Você está na página 1de 3

Egito Antigo (Antiguidade)

Introdução:
O antigo deserto do Saara (Saara Verde) era uma terra fértil e repleta de vegetação, na qual
tribos antigas exerciam a atividade agrícola. Devido a mudanças na órbita da terra por volta de
10 mil anos atrás, a região do Saara começou a tornar-se mais quente e seca, até se
transformar em uma região desértica que influenciou na migração dos povos da região. Com
cerca de 7 mil Km, o Rio Nilo é um dos maiores rios do planeta, cujo ciclo das águas promovia
o regular transbordamento do rio que, durante a seca, deixava um rico material orgânico na
superfície de suas terras(chamada de Quemete, significando terra escura e fértil), além de ser
fonte de água não salgada (água potável). Partindo do Norte da África, o Rio Nilo deságua no
Mar Mediterrâneo, onde forma o delta do Nilo, uma planície com um forma triangular, com 160
km de comprimento e 250 km de largura. No extremo nordeste da África, há mais de 5000
anos a.C., em uma região de características desérticas, a civilização egípcia floresceu graças
aos abundantes recursos hídricos e terras férteis que se localizavam nas margens do rio Nilo.
Com o tempo, esses povos migraram para as regiões das margens do Rio Nilo. Entre 3.000 e
4.000 a.C., ocorreu o desenvolvimento de várias cidades que acabaram por criar alianças
baseadas na crença de que descendiam de um mesmo ancestral místico. Nas províncias
formadas, os egípcios estiveram organizados através da formação dos nomos. Os nomos eram
pequenas parcelas do território egípcio administradas por um nomarca. Devido a disputas e
alianças, os vários nomos se dividiram em dois reinos: o Baixo Egito, ao norte e mais próximo
ao mar Mediterrâneo, e o Alto Egito, ao sul e na região da nascente do Rio com altitude mais
elevada. A unificação das duas regiões ocorreu por volta de 3.200 a.C. quando Narmer ou
Menés, o governante do Alto Egito, promoveu a subordinação de 42 nomos, dando início ao
Império Egípcio.

Antigo Império (cerca de 2686 a 2181 a.C.)):

Os escribas eram considerados parte da corte do Império do faraó e, por isso, não pagavam
impostos nem eram recrutados pelo exército. Geralmente, o cargo dos escribas era herdado de
pais para filhos.

A economia era mantida pela atividade agropastoril de regadio, ou seja, o cultivo de cereais,
além da utilização de pastos para a criação de animais e a utilização do Rio Nilo como forma
de irrigação (regadio).

A arte representava desde o cotidiano até grandes acontecimentos grandiosos, a vida do faraó
e entidades religiosas. A arte estava atrelada ao poder do Estado, sendo somente no Novo
Império que os artistas passaram a ter mais liberdade. A religião era politeísta e no seu
panteão cultuavam o deus do Sol, Rá e o deus dos Vivos, Hórus, entre vários outros.

Na arquitetura, as construções que mais se destacam são os templos e as pirâmides. Após a


morte física, os egípcios acreditavam que o espírito do rei, que era conhecido como Ka,
permanecia no corpo e necessitava de cuidados especiais. Assim, seus cadáveres eram
mumificados. No processo de mumificação, o corpo do faraó era cuidadosamente tratado com
óleos e envolto em faixas a fim de que não sofresse com desgaste do tempo. Alguns órgãos,
como o intestino e o fígado, eram retirados, mas colocados em urnas especiais junto ao
sarcófago. Além disso, o faraó era enterrado com tudo o que necessitaria depois da morte,
como seus tesouros, alimentos e até móveis. Familiares, sacerdotes e funcionários também
eram sepultados junto ao faraó. Os egípcios escolheram os túmulos com a forma de pirâmide
para facilitar a ascensão do faraó aos céus, onde seria acolhido por Rá, a divindade mais
poderosa na mitologia egípcia. A mão de obra consistia tanto em escravos quanto
trabalhadores livres. Isso tudo, desde estrangeiros escravizados, passando por camponeses
egípcios que trabalhavam durante o regime de cheias do Nilo. Igualmente, eram empregados
inúmeros artesãos e pintores que fabricavam os objetos que seriam colocados para servir ao
faraó na outra vida.

Alguns fatores facilitaram que tribos nômades do deserto em conflito com os egípcios
invadissem a região do delta do Nilo. Além de gastar muitos recursos na construção de
monumentos, os faraós egípcios ofereciam muitos bens aos templos religiosos para promover
a adoração a deuses. Em adição a isso, por volta de 2.200 a.C., houve muitas secas no Rio
Nilo. Dessa forma, o Antigo Império dá lugar ao Primeiro Período Intermediário, que começou
por volta de 2181 a.C. e terminou em 2050 a.C. Nesse período, líderes regionais entraram em
conflito e criaram alianças formando mais uma vez a divisão do Egito Antigo em Alto e Baixo
Egito, até que os povos do Alto Egito tomaram novamente o controle do Império.

Médio Império (2050 a.C. – 1700 a.C.):

Iniciada com a décima primeira dinastia, que governou da cidade de Tebas. Mas da 12ª
Dinastia em diante a capital foi centrada em Iti-Taui A agricultura continuou a avançar assim
como a ascensão do Império, que resultou na conquista da Núbia, que havia conquistado a
sua independência durante o Primeiro Período Intermediário. Ocorreu também o controle de
muitas minas de ouro e pedras preciosas. O reinado de Amenemés III foi o auge da
prosperidade econômica do Império Médio. O seu reinado é notável pelo grau em que o Egito
explorou os seus recursos. Porém, certas condições como secas no Nilo, falhas na colheitas e
e grandiosos gastos de recursos culminaram no declínio do Médio Império, iniciando o
Segundo Período Intermediário (cerca de 1700 a.C. a. 1550 a.C.). Povos de outras regiões
aproveitaram para invadir a região do delta, entre os quais destacam-se os Hicsos que
conquistaram quase todo o Egito. Os Hicsos eram aliados dos núbios no Sul do Egito e traziam
vários avanços militares, como as carruagens de guerra.

Novo Império (1550 a.C. – 1069 a.C.)

2
Por volta de 1550 a.C. iniciou-se o reinado de Amósis I da 18° dinastia, que conquistou Avaris,
a capital dos Hicsos no Egito e, posteriormente, reunificou todo o Egito, além de avançar para
regiões do Oriente Médio. O Novo Império apresenta a formação mais militarista entre os
impérios no Antigo Egito, sendo marcado por várias guerras de conquista e,
consequentemente, o aumento da população de escravos, na maioria prisioneiros de guerra.
Dominaram os fenícios, cananeus, hititas e assírios, obrigando esses povos a pagarem
impostos para o Egito. Muitos monumentos foram criadas na região do Vale dos Reis, no
centro da Necrópole de Tebas, para servir de tumbas aos faraós. Durante o reinado de
Amenofis IV ou Aquenáton, a religião oficial do Egito passou a ser monoteísta devido as
ordens do Faraó, sendo o deus Aton, comumente simbolizado pela figura do círculo solar, a
única divindade a ser adorada. De acordo com alguns historiadores, a política de Amenófis IV
tinha a intenção de extinguir a alta influencia dos sacerdotes no Império. O faraó Tutankhamon,
filho de Amenófis IV, assumiu a tarefa de restabelecer o culto dos antigos deuses através da
reconstrução de vários santuários e a encomenda de novas estátuas em homenagem aos
deuses. Na dinastia seguinte (19°), há o reinado do faraó Ramessés II, o Grande. Foi nesse
período histórico que os hebreus (escravos egípcios), liderados por Moisés, fugiram do Egito.
Esse fato, que é relatado no Antigo Testamento da Bíblia, ocorreu por volta de 1.250 a.C.No
reinado de Ramsés II foi assinado o primeiro tratado de paz da história, conhecido como
Tratado de Kadesh, ou Tratado Egípcio-Hitita, celebrado entre o faraó egípcio Ramsés II e o rei
hitita Hatusil III que, segundo historiadores, foi celebrado em 1259 a.C.. O objetivo era o de
encerrar uma longa guerra entre o império hitita e os egípcios, que havia combatido por mais
de dois séculos para ganhar o domínio sobre as terras ao leste do Mediterrâneo. Na 21°
dinastia, no reinado de Ramsés IV, estava perdendo o controle do poder na cidade de Tebas,
cujos sacerdotes estavam a tornar-se cada vez mais poderosos.em 1 070 a.C., com a morte do
faraó Ramessés, deu-se início ao Terceiro Período Intermediário, que terminou por volta de
712 a.C., sendo marcado pelo declínio e instabilidade política, coincidindo com o colapso final
da Idade do Bronze das civilizações no Oriente Médio e no Mediterrâneo Oriental (incluindo a
Idade das Trevas Grega). Em adição a isso, colonos de diversos povos, como líbios e núbios,
passaram a fundar dinastias independentes durantes as dinastias seguintes do Império
Faraônico. Por volta de 660 a.C. ocorreu a invasão do Império Assirio, que derrotou os núbios
e conquistaram quase todo o Egito, dando início a época Baixa do Egito Antigo que durou
cerca de 300 anos. Por volta de 530 a.C. o Egito foi conquistado novamente pelo Império
Persa, que o dominou por cerca de 200 anos.

Deseja inserir uma imagem a partir de seus arquivos ou adicionar uma forma ou caixa de
texto? OK! Na guia Inserir da faixa de opções, toque na opção desejada.

Você também pode gostar