Egito

1-° ano B
ECIT João Lelys
Professor: Thiago
Componente Curricular: História
Alunos: Ana Laíze, Débora Vitória, Diego Henrique,
Evyny Claryce, Hyliel Kaik, João Guilherme, Layla,
Mariane, Sabrina.
Atenção passageiros...
Se preparem para embarcar nessa viagem até o Egito...
01
Introdução
Claryce
Alguns povos antigos construíram grandes
templos religiosos, que levaram anos e anos
para ficar prontos. Feitos de blocos de pedra
ou de tijolos muito pesados, era preciso um
enorme número de trabalhadores para
construí-los.
Os egípcios e os mesopotâmicos foram os
primeiros povos a erguer templos tão
grandiosos. Alguns deles podem ser vistos
até hoje, como a zigurate babilônico, na
cidade de Ur, e as pirâmides do Egito
Antigo, localizadas no planalto de Gizé.
Claryce

Cerca de 30 mil trabalhadores atuaram na O esforço coletivo para construir templos

construção das pirâmides de Gizė. A maior tão monumentais tem uma explicação: os
delas tem a altura de um prédio de 49 governantes do Egito Antigo eram
andares, com várias passagens internas, considerados deuses e sepultados nas
galerias e quartos secretos para abrigar pirâmides.
tesouros e túmulos. Dois milhões de blocos
de pedra calcária, de várias toneladas cada
um, foram utilizados.
 02
As Pirâmides de
Gizé
Claryce
As pirâmides de Gizé possuem bases retangulares
e quatro faces triangulares ou em formato de
trapézio. São feitas de pedras com cerca de duas
toneladas cada, uma delas tendo um terço
revestido em granito.
Dentro delas existem passagens subterrâneas,
câmaras mortuárias, corredores estreitos e
íngremes e galerias.
As pirâmides foram construídas para abrigarem
os túmulos dos faraós que ordenaram sua
construção.
As três pirâmides que compõem o Complexo de
Gizé foram construídas pelos faraós Quéops,
Quéfren e Miquerinos (pai, filho e neto) e são
homônimas de seus reis. Foram construídas para
abrigarem seus túmulos, “levantando” o faraó para
se unir ao deus do Sol, Rá.
Das sete maravilhas do mundo antigo, batizadas
dessa maneira pelos viajantes gregos que
relacionavam grandes “vistas” que encontravam
pelo caminho, apenas as pirâmides de Gizé
ainda existem.
Hyliel
A Pirâmide de Gizé possui 146,5 metros e foi a
construção mais alta do mundo até o século XIV,
quando foi desbancada pela Catedral de Lincoln,
na Inglaterra.
Um total de 30 a 100 mil pessoas trabalhou em
sua construção durante 14 a 20 anos.
Há uma incógnita ainda hoje presente: como os
teriam sido carregadas pedras tão pesadas? De
especulações que falam em extraterrestres a
cálculos precisos, já se tentou de tudo para
explicar os fatos.
A teoria dos trenós é uma das mais aceitas, porém
há a hipótese do carregamento das pesadas pedras
ter sido feito pelo rio Nilo, utilizando da força da
água e demais elementos para erguê-las. Não só
trabalhadores braçais contribuíram, mas também
arquitetos, engenheiros, químicos, médicos e
outros especialistas existentes à época.
Também a Astrologia foi levada em conta, pois
as pirâmides estão alinhadas com precisão à
constelação de Orion.
As pirâmides de Gizé. Fotografia de
2012
03
Os Faraós
Hyliel
Os reis do Egito Antigo eram chamados de
faraós, que significava “grande casa” – uma
referência ao palácio real, onde eles moravam.
Tutankamon foi um dos faraós mais famosos.
Assumiu o trono em 1332 a.C., quando ainda era
uma criança de 9 anos. Aprendeu a ler, a
escrever e teve aulas de várias matérias. Casou-
se aos 10 anos, costume comum naquela época.
A vida e o reinado de Tutankamon foram curtos,
pois ele morreu aos dezenove anos de idade. Por
que, então, Tutankamon ficou famoso?
Porque junto de seu túmulo, descoberto em
1922, ao sul da cidade do Cairo, os arqueólogos
encontraram vários tesouros.
A tumba de Tutankamon era composta de um
corredor e quatro salas. Numa delas, chamada de
câmara mortuária, estava o seu caixão
(sarcófago), feito de ouro maciço e decorado
com figuras de deuses egípcios. Os arqueólogos
também descobriram milhares de outras peças,
como estátuas de deuses, vasos, joias, baús e
armas.
Vale dos Reis, em Luxor, Egito, onde está localizada a tumba do faraó Tutankamon.
Curiosidades - Hyliel
Na tumba de Tutankamon, os arqueólogos não Identificaram os pais do faraó e calcularam que
encontraram apenas tesouros, mas também várias o pai deve ter morrido com idade entre 35 e 45
múmias de adultos e bebês.
anos. Também descobriram que dois fetos do
sexo feminino eram filhas do faraó que haviam
Com auxílio de algumas técnicas e exames
morrido ainda na barriga da mãe.
avançados, os pesquisadores estão conseguindo
identificar membros da família de Tutankamon e
ainda saber melhor como eram os rituais
funerários no Egito Antigo.
 04
Rio Nilo, um
presente para o
Egito
Mariane
Os rios Nilo, Tigre e Eufrates estão situados em
uma região localizada entre a Ásia e a África,
nutrientes. Durante a época de chuvas, de junho a
chamada de Crescente Fértil, pois seu formato
lembra uma Lua crescente e as terras banhadas
por esses três rios eram muito férteis. Os grupos
humanos que habitavam essa região souberam
aproveitar esse benefício natural para plantar,
criar animais e viver por ali.
O rio Nilo é o mais extenso do mundo. Nasce no
interior da África e deságua no mar
Mediterrâneo, atravessando vários
Países africanos da atualidade. Suas águas
transportam o húmus, uma substância rica em
novembro, o Nilo enche, inunda suas margens e
fertiliza as terras próximas, tornando-as muito
boas para a agricultura.
As enchentes favoreceram a fixação de povos
nas proximidades do rio Nilo. Os egípcios
souberam aproveitá-las, construindo, por
exemplo, canais de irrigação que permitiam
levar as águas para regiões mais distantes,
aumentando as áreas de cultivo..
Fonte: ARRUDA, José Jobson de. Atlas histórico básico. São Paulo: Átila, 2007. P. 8.
05
Todo o poder
aos Faraós
Mariane
A população do Egito vivia em pequenas
comunidades ou aldeias conhecidas como nomos,
chefiadas por nomarcas. Aos poucos, essas
comunidades cresceram e foram se juntando, até
formarem dois reinos: o do Baixo Egito, no delta
do Nilo, ao norte, e o do Alto Egito, ao sul.
A maior autoridade da sociedade egípcia era o
faraó, que contava com o auxílio de vários
outros funcionários. O faraó era cultuado por
toda a população e era visto como um deus vivo.
Filhó de Hórus, deus
Do Céu, o faraó – acreditavam os egípcios – era
capaz de controlar as forças da natureza, como as
cheias do rio Nilo e as boas colheitas. Por isso,
dizemos que o governo do Egito foi uma
monarquia teocrática.
O título de faraó foi conservado nas mãos de
poucas famílias ou dinastias importantes. Os
filhos sucediam os pais, e assim por diante, até
que, por alguma razão (guerras, revoltas etc.), a
família ou dinastia reinante fosse substituída por
outra. O Egito Antigo teve 31 dinastias desde a
unificação, em 3200 a.C., até o ano 343 a.C.
O primeiro faraó – Ana Laíze
A História do Egito Antigo passou a ser mais
conhecida depois da descoberta, em 1898. de
uma placa de pedra, hoje conhecida como Paleta
de Narmer. A placa, encontrada no Egito pelo
arqueólogo britânico James Quibell, é esculpida
em ardósia e tem 64 cm de altura. Celebrava o
primeiro faraó, responsável pela unificação do
Alto Egito e do Baixo Egito, chamado de
Narmer ou Menés, por volta de 3200 a.C.

Paleta de Narmer, frente e verso.

Mudei do Cairo, Egito.
 06
A sociedade
egípcia
 Mariane
Para entendermos estava organizada, conhecida trabalho dos camponeses sustentava a
dos egípcios: o modo como a sociedade egípcia população. Abaixo de todos, estavam os
vamos usar uma figura muito conhecida dos escravos, que não tinham qualquer direito. No
egípcios: uma pirâmide. entanto, a população escrava era muito
O topo da pirâmide era ocupado pelo faraó. reduzida em relação à população
camponesa, de modo que não podemos dizer
Logo abaixo, estavam os nobres e altos
que a sociedade egípcia era escravista.
funcionários, como guerreiros, administradores,
arquitetos e cobradores de impostos. Eram
seguidos pelos sacerdotes, que lideravam os
cultos aos vários deuses egípcios, e pelos
escribas, responsáveis pelos registros escritos do
Governo. Depois, vinham os soldados. O
Curiosidades - Diego
Em frente à cidade de Luxor, no sul do Egito, às
margens do rio Nilo e rodeado de montanhas,
encontra-se o Vale dos Reis, local que concentra
boa parte das tumbas de faraós. Até o momento,
foram descobertas 63 tumbas, todas elas
escavadas nas rochas e de tamanhos variados.
O interior de algumas tumbas é um verdadeiro
labirinto, com salas e corredores pintados e
escritos. Contendo cenas e descrições da vida do
faraó e de divindades. A maior das tumbas é a do
faraó Ramsés II, com mais de 120 corredores e
câmaras.
07
Mistérios da
pintura egípcia
Diego
Muitos historiadores da Arte afirmam que os
pintores do Egito Antigo não tinham noção de
perspectiva. As figuras retratadas sempre
aparecem em duas dimensões (altura e largura),
sem incluir a terceira dimensão (profundidade).
Além disso, havia uma regra chamada “lei da
frontalidade”: os olhos e o tronco das pessoas
eram frequentemente representados de frente,
enquanto o rosto, as pernas e os braços eram
representados de perfil.
Se os egípcios não tinham noção de perspectiva,
de que modo construíram pirâmides com alta
precisão matemática? A base da pirâmide de
Gizé, por exemplo, tem apenas dois centímetros
de erro entre os comprimentos dos lados.
Segundo estudiosos da arte egípcia, a lei da
frontalidade era apenas uma regra da pintura
naquela sociedade.
Para os egípcios, a boa pintura era a que
permitia visualizar dois a pectos da figura
humana ao mesmo tempo: frente e perfil.
 Diego
O tronco e o olho eram pintados de frente porque
eram o que mais caracterizava corpo humano. O
rosto também era valorizado, mas achavam que de
representava melhor a pessoa se fosse mostrado de
perfil.
Dança Egípcia

Mumificação no antigo Egito

Pinturas do túmulo

Deidades Egípcias
Livro dos Mortos
 O Funerário

Cartela de Tutancâmon

Ramesses o grande – batalha de Dapur

Batalha da Núbia
 08
Hieróglifos, a
escrita sagrada
 Os hieroglifos foram registrados nas paredes
Ana Laíze dos templos, nos túmulos, nas pirâmides, mas
sobretudo nos papiros. Só foram decifrados em
A sociedade egípcia criou três escritas
1822 pelo estudioso francês Jean-François
diferentes. A mais famosa delas foi a escrita
Champollion.
hieroglifica, utilizada desde 3000 a.C.
A palavra hieroglifo significa “escrita dos
deuses". Essa escrita era considerada sagrada e
conhecida somente pelos sacerdotes, por alguns
membros da realeza e pelos escribas.
Na escrita hieroglífica havia em torno de
6.900 caracteres, que, reunidos, exprimiam um
significado próprio, dependendo da combinação.
Não exprimiam sons, portanto, como o nosso
alfabeto. Escrita
hieroglífica,
Museu
Arqueológico
de Florença,
Itália.
 Pedra de Roseta – Ana Laíze
A Pedra de roseta tinham inscrições que foram
feitas para registrar a gratidão dos sacerdotes
egípcios ao faraó Ptolomeu V Epifânio, o qual
havia concedido ao povo a isenção de uma série de
impostos. De fato, as descobertas de Champollion
permitiram que o mundo ocidental tivesse acesso
aos milhares de anos da história do Egito,
aumentando ainda mais o fascínio dos europeus
pela civilização dos faraós. Pedra de Roseta,
com inscrições
celebrando o
primeiro aniversário
da coroação de
Ptolomeu V. Século
II a.C. Museu
Britânico, Londres,
Inglaterra.
09
Crenças e
divindades
Diego
Os egípcios acreditavam em muitos deuses e
contavam várias histórias sobre eles. Sua religião
era politeísta. Os cultos podiam ocorrer nos
templos, onde eram dirigidos pelos sacerdotes, ou
então nos lares. Os deuses eram associados a
forças da natureza e representados sob a forma
humana, animal ou um misto das duas formas.
A morte e a vida após a morte ocupavam lugar
central na religião egípcia. Os egípcios
acreditavam que o morto era julgado em um
tribunal presidido por Osíris, deus da eternidade
e da vida após
a morte.
Quem apresentava o morto ao tribunal era
Anubis, divindade representada com corpo
humano e cabeça de chacal. Anubis colocava em
um dos pratos de uma balança o coração do
morto e, no outro prato, uma pena. Se o coração
fosse mais pesado que a pena, o morto estaria
conde- nado a ser comido por Ammit, um
animal sagrado cujo corpo misturava o leão, o
hipopótamo e o crocodilo. Caso contrário, iria
para um outro mundo. Os egípcios acreditavam
na vida após a morte.
Diego

Entre as principais divindades estavam Rá, o Sol, e

Ísis, responsável pela maternidade, pela fertilidade
e pelo amor, e também capaz de modificar as cheias
do rio Nilo. Ísis era casada com Osiris; ambos
tiveram um filho, Hórus, deus do céu.

Representação do
deus Rá. Tumba de
Nefertari. Vale das
Rainhas, Luxor,
Egito.
 10
Combate ao
politeísmo
 Nesse último caso, o objetivo seria diminuir a
importância dos sacerdotes do deus Amon,

Ana Laíze criador da vida e considerado o maior entre os

deuses egípcios. Os sarcerdotes de Amon eram
No século XIV a.C., durante os dezessete anos do os mais poderosos do Egito Antigo.
reinado de Amenofis IV, o politeísmo egípcio foi
desafiado. O próprio faraó instituiu o monoteismo
ao cultuar um deus único, Aton, e mudar o próprio
nome para Aquenaton, filho de Aton.

Alguns estudiosos dizem que Aton era o disco

solar, outros dizem que era uma essência divina,
eterna e imortal.

É também discutido se o faraó proibiu

totalmente os outros cultos ou se apenas colocou
Aton acima dos demais deuses. Aquenaton, sua
esposa Nefertiti e
seus filhos adorando
o Sol. Museu do
Cairo, Egito.
Layla

O culto a Aton, no entanto, desapareceu com a morte

de Amenófis IV, entre 1334 a. C. e 1335 a.C.

O monoteísmo teve vida curta, e o politeísmo foi

restaurado.
11
As múmias do
Egito
Layla
A crença na vida após a morte era central na
religião dos egípcios. O ritual de preparação do
corpo do morto era chamado de mumificação e
realizado pelos sacerdotes.
O principal sacerdote usava uma máscara de
chacal, imitando a figura do deus Anúbis.
Primeiro, cortavam o abdômen e retiravam os
órgãos internos, exceto o coração, e enfiavam
um gancho pelo nariz para poder retirar o
cérebro. Os órgãos que haviam sido retirados
eram lavados, secados e enfaixados para serem
guardados em vasos que seriam
sepultados junto ao corpo.
Após a retirada dos órgãos, o corpo era
colocado num recipiente com sal para matar as
bactérias e secar durante setenta dias. Depois,
era preenchido com serragem, ervas e óleos para
não estragar. Finalmente, era enfaixado com
linho branco e colocado no sarcófago, uma
espécie de caixão.
Objetos pessoais do morto, incluindo joias,
móveis e roupas, eram colocados junto ao
sarcófago. Depois que a tumba era fechada, o
morto estava pronto para seguir seu caminho em
direção ao outro mundo.
 Layla
O processo de mumificação era caro e somente os
faraós e pessoas ricas tinham esse tratamento. Eles
encomendavam tudo ainda em vida, incluindo a
tumba onde seriam enterrados. Alguns construíram
pirâmides para esse fim.

Processo de
mumificação.
 12
Impérios do
Egito Antigo
Sabrina
Os estudiosos dividiram os mais de 3 mil anos
de história registrada do Egito Antigo em três
períodos principais: Antigo Império, Médio
Império e Novo Império.
Antigo Império (3200 a.C.-2050 a.C.)
O Antigo Império inicia-se com a unificação dos
dois reinos do Egito Antigo (Alto Egito e Baixo
Egito) por Menés, ou Narmer, com a capital em
Mênfis, no norte. Os nomarcas, chefes das
comunidades camponesas, passaram a ser
funcionários do faraó, que centralizou o poder.
Foram construídos canais de irrigação e diques
para armazenar água, o que contribuiu para
aumentar as áreas de cultivo. Também surgiram
as primeiras pirâmides e templos.
Mas, no fim desse período, o poder dos faraós
enfraqueceu por conta da diminuição das cheias
do rio Nilo, prejudicando a agricultura. Os
nomarcas começaram a governar por conta
própria.
Layla
Médio Império (2050 a.C.-1580 a.C.)
A rivalidade entre os nomarcas fez com que o
faraó Mentuhotep II conseguisse, em 2050 a.C.,
recuperar seu poder. A capital mudou para a
cidade de Tebas. Novos territórios foram
conquistados, como parte da Núbia, no sul, rica
em minas de ouro. Pirâmides e templos voltaram
a ser construídos.
Em 1750 a.C., contudo, a invasão dos hicsos,
povo originário da Ásia, levou a uma nova crise.
Os hicsos indicaram os faraós por mais de cem
anos. Introduziram tecnologias novas, como o
uso de cavalos e carros de guerra, artefatos de
fiação e instrumentos musicais. Mas
permaneceram somente no delta do rio Nilo.
Sabrina
Novo Império (1580 a.C.-1085 a.C.)
Em 1580 a.C., os egípcios conseguiram expulsar os
hicsos e tiveram anos de prosperidade e
abundância. Conquistaram muitos territórios,
chegando até a Síria, a Palestina, a Fenícia e a
Etiópia, fazendo contatos importantes com esses
povos e ampliando o comércio.
No reinado de Ramsés II (1279 a.C.-1213 a.C.),
celebrado como. Ramsés, o Grande, foram
construídos novos palácios, esculturas gigantescas
e pirâmides.
Como o Egito era um grande produtor de trigo,
atraiu o interesse de outros povos. No reinado de
Ramsés II, o exército
egípcio lutou para defender seu território, ameaçado pelos
povos hititas, vindos da Ásia.
Eram tempos difíceis na terra dos faraós. O Egito foi
atacado novamente por povos vindos do Mediterrâneo
oriental. Sacerdotes de Amon passaram a governar o sul
após a morte do último faraó da XX dinastia.
Terminava, assim, o Novo Império e o tempo dos
grandes faraós do Egito unificado.
Depois do Novo Império, o Egito passou por uma
fase de grandes lutas pelo poder. Em 671 a.C. foi
conquistado pelos assírios e, depois, pelos persas, em
525 a.C. Por fim, em 332 a.C., foi conquistado por
Alexandre, o Grande, rei da Macedónia.
Curiosidades - João Guilherme
Você já ouviu falar que algumas múmias vieram Em 1889, com a Proclamação da República no
parar no Brasil? Brasil, a múmia foi transferida para o Museu
Histórico Nacional, no Rio de Janeiro.
O imperador D. Pedro I comprou várias peças
egípcias em 1826, e seu filho, D. Pedro II,
aumentou a coleção.

Em sua terceira visita ao Egito, D. Pedro II

ganhou de presente a múmia de uma cantora do
templo de Amon, chamada Sha-Amun-em-Su,
do século VIII a.C.

D. Pedro II em
viagem ao Egito, em
1871. Coleção
particular.
13

Imhotep
João Guilherme
Imhotep foi quem revolucionou o Antigo Egito,
projetando aquela que é considerada a primeira
pirâmide.
Esse egípcio foi o conselheiro de Djoser, faraó
que inaugurou a III Dinastia. Imhotep foi o
primeiro nome conhecido de um cientista em
toda a história. “Foi tanto renome que ele
alcançou como médico, com habilidades
curativas quase mágicas, que muitos séculos
depois, ele foi incluído no panteão egípcio como
deus da medicina”, escreveu Isaac Asimov.
Os dotes de Imhotep como arquiteto também
ficaram marcados na história: ele construiu a
Pirâmide de Djoser, para o sepultamento do faraó.
A pirâmide escalonada, de 4700 anos de idade,
erguida com pedra em vez de ladrilho, é
considerada a mais antiga estrutura desse tipo, um
dos maiores tesouros do Egito. O projeto
demonstra os conhecimentos arquitetônicos de
Imhotep.
Além disso, seu domínio sobre a escrita egípcia
aperfeiçoou a comunicação do reinado de
Djoser. “Os hieróglifos
 João Guilherme
Deixaram de ser simples desenhos de objetos, e
começaram a ser utilizados para expressar abstrações
e toda a extensão do pensamento humano”, contou
Asimov sobre a influência de Imhotep na cultura do
Egito.

“Imhotep representou para a cultura egípcia a figura

do ‘sábio universal’, de modo parecido a um
Leonardo da Vinci para o Renascimento italiano.
Tal foi a importância do egípcio que ele foi o
primeiro homem elevado a categoria de deus no
Antigo Egito”, afirmou Nelson Pierroti.
 14

Ramsés II
Débora
Faraó do Egito (1194-1163 a. C.) da vigésima marcou o último período de apogeu do poder
dinastia, nascido Usermaetré Meriamon em imperial egípcio. Herdeiro do trono de seu pai,
Seti I (née Menmaetré que reinara por 17 anos,
Tebas, famoso por sus grande vitórias marítimas
1306-1290 a. C.), terminou, após dez anos no
e contra os povos da Ásia Menor e por estar poder a guerra iniciada por seu pai com os hititas
ligado, segundo a bíblia, à opressão e êxodo dos da Anatólia, hoje Síria, ao capturar Katna e Tunip.
hebreus. Na história aparece como um dos
Porém, alguns anos após, preferiu negociar
grandes conquistadores, juntamente com Tutmés
um tratado de paz com a nação derrotada (1283
I e III, da XVIII dinastia, e Ramsés II (XIX
a. C.) em substituição ao julgo egípcio e,
dinastia).
posteriormente, chegou a casar com uma
Terceiro faraó da décima nona dinastia
princesa hitita (1270 a. C.). Construtor de
egípcia, nascido Usermaetré Setepenré em
grandes obras ficou
Tebas, cujo reinado (1290-1224 a. C.), um dos
mais longos da história do país,
 Débora
Conhecido pelo grande número de suas estátuas e por
ter seu nome talhado em muitos monumentos.
Das grandes construções que realizou, são
conhecidos seis templos na Núbia, dois deles
escavados na rocha, em Abu Simbel, com quatro
estátuas colossais do rei. A leste do delta do Nilo,
fundou a cidade de Pi-Ramesse ou casa de Ramsés,
famosa por sua beleza e localizada de forma a
facilitar as campanhas na Ásia. Em Tebas, concluiu
o templo funerário de seu pai e construiu outro para
si mesmo, atualmente conhecido como Ramesseum.
15

Pepi II
Débora
Neferkara Pepi ou Pepi II (2278 a.c. – 2184 a.C.) Sua mãe Ankhesenpepi II foi provavelmente
foi o quinto rei da VI dinastia egípcia sendo regente do trono durante sua infância e juventude.
considerado o último faraó de destaque da época
histórica denominada Império Antigo. Ele sucedeu Pepi II era neto de Pepi I e da rainha
a seu pai Merenrê I.
Ankhnesmeriré I. Seu pai Merenrê I casou-se
com Ankhnesmeriré II, após esta enviuvar de
Chamado de Neferkara na Lista Real de Abidos
Pepi I, conforme inscrição encontrada em um
e na Lista Real de Saqqara, Pepi II assumiu o
bloco de pedra calcária na pirâmide de
trono provavelmente aos seis anos de idade e,
Ankhesenpepi II, descoberta há alguns anos,
segundo o Papiro Real de Turim, reinou durante
próxima da quina nordeste da pirâmide de Pepi
94 anos, o que o torna o monarca que mais
I. Ankhesenpepi II é a mesma Ankhnesmeriré II,
tempo permaneceu no trono em toda a história.
irmã mais nova de
Débora
Ankhnesmeriré I, filha de Khui, um líder local.
Era costume, nos casamentos, mudar o nome das
mulheres. As controvérsias quanto à relação
entre Merenrê I e Pepi II, considerados até
recentemente como meio-irmãos, têm origem no
fato de que a mãe de Pepi II era também sua tia-
avó, por ter sido esposa tanto de Pepi I como de
Merenrê I. A rigor, Pepi II era primo do próprio
pai e neto da mãe, além de ser o seu próprio
primo de segundo grau.
O reinado de Pepi II foi caracterizado pelo início
de um período de fome em
consequência de secas do Rio Nilo, resultantes de uma
mudança climática extrema, em nível global, que
perdurou alguns decênios, provocando a queda do
Império Antigo do Egito, de acordo com pesquisas
geológicas e arqueológicas feitas por diversos
especialistas, entre os quais o Professor Fekri Hassan,
que chegou a esta conclusão pelo estudo de hieróglifos
existentes na pequena tumba de Ankhtifi, um nomarca
(espécie de governador regional) de Hieracompolis
durante o Primeiro Período Intermediário. As inscrições
encontradas nesta tumba relatam que “todo o Alto Egito
estava morrendo de fome, a tal ponto que as pessoas
chegaram a devorar seus próprios filhos”.
Mais curiosidades

Sobre o Egito Antigo:

● Homens e mulheres tinham direitos iguais;

● Cerveja era um tipo de moeda de troca;

● Os egípcios da antiguidade amavam jogos de

tabuleiro;
● Quem matasse um gato era punido com a
morte;
● Cleópatra não era Egípcia.
Obrigada pela
atenção!