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Egito Antigo
Egito Antigo é uma das civilizações mais antigas do mundo,
cuja história ocorreu entre 3300 a.C. e 332 a.C.

O Egito Antigo é uma civilização cuja história é tida como a mais


longa experiência humana de continuidade política, cultural e
militar. [1]
O Egito Antigo é uma das civilizações mais antigas do mundo. Sua
história ocorreu entre 3300 a.C. e 332 a.C, e é tida pela historiografia
como a mais longa experiência humana de continuidade política,
cultural e militar. É comum a divisão da história faraônica do Egito
Antigo em três períodos distintos: Reino Antigo, Reino Médio e
Reino Novo, cada um com suas características próprias. A
civilização no Egito Antigo é classificada como civilização hidráulica.
Isso significa que ela depende da existência de um rio para
sobreviver: o rio Nilo.

Leia também: Grécia Antiga — outra importante civilização da


Idade Antiga
Resumo sobre o Egito Antigo

• O Egito Antigo é uma das civilizações mais antigas do mundo.

• A história do Egito Antigo ocorreu entre 3300 a.C. e 332 a.C, é


considerada pela historiografia como a mais longa experiência
humana de continuidade política, cultural e militar.

• É comum a divisão da história faraônica do Egito Antigo em três


períodos distintos: Reino Antigo, Reino Médio e Reino Novo, cada
um com suas características próprias.

• Ao analisar o mapa do Antigo Egito, existem dois tipos de


classificação: a ecológica (que o divide em Delta do Rio Nilo, Vale
do Rio Nilo e Deserto) e a geográfica (que o divide em Baixo Egito
e Alto Egito).

• O Egito Antigo se localizava em uma região chamada na


Antiguidade de Crescente Fértil, formada por diversos rios perenes
importantes: Tigre, Eufrates, Nilo e Jordão.

• O governo no Egito Antigo era organizado na forma de uma


teocracia, organizada em torno do faraó.

• A sociedade no Egito Antigo era profundamente marcada pela


organização politeísta.

• A civilização no Egito Antigo é classificada como civilização


hidráulica. Isso significa que ela depende da existência de um rio
para sobreviver: o rio Nilo.

• São exemplos da cultura egípcia antiga: o processo de mumificação,


a literatura, a escrita, a arquitetura, a engenharia e a religião.

• A economia no Egito Antigo era baseada na agricultura de cerais,


linho, hortaliças e papiro.
• A religião no Egito Antigo era caracterizada por três principais
facetas: politeísta, antropozoomórfica e funerária.

• A ciência no Egito Antigo era composta por conhecimentos médicos


e biológicos, astronômicos, de engenharia e arquitetura.

• Muitos dos achados arqueológicos do Egito Antigo foram


realizados por estrangeiros, que também levaram suas descobertas
para museus europeus. Atualmente, existe um movimento para
trazer de volta ao país esses tesouros arqueológicos.
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História do Egito Antigo

A história do Egito Antigo ocorreu entre 3300 a.C. e 332 a.C. São,
portanto, 2.700 anos de história, considerada pela historiografia
como a mais longa experiência humana documentada de
continuidade política, cultural e militar. O Egito Antigo foi o
primeiro reino unificado da história, desenvolveu uma língua falada
que permaneceu estável por 4.500 anos. No período de 3000 a.C. a
500 d.C. seus padrões de cultura, língua escrita, concepções de
realeza, religião e arte estiveram praticamente inalterados. Por
essas razões, a civilização do Egito Antigo é considerada uma das
mais antigas civilizações do mundo.

Três fases do período de dinastia no Egito


Antigo
Estátua do faraó Khafre, do Reino Antigo, uma das três fases do
período de dinastia no Egito Antigo. [2]

É comum a divisão da história faraônica do Egito Antigo em três


períodos distintos:

• Reino Antigo (3200-2134 a.C.): foi o período de desenvolvimento


das bases da civilização egípcia, no qual foi desenvolvida a escrita
hieroglífica, o sepultamento em sepulcros de pedra e, mais tarde, as
pirâmides, como as de Gizé.

• Reino Médio (2040-1640 a.C.): foi um período marcado por


instabilidades, primeiro a descentralização do poder real devido ao
aumento de complexidade do reino, exigindo maior controle local
e, com isso, acarretando a redução do poder faraônico, e em
segundo lugar por conta das invasões estrangeiras do povo hicso,
que conquistou o Egito, o dividiu em vários sub-reinos e criou novas
dinastias. A reunificação do Egito ocorreu somente com Ahmés I,
que expulsou os hicsos.

• Reino Novo (1550-1070 a.C.): foi um período de alto militarismo,


considerado como o de auge das conquistas, riquezas e poder no
Egito Antigo. Nessa época, os faraós passaram a ser sepultados no
Vale dos Reis, em túmulos secretos subterrâneos ricamente
ornamentados. Como destaque, pode-se apontar o reinado de
Ramsés III, da 20ª dinastia, considerado o último grande rei egípcio
antes do domínio estrangeiro.

Mapa do Egito Antigo

O mapa a seguir é uma representação do território do Egito Antigo


durante o Reino Novo:
Mapa do Egito Antigo durante
o Reino Novo. [3]

No mapa pode-se observar as divisões do território egípcio, que se


fazem a partir dos seguintes critérios:

• Ecológicos: Delta do Rio Nilo, região mais fértil com terras aráveis,
pastos e pântanos; Vale do Rio Nilo, região estreita de terras férteis
e aráveis, que seguem o curso das margens do rio; Deserto, região
estéril.

• Geográficos: Baixo Egito, região mais próxima do mar


Mediterrâneo, na qual o rio Nilo deságua no mar; Alto Egito, região
do interior, marcada pelo Vale do Rio Nilo.
Além disso, no mapa acima se identificam as regiões da Núbia e do
Reino de Cuche, que durante muito tempo fizeram parte do
território egípcio, como reinos conquistados.

Principais características do Egito Antigo

O Egito Antigo se localizava em uma região chamada na


Antiguidade de Crescente Fértil, formada por diversos rios
perenes importantes: Tigre, Eufrates, Nilo e Jordão. Atualmente,
corresponde aos territórios de Egito, Iraque, Síria, Israel, Líbano e
Jordânia.

Além disso, foi a única civilização da época e na região a se


consolidar como um reino unificado, ao contrário, por
exemplo, da Mesopotâmia, que embora tenha tido vários reinos,
nunca se unificou por completo. Isso, em parte, é explicado pela
necessidade de um Estado centralizado que organizasse as obras
de irrigação necessárias para garantir a sobrevivência da população
e sua própria existência.

→ Sociedade no Egito Antigo

A sociedade no Egito Antigo era profundamente marcada pela


organização politeísta, na qual todo o corpo político e social é
determinado em função da crença na divindade do líder político.

Assim, no topo da sociedade estava o faraó, considerado uma


divindade pela cultura e religião egípcias. Abaixo, na mais alta
categoria social abaixo da faraônica, estavam os sacerdotes, que
exerciam o poder religioso e ocupavam cargos administrativos, e
os escribas, responsáveis pela administração real, pela coleta e
organização de impostos e os únicos que dominavam a escrita. Por
fim, a grande massa da população era formada por servos (de
nacionalidade egípcia) e escravos, que existiram em determinadas
épocas, como os hebreus durante o reinado de Ramsés II.

→ Governo no Egito Antigo


O governo no Egito Antigo era organizado na forma de uma
teocracia. O termo tem origem no grego, em que théos significa
“deus” e kratos, de onde deriva o sufixo “cracia”, significa “poder”,
no sentido de governo. No caso específico do Egito Antigo, a
teocracia era organizada em torno do faraó, e acreditava-se que ele
fosse uma divindade viva, emissário das outras divindades do
panteão politeísta egípcio.

→ Civilização no Egito Antigo

A civilização no Egito Antigo é classificada como civilização


hidráulica. Isso significa que ela depende da existência de um rio
para sobreviver: o rio Nilo. Esse rio foi fundamental para a
construção da civilização do Egito Antigo, uma vez que suas cheias
frequentes fertilizavam o solo. Suas águas são perenes, ou seja, não
secam em determinadas épocas do ano, e foi possível canalizá-las
através das obras de irrigação. Também chamadas de obras de
regadio, consistiram na criação de canais artificiais de água, cuja
função era irrigar plantações mais distantes das margens do rio.

→ Cultura no Egito Antigo

A cultura do Egito Antigo foi bastante rica e indissociável de seus


modelos religiosos e políticos. Pode-se citar como exemplo de
cultura egípcia antiga o processo de mumificação, no qual o corpo
de um morto (seja ele um faraó, membro da família real ou de uma
categoria social elevada) era preparado através de um ritual
complexo. O preparo do corpo para o sepultamento envolvia a
retirada de seus órgãos, a secagem da pele e o envolvimento em
tiras de linho, que resultava nas múmias.
O processo de mumificação é um dos principais elementos da
cultura egípcia.
Outro destaque da cultura egípcia é a literatura, desenvolvida a
partir das habilidades dos escribas com a língua escrita. A escrita
não foi inventada com a função de registrar histórias ou criar
literatura, mas sim com as claras funções administrativa e contábil,
ou seja, para auxiliar no governo do reino. Com o tempo, surgiram
as funções literárias e históricas, que até os dias de hoje são
celebradas quando encontradas intactas em túmulos e construções
descobertas pela arqueologia.

→ Economia no Egito Antigo


A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura.
A economia no Egito Antigo era baseada principalmente na
agricultura de cerais, linho, hortaliças e papiro. A pecuária de
gado bovino e cavalos era desenvolvida com diversas finalidades:
alimento, couro para produzir diversos produtos, meio de
transporte e força de tração animal para a lavoura. Além disso, era
comum a domesticação de diversos animais, como as hienas,
antílopes, pelicanos e gatos — esses últimos com lugar de destaque
na cultura egípcia, sendo, inclusive, mumificados.

→ Religião no Egito Antigo

A religião no Egito Antigo era caracterizada por três principais


facetas: politeísta, antropozoomórfica e funerária. Politeísmo
significa que se acreditava em diversos deuses, que possuíam
personalidades e funções específicas. Durante períodos
determinados, houve deuses principais, como Amon-Rá no Reino
Novo, e também a crença em trindades divinas, que funcionavam
em conjunto, como a formada por Osíris, Ísis e seu filho Hórus.
Estátua
de Isis, Osíris e Hórus, uma das trindades divinas nas quais os
egípcios acreditavam.
[4]

A característica antropozoomórfica se refere à forma de


representação das divindades, retratadas com forma de homem
(do grego, antropo) e animal (do grego, zoo). Então, todas as
divindades eram representadas com formas humanas e animais,
geralmente com corpos humanos e a cabeça animal.
Estátua de Anúbis,
com cabeça de chacal, evidenciando o antropozoomorfismo.
Por fim, a característica funerária se refere à crença na vida após a
morte, determinante para a existência de complexos rituais de
sepultamento, que envolviam a mumificação, construção de
pirâmides (típicas do Reino Antigo) ou de túmulos subterrâneos
(típicos do Reino Novo). Para saber mais sobre religião no Egito
Antigo, clique aqui.

→ Ciência no Egito Antigo

A ciência no Egito Antigo era bastante avançada: através


de conhecimentos médicos e biológicos eram promovidos os
rituais de mumificação e sepultamento. Além disso,
os conhecimentos astronômicos organizavam a agricultura e a
pecuária, extraindo o melhor da produtividade nas épocas
propícias. É necessário lembrar também dos conhecimentos
científicos de engenharia e arquitetura, responsáveis pelas obras
de irrigação e construção de pirâmides, templos, palácios,
monumentos e túmulos.

Veja também: Como é a arte egípcia?

Curiosidades sobre o Egito Antigo

• Muitos dos achados arqueológicos do Egito Antigo foram


realizados por estrangeiros, que também levaram suas descobertas
para museus europeus. Ingleses e franceses, sobretudo, durante
mais de um século foram os principais pesquisadores da
egiptologia, ramo da arqueologia especializado na pesquisa egípcia.
Como consequência, grande parte do acervo arqueológico egípcio
se encontra fora do Egito, sobretudo no Museu do Louvre (França)
e no Museu Britânico (Inglaterra).

• Nas últimas décadas, a egiptologia tem se tornado um campo de


estudos predominantemente egípcio, e existe um grande esforço
do país para reunir todo o acervo de descobertas do Antigo Egito
em solo nacional. Exemplo desse esforço é a construção do Grande
Museu Egípcio, no Cairo, inaugurado em 2020 e aberto ao público
geral em 2023.

• Uma grande personalidade responsável por novas descobertas


arqueológicas, importantes escavações e pela liderança no processo
de recuperação dos artigos arqueológicos em outros países é o
arqueólogo egípcio Dr. Zahir Hawass, autor de diversos livros e
séries documentais sobre egiptologia.

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