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EGIPTO

O Egipto foi o berço de uma das maiores civilizações da Antiguidade Oriental e do Mundo,tendo se
desenvolvido ao longo dos grandes rios,na zona Crescente Fértil,por volta do V milénio.

Origem Histórica

As primeiras comunidades que habitavam em África eram nómadas e tinham uma predileção pelos
pontos de água permanente. Teriam migrado para o nordeste de África e se fixado ao longo do R.Nilo,
em províncias denominadas _NOMOS_ ,e cada uma dessas províncias era governadas por um
_Nomarca_ .

Essas comunidades desenvolveram a agricultura por conta da fertilização dos campos pelo Nilo. E é aí
onde se deu o processo de sedentarização.

Ao longo de vários séculos,o clima de África começa a deteriorar-se e o Nilo era o único lugar onde
oferecia melhor condições agrícolas.

Daí,outros povos que eram assolados pelo deserto,tendo ouvido a fama da superabundância do Nilo,
migraram a procura de boas condições e lá se instalaram.

A boa fama do Nilo foi se espalhando e registou-se uma elevada densidade demográfica, que culminou
com vários conflitos entre esses povos e houve a divisão entre o Sul -Alto Egipto e o Norte-Baixo Egipto.

Porém o governante do Sul, Menés , teria feito várias campanhas militares e teria conseguido em
3100 a.C , unificar essas duas regiões, se tornando assim o Primeiro Faraó do Egipto.

Origem Mítica

Segundo a mitologia egípcia,o Egipto surgiu através da separação de dois deuses irmãos na
humanidade...

Rá(deus do sol) teve como filhos o Shu e Tetnis,esses filhos juntaram-se formando um casal e tiveram
como filhos a Nut(deus do céu) e Geb(deusa da terra). E, Rá, não gostou dessa união e ordenou ao Shu
que separasse os seus filhos.

Daí,Shu empurou Nut para cima e Geb para baixo,dando assim a origem a civilização egípcia.
Construção de Pirâmides e tempo de apogeu

Para entender os grandes marcos do Egipto, é preciso ter em conta as seguintes fases da evolução:

•Império Antigo

•Império Novo

Império Antigo

Nessa fase,deu-se a tendência na construção de pirâmides,com destaque as Pirâmides de Gizeh :


Queopes, Quefren e Miquerinos. Essas pirâmides eram construídas pelos escravos,com o a finalidade de
conservar os corpos dos faraós mortos,no qual eram colocados juntamente com os seus pertences
(roupas, concubinas, jóias,entre outros).

Império Novo

Essa época foi de grande prosperidade,sob responsabilidade consecutiva dos faraós Tutmés III , Seti I e
Ramsés II. Esses,foram responsáveis pela grande prosperidade no reino,no qual desenvolveram um
exército número,exploraram a mão de obra escrava e fizeram várias batalhas entre vários povos (Líbios,
Núbios, Hicsos,...)

Actividades Económicas

A agricultura era a principal actividade económica no reino,onde cultivavam vários cereais como o
trigo,a cevada,o *milho miúdo* (milho com grãos muito pequenos).

Comércio

Os egípcios desenvolveram o comércio interno e externo. O comércio interno consistia na troca directa
de produtos entre as comunidades locais,e o comércio externo consistia na troca de produtos entre os
egípcios e vários outros povos,no qual Importavam,assim como exportavam.

Produtos Exportados
Óleo e Cereais (Fenícia e Axum)

Trigo (Grécia)

Objectos de arte (Meroe e Fenícia)

Produtos Importados

Chifres de Elefante e Rinoceronte (Axum)

Plantas Medicinais (Grécia)

Rotas Comerciais

Os egípcios desenvolviam essas trocas pela via marítima,com destaque ao Nilo e ao Mar Mediterrâneo

Diferença entre Alienação Fiduciária e Escravidão ou trabalho escravo

A alienação fiduciária era constituída por todos escravos cativos de guerra que eram forçados a
trabalhar a favor do reino,e eram maioritariamente soldados que mais tarde eram promovidos para
trabalhar como auxiliares dos soldados egípcios,onde passavam algumas técnicas de batalhas. E,a
escravidão era um trabalho directamente forçado e sem escolha. E era constituído por povos de origem
não egípcia,que eram vistos como inimigos pelo faraó. E na sua maioria,eram escravizados pelo não
pagamento de dívidas aos seus senhores,e o seu pagamento era mediante a servidão escrava.

Religião / Carecas

Como eram feitos os cultos?

Os egípcios eram politeístas,e a sua religião estava directamente ligada a natureza. Prestavam
adoração ao vento,ao sol,a terra e a alguns animais como o Crocodilo e o Gato, razão pela qual alguns
deuses eram parecidos com os animais.

Os cultos eram realizados nos templos do palácio,onde somente a família do Faraó e alguns sacerdotes
podiam participar.
Para a participação dos cultos,eram exigidos que raspassem os cabelos das suas cabeças,para garantir
melhor limpeza no templo,de modo que não ficasse nenhum rasto da sua presença após os cultos.

Morte do Faraó

Após a morte do faraó,o seu corpo era mumificado e colocado em sarcófago ,com vista a garantir a sua
passagem para o mundo dos mortos. O sarcófago que continha o seu corpo morto, era colocado nas
pirâmides,onde no seu leito era colocado junto com os seus pertences (concubinas, jóias, objectos de
adorno,entre outros).

Decadência

Depois da morte do Ramsés II,o Egipto e trouxe em um declínio lento,onde foi invadido por povos indo-
europeus que haviam chegado á Líbia e mais tarde partiram ao Egipto,tendo sido derrotados pelo
sucessor de Ramsés II, Minephat,numa região que se encontrava na Delta do Nilo (Per-ir).

A decadência do Egipto explica-se em duas causas : causas internas e externas.

As causas internas correspondem a falta da unidade no reino egípcio,causada por várias traições por
parte de vários nobres que trabalhavam ao lado do faraó. As causas externas correspondem às invasões
pelos líbios, sairás e núbios que dominaram as várias regiões do Egipto.

As causas externas foram as que mais causaram a perda da independência dos egípcios,e as mais
destacadas são:

•A invasão assíria;

•A renascença sob a XXVI dinastia ;

•O domínio persa.

A Invasão Assíria

Durante o reinado de Ramsés II,ocorreu o tratado de paz entre o Egipto e os Hititas, motivado pela
ameaça que o povo assírio axercia sobre o Egipto. No entanto, durante este período do tratado de
paz,os assírios desenvolveram ainda mais o seu poderio militar,com o objectivo de dominar o vale do
Nilo.

Numa primeira fase do ataque assírio,o exército assírio fracassou,tendo mais tarde invadido e
dominado a cidade de Mêfis. E mais tarde,o Egipto reconquistou a sua cidade,e massacra os assírios que
lá haviam.
A renascença sob a XXVI dinastia

O fundador dessa dinastia foi Psamético I,do reino Saíta, movido pelo interesse em desenvolver uma
expansão económica no Egipto. E para concretizar o seu interesse, começou por reerguer o Egipto após
várias invasões sofridas,e lutou para reestabelecer a unidade nacional dos egípcios. E,com a ajuda dos
Gregos,que se encontravam no litoral do Egito, conseguiu reestabelecer a unidade governamental e
expulsou definidamente os assírios.

Os mais destacados reis dessa época foram: Psamético I, Necao II e Amásis, esses que desenvolveram
a renascença egípcia, procuraram defender o Egipto do domínio assírio e sobretudo, restabeleceram as
tradições no Império Antigo (costumes da corte, linguagem e cultos). Nessa fase,o Egipto reviveu o estilo
de vida do Império Antigo.

O domínio persa

O rei da Pérsia,Cambises II,ambicionou o domínio dos reis da XXVI dinastia sob o Egipto,e mais tarde
preparou o seu exército e invadiu o Egipto, proclamando-se sucessor legítimo dos faraós,o que equivalia
a um reconhecimento prestigioso por parte dos Egípcios.

O domínio persa não durou muito tempo,pois em aproximadamente 332 a.C,o rei da Macedónia,
Alexandre o Grande, seguiu com o seu exército em direção ao Egipto,e o povo egípcio que vinha sendo
oprimido pelos persas,viu no Alexandre,um libertador e tomaram armas contra os persas.

O domínio persa não ofereceu nenhuma resistência. Entregou o poder ao rei Macedónico,este que
ficou pouco tempo no Egipto,mas antes de partir construiu a Cidade de Alexandria em 331 a.C.

"O Egipto havia esgotado, parecia,seu poder de reação e satisfaça com a qual acolheu o seu novo
senhor, é melhor prova da sua decadência." (GIORDANI p:78)

Legado

Ainda no seu desenvolvimento,a civilização egípcia serviu de espelho para as demais civilizações do
mundo antigo e para o mundo inteiro. A sua cultura foi copiada por vários povos,com destaque aos
meroitas que construíram pirâmides,com a inspiração egípcia e actualmente as mesmas pirâmides
foram imitadas nas construções de vários museus com destaque ao Museu de Louvre que colecionou
uma variedade de antiguidades egípcias e emitado as construções das pirâmides.
As descobertas científicas do Egipto,sobretudo a Medicina foi partilhada pelo mundo inteiro,
principalmente o embalsamo dos corpos sem vida durante a mumificação,que actualmente é usada por
vários países. Deixou ao mundo,um calendário,que constitui o ano civil, com 365 dias,os cálculos
matemáticos,como a geometria e a aritmética.

Pedra de Roseta

Esta pedra,constitui um dos elementos mais importantes deixados pelo povo egípcio, que ajudou na
tradução dos Hieróglificos do idioma egípcio, que continham o decurso da história do povo. Pela sua
tamanha preciosidade, esta pedra foi disputada por povos franceses que se encontravam no Egipto e
mais tarde levada pelo Reino Unido,este que faz dessa pedra uma exibição no seu Museu e constitui
actualmente um dos objectos mais visitados do mundo.

MÉROE

Origem Histórica

O reino de Méroe ou civilização meroíta foi uma subdivisão ou parte de um célebre império africano
conhecido como KUSH, que localizava-se no actual território do Sudão, numa das cataratas do rio Nilo,
no sul de uma cidade egipcia(Assuão).

Este império teria surgido após o declínio do império egipcio.


O império de KUSH teria mais tarde como capital o reino de Méroe.

Transferência da Capital para Méroe

A transferência da antiga capital (Napata) para Méroe pode ser explicada por motivos climáticos e
económicos. As estepes ofereciam a Méroe uma extensão maior que as bacias em torno de Napata,
confinadas pelos desertos. Desenvolve-se a agricultura pois a qualidade dos solos era boa e a área de
chuvas de verão era muito propícia ao cultivo.

Méroe constituia um entreposto ideal para as rotas de caravanas entre o mar vermelho, o alto Nilo e o
Chade. A abundância relativa de árvores e de arbustos fornecia o combústivel necessário ao
processamento do ferro cujo minério é encontrado no arenito Núbio.

Actividades Económicas

Os meroítas tinham grandes habilidades nas mãos, trabalhavam objectos de madeira, cerâmica, bronze,
marfim, ébano entre outros. Eles também eram criadores de animais como gado que servia de alimento,
os camelos que ajudavam a atravessar o deserto com suas mercadorias.

Após a transferência para méroe a agricultura tornou-se mais importante, com destaque para a
produção de cereais como o trigo, a cevada e o sorgo. Para irrigar as suas plantações usavam as águas
do rio Nilo usando um mecanismo composto por um cesto e uma espécie de alavanca.

As terras de Méroe eram bastante ricas em metais como o ouro e o ferro, pedras preciosas como o rubi.
O ouro dava um bom posicionamento nas relações comerciais com o Egipto.

Quanto ao ferro é provável que Méroe tenha sido o lugar a partir do qual se difundiu o conhecimento e
o manuseio desse metal em África.

O reino ocupava uma localização comercialmente estratégica sendo que lá se transportavam


mercadorias pelo rio Nilo e por estradas que levavam para o mar vermelho.

É importante destacar que por volta do século III a.C Méroe tornou-se um grande ponto de venda de
produtos vindos de vários pontos de África.

Religião

Os povos meroítas tomaram de Egipto maior parte de suas ideias religiosas. Eles eram politeístas assim
como os egipcios, acreditavam em vários deuses, acreditavam na vida após morte, razão pela qual eram
feitos sepultamentos em pirâmides, principalmente de: reis, rainhas e sacerdotes. O corpo era
enterrado abaixo da pirâmide e não dentro dela como faziam os egipcios.
Na parte externa havia uma pequena capela que guardavam as oferendas para a alma do rei para a sua
viagem em outro mundo.

Além disso, assim como no Egipto alguns animais eram considerados sagrados, entre eles o Gato e o
Crocodilo.

Diferença entre Escrita Hieróglifica e Cursiva

Os meroitas desenvolveram a escrita Hieróglifica e Cursiva.

A hieroglífica era usada para a gravação em rochas, documentos reais e religiosas e a Cursiva que era a
escrita mais usada entre eles, era feita com um estilete sobre a argila e era usada para registros gerais .

Méroe Em Seu Apogeu

O comércio foi um dos factores que colocou o reino no auge. Méroe lucrou muito com o
desenvolvimento do comércio com mar vermelho, tornou-se um grande império de produtos africanos
que chegavam das montanha etíopes, do Dafur, do Níger e do Chade.

A metalurgia do ferro também contribuiu para a fama de Meroe. Não é possível saber quando ela teve
início naquela região. Sabemos que o referido metal foi trabalhado em pequena escala em Meroe, entre
os séc. VII ou VI a.C e teve aumento no séc. IV a.C.

Decadência

O decadência de Méroe é um assunto altamente controverso. Após o século II d.C a construção de


grande monumentos cessou, as pirâmides dos seus reis tornaram-se mais rústicas e menores.

No comércio ocorreu um grande enfraquecimento, perderam o controle das rotas comerciais e haviam
conflitos internos.

No ano de 330 o império foi conquistado por outro reino africano denominado *Axum*, localizada no
norte da actual Etiópia.
Legado

Do reino de Méroe restam mais de 300 pirâmides que continuam intactas, praticamente inalteradas
desde que foram construídas há cerca de 3 mil anos até hoje. As pirâmides mais suntuosas encontram-
se em Jebel Barkar, uma pequena montanha no Sudão do Norte, que junto com a cidade de Napata, são
consideradas patrimônio da humanidade pela UNESCO, o braço da ONU para educação, ciência e
cultura.

No local, além das pirâmides, há templos, tumbas e câmaras funerárias completas, com pinturas e
desenhos que a UNESCO descreve como " obras primas de um gênio criativo que mostram os valores
artistícos, religiosos, sociais e políticos.

Porem o legado deste império ainda não é amplamente conhecido, inclusive entre os africanos.

AXUM

Origem Histórica

De acordo com ANFRAY, cap 15, o império Axum seria resultado da miscigenação de povos que
habitavam na região da Eritréia, Agaw, povo habitante do reino de Da'amat. Tal miscigenação deu se
com a dominação dos Sabeus,povo vindo da península sul arábica, sobre estes povos, dando assim
origem ao povo Axumita, tendo sido fundado, primeiramente, a cidade de Axum no séc I, ano 100.

No momento da sua expansão, os Sabeus teriam fundado primeiro o reino de Sabá, na região do actual
Lémen.
Origem Mítica

Segundo Ki-Zerbo (1999), rainha de Sabá, na tradição etíope, foi uma soberana do antigo reino de Sabá,
localizado no actual território de Lémen, próximo ao Mar Vermelho, séc X e XII a.C, no período pré-
axumita.

A crença etíope relata que a rainha de Sabá, Makeda, teria envolvido com o rei Salomão e, que dessa
relação teria nascido um filho de nome Menelek ou Menelique, que se tornou no primeiro imperador.
Instaurando a dinastia Salomonica. Deste modo, os axumitas acreditavam ser descendentes directos do
rei Salomão, “o homem mais inteligente que alguma vez existiu.

Actividades Económicas

De acordo com KOBISHANOV, cap. 15, os Axumitas tinham como actividades económicas :

• A agricultura - faziam cisternas e barragens para armazenar a água da chuva, cavando canais de
irrigações para o cultivo do trigo e outros cereais;

• Artesanato, cerâmica, pedreira, escultura;

• Mineração do ouro, prata e o bronze, nesta actividade destacava-se a cunhagem da moeda.

Sendo o busto dos neguses com ou sem coroas estampadas nas moedas, havendo duas (2) espigas a sua
volta que representavam a fertilidade.

Após a conversão do império ao Cristianismo, as moedas passaram a retratar a imagem de cruz no


centro duma das moedas.

• Comércio

De acordo com KOBISHANOV, primeiros períodos das sua formação, multiplicavam ̵ se as relações
comerciais com diversos povos como os egípcios, India, romanos, persas e outros pelos portos e vias
comerciais do império. As embarcações traziam mercadorias e possibilitavam o comercio com a India e
o mundo mediterrâneo. Tendo como rotas comerciais o porto de Adulis, Chifre de África, Matara,
Sudoeste da Etiópia, importando produtos como esmeraldas (dos blemios), vinho (Leodiceia), arroz
(Diospolis), cereais (Egipto), etc, exportados alguns produtos como o marfim, mármore, peles de
hipopótamo, entre outros.

Estruturada Social
Os axumitas encontravam se organizados em forma de uma "pirâmide" hierárquica. Do topo até a
categoria mais baixa.

Sendo o Negus, o Imperador, ocupando o mais alto lugar, reis dos reis, senhor de todo o império. Sendo
à ele pago o tributo por todos outros reinos vassalos.

Tal tributo era pago em espécies ou produtos como ouro, prata, chapas de cobre de latão.

Após do Negus, seguia o arconta, o rei vassalo, o responsável pelo território ou reino dominado pelo
Negus, devendo este pagar tributo anual ao Negus.

Funcionários públicos, que ,geralmente, eram parentes do Negus , cuidavam nos negócios públicos.

Rei do exército, indivíduos responsáveis pelos exércitos menores do império.

Funcionários da corte, indivíduos que serviam à corte como escancões (copeiros do negus), secretários
ou tesoureiros.

Tinham também os artesãos e comerciantes, que eram indivíduos todos como comuns no Império.

Por fim, no mais baixo nível da pirâmide, encontravam se os escravos, que eram os prisioneiros se
guerra. Em algumas situações, este escravo poderia ser promovido à funcionário da corte, dependendo
das habilidades do mesmo ou ganhando simpatia do Negus.

Período áureo e apogeu

Segundo ANFRAY, cap 14, axum vai se formar, mais ou menos, no séc I (ano 100) d.C, sendo ainda um
reino.

Ao longo dos séculos III e IV, axum inicia um processo de expansão que culminou com a dominação de
vários territórios vizinhos, inclusive o reino de Meroe, dando à Axum o estatuto de Império, sob o
reinado do negus Ezana, no séc IV.

Decadência

Ainda no contexto da expansão do Islamismo, séc. VII, assistiu ̶ se uma forte e constante dominação
dos planaltos etíopes. Apesar das relações com os muçulmanos serem amistosas, a mudança de dinastia
do Califado islâmico criou uma intensa disputa comercial e política no Nordeste de África.No séc. VII, a
grandiosidade de Axum eclipsou ̶ se devido à factos como:O desvio do comercio devido às guerras entre
os bizantinos e persas;A expansão dos domínios dos árabes muçulmanos, conquistando o porto de
Adulis e cortando as rotas comercias de Axum;A queda da produção agrícola por conta ambientais e
exploração exagerada das cidades no séc. VIII, reduzindo à vilas;A fuga dos reis e a transferência da
capital para o sul.Após longo período de obscuridade, Axum começa a reviver no séc. XV, 1404 d.C., por
um curto tempo.Em 1535, as cidades foram inundadas e destruídas pelo então militar somali Amade
Ibne Algazi. Nos seculos seguintes, Axum foi vitima de pragas de gafanhotos, cóleras e fome, dizimando
a população.

Legado

As obras de arquitectura fazem parte do legado cultural dos axumitas, é o exemplo da língua, o Ge'êz é
falado até hoje na região da Etiópia, em particular, a Igreja Etíope com as suas tradições, a história
milenar que remonta à Rainha de Sabá e um património arquitectónico.

Actualmente, a cidade de Axum e Lebilela são cidades sagradas para a Igreja Ortodoxa Etíope.

Em conversação do património cultural de Axum, a Igreja Ortodoxa Etíope afirma que a Igreja da Nossa
Senhora Maria de Sião (em Axum), contém a Arca da Aliança mencionada na Bíblia, dentro da qual se
encontram também as Tábuas da Lei onde foram escritas os dez (10) mandamentos. Sendo assim, o
local um centro de atração turística e Religiosa.

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