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TESTAMENTOS
Professor-conteudista: Eurípedes Pereira de Brito
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1. APRESENTAÇÃO
Vindo, porém, a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu filho, nascido sob
os homens, nascido sob a lei. (Gl. 4.4).
2. EMENTA
3. META
Refletir sobre a importância do estudo do Período Interbíblico e sua relação com
o Antigo e o Novo Testamento.
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O PERÍODO INTERTESTAMENTAL E OS DOIS
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4. OBJETIVOS
5. ESTRUTURA DA DISCIPLINA
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APRESENTAÇÃO
Neste módulo vamos analisar a história do domínio político e militar sobre Israel
desde o exílio do reino norte imposto pelo Império Assírio até o início domínio romano
no período do Novo Testamento. Abrangendo parte do período do Antigo Testamento,
passaremos pelo domínio greco-macedônio, o domínio egípcio e o domínio sírio, até a
independência experimentada sob os Macabeus, e chegarmos ao período romano, tudo
isso no período interbíblico, e início do período do Novo Testamento.
META
Refletir sobre os aspectos políticos que dominaram Israel desde o período dos
exílios até o período do domínio romano.
OBJETIVOS
Analisar os aspectos históricos do exílio do reino do norte (Israel) e do reino
do sul (Judá) e as transformações políticas e culturais sobre o povo de Deus.
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META
OBJETIVOS
Conhecer a história do exílio de Israel (reino do norte)
Conhecer a história da o exílio de Judá (reino do Sul)
Verificar o retorno terra prometida.
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Por causa da rebeldia dos reis de Israel, em 722 a.C. Deus permitiu o exílio
assírio (1 Rs 17.6-18). Este foi um tempo de grande tristeza e lamento para esta porção
do povo de Deus.
Veja o vídeo: „Quarta 10 - A Civilização Assíria 11Abr2012‟. O vídeo faz parte das aulas
ministradas pela Igreja Batista Central de Teixeira de Freitas. Veja o vídeo reflita e vamos
continuar nossa aula. O endereço eletrônico do vídeo é:
http://www.youtube.com/watch?v=4uW4CYALEXU.
O reino do norte teve duração de aproximadamente 200 anos; no ano de 722 a.C.,
o rei da Assíria, Sargão II conquistou a Samaria. (TOGNINI, 2009, p. 10)
1.1. Os exilados
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Os filhos de Israel foram levados cativos para a Assíria e habitavam em Hala, junto
ao rio Habor e ao rio Gozâ, e também nas cidades dos medos. (1 Rs 17.6). Gente da
Mesopotâmia e da Síria foi trazida para a Samaria e se misturaram com os que ainda ali
ficaram. Por isso é que os judeus eram inimigos dos samaritanos, pois os julgavam
pagãos.
O escritor do livro de 1 Reis registra que „assim, foi Israel transportado da sua
terra para a Assíria, onde permanece até ao dia de hoje‟. Não há registro de uma volta
considerável de membros das tribos do norte à terra natal.
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deixada em Samaria era insuficiente para o cultivo das terras, interrompido pelas
guerras, de modo que as feras começaram a invadir as povoações e a se multiplicarem
espantosamente, servindo na mão de Deus de azorrague para aquele povo. Os leões
mataram alguns dos novos colonizadores. Estes atribuíram o fato a um castigo do deus
da terra que não sabiam como apaziguar, e neste sentido pediram instruções ao rei da
Assíria, que lhes mandou um sacerdote dos que havia entre os israelitas levados para o
cativeiro. Este foi residir em Betel e começou a instruir o povo nas doutrinas de Jeová,
porém, não conseguiu que os gentios abandonassem a idolatria de seus antepassados.
Levantaram imagens de seus deuses nos lugares altos de Israel combinando a idolatria
com o culto de Jeová (2 Rs 17.25-33). Este regime híbrido de adoração permaneceu até
a queda de Jerusalém (2 Rs 34-41). Asor-Hadã continuou a política de seu avô Sargom
(Ed 4.2), e o grande e glorioso Asenafar, que talvez seja Assurbanipal, completou a obra
de seus antecessores, acrescentando à população existente mais gente vinda de Elã e de
outros lugares, (Ed 9; 10).
Zedequias ficou obrigado por juramento a servir o rei da Babilônia; mas era
muito forte a tentação de entender-se com o Egito, especialmente por se
tratar de um tão grande interesse: a independência. As opiniões diferiam até
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Muitos exilados esperavam voltar para terra prometida. Às vezes essa esperança
era tão grande que acreditavam em falsas promessas feitas por profetas imaturos de que
isso aconteceria muito rápido, o que Jeremias teve que confrontar, trazendo de Deus a
revelação de que o tempo se cumpriria, mas que levaria bem mais tempo do que no
começo acreditavam. A esperança deles estava firmada na revelação trazida pelos
profetas que, apesar de todas as condenações contra a nação, continuavam a assegurar a
todos que a intenção do Senhor era a restauração final de seu povo na terra prometida.
Os profetas traziam palavras de juízo, mas também confortavam o povo com
palavras de esperança da parte do Senhor. O profeta Oséias, que teve um mistério tão
difícil, mostrando a infidelidade de Israel e as consequências sofridas, trouxe também a
revelação do grande amor de Deus por seu povo. Os profetas Amós e Isaias, também
ressaltaram os juízos do Senhor e sua misericórdia. O profeta Jeremias trouxe a
promessa de uma nova aliança. O profeta Ezequiel, da mesma forma, trouxe grandes
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exortações e predições sobre os juízos do Senhor, mas também revelou que haveria um
novo povo de Deus e um novo templo, no qual novamente o Senhor iria habitar.
Em 539 a.C. o Império da Babilônia é derrotado por Ciro da Pérsia. Ciro lançou
um edito no ano 538 a.C., ordenando a reconstrução do santuário de Jerusalém e a
devolução do inventário do templo, que havia sido apreendido por Nabucodonosor. Os
exilados então puderam voltar para sua pátria. Para Reicke (1996, p. 11) o texto
massorético afirma que „Ciro, depois da conquista da Babilônia no ano 539 a.C. livrou
os judeus do cativeiro da Babilônia, e com isso possibilitou uma nova organização do
judaísmo, que, diga-se de passagem, perdurou até o ano 70 d.C.‟ O primeiro grupo,
cerca de 50 mil pessoas, voltou a Jerusalém sob a liderança de Zorobabel, que começou
a reconstrução do templo. Vinte e um anos mais tarde, depois de muitos obstáculos, a
construção do novo templo foi completada em 515 a C.
Esdras se juntou aos que voltaram a Jerusalém com um grupo de 2000 pessoas.
Esdras foi o escriba que restaurou a Lei e o ritual no templo.
Esdras deve ter chegado a Jerusalém com alguns seguidores, ´no sétimo ano
de Assuero´, como ´escrivão´, isto é, notário e relator para defender o direito
sagrado dos judeus. Uma vez que o Cronista o coloca claramente antes de
Neemias e este último pode ter surgido somente sob o reinado de Artaxerxes
I (465-425), para o cronista é o sétimo ano de Assuero e o ano 459, de
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Neemias veio depois de Esdras. Depois de saber o estado ainda tão difícil no
qual se encontravam seus irmãos em Jerusalém, Neemias conseguiu do rei Artaxerxes I
(465-424) autorização para reorganizar a situação da Judéia. Neemias, portanto, provido
de poderes reais se dirigiu para Jerusalém como „Governador de Judá‟ (Ne 5.14).
Neemias tinha a árdua missão de fortificar e reconstruir a cidade. A sua
nomeação como governador de Judá tinha um significado muito relevante. A região de
Jerusalém, como antigo reino, fora elevado agora à categoria de província autónoma.
Isso causou muito rancor a Sambalá, pois ele dominava, a partir de Samaria, toda aquela
região, e é por isso que ele aparece tentando por tudo impedir os planos de Neemias.
Portanto, a reconstrução do muro não teve somente caráter de fortificação, mas também
consequências políticas. Jerusalém se tornara capital de uma província.
Metzger observa:
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Contudo, é importante registrar que grande parte dos judeus e parte dos
membros que pertencia ao Reino do Norte, não voltara para a terra.
SINTESE DA AULA
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META
Refletir sobre o período do domínio Grego sobre o mundo e de forma
específica sobre a Palestina.
OBJETIVOS
Estudar a vida de Alexandre Magno
Analisar o que foi o helenismo
Compreender o domínio e a influência da cultura grega no mundo.
Verificar a contribuição da cultura grega para a futura divulgação do
evangelho.
Olá pessoal! O que passamos a ver a partir desse momento está relacionado ao
Período Intertestamental própriamente dito. Esse período foi chamado também de
Quatrocentos anos de silêncio (de Malaquias a Mateus). Este termo, inclusive, é usado
como título da obra do Prof. Ironside, Quatrocentos Anos de Silêncio: de Malaquias a
Mateus. O mundo jamais seria o mesmo após as conquistas de Alexandre Magno,
chamado também de Alexandre, o Grande. A cultura grega, denominada de cultura
helênica, passa a ter um domínio tão extenso e forte que pode ser visto na cultura
mundial de forma muito forte até os dias de hoje, principalmente nos aspectos
filosóficos que norteiam a sociedade. Mesmo nos dias do grande Império Romano, a
cultura helênica continuava a dominar as multidões. A filosofia, a religião e as artes
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estavam impregnadas pela cultura helênica, inclusive, a língua mais falada no grande
Império Romano nos dias de Jesus não era o latim, e sim o grego.
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Veja o vídeo: A Grécia Antiga - Parte 2/2‟. O vídeo faz parte da série Grandes civilizações.
Veja o vídeo reflita e vamos continuar nossa aula. O vídeo pode ser encontrado no endereço
eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=y7pBYr6lY2A
A vida de Alexandre Magno foi de grande importância para o mundo. Além das
questões políticas e militares, possivelmente o ponto principal de sua grande influência
tenha sido o cultural, pois ele foi o responsável por divulgar a língua e a cultura gregas
pelas regiões conquistadas. A fusão da cultura oriental com a grega originou a cultura
helênica, que influencia o mundo até os dias atuais. O idioma grego tornou-se a língua
franca e dominava até a Roma dos dias do Novo Testamento. O grego era a língua
comumente usada tanto no comércio como na diplomacia. Da influência do helenismo
não se livraram nem mesmo os judeus pós-exílicos, visto da aparente pacificação e
domínio dos gregos sobre os judeus. (GUNDRY, 1999, p. 3).
Flávio Josefo registra que quando Alexandre o Grande, marchou contra Jerusalém ele estava
disposto destruir a cidade, pois os tinha como inimigos:
Quando este ilustre conquistador tomou esta última cidade, ele avançou para
Jerusalém e o grão-sacrificador Jado, que bem conhecia sua cólera contra
ele, vendo-se com todo o povo em tão grande perigo, recorreu a Deus,
ordenou orações públicas para implorar o seu auxílio e ofereceu-lhe
sacrifícios. Deus lhe apareceu em sonhos na noite seguinte e disse-lhe que
fizesse espalhar flores pela cidade, mandar abrir todas as portas e ir
revestido de seus hábitos pontificiais, com todos os santificadores, também
assim revestidos e todos os demais vestidos de branco, ao encontro de
Alexandre, sem nada temer do soberano, porque ele os protegeria. Jado
comunicou com grande alegria a todo o povo a revelação que tivera e todos
se prepararam para esperar a vinda do rei. Quando se soube que ele já estava
perto, o grão-sacrificador, acompanhado pelos outros sacrificadores e por
todo o povo, foi ao seu encontro, com essa tão santa e tão diferente das
outras nações, até o lugar denominado que em grego significa mirante,
porque lá se podem ver a cidade de Jerusalém e o templo. [...] O soberano
apenas viu aquela grande multidão de homens vestidos de branco, os
sacrificadores revestidos com seus paramentos de linho e o grão sacrificador
com seu éfode, de cor azul adornado de outro sobre a qual estava escrito o
nome de Deus, aproximou-se sozinho dele, adorou aquele augusto nome e
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Bom! Para encurtar, resumimos a história registrada por Josefo, segundo a qual
Alexandre, que reconheceu em Jado o cumprimento de um sonho, não só poupou
Jerusalém e ofereceu sacrifício a Jeová, mas também ouviu a leitura das profecias de
Daniel referentes à queda do império persa por meio de um rei da Grécia. Desde então
ele tratou os judeus com marcada preferência, concedendo-lhes plenos direitos de
cidadania com os gregos em sua nova cidade, Alexandria, e em outras cidades.
A atitude de Alexandre trouxe paz entre os judeus e os gregos. Infelizmente essa
paz acabou gerando tendências pró-gregas no meio do povo de Deus. A difusão da
língua e civilização gregas feita por Alexandre, trouxe repercussões a longo prazo no
espírito helenista que se desenvolveu entre os judeus e afetou grandemente sua
perspectiva cultural no decorrer da história.
Alexandre faleceu muito novo, apenas com 33 anos (323 A C). Com isso o seu
grande império foi divido por seus principais generais: Ptolomeu ficou com o Egito e a
Síria Meridional; Seleuco exigiu a maior parte do território da Síria Setentrional e, para
o oeste, através da Ásia Menor, incluindo a Frígia; Lisímaco obteve a Trácia e a parte
ocidental da Ásia Menor; e Cassandro dominou a Macedônia e a Grécia.
As duas que são mais importantes no desenvolvimento histórico do período
interbíblico e do Novo Testamento são: a porção dos Ptolomeus e a dos Selêucidas.
SÍNTESE DA AULA:
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META
Refletir sobre o período dos domínios Egípcio e Sírio na Palestina
OBJETIVOS
Verificar as influências do domínio Egípcio na Palestina.
Verificar as influências do domínio Sírio na Palestina.
Analisar a tentativa de destruição do judaísmo por Antíoco Epifânio.
Olá turma! Vimos na última aula como a cultura helênica dominou o mundo por
meio do império de Alexandre Magno, que morreu muito novo, deixando o seu império
nas mãos de seus quatro generais, que vieram por sua feita a dividi-lo. As partes do
império que afetaram a história do povo judeu foram a dos Ptolomeus e dos Selêucidas.
Fato importante a se destacar é que, ainda que passemos a chamar de períodos egípcio e
sírio, essas regiões estavam influenciadas pelos generais e domínio grego, o que poderia
ainda ser chamado de período grego, pois o helenismo domina tanto numa região como
na outra. E aqui começa o Período Intertestamental propriamente dito, com o Império
Grego e sua grande influência sobre o mundo.
Veja o vídeo: 400 Anos [Four Hundred Years] Vídeo vencedor do eXchange Festival 2011.
Fala sobre o período intertestamentário (entre o velho e novo testamento) que durou por volta
de 400 anos e é chamado por alguns de „quatrocentos anos de silêncio‟. Veja o vídeo reflita e
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vamos continuar nossa aula. O vídeo pode ser encontrado no endereço eletrônico:
http://www.youtube.com/watch?v=KsQ9nda2LT0
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Foi erigido um ginásio com uma pista de corridas adjacente. Ali rapazes
judeus se exercitavam despidos, à moda grega, para ultraje dos judeus
piedosos. As competições de corredores eram inauguradas com invocações
feitas às divindades pagãs, e até sacerdotes judeus chegaram a participar de
tais acontecimentos. O processo de helenização incluía ainda: a frequência
aos teatros gregos, a adoção de vestes do estilo grego, a cirurgia que visava à
remoção das marcas da circuncisão, e a mudança de nomes hebreus por
gregos. Os judeus que se opunham à paganização de sua cultura eram
chamados Hasidim, „os piedosos‟, o que a grosso modo equivale a puritanos.
(GUNDRY, 1999, p. 5 ).
Antíoco Epifânio acabou por substituir a Jasom, embora tenha sido escolhido
por ele mesmo para o sumo sacerdócio, por Menelau, outro judeu helenizante, pelo que
tudo parece, apenas porque Menelau oferecera a Antíoco um tributo mais elevado. Os
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judeus piedosos ficaram irados com a situação, visto que Menelau talvez nem fosse de
família sacerdotal. Jasom, o sumo sacerdote, que havia sido substituído por Epifâneo,
recebeu notícias falsas de que Antíoco fora morto no Egito. Jasom retirou de Menelau o
controle da cidade para si mesmo. O amargurado Antíoco, espicaçado pela derrota
psicológica que sofrera às mãos dos romanos, interpretou a atitude de Jasom com uma
revolta, e enviou seus soldados para punirem os rebeldes e reintegrarem Menelau no
ofício sumo sacerdotal. Baxter (1985, p. 18) observa que Antíoco Epifâneo
„Descarregou seu ódio em forma de uma terrrível devastação em 170 a.C. Jerusalém foi
saqueada, os muros derrubados‟. Nesse processo, saquearam e profanaram o templo de
Jerusalém e passaram ao fio da espada a muitos de seus habitantes tratando o povo com
terrível crueldade.
Enviou, então, seu general, um grande exército, declarando o judaísmo ilegal e
impuseram o paganismo à força, como um meio de consolidar o seu império e de
refazer o seu tesouro. Saquearam Jerusalém, derrubaram suas casas e muralhas e
incendiaram a cidade. Varões judeus foram mortos em bom número, e mulheres e
crianças foram escravizadas. (GUNDRY, 1999, p. 8). Proibiram a circuncisão, observar
o sábado, celebrar as festividades judaicas ou possuir cópias do Antigo Testamento.
Muitos manuscritos do Antigo Testamento foram destruídos. Os sacrifícios pagãos,
principalmente sacríficios de porcos tornaram-se compulsórios, tal como os cortejos em
honra a Dionísio (ou Baco), o deus grego do vinho. (JOSEFO, 2000, p. 287).
Mandou também construir um altar no templo e oferecia sacrifícios de porcos no
templo, e os que lhe desobedeciam eram mortos cruelmente. Também uma estátua de
Epifânio foi erigida no templo. Animais execrados pelos preceitos mosaicos foram
sacrificados sobre o altar. Até mesmo a prostituição „sagrada‟ passou a ser praticada no
recinto sagrado. (GUNDRY 1999, p. 9).
SÍNTESE DA AULA
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META
OBJETIVOS
1. A resistência hasmoneana
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2. Período de independência
Veja o vídeo: „Hanukkah - A festa das luzes‟. O vídeo apresenta a festa das luzes dos judeus
que se chama hannukah. Esta festa importante do calendário Judaico está ligada ao marco
histórico da libertação de Israel nos dias dos Hasmoneus. Saiba mais assistindo esse video,
produzido em parceria com o blog alegriaesantidade.blogspot.com. O vídeo pode ser
encontrado no endereço eletrônico: http://www.youtube.com/watch?v=YsQ797k5MFk
Judas Macabeu foi morto em batalha (160 A C), e seus irmãos, Jônatas e
posteriormente, Simão, sucederam-no na liderança. Jônatas começou a reconstruir as
muralhas danificadas e os edifícios de Jerusalém. Assumiu, igualmente, o ofício sumo
sacerdotal. Simão conseguiu o reconhecimento da independência judaica da parte de
Demétrio II, um dos que competia pela coroa dos Selêucidas, tendo renovado um
tratado com Roma que originalmente fora firmado por Judas. Segundo Ironside (1988,
p. 78) „por um curto prazo, a terra gozou de descanso e properidade sob a sábia
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Segundo Gundry,
SÍNTESE DA AULA
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META
Refletir sobre o domínio romano sobre a palestina;
OBJETIVOS
Analisar a expansão romana e a influência no mundo.
Estudar sobre os imperadores romanos.
Verificar os aspectos políticos do império romano.
Analisar a história da dinastia herodiana.
1. A expansão romana
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Veja o vídeo: „Império Romano (Parte 1 de 2) – Publicado pelo canladasvideoaula, o vídeo faz
parte da série Grandes Civilizações‟. Episódio da série „Grandes Civilizações‟, que conta de
maneira didática a história de povos importantes para a evolução da humanidade. Veja o vídeo,
reflita e vamos continuar nossa aula. O endereço eletrônico do vídeo é:
http://www.youtube.com/watch?v=zQ4GM6Iy-4I.
2. Imperadores romanos
Veja o quadro apresentado por Gundry (1999, p. 11) dos imperadores romanos e
seu domínio, alistados com as datas de seus respectivos governos, e o vínculo com as
narrações encontradas na Bíblia:
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Calígula (37-41 DC), que exigiu que se lhe prestasse culto e ordenou que sua estátua fosse
colocado no templo de Jerusalém, mas veio a falecer antes que sua ordem fosse cumprida;
Cláudio (41-54 DC), que expulsou de Roma os residentes judeus, entre os quais estavam
Áquila e Priscila, por motivo de distúrbios civis;
Nero (54-68 DC), que perseguiu os cristãos, embora provavelmente somente nas cercanias de
Roma, e sob quem Pedro e Paulo foram martirizados;
Vespasiano (69-79 DC), o qual, quando ainda general romano começou a esmagar uma revolta
dos judeus, tornou-se imperador e deixou o restante da tarefa ao encargo de seu filho, Tito,
numa campanha que atingiu seu clímax com a destruição de Jerusalém e seu templo, em 70
DC.;
Domiciano (81-96 DC), cuja perseguição contra a Igreja provavelmente serviu de pano-de-
fundo para a escrita do Apocalipse, como encorajamento para os cristãos oprimidos.
Herodes no seu governo exercia seu controle sobre o povo por polícia secreta,
toque de recolher e pesados impostos. Para amenisar a situação como político astuto,
também distribuía cereal gratuito em períodos de fome e apoiava a liberdade do povo
em suas festas.
Os filhos de Herodes, após a morte de seu pai, passaram a governar porções
separadas da Palestina. Veja o quadro que Gundry (1999, p.15) nos apresenta da
dinastia herodiana:
A dinastia herodiana
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Veja o vídeo: „Império Romano (Parte 2 de 2) – Publicado pelo canladasvideoaula, o vídeo faz
parte da série Grandes Civilizações‟. Episódio da série „Grandes Civilizações‟, que conta de
maneira didática a história de povos importantes para a evolução da humanidade. Veja o vídeo,
reflita e vamos continuar nossa aula. O endereço eletrônico do vídeo é:
http://www.youtube.com/watch?v=FSFX5PCgcAI.
SÍNTESE DA AULA
Nessa aula você estudou sobre:
1. A expansão romana e a influência no mundo.
2. Os imperadores romanos.
3. Os aspectos políticos do império romano.
4. A história da dinastia herodiana e seu domínio sobre a palestina.
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APRESENTAÇÃO
Neste Módulo você terá contato com conhecimento sobre a religião, a filosofia e
a vida secular no período que estamos estudando. São informações valiosas para você,
como estudante da Bíblia, porque faz parte do pano de fundo que ajudará você a
compreender, especialmente, o Novo Testamneto.
META
Refletir sobre os aspectos religiosos, filosóficos e seculares que influenciaram
a vida de Israel e o povo da terra, desde o período dos exílios até o período
Romano.
OBJETIVOS
Analisar os aspectos religiosos do período intertestamental e do Novo
Testamento desde suas origens nos exílios até o período romano.
Analisar os aspectos filosóficos do período intertestamental.
Verificar os aspectos seculares que envolviam a vida das pessoas no período
interbíblico e período romano.
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META
Refletir sobre o estado religioso e filosófico do período intertestamental e do
Novo Testamento.
OBJETIVOS
Analisar a história da mitologia grega e as religiões de mistério.
Compreender a religião oficial no império romano.
Verificar o culto ao imperador.
Compreender os aspectos filosóficos que dominaram a história.
1. A religião
Os vários deuses dos gregos, apesar de serem vistos como imortais, possuíam
características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade,
bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes
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nos deuses, segundo os gregos antigos. Eles acreditavam que as divindades habitavam o
topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais.
As entidades diversas representavam forças da natureza ou sentimentos
humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da
beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho
e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de
vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego,
modificando apenas os nomes dos deuses.
Considerado a divindade suprema do panteão grego, Zeus era filho de Cronos.
Cronos era canibal e devorava os seus próprios filhos conforme iam nascendo.
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Dentre alguns aspectos dos seus ritos secretos e outras cerimônias particulares,
observam-se as lavagens cerimoniais, a aspersão de sangue, refeições sacramentais,
intoxicação alcoólica, frenesi emocional e um impressionante fausto. Por meio das
cerimônias e dos ritos, prometia-se uma verdadeira união mística com os deuses aos que
procuravam suas práticas.
Como as crenças dessas religiões misterioras posteriores se tornaram um tanto
paralelas às crenças cristãs, alguns críticos afirmaram que houve uma considerável
influência sobre as crenças cristãs no primeiro século. Conforme Gundry (2008, p. 78),
o mais provável é que as religiões misteriosas é que tenham tomado por
empréstimo certas ideias do cristianismo, e não vice-versa, mormente se
levarmos em conta que os pagãos eram notáveis assimiladores, ao passo que
os primitivos cristãos eram exclusivistas.
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Todavia o contato que o cristianismo teve fora dos círculos judaicos forçou-
lhe a empregar termos inteligíveis e já usados naquele período, como por
exemplo o „logos‟ grego sendo descrito como o período da pré-existência de
Cristo. E referindo-se as religiões de mistério, o termo mysteriô não se
encontra no Antigo Testamento, sendo portanto utilizado no Novo
Testamento para, quase sempre, representar o projeto de redenção pregado
por Jesus aos homens e mulheres.
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2. A Filosofia
2.1. Platonismo
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Plotino (Egito 204 –269 d. C.) foi além do dualismo platônico pelo seu ensino
de que a obtenção da vida espiritual não seria atingida pelo esforço intelectual, mas por
uma absorção do Infinito.
Lucas registra que Paulo teve um confronto direto com pessoas que assumiam
algumas dessas filosofias. Os epicureus e os estóicos contendiam duramente com ele
quando pregava sobre Cristo e a ressurreição. (Atos 17. 18).
2.2. Epicurismo
O Epicurismo vem do nome de seu fundador, Epicuro, que fundou uma escola
filosófica em 306 a. C. Epicuro defendia que a busca e o encontro com os prazeres (não
necessariamente de ordem sensual) seria o sumo bem da vida. Era essencialmente
antirreligioso e defendia que o mundo foi criado pelo acaso. Nos dias de Jesus e de
Paulo, o epicurismo, agora com ênfase sensual e pagã, dominava o império romano.
Como observa Tenney, (1998, p. 105) „O Epicurismo não advogava a libertinagem, mas
não proporcionava resistência ao egoísmo‟.
2.3. Estoicismo
Zenão foi seu fundador (340-265 a. C.). O mais alto bem é a conformidade com
a razão. O sentimento pessoal é sem importância ou até prejudicial, visto que tende a
perturbar a solução racional dos problemas humanos. O perfeito autodomínio
inamovível a considerações sentimentais era o objetivo do estóico. Para, eles não era
possível nenhum relacionamento pessoal com Deus. A ideia de relações pessoais com a
razão universal ou com o processo cósmico havia de parecer quase tão inconsequente
como o mostrar afeição para com a lei da atração universal. Qualquer compreensão da
realidade de Deus não envolvia qualquer perspectiva relacional.
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2.4. Cinismo
2.5. Ceticismo
2.6. Gnosticismo
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SÍNTESE DA AULA
Nessa aula você estudou sobre:
1. A história da mitologia grega e as religiões de mistério.
2. A religião oficial no império romano.
3. Verificar o culto ao imperador.
4. Os aspectos filosóficos que dominaram a história.
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META
Refletir sobre a sinagoga, o Templo e a teologia do judaísmo.
OBJETIVOS
Compreender o judaismo em seus vários aspectos.
Analisar a teologia do judaismo e sua influência no período intertestamental e
no período romano.
Verificar a esperança messiânica na teologia judaica.
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55). No entanto, é importante observar que os termos „judeus‟ e „judaísmo‟ têm mais
que um significado meramente tribal. Simbolizam um tipo distintivo de vida. Os
hebreus da tribo de Judá (e parte da tribo de Benjamim) levados ao cativeiro, sofreram
uma mudança real naqueles setenta anos. Em suas privações no exílio, viram pesar
sobre eles a mão punitiva de Iavé por causa da desobediência à Lei, e se arrependeram
de coração. Além disso, apenas os mais devotos foram os que voltaram sob a proteção
de Ciro, e empreenderam a reconstrução da nação santa. Os descendentes de Israel que
subiram da Babilônia, portanto, sentiam agora outro respeito à Lei e às tradições dos
antepassados, desgosto para com a idolatria e o que era gentio e, em consequência, eram
muito mais ardorosos e exclusivistas em sua lealdade racial.
1. As sinagogas
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2. O Templo
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mais tarde, os seus apóstolos ensinavam e pregavam dentro dos seus átrios.
Tão tardiamente como em 56 d.C., a igreja de Jerusalém ainda como
membros homens que faziam votos no templo (At 21.23-26) e que estavam
íntimamente ligados às suas ordenanças legais. Só com o crescimento das
igrejas gentílicas cessou a ligação do templo com o Cristianismo.
(TENNEY, 1998, p. 122).
3. As festas do Judaísmo
Havia sete festas no calendário judaico, cinco delas previstas pela lei, e outras
duas tiveram origem depois do exílio. Dessa forma, observa-se que a lei mosaica
prescrevia os seis primeiros itens do calendário: Páscoa, Festa dos Pães Asmos, Festa de
Pentecostes, Ano novo e Dia da Expiação, Festa dos Tabernáculo. Os dois restantes,
Festa da Dedicação (Hanucá) e a Festa de Purim, surgiram posteriormente, em
acréscimo ao mandamento bíblico. (TENNEY, 1998). As festas que trazem os
peregrinos que enchiam as ruas de Jerusalém, vindos de toda parte da Palestina e
também de países estrangeiros eram as três festas principais: da Páscoa-Pães Asmos, do
Pentecostes e dos Tabernáculos. (GUNDRY, 1999). Para uma compreensão mais ampla
do assunto leia o livro de Tenney (1998, p. 124-129).
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4. A teologia do Judaísmo
Parte dos que foram para o cativeiro babilônico levaram consigo os livros do
Antigo Testamento que tinham até este momento. O sacrifício no templo foi
interrompido com a destruição do templo, mas o culto ao Senhor Deus prevaleceu, com
a contribuição dos profetas, destacando Ezequiel no início do exílio, contribuíram para a
vida de adoração e temor ao Senhor. Judeus devotos e cultos foram levados para a
Babilônia e com a sua fixação na terra ali se constituiu uma comunidade que tomou o
lugar de Jerusalém na liderança religiosa.
Foram durante os setenta anos do cativeiro que surgiu a sinagoga com o culto a
Deus pelos judeus distantes de Jerusalém e diante do fato da destruição do templo. A lei
era ensinada e reverenciada. O estudo dedicado da lei se tornou o substituto dos
sacrifícios de animais e práticas de caráter ético o lugar do ritual.
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5. A esperança messiânica
SÍNTESE DA AULA
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META
Refletir sobre a literatura e os grupos do Judaismo.
OBJETIVOS
Analisar o caráter peculiar do Antigo Testamento.
Verificar a literatura judaica extra-canônica.
Compreender os grupos, as seitas e as instituições do Judaísmo.
Pessoal, hoje vamos falar da literatura e dos diversos grupos do Judaismo. Vamos lá,
então? A literatura do Período Intertestamental, do Antigo e do Novo Testamentos é um
assunto rico e desafiador para a formação teológico acadêmica, no entanto, trataremos
aqui de forma resumida do assunto, visto que há uma disciplina, História e Literatura do
Novo Testamento que trata de forma ampla do mesmo.
1. A literatura do Judaísmo
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Ainda que uma classificação rígida seja impossível, queremos detacar neste
momento, para o nosso conhecimento, o cárater histórico e o caráter histórico romântico
da literatura extra canônica:
1.2.1. Histórico
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O fato de que para os judeus, a história de seu povo era um importante legado
religioso e um assunto sagrado, não permite afirmar uma literatura judaica cem por
cento histórica. No entanto, ainda que o interesse para com a história não fosse a
primeira intenção, a história era elemento importante na vida e religião deles.
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acontecimentos históricos. a) A maior parte desse tipo de literatura parece ter sido
produzida no Egito. Apenas um de importância.
2.1. Os fariseus
O grupo dos fariseus faz parte daqueles grupos que se oporam a Jesus de forma
intensa e receberam da parte do Senhor várias repreensões como as encontradas em todo
o capítulo 23 do Evangelho de Mateus. Algumas dessas repreensões se tornaram
mundialmente conhecidas, tais como: „Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque
sois semelhantes aos sepulcos caiados, que, por fora, se mostram belos, mas
interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundície‟ (Mt. 23.27). Com
os saduceus, eles formavam os grupos mais importantes do judaísmo e os que mais
questionavam e perseguiam a Jesus (Mt 22.34, 35).
A origem dos fariseus vem dos „hassidim‟, dos „pios‟ do templo dos macabeus,
e que formaram sua congregação paulatinamente, apoiando sua fé, sua crença e seu
culto sobre a Lei Escrita e a Lei Oral. (GUNDRY, 1999, p. 53). Como grupo
consolidado, sua formação remonta ao ano 175 a.C. Suas doutrinas têm uma origem
muito remota. Era a seita que mais tinha adeptos de todas as classes judaicas e, portanto,
eles foram os que mais tiveram influência sobre o povo. Vários doutores da lei estavam
diretamente ligados aos fariseus, e foram eles que criaram a Mishná e, mais tarde, o
Talmud, textos que preservam as suas doutrinas. Verificam-se nesta lista renomados
doutores do Talmud: Johanan ben Zacai, Rabi Aquiba, Simão ben Yohay, Gamaliel,
Hilel, Ben Azay, inclusive Saulo de Tarso.
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Os fariseus eram hostis a Jesus porque sentiam que ele era muito liberal com
relação às suas leis, aceitava demais os pecadores e era aberto ao contato
com os gentios. Acreditavam também que Jesus blasfemava quando se
referia a si mesmo à sua relação com Deus. De sua parte, Jesus se opunha a
eles por causa de seu legalismo, de sua hipocrisia e de sua falta de vontade
de aceita o reino de Deus representado por ele mesmo. (ELWEL;
YARBROUGH, 2001, p. 57).
2.2. Os saduceus
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2.3. Os essênios
O grupo dos essênios formava uma ala de ordem distinta na sociedade judaica.
Uma comunidade ascética que vivia principalmente na região do Mar Morto. A origem
do nome não é muito segura. Há quem o ligue a raízes gregas, aramaicas ou hebraicas,
mas na realidade seu significado é obscuro. Pelo que se sabe de suas características, o
significado mais apropriado seria o de „puros‟ ou „pios‟, pois sua origem estaria ligada
aos Hassidim como os fariseus (GUNDRY, 1999, p. 56). Como os fariseus tinham a sua
origem nos hasidins, parecem ter surgido depois da revolta dos macabeus em 167 a 160
a.C. (ELWEL; YARBROUGH, 2001, p. 57). O grupo não é mencionado no Novo
Testamento. Nossas principais fontes para o estudo dos essênios, além dos documentos
do mar morto são os escritos de Filon e Flávio Josefo (TOGNINI, 2009, p. 143).
Os essênios consideravam o templo profanado, por este fato e algumas
características essenciais, eles se afastaram completamente da vida relacionada ao
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templo. Eles constituíam, sobretudo uma ordem monástica; não se casavam e sua
comunidade perpetuava-se somente com a associação de novos membros. Não
procuravam lucros pessoais, e todos trabalhavam pelos congregados, com os quais
viviam em comum. O ingresso à comunidade exigia do candidato passar por diversas
fases. Consideravam reprovável o juramento; seguiam rigorosas regras de pureza
tomando banhos frequentes e usavam trajes brancos.
Foram perseguidos e suas comunidades destruídas juntamente com os outros
judeus depois de 66 d.C.. Vários de seus documentos foram encontrados nas cavernas
próximas de suas comunidades a partir de 1947 e vieram a ser chamados de
„Manuscritos do Mar Morto‟. Muitos acreditavam que seus escritos encontrados a partir
da Caverna de Qunram iriam transformar completamente o cristianismo, no entanto, os
documentos têm trazido grandes contribuições arqueológicas para o estudo do povo e
do tempo de Jesus e seus discípulos. Há uma parte dos museus de Jerusalém reservada
só para os achados arqueológicos dos essênios. Dentre eles, um rolo completo do livro
de Isaias preservado integralmente por quase dois mil anos, trazendo grande conforto
para os judeus e cristãos.
2.4. Os zelotes
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2.6. O Sinédrio
O Sinédrio era o conselho de juízes - uma espécie de corte suprema, que operava
em Israel por volta da época de Jesus. Durante o período em que o Sinédrio existia,
outras nações reinavam sobre Israel. Esse corpo de líderes consistia de 71 membros e
fazia seus negócios em Jerusalém. Conforme Nelson,
O nome Sinédrio vem das palavras gregas sin (junto) e edrio (sentar). Esse
termo é usado vinte e duas vezes no Novo Testamento. No Novo Testamento, o
Sinédrio aparece de uma maneira negativa. O evangelho nos diz que foi esse o grupo
que colocou Jesus em julgamento. No livro de Atos vemos o Sinédrio investigando e
perseguindo a crescente igreja cristã.
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O Sinédrio era comandado por um presidente que era conhecido como „o sumo
sacerdote‟. Normalmente os saduceus eram os sumo sacerdotes, que eram os homens
mais poderosos do Sinédrio. Um sumo sacerdote era o capitão do templo e o outro
supervisionava os procedimentos e comandava o guarda do templo (Atos 5:24-26). Os
outros serviam de tesoureiros, controlando os salários dos sacerdotes e trabalhadores e
monitorando a vasta quantia de dinheiro que vinha através do templo.
2.6.2. Os anciãos
2.6.3. Os escribas
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assuntos da lei judaica quando surgiam discórdias. Em todos os casos, sua decisão era
final. Eles julgavam acusações de blasfêmia como nos casos de Jesus (Mateus 26.65) e
Estevão (Atos 6.12-14), e também participavam na justiça criminal. Ainda não sabemos
se o Sinédrio tinha o poder de punição capital. O filósofo judeu Filo, indica que no
período romano o Sinédrio podia julgar violações ao templo. Isso explica as mortes de
Estevão (Atos 7.58-60) e Thiago. Gentios que foram pegos ultrapassando o recinto do
templo eram avisados sobre uma pena de morte automática. Porém, o Novo Testamento
e o Talmude discordam de Filo nesse ponto de vista. No julgamento de Jesus, as
autoridades estavam convencidas em envolver o governador romano Pilatos, que por si
só poderia mandar matar Jesus (João 18.31).
Além das divisões dos grupos do judaísmo, havia o povo da terra - pessoas
comuns que viviam suas vidas e não se afiliavam a nenhum grupo de influência política.
Aquela ampla maioria de pessoas não se afiliavam a nenhum grupo específico, mas
simplesmente tentavam viver cada dia de acordo com a vontade de Deus, da melhor
maneira que podiam. Suas ideias eram mais próximas das que os fariseus defendiam,
mas eram desprezados por estes como uma turba que não sabia nada da lei (Jo 7.49). A
literatura rabínica posterior descreve como aqueles que não eram dizimistas regulares,
não liam a Shema (Dt 6.4-9 (de manhã e à noite, não usavam tefilim (pequena caixa de
couro com trechos das escrituras em um estojo)) em seus umbrais, falhavam em não
ensinar a lei a seus filhos e não se associavam aos estudiosos da lei. Para Jesus, essas
eram as ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 10.6), ovelhas sem pastor, das quais ele
se compadeceu (Mt 6.34). Essas pessoas comuns tinham prazer em ouvir Jesus (Mc
12.37), em oposição às lideranças religiosas que estavam com raiva de seus
ensinamentos e tentavam matá-lo. (ELWEL; YARBROUGH, 2001, p. 60).
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Segundo Tenney,
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foi evangelizado por Pedro (Atos 10); Lígia que foi evangelizada por Paulo (Atos 16); e
outros. É importante observar que, como resultado da presença dos judeus na dispersão,
quando o evangelho começou a ser pregado, já havia esta influência dos judeus com
seus ensinamentos em grande parte do mundo greco-romano.
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META
Refletir sobre a vida diária no Período Intertestamental e do Novo
Testamento.
OBJETIVOS
Compreender a vida diária de forma mais específica em relação aos judeus.
Verificar como era o idioma principal do povo, o comércio, a comunicação e
a moradia.
Analisar as classes sociais relacionadas ao Período Intertestamental e de
forma mais específica no Período Romano.
Olá, pessoal! Na Aula de hoje vamos falar sobre idioma, transporte, comércio,
comunicação e moradia. Sabe-se que a maioria do povo foi levada cativa para a
Babilônia, no exílio, como foi observado alhures, os judeus gozaram de grandes
privilégios e puderam manter a identidade como povo de Deus. Quando o Imperador
Ciro concedeu a liberdade para os judeus voltarem para sua terra, apenas uma minoria
voltou. Em termos da população judaica no período do Império Romano, tem-se
calculado que mais de quatro milhões de judeus viviam espalhados pelo território do
Império durante os dias do Novo Testamento, talvez 7% da população total do mundo
romano. Mas dificilmente o número de judeus que viviam na Palestina atingia a
setecentos mil. Havia mais judeus em Alexandria e no Egito do que em Jerusalém; e
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mais na Síria do que na Palestina. E mesmo em certas porções da Palestina (na Galiléia
onde Jesus se criou, e em Decápolis), os gentios eram mais numerosos do que os judeus.
1. OS IDIOMAS
O latim era língua oficial do império romano, mas era idioma usado
principalmente no ocidente. No oriente, a língua franca (idioma comum) era o grego.
Além do grego, os habitantes da Palestina falavam o aramaico e o hebraico, pelo que
também Jesus e os primeiros discípulos provavelmente eram trilingues.
O ARAMAICO
Aramaico é uma língua semítica pertencente à família linguística afro-
asiática. O nome da língua é baseado no nome de Aram,1 uma antiga região
do centro da Síria. Dentro dessa família, o aramaico pertence ao subgrupo
semítico, e mais especificamente, faz parte das línguas semíticas do
noroeste, que também inclui as línguas cananitas assim como o hebraico e o
fenício. A escrita aramaica foi amplamente adotada por outras línguas,
sendo assim, ancestral do alfabeto árabe e hebraico moderno. Foi a língua
administrativa e religiosa de diversos impérios da Antiguidade, além de ser
o idioma original de muitas partes dos livros bíblicos de Esdras e Daniel,
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3. AS MORADIAS
SINTESE DA AULA
Nessa Aula você estudou sobre alguns pontos importantes da sociedade dos tempos
neotestamentários como:
1. Idiomas
2. Transporte, comércio e comunicações
3. Idiomas.
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META
OBJETIVOS
1. ALIMENTAÇÃO
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2. VESTUÁRIO E MODAS
3. AS CLASSES SOCIAIS
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a atitude dos judeus quanto à escravidão, esse elemento chocante e essencial em toda a
sociedade do mundo antigo‟. Para compreendermos melhor, Gundry observa que:
Herodes vivia num perpétuo receio dos próprios súditos, mantendo forte
segurança pessoal. A corte com sua riqueza regia a vida oficial. (JEREMIAS, 1983. p,
130).
Havia uma verdadeira manifestação de luxo no meio dos ricos. Os banquetes dos
ricos exerceram uma grande função naquela sociedade. Jerusalém servia de modelo para
outros países por suas maneiras requintadas. Também lá, um anfritrião podia distinguir-
se de modo espetacular pelo grande número de convidados, ou de modo mais real, pelo
tratamento dispensado a seus convivas.
Em todos os tempos Jerusalém atraiu o capital nacional do país: altos
negociantes, grandes proprietários de imóveis, arrendatários de impostos e pessoas que
viviam de rendas.
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Não se percebe, como em outras culturas, no meio dos judeus, em ponto algum
do Novo Testamento, qualquer referência a uma distinção entre o que chamaríamos de
pessoas educadas e simples, ou nobres e plebeus, mas, por outro lado, encontramos
continuamente ricos e pobres. Quantas das parábolas de Cristo estão ligadas à posição
conferida pela riqueza? Essa distinção que nossa sociedade moderna conhece tão bem.
A classe reinante se afirmava por causa da sua riqueza e das ligações políticas providas
pela mesma e não pelos serviços prestados.
4. A FAMILIA
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de vida, o infante do sexo masculino era circuncidado e recebia o seu nome. No caso da
outorga de um nome a uma menina, podia esperar pelo espaço de um mês. As famílias
não tinham sobrenomes, pelo que pessoas com um mesmo nome eram distinguidas
mediante a menção do nome do pai („Simão, filho de Zebedeu), mediante a filiação
política („Simão, o Zelote‟), pela ocupação („Simão Curtidor‟), ou mediante o lugar de
sua residência („Judas Iscariotes‟), onde a palavra „Iscariotes‟ significa „homem de
Quiriote‟. Quando ocorria um falecimento, a família do morto contratava carpideiras
profissionais, usualmente mulheres treinadas em soltar lamentações.
No contexto judaico, a família poderia ser vista apenas como uma entidade
social. Era também uma comunidade religiosa, com suas festas particulares, em que o
pai era o celebrante. Segundo Daniel-Rops (1997, p. 81) „algumas das importantes
cerimônias exigidas na Lei do Senhor tinham um forte caráter familiar – a Páscoa, por
exemplo, tinha de ser celebrada em família‟. Pertencer a uma família tinha um
significado muito forte. Nos evangelhos e no livro de Atos vemos, por exemplo, que os
pais que aceitavam os ensinamentos de Cristo levavam com eles a família inteira.
SÍNTESE DA AULA
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BAXTER, J. Sidow. Examinai as escrituras. O período intertestamentário e os
evangelhos. Trad. De Neyde Siqueira. São Paulo: Vida Nova, 1985.
DANA H. E. O mundo do Novo Testamento: um estudo do ambiente histórico e cultural
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O PERÍODO INTERTESTAMENTAL E OS DOIS
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Professor-conteudista: Eurípedes Pereira de Brito
Professor-tutor: Eurípedes Pereira de Brito
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