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Os vestígios de ocupação humana no vale do Nilo desde o paleolítico assumem a forma

de artefatos e petróglifos em formações rochosas ao longo do rio e nos oásis. No décimo


milénio a.C., uma cultura de caçadores-coletores e de pescadores substituiu outra, de
moagem de grãos. Em torno de 8 000 a.C., mudanças climáticas ou o abuso de pastagens
começou a ressequir as terras pastoris do Egito, de modo a formar o Saara. Povos tribais
migraram para o Vale do Nilo, onde desenvolveram uma economia agrícola sedentária e
uma sociedade mais centralizada.[9]
Por volta de 6 000 a.C., a agricultura organizada e a construção de grandes edifícios havia
surgido no Vale do Nilo. Durante o neolítico, diversas culturas pré-dinásticas
desenvolveram-se de maneira independente no Alto e no Baixo Egito. A cultura de
Badari e sua sucessora Nacada, são consideradas as precursoras da civilização egípcia
dinástica. O sítio mais antigo conhecido no Baixo Egito, Merinde, antecede os badarianos
em cerca de setecentos anos. As comunidades do Baixo e do Alto Egito coexistiram por
mais de dois mil anos, mantendo-se como culturas separadas, mas com contatos
comerciais frequentes. Os primeiros exemplos de inscrições hieroglíficas egípcias
apareceram no período pré-dinástico, em artefatos de cerâmica de Nacada III datados de
cerca de 3 200 a.C..[25]

Antiguidade
Ver artigo principal: Antigo Egito

A Grande Esfinge com a Pirâmide de Miquerinos ao fundo, parte da Necrópole de Gizé, erguida
durante o Império Antigo. Estes são alguns dos monumentos mais emblemáticos do Antigo Egito

A pesagem do coração no Papiro de Ani, parte do Livro dos Mortos

Cerca de 3 100 a.C., o rei Menés (ou Narmer) fundou um reino unificado e estabeleceu a
primeira de uma sequência de dinastias que governaria o Egito pelos três milênios
seguintes. A cultura egípcia floresceu durante este longo período e manteve traços
distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egito
unificado seguiram-se o período do Antigo Império (2686–2160 a.C.), famoso pelas
pirâmides, em especial a Pirâmide de Djoser (III dinastia) e as pirâmides de
Gizé (IV dinastia).[26]
O Primeiro Período Intermediário foi uma época de distúrbios que durou cerca de 150
anos. Mas as cheias mais vigorosas do Nilo e a estabilização do governo trouxeram
prosperidade ao país no Médio Império (2055–1650 a.C.), que atingiu o zênite durante o
reinado do faraó Amenemés III. Um segundo período de desunião prenunciou a chegada
da primeira dinastia estrangeira a governar o Egito, a dos hicsos. Estes invasores tomaram
grande parte do Baixo Egito por volta de 1 650 a.C. e fundaram uma nova capital,
em Aváris. Foram expulsos por uma força do Alto Egito chefiada por Amósis I, quem
fundou a XVIII dinastia e transferiu a capital de Mênfis para Tebas.[26]
O Reino Novo (1550–1069 a.C.) teve início com a XVIII dinastia e marcou a ascensão do
Egito como potência internacional que, no seu auge, se expandiu para o sul até Jebel
Barcal, na Núbia, e incluía partes do Levante, no leste. Alguns dos faraós mais conhecidos
pertencem a este período, como Ramessés I, Ramessés II, Aquenáton e sua
mulher Nefertiti, Tutancâmon e Ramessés III. A primeira expressão do henoteísmo é desta
época, com o atonismo. O país foi posteriormente invadido por líbios, núbios e assírios,
mas terminou por expulsá-los a todos. A XXX dinastia foi a última de origem nativa a
governar o país durante a era dos faraós. O último faraó nativo, Nectanebo II, foi derrotado
pelos persas aquemênidas em 343 a.C..[26]
Domínio ptolomaico e romano

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