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Egito antigo

O egito antigo foi uma das principias civilizações antigas, se se desenvolvendo a partir das
margens do rio Nilo, no Nordeste das África nos vales férteis.

A antiga civilização se fez presente no seio de civilizações que cresceram na Europa, no oriente
médio e na península arábica.

Tendo grande influencia em aspectos atuais do Egito atual, podemos ver a seguir como eram
as características e costumes do antigo Egito:

Aspectos políticos

O Egito, localizado na região nordeste do continente africano, foi uma civilização que floresceu
graças à fertilidade de suas terras e a disposição de recursos hídricos oferecidos pelo Rio Nilo.
As condições favoráveis de vida daquela região foram responsáveis pelo crescimento da
população que logo passou a se organizar em diversas comunidades descentralizadas
chamadas nomos.

O crescimento da sociedade ao longo do rio Nilo acabou estabelecendo, em 3.500 a.C., a


criação de dois reinos: o Alto e o Baixo Egito. Durante o reinado de Menés, faraó do Alto Egito,
realizou-se um processo de unificação onde ele subordinou todos os nomarcas do Egito
(líderes supremos dos nomos) sob o seu comando. Dessa forma, temos estabelecido o
primeiro período da era dinástica do Egito: o Antigo Império, que vai de 3200 a.C. até 2300
a.C..

Sob o comando do faraó, o Egito tornou-se uma monarquia centralizada formada por súditos
subordinados ao poder do monarca. Dessa maneira, os egípcios eram obrigados a trabalhar
nas lavouras, construções e obras administradas pelo governo do faraó. A centralização
política era, vez após vez, questionada pelos nomarcas. Depois de um longo período de
estabilidade, a pressão dos nomarcas acabou descentralizando o poder político em 2200 a.C..

Na parte final do século XXI a.C., o faraó Mentuhotep empreendeu um novo processo de
unificação política do Egito. A capital foi transferida para a cidade de Tebas e a centralização
governamental e o sistema de servidão coletiva foram reimplantados. Depois de quatro
séculos de estabilidade e fortalecimento do poder faraônico, houve uma invasão promovida
pelos hicsos, em 1630 a.C. Contando com um arsenal militar mais bem preparado e utilizando
cavalos e carros de guerra, os egípcios foram subordinados à presença dos hicsos durante dois
séculos.

Na metade do século XVII a.C., Amósis I conseguiu organizar uma mobilização de egípcios
contra o predomínio dos hicsos. Na mesma época, o povo egípcio subordinou os hebreus e
expandiu seus domínios territoriais. Sob o governo de Tutmés III (1480 a.C. – 1448 a.C.), os
egípcios conquistaram regiões do Sudão e da Mesopotâmia. Nessa época, o poderio da
autoridade faraônica alcançou seu auge mediante a grande disponibilidade de terras férteis,
rebanhos e trabalhadores.

No governo de Amenófis IV (1377 a.C. – 1358 a.C.), o faraó impôs a desestruturação da prática
religiosa politeísta em favor da adoração única e exclusiva do deus Aton, representante do
círculo solar. Mudando seu nome para Akhenaton, o faraó constrói uma nova capital em
homenagem ao deus-sol. Depois de sua morte, a prática monoteísta foi abolida por seu filho
Tutancâmon. Depois de viver um novo processo de expansão territorial, sob o governo de
Ramsés II, o Egito sofreu um novo processo de descentralização por volta de 1100 a.C..

O enfraquecimento militar decorrente da separação territorial possibilitou a invasão dos


assírios, em 662 a.C.. Reagindo a dominação dos assírios, Psamético I realizou um novo
processo de centralização do governo egípcio. Esse período, conhecido como Renascimento
Saíta, foi marcado pelo amplo desenvolvimento das práticas comerciais entre os egípcios. Sob
o governo do faraó Necao, patrocinou uma expedição de circunavegação do continente
africano.

Em 525 a.C., os persas conseguiram conquistar os egípcios no momento em que se vivia um


período de instabilidade, marcado por diversas revoltas camponesas. Nos séculos seguintes, os
egípcios foram alvo da dominação de outros diferentes povos. Influenciado pela diversidade
cultural de seus dominadores, o Egito tornou-se uma região marcada por uma intensa
variabilidade cultural.

Sociedade:

A sociedade egípcia é conhecida por sua rigidez e ser completamente hierárquica, onde a
possibilidade da mobilidade social é quase nula. Cada classe social possuía sua função perante
o estado, sendo quem tinha menos poder deveria obedecer quem estava acima.

Ordem da sociedade egípcia:

No topo da sociedade estava o Faraó, que era o governador máximo do estado e era
considerado e adorado como uma divindade na terra. Seu poder era completamente
centralizado, e exercia função política e religiosa.

Logo a baixo dele estavam os sacerdotes, que eram responsáveis por rituais, festas, todas, é
claro, ligadas as atividades religiosas. Tinha como função também administrar todos os bens
que eram oferecidos aos deuses, assim, acabavam acumulando uma grande quantidade de
bens materiais.

A terceira classe era destinada aos nobres. Dentre eles chefes militares, que eram responsáveis
pela segurança do território egípcio. Os escribas, que eram responsáveis pela escrita egípcia,
registrando a vida do faraó e alguns acontecimentos no estado, sendo responsáveis também
por registrar impostos cobrados (por serem alfabetizados, eram remunerados, não com
dinheiro pois nesse período não existia um padrão monetário, mas com produtos). Outra
classe de grande importância é a dos comerciantes que a partir deles desenvolveram-se uma
economia baseada também no comércio e na circulação de riquezas entre seu povo e as
civilizações vizinhas.

Agora em relação a porção pouco privilegiada da sociedade egípcia temos os soldados, os


camponeses, e os artesãos.

Os soldados viviam de produtos recebidos por serviços prestados. Os camponeses trabalhavam


presos a terra do estado e recebiam pouco por essa função. E os artesãos tinham um vida
muito simples, trabalhando em construções e oficinas.

Já na base da “pirâmide social” estavam os escravos, que geralmente eram povos dominados
nas conquistas do estado egipcio, conhecido também como “prisioneiros de guerra”.
Trabalhavam demais e não recebiam salário, ganhavam algumas roupas e alimentos para a sua
subsistência. Eram desprezados pela sociedade e não possuíam direitos.

Religião:

A religião existente no Egito antigo era politeísta: ou seja, acreditavam em vários deuses. Entre
os quais se destacavam-se Ra ( deus do sol), Oasis ( deus dos mortos, dos julgamentos e da
vegetação), Isis ( dessa da fertilidade e da maternidade) e Hórus ( deus do céu, do sol nascente
e mediador dos mundos- executa como intermediário entre duas partes distintas que
normalmente se opõem). Os egípcios acreditavam da continuidade da vida após a morte e que
a vida na terra seria apenas um adas etapas da existência. Eles também construíam templos
para adoração de deuses.

Duas características muito importantes da sua religiosidade eram os conceitos maat e heka, o
maat se definia a importância de viver uma vida correta, de forma a manter a existência
harmônica no universo. O segundo conceito, heka esta estava relacionado a magia e afirmava
a importância dela tanto na criação do universo quanto na manifestação do poder dos deuses.

Os deuses egípcios poderiam ser representados de diversas maneiras, assumindo as formas:

Antropomórfica: forma humana

Zoomórfica: forma animal

Antropozoomorfica: forma humana e animal

Vida após a morte

para a continuidade da vida, acreditava-se que deveria haver um processo que garantia a
preservação do corpo humano, para a vida após a morte. Nos rituais após a more o processo
de mumificação era fundamental, sendo feito da seguinte maneira:

durava em torno de 7º dias, e consistia em realizar a retirada dos órgãos, exceto o coração,
banhar o corpo em óleos e resinas especiais e enfaixa-lo com linho, conservando assim seu
corpo.

Economia e trabalho

A economia no Antigo Egito era baseada na agricultura. O rio Nilo, com suas cheias, era uma
dádiva dos deuses para os egípcios. As terras cultivadas pertenciam ao Faraó, considerado pelo
seu povo rei, Deus e senhor absoluto, mas eram controladas pelos sacerdotes, escribas e
chefes militares que administravam os trabalhadores livres e os escravos que ali cultivavam a
terra.

Uma das características da economia egípcia era o poder centralizador do Estado na figura do
Faraó. A pedido do Imperador, os artesãos eram requisitados para a construção de templos e
para a fabricação de armas para o exército. Com isso o comércio externo tornou-se possessão
do Estado, pois só ele dispunha de material em demasia para a exportação.
Era comum o cultivo do linho, do algodão, da vinha, dos cereais e da oliveira. Os animais mais
utilizados nesse período foram o boi e o asno, mas existia a criação de carneiros, cabras e
gansos. O uso do cavalo só ocorreu no nono império, e o camelo, animal símbolo da civilização
egípcia, só foi utilizado na época de Ptolomeu. Apesar de a agricultura ser a principal base
econômica, já existiam em pequena quantidade indústrias de cerâmicas, de mineração e
têxteis.

Os povos egípcios comercializavam através do Mediterrâneo, ao que tudo indica, foram os


precursores. A matéria-prima para a construção dos barcos vinha da Fenícia e o pagamento
era baseado na troca de objetos de arte e metais preciosos. O Egito também mantinha
relações comerciais com a Arábia e a Índia.

Os gregos forneciam plantas que serviriam como uma das matérias primas utilizadas no
processo de mumificação. Através de uma feitoria concedida na margem esquerda do Delta, os
estabelecimentos comerciais que ali existiam efetuavam trocas, como o vinho, o azeite, a
cerâmica e alguns produtos metalúrgicos pelo trigo que faltava em suas cidades de origem. As
pequenas operações comerciais internas eram feitas por troca direta, não existiam moedas,
porém circulavam objetos de cobre e de ouro com peso estável.

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