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História de Israel – Aula 2

História de Israel

Ricardo Cota
Origens de Israel
P
Período de 2000 a 1550 a.C. R
(Referência Gênesis 12) É
-
Abraão partiu de Haran (MESOPOTÂMIA): H
Povo semi-nômade migra para a Palestina; I
S
T
Inicia-se uma cadeia de Acontecimentos transcendentes e Ó
redentores; R
I
Para quem tem fé – “tão divinamente guiados”. A

Início da HISTÓRIA - Estabelecimento de um Povo


chamado Israel – somente XIII séc. a.C. – atestado por
dados arqueológicos e escritos contemporâneos.
O Confuso Antigo Oriente
(2000 a 1750 a.C.) - Mesopotâmia
Terceira Dinastia de Ur: (Ur III – 2060 a 1950 a.C) Dominava a maior parte da Planície
Mesopotâmica e neste Período havia o ressurgimento duradouro e glorioso da cultura
Sumeriana.

Queda de Ur III (Ibsin-sin): - Os amoritas – As cidades-estados tinha certa independência

As cidades-estados degladiavam-se continuamente;

Enfraquecimento da autoridade central (Ibsin-sin);

Primeiros estados ganham independência:


Elam;
Ashur (Assíria);
Mari.
1950 a.C. Os Elamitas levam Ibsin-sin cativo.
Mari
O Confuso Antigo Oriente
(2000 a 1750 a.C.) Mesopotâmia
Os Amoritas: (“amurru” – Ocidentais) – Noroeste da Mesopotâmia e Norte da Síria.
Cultura e religião Suméria e Akkadiana – escreviam em Acádio,

Falavam os vários dialetos semíticos;


Dialetos de várias raças que dariam origem posteriormente aos Hebreus e Arameus;
Dominaram a Palestina e a alta Mesopotâmia – terra Amorita.

Mari: Estado tributário de Ur – Governado por um rei amorita / população


predominantemente amorita;

Queda de Ur: Conquista de estado após estado da Mesopotâmia. A partir do XVIII séc.
a.C. a Mesopotâmia era basicamente amorita.
O Confuso Antigo Oriente
(2000 a 1750 a.C.)
Baixa Mesopotâmia
Rivalidades na Baixa Mesopotâmia: Estados menores de Isin & Larsa – rivalidade:

Isin – fundado por Ishbi-irra de Mari (amorita);


Larsa – fundada por Naplanum

Ambos rivais e não conseguiram manter a estabilidade à terra;


Aproveitando a instabilidade um Dinasta Amorita (I Babilônia) se estabeleceu
em 1830 a.C.

Conclusão:

Larsa – destruída pelo Príncipe de YAMUTBAL – Kudur-Mabuk (1770 a.C.);


Seu filho passa a governar: Warad-sin.

Instabilidade política – depressão econômica.


O Confuso Antigo Oriente
(2000 a 1750 a.C.)
Baixa Mesopotâmia
Neste período:

Dois códigos:

Um sumério – promulgado por Lipit-Ishtar de Isin (1870);

Um acádio – Reino de Eshunna (data incerta mas não depois do XVIII séc. a.C.).

Estes dois códigos precederam o Código de Hammurabi.


O Confuso Antigo Oriente
(2000 a 1750 a.C.)
Alta Mesopotâmia
Estados rivais na Alta Mesopotâmia:

Mari & Assíria

Mari – Ishbi-irra que ajudou a destruir Ur (população semítica do noroeste –


amorita – da mesma origem dos antepassados de Israel);

Idade de Ouro – XVIII séc. a.C. – sob a Dinastia de Yagid-lim – Importante


para a compreensão das origens de Israel;

Assíria – povo Acádio (língua, cultura e religião) –eram habitantes de tendas


“seminômades” ;

Assíria, Mari e Babilônia e o resto das cidades-estados entraram em choque.


O Confuso Antigo Oriente
(1750 a 1550 a.C.)
Mesopotâmia
Situação:

Médio Império desmoronando no Egito;

A luta pelo Poder persiste na Mesopotâmia;

Culmina no Triunfo da Babilônia –


HAMURABI;

Principais atores: Larsa, Assíria e Mari, além


da Babilônia.
O Confuso Antigo Oriente
(1750 a 1550 a.C.)
Baixa Mesopotâmia
Expansão de Larsa e Assíria:

Depois da Queda de Ur III - Mesopotâmia


palco de rivalidades por 200 anos;

Ao Sul: Isin, Larsa e Babilônia (Dinastias


Amoritas);
Kudur-mabuk / Warad-sin / Rim-sin
(Estendeu Conquistas ao Sul Babilônia).

Rim-sin – Vence e conquista Isin


Conquista Norte da Babilônia cujo soberano era Sin- Entretanto os dois Estados mais
muballit – pai de Hamurabi. Importantes eram Mari e Assíria
na Alta Mesopotâmia.
O Confuso Antigo Oriente
(1750 a 1550 a.C.)
Alta Mesopotâmia
Mari e Assíria (dois Estados mais
Importantes):

Assíria – Shamsi-adad I;

Estendeu suas conquistas entre


os Montes Zagros e o Norte da
Síria, chegando ao Mediterrâneo
ergueu um Monolito;

Principal conquista foi Mari –


baniu Zimri-lim – instalou seu
filho Yasmah-adad.

Forte ameaça para o Norte da


Babilônia.
O Confuso Antigo Oriente
(1750 a 1550 a.C.)
Alta Mesopotâmia

Mari conquista Assíria (1718 – 1697 a.C.):

Zimri-lim após 16 anos expulsa os


Assírios e reestabelece o reino;

Mari – Exército eficiente, carros com


tração a cavalo, tinham técnicas de
sítio e aríetes de cerco;

Principais potências da época: Mari,


Babilônia, Larsa, Eshunna, Qatna e
Alepo (Yamakhad).
O Confuso Antigo Oriente
(1750 a 1550 a.C.)
Alta Mesopotâmia
Babilônia Triunfa (1728-1686 a.C.):

Ameaçado pela Assíria ao Norte /


Larsa ao sul e Mari a Noroeste;

Hamurabi domina Mesopotâmia.

Babilônia tem florescimento Cultural;

Textos Épicos (narrativas babilônicas


da criação e do dilúvio); palavras,
dicionários, tratados de Matemática,
progresso na álgebra que não foi
superado nem pelos gregos,
astronomia, e o famoso código de
HAMURABI.
Narrativa Babilônica do Dilúvio

“Esta epopéia contém a mais antiga referência conhecida ao dilúvio, que


é recorrente em várias culturas e que está presente na bíblia. Esse
registro, herdado por tradição oral dos tempos pré-históricos, de acordo
com algumas teorias, terá tido a sua origem no final da última era
glacial.” Fonte Wikipedia
O épico de Gilgamesh foi descoberto em 1872 e causou espanto. Foi
escrito cerca de 2700 anos antes de Cristo e fala sobre deuses babilônicos
que queriam inundar a terra porque os homens faziam muito barulho e
os impedia de dormir.
Um dos deuses avisa a Utnapishtin e o direciona a construir um barco em
forma de cubo e embarcar nele com sua família e todas espécies de
animais. Cai a tempestade e até os deuses ficam assustados com a força
desta.
Após uma semana de dilúvio, o barco pára no alto de uma montanha e
Utnapishtin envia pássaros para encontrar terra seca. Duas voltam, mas a
terceira não. Com isto, Utnapishtin solta todos animais e oferece um
sacrifício. Por causa de sua misericórdia, ele é recompensado com a vida
eterna.
Contrastes – Patriarcas
(Gênesis 12 a 50)
Narrativa Histórica dos Povos
Narrativa Histórica de Israel
Documentos;
Pentateuco;
Achados arqueológicos;
Tradição Nacional;
Literatura;
Beleza Literária e Profundeza Teológica;
Cultura, etc.
Divinamente Inspirada;

Exigia Documentos Contemporâneos


Documentos Contemporâneos
Os Textos de Mari do décimo oitavo
Século;

Os textos Capadócios do décimo nono


Século;

Documentos da Primeira Dinastia da


Babilônia;

Os Textos de Nuzi;

Placas de Alalakh;

Textos das Execrações do Médio Império


do Egito.
Era Bíblica – Patriarcas
Avaliação da Tradição como Fontes Históricas

Limitações da Evidência:

Não há começos estabelecidos para a História de Israel;

As narrativas do Gênesis são em preto e branco;

Narra indivíduos e suas famílias movimentando-se dentro de seu mundo


como se vivessem sozinhos nele;

Os faraós do Egito não são identificados pelos nomes;

Quando Abraão, Isaque e Jacó realmente viveram?

Mas também não existem Provas que contradigam as informações.


Era Bíblica – Patriarcas
Avaliação da Tradição como Fontes Históricas

Limitações Inerentes à Natureza do


Material:

As Narrativas Patriarcais devem ser


analisadas pelo que elas são;

História Teológica que compreende


o Pentateuco;

Ilustrar os atos Redentores de DEUS


em beneficio do seu povo;

História de Fé;
Era Bíblica – Patriarcas
Gênesis tem seu valor histórico – Narrativas simples e
esquematizadas:

Migrações de clãs e suas Formações:

Gn 12 : 5 – supõem-se que Abrão partiu com sua esposa, Ló e


sua esposa e alguns criados;

Gn 13 : 1-13 – Tanto Abraão quanto Ló eram cabeças de grandes


clãs;

Gn 14 : 14 – Demonstra que seu clã era bastante numeroso;

A aniquilação de Siquém por Simeão e Levi (Gn 34) não era com
certeza obra de dois homens isolados, mas de dois clãs (Gn 49 : 5-
7);

Outro ponto é que as origens de Israel portanto não são


fisicamente tão simples: Teologicamente eram todos
descendentes de um só homem, ABRAÃO.
Era Bíblica – Patriarcas
O Ambiente Histórico das Narrativas Patriarcais:

A História dos Patriarcas se enquadra no Ambiente do Segundo Milênio?

Questão dos nomes Hebraicos:

Jacó – ocorre em um texto do Século XVII de Chagar-Bazar Alta Mesopotâmia


(Ya’qub-el) / Nome de um chefe hicso (Ya’qub-al) / em uma lista do séc. XV de
Thutmósis III / listas do XVII séc. em Mari;

Abraão – aparece em textos Babilônios da Primeira Dinastia (Abamram) / Nos


textos das EXECRAÇÕES / documentos de Mari;

Benjamim aparece nos textos de Mari como uma grande Confederação de Tribos /
Zabulon ocorre nos textos das Execrações / Gad, Levi, Ismael e Dan textos de Mari /
Asher e Issacar em uma lista egípcia do XVIII séc.
Era Bíblica – Patriarcas
O Ambiente Histórico das Narrativas Patriarcais:

A História dos Patriarcas se enquadra no Ambiente do Segundo Milênio?

Questão Costumes:

(Gn 15 : 1-4) - Adoção do escravo conforme ocorria em Nuzi / Os casais sem filho tinham
por herdeiro um filho de quem os servia – se nascesse um filho natural o adotivo tinha de
ceder seu direito à herança;

(Gn 16: 1-4) – Sara deu Agar – em Nuzi o contrato matrimonial obrigava a mulher se não
tivesse filhos a providenciar uma substituta;

(Gn 21 :10) – nascendo dessa união fica proibida a expulsão da esposa-escrava e seu filho
– motivo da relutância de Abraão em despedir Agar e Ismael;

A lei da Primogenitura – Jacó escolheu Efraim no lugar de Manassés (Gn 48 : 8-20) /


Repudiou Rúben em favor de José (Gn 48 : 22 / 49 : 3). Essa prática foi abolida por uma lei
israelita posterior (Dt 21 : 15-17).
Fim

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