunda nota.

O Vibrato, consiste em vibrar com a mão esquerda.

O Bend, consiste em tocar a corda e depois esticar em 1 tom.


O Bend pro início, consiste em tocar a corda e depois esticar em 1 tom e voltar a corda
para a posição inicial.

O Tapping, consiste em tocar a nota indicada com um T com um dedo da mão direita e
faça um pull-off para  a nota presa com a mão esquerda.

Outras técnicas para contrabaixo

Harmônico: Encosta-se o dedo da mão esquerda levemente sobre o traste tocando a


corda;

Tremolo: A nota é tocada sucessiva e continuamente o mais rápido possível.

Slap :Bata o polegar da mão direita na corda indicada pela mão esquerda, em cima do
último traste do contrabaixo ou próximo do braço, ou no braço do contrabaixo.

Tabela de transporte
É utilizada para transportar um tom para outro. No braço do violão (e dos demais
instrumentos de cordas) temos semitons em cada casa. A cada dois semitons
formamos um tom.
Utilizaremos a seguinte forma para definir os tons e semitons:

Tom –

Semitom -

Dó Dó# Ré Ré# Mi Fá Fá# Sol Sol# Lá lá# Si Dó


Réb Mib Solb Láb Sib

Dó Sol
  #   Ré #     Fá #   #   Lá#    
Dó   Ré   Mi Fá   Sol   Lá   Si Dó

  b   Mi b     Sol b   Lá b   Si b    

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