Noções gerais do Egito e da Mesopotâmia

Egito Antigo (3.200 a.C – 320 a.C)

“A dádiva do Nilo” – A sociedade egípcia se instala nas margens do rio
Nilo, pois suas margens eram férteis e sua água era doce, formando assim
uma região favorável aos egípcios

O Antigo Império (3.200 a.C-2.100 a.C)

 Divisão do Egito em nomos que compuseram o Alto Egito (Sul) e

o Baixo Egito (Norte), que ao início desse período teriam sido
unificados pelo Faraó Menés, formando Antigo Império

 Monarquia teocrática, centralização do governo

 Servidão coletiva/corveia; servos pagavam o Estado de algumas

maneiras, eles poderiam ceder suas mercadorias, excedente de
produção ou mais trabalho pelo uso da terra. Esse método
caracterizou o Modo de Produção Asiático.

 Quéops (2589 a.C - 2498 a.C) e Seneferu (2613 – 2589 a.C.); a

primeira pirâmide do Egito, feita por Quéops, ascensão política e
econômica.

 Crise de 2.300 a.C; seca, fome e pestes, descrença na figura do

Faraó e fortalecimento dos nobres locais, caracterizando um
período de intriga política que acabaria em 2061 a.C
  Faraó Mentuhotep (2061 a.C – 2010 a.C); derrotou os líderes
nobres e fez de Tebas a nova capital do Império, mas ainda havia
grandes conflitos entre o faraó e os nomarcas, culminando no
enfraquecimento geral e a entrada de estrangeiros no território

Médio Império (2000 a.C – 1580 a.C)

 Período caracterizado pelo enfraquecimento egípcio, com a

entrada de estrangeiros pela imigração (se aproveitando da crise
no império para tomarem o poder e governarem o Egito Antigo
por pouco mais de 100 anos)

 O deslocamento entre esses povos era algo comum,

principalmente, em busca de terras mais férteis e de melhor
alimentação, o que fazia com que eles fossem gradativamente
ocupando novos territórios, como aqueles ao redor do rio Nilo, por
exemplo.

 Divisão do Império entre os povos que tomaram parte dos

territórios.

Novo Império (1580 aC - 525 aC)

 A unidade política foi resgatada novamente por volta de 1580

a.C., com a insurreição dos egípcios contra os governantes
hicsos, que marcou enfim o início do Novo Império. Os hebreus,
que também teriam penetrado gradativamente na civilização
egípcia, teriam sido escravizados, mantendo-se nesta condição
de cativeiro até a fuga em 1250 a.C.
  Foi neste período que se consolidou no Egito a estrutura social
mais complexa dessa civilização: no topo, o Faraó era uma figura
divina e representava o Estado, abaixo, entre os nobres,
encontrava-se o Vizir, que era indicado pelo Faraó para cuidar da
administração do Estado, e os sacerdotes, responsáveis pelas
questões religiosas. Nas classes intermediárias, além dos
soldados, existiam os escribas, responsáveis pela contabilidade,
por registros e fiscalizações no reino. Por fim, dentre as classes
mais baixas estavam os artesãos, os comerciantes, os
camponeses e, na base os escravizados.

 Uma das principais características deste período foi o

desenvolvimento bélico e a expansão egípcia para novas terras,
conquistando regiões ao sul, próximo ao Sudão e ao leste,
próximo à Mesopotâmica com Tutmés III (1480 a.C. – 1448 a.C.)
e, com Ramsés II (1292 a.C. – 1225 a.C.) chegando inclusive na
Ásia. Essa expansão garantiu o domínio de outros povos e uma
era de muita riqueza para o Novo Império.

 Nobres x Sacerdotes; em 1100 a.C o Egito voltou a se fragmentar

em dois reinos, o que foi crucial para a dominação romana e
macedônica sobre o Egito.

Economia:

-Agricultura: Favorecida pelo Rio Nilo e o Delta do Nilo, proporcionando

uma região perfeita para o plantio e cultivo dos mais diversos dos alimentos.
Vale destacar que também houve o exercício da pecuária, o desenvolvimento
de artesanato com ébano, marfins e couro.

Sociedade:
 Sem nenhuma mobilidade social, fundada pelo privilégio de nascimento.
Ou seja, havia uma pirâmide social que delimitava a função social e econômica
de cada indivíduo.

Vale ressaltar que os únicos que poderiam subir na casta social eram os
escribas, pois poucos sabiam realmente ler e escrever. Possibilitando assim
que eles se tornassem nobres ou sacerdotes futuramente, mesmo que seja
consideravelmente raro o acontecimento desses fatos.

A escravidão era feita pela captura dos inimigos, como uma forma de
demonstrar conquista e expansionismo do império egípcio; O faraó era
considerado a pessoa que ascendia e se tornava um deus, sendo também
eternizado na mitologia egípcia.

Política:

Faraó era considerado o único poder do Estado, sua palavra era

considerada lei e todos tinham de obedecer a seus comandos. Ele era
considerado o ser mais próximo de um Deus, um ser insubstituível em suas
funções e de autoridade máxima.

Não ocorria nenhuma reestruturação política desse estado.

 Cultura e Religião

Politeísmo, a mitologia egípcia buscava explicar tudo o que ocorria

através do surrealismo, criando Deuses que eram responsáveis por originarem
certos fenômenos naturais como o Sol e até mesmo funções espirituais/sociais.

Nessa cultura havia um culto aos mortos através da mumificação, pois

havia uma grande crença de que havia uma vida após a morte e de grande
respeito para com os mortos.

Escrita:

A primeira e mais importante delas é a hieroglífica, que era estritamente

utilizada para a impressão de mensagens em túmulos e templos. Logo em
seguida, havia a escrita hierática, uma simplificação da hieroglífica, e a
demótica, utilizada para escritos de menor importância.

Arquitetura:

Suas principais características são: - Dimensões grandiosas; -

Simplicidade nas formas; - Aspecto maciço e pesado, - Predominância das
superfícies sobre os vazios; - Policromia; os monumentos funerários podem ser
divididos em: mastabas, pirâmides e hipogeus.

Mastaba: emblemático do início da Era Dinástica, em que eram

sepultados faraós ou nobres importantes do Egito antigo. Tinham um formato
trapezoidal de pirâmide truncada no topo, cujo comprimento era
aproximadamente quatro vezes a sua largura
 Pirâmides: As pirâmides do Egito são importantes monumentos do
Egito Antigo. As estruturas feitas de pedra calcária foram construídas para
guardar os corpos dos faraós, que, na época, eram vistos pela civilização
egípcia como uma espécie de divindade escolhida para serem mediadores
entre deuses egípcios e humanos. A primeira das pirâmides do Egito a ser
erguida foi a pirâmide de Quéops. Sua construção é uma homenagem ao
faraó que comandava o Egito naquela época. A construção aconteceu em 2.
550 a.C.

Hipogeus: é uma escavação ou construção subterrânea, destinada a

servir de sepulcro ou cripta, própria do período pré-cristão. Caracterizado pelos
túneis etc.
 MESOPOTÂMIA (3.200 a.C)
“Entre rios” - a Mesopotâmia foi construída entre os rios Tigre e
Eufrates, foi uma região extremamente disputada por ser o único local fértil
naquele ambiente consideravelmente árido. Dentre esses povos, eu destaco os
Sumérios, Acádios e Assírios.

Sempre houve grandes invasões a região, causadas pela ambição de se

conseguir um pouco de território entre esses dois rios.

Revolução urbana:

A disputa por espaço e a diversidade de povos presentes na região

gerou grandes cidades nas proximidades dos rios. Dentre essas cidades, vale
citar Ur, Uruk, Nipur, Lagash, Eridu e Quish (que foi a primeira grande cidade
da região, cobiçada por todos que sabiam de sua existência)

1800 a.C foi o ano que se originou o primeiro Império Babilônico.

Economia:

Agricultura, graças aos rios.

Trocas comerciais, geradas pelas cidades próximas aos rios e outras

Grandes cidades, formando conflitos e rotas comerciais por toda Mesopotâmia

Sociedade:

Os povos mesopotâmicos eram politeístas, ou seja, cultuavam

diversos deuses ao mesmo tempo, muitos relacionados à natureza. Por
exemplo, Anu era considerado o deus do céu; Ishtar era a deusa da fertilidade
e do amor; Enlil era do deu do ar; Shamash a divindade do sol e da justiça.
 Sociedade que desenvolveu a matemática, criando a base para cálculo
de ângulos, raízes quadradas etc. Também exploraram a Astronomia,
calculando eclipses solares e lunares através da construção dos Zigurates, que
tinham função científica, política e religiosa.

Código de Hamurabi – O primeiro sistema de leis, baseado na Lei de

Talião: “olho por olho, dente por dente” e foi a primeira vez que a sociedade
tentou se estabelecer no sentido jurídico.

Literatura/Poesia: Focada nos deuses e na fantasia, com uma

complexidade e processo único que origina a Poesia.

Sumérios (4.000 a.C)

 Primeiros povos a habitarem a Mesopotâmia, em 4000 aC

 Ricas técnicas de arquitetura, engenharia e escrita
 Zigurates (poder político e religioso), armazéns, técnicas de
irrigação e plantio
 Construíram Quish, Ur, Uruk, Nipur e Lagash
 Escrita Cuneiforme

Acádios (2550 - 2300 a.C)

 Enfraquecimento Sumério após disputas internas

 Grupos que habitavam a região começaram a invadir as cidades
construídas na Mesopotâmia, maior parte deles veio da Síria
 Construíram Acad
 Absorveram conhecimentos Sumérios
 Rei Sargão I unificou as antigas cidades e fundou o Império
Mesopotâmico
Amoritas – Primeiro Império Babilônico (1900 aC)

 Sucessores dos Acádios na ocupação da região mesopotâmica

 Ocuparam a Babilônia e depois, com o reinado de Hamurabi, se
espalharam por todo o Golfo Pérsico, fundando o Império
Babilônico
 Hamurabi (1728 - 1686 aC); foi responsável pela criação do
primeiro junto de leis escritas, conhecidas como “Código de
Hamurabi”, sintetizadas pela frase “Olho por olho, dente por
dente”

Assírios – Império Assírio (1300 a.C)

 Estado forte, militarizado e centralizado

 Cruéis e inventivos quanto às técnicas de combate, destaca-se o
uso do empalamento, uso de armas de ferro, cobre e estanho.
 Escravistas
 Sucessivas crises, conquistados pelos Caldeus

Caldeus – Segundo Império Babilônico (626 – 539 a.C)

 612 a.C – Os Caldeus e os Medos atacaram o Império Assírio e

conquistaram o território, fundando o Segundo Império Babilônico
 Rei Nabucodonosor (605 – 563 aC); poder centralizado, fortalezas
militares e investimento em obras públicas, construindo grandes
obras como os Jardins Suspensos e o zigurate conhecido como
Torre de Babel