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HISTÓRIA

6º ANO
SEMANA 11

Olá estudante!
Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de História sobre o Egito na Antiguidade. Para ajudar
em seus estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos dessa aula. Relembrando que
teremos 03 aulas e vamos tratar sobre:

AULA: 28 Egito na Antiguidade: sociedade II


AULA: 29 Egito na antiguidade: religião I
AULA: 30 Egito na antiguidade: religião II

Egito na Antiguidade: sociedade II

Já faz algumas aulas que estamos falando sobre o Egito Antigo. Hoje, vamos continuar nossa
aventura pelas terras egípcias na antiguidade. Vamos estudar um pouquinho sobre sociedade no Egito
Antigo, o admirável universo dos Faraós e suas pirâmides, e sobre os diferentes grupos sociais, como
por exemplo, vizir, militares, escribas, sacerdotes, comerciantes, camponeses, artesãos e escravos.
Você saberia me dizer como era organizada a sociedade no Egito Antigo? É fato que cada
grupo cumpria funções diferentes. Ao faraó cabia a função de governante; nobres e sacerdotes ficavam
por conta das questões religiosas; os soldados formavam o exército; aos escribas a função de ler e
escrever; artesãos e camponeses eram trabalhadores livres; e o escravos eram formados por
estrangeiros e prisioneiros de guerra. A figura abaixo vai te ajudar a compreender essa organização.
Para os egípcios, o faraó era mais do que um ser de origem divina: era o próprio deus. Ele era
o governante máximo, o comandante militar e o juiz
supremo do Egito. Além disso, era considerado o dono
de todas as terras egípcias. Por isso, recebia impostos
(pagos em produto), acumulando assim enorme
riqueza.
Os faraós construíam para si túmulos
magníficos, como, por exemplo, as pirâmides de
Quéops, Quéfren e Miquerinos, edificadas por faraós do
Antigo Império que tinham esses nomes e eram parentes entre si.

Gizé é todo o complexo das três


pirâmides e mais outras pequenas ao
redor. Até a esfinge faz parte do
complexo de Gizé, já a pirâmide de
Quéops (Kufhu) é a central, também
chamada de pirâmide de Gizé.
Voltando a falar dos diferentes grupos sociais no Egito Antigo, quero destacar as figuras dos
seguintes grupos: vizir e escribas.
Entre os altos funcionários do governo egípcio, estavam o vizir e o escriba. O vizir era a maior
autoridade do país depois do faraó, e tinha como função servir ao faraó. Além disso, os vizires
comandavam a “polícia” e a justiça em todo o Império. Seu dever era supervisionar o funcionamento
do país.
Os escribas trabalhavam para o Estado, para os templos religiosos e para o Exército. Tinham
controle da vida econômica do Egito, sobre as áreas cultivadas, os rebanhos, a colheita e sobre
impostos.
Já os sacerdotes executavam os serviços religiosos e administravam os templos, que
geralmente eram muito ricos, graças às oferendas feitas pela população.
Maior parte da população era formada por camponeses. Eles usavam as cheias do Rio Nilo
para adubar a terra e prepará-la para a agricultura. Chamados no Egito antigo de felás, eram a maioria
da população. Nas propriedades agrícolas eles faziam todo tipo de serviço (arar, plantar, colher, abrir
canais, construir e consertar) e, em troca, recebiam apenas uma pequena parte do que plantavam. E
ainda tinham de pagar impostos com produtos (cereais). Também eram obrigados a trabalhar em obras
do governo, como abertura de estradas e limpeza de canais.

Os escravos eram, geralmente, prisioneiros de guerra e faziam os trabalhos mais pesados e


perigosos em minas, pedreiras e nas grandes obras
públicas.
Os artesãos egípcios (carpinteiros, ferreiros,
joalheiros) eram conhecidos no mundo antigo. Com a
madeira faziam brinquedos, móveis, barcos etc. Com
adobe, areia e pedra construíam casas e os palácios. Com
Homem arando a terra no Egito o ferro confeccionavam armas, instrumentos de trabalho e
Antigo 1200 a.C. carros de guerra. Com o papiro produziam o papel e uma
variedade de outros objetos. Com os metais faziam joias e ornamentos.
Nos períodos de maior prosperidade, como, por exemplo, no Novo Império, o comércio
interno e externo cresceu, possibilitando o aumento da riqueza dos comerciantes. Com as guerras de
conquista durante o Novo Império, os militares do Egito Antigo também conseguiram riqueza e
prestígio. Muitos deles lutavam em troca de terra ou de parte dos saques realizados durante essas
guerras. Assim, pudemos aprender um pouquinho mais sobre como era a sociedade no Egito Antigo.
Egito na antiguidade: Religião I

Agora, vamos conversar um pouco sobre as características da religião egípcia na antiguidade.


Sobre a relação entre poder político do faraó e sua ligação com a religião. Mas também vamos falar
sobre a crença que os egípcios tinham na vida após a morte. Vamos lá?
Como era a religião no Antigo Egito? Você tem alguma ideia?
A religiosidade era um traço fundamental da sociedade egípcia. Os egípcios eram politeístas,
isto é, acreditavam em vários deuses. Entre os deuses mais conhecidos, estavam: Amon-Rá, criador do
Universo e de todos os deuses; Osíris, deus da vida após, a morte; Ísis, irmã e esposa de Osíris; e Hórus,
o filho deles.
Os deuses egípcios possuíam características diferentes. Uns possuíam formas humanas e
assim eram representados (desenhados, pintados). Outros possuíam forma animal. E outros eram
representados assumindo forma humana e animal, isto é, com corpo de homem e cabeça de animal.
Exemplo: Rá (com corpo de homem e cabeça de falcão). Confira as representações abaixo baseadas
em pinturas de tumbas.

Os egípcios acreditavam na existência de uma vida após. E ainda, e que toda pessoa, ao
morrer, era julgada no Tribunal de Anúbis.
Mas o Egito Antigo também vivenciou um período monoteísta, isto é, na crença de um único
Deus. Estamos falando do caso Akhenaton. Isso ocorreu no governo do faraó Amenófis IV, Faraó entre
1352 a 1336 a.C. Em seu governo ele instituiu o monoteísmo, ou seja, a crença num único deus. Aton,
como a única divindade que deveria ser cultuada, sendo o próprio faraó o único representante dessa
divindade. Akhenaton também mudou a capital do Egito Antigo, Tebas, para uma nova cidade dedicada
a Aton, que recebeu o nome de Aquetaton "o horizonte de Aton”. Atenção: Amenófis mudou de nome
para Akhenaton (aquele que louva a Aton), como forma de mostrar sua aproximação por deus. Após
sua morte, o politeísmo voltou a vigorar no Egito Antigo.
Mas as curiosidades não param por aí. Ainda precisamos falar da Pedra de Roseta. Essa pedra
diz respeito a um fragmento de uma estela, uma pedra individual, que continha uma mensagem escrita
em três línguas. Essa mensagem se tratava de um decreto em que sacerdotes estabeleciam o culto ao
faraó Ptolemeu V. Por que é importante falar dessa pedra? Porque até 1822 ninguém sabia traduzir
os hieróglifos, a escrita do Egito Antigo. Tudo mudou a partir de 1799, quando uma expedição francesa
a encontrou na região da cidade de Roseta, Egito.
A mensagem estava escrita em três línguas: o hieróglifo antigo, demótico e o grego antigo. Em
1822, o tradutor francês Champolion, conseguiu terminar
a tradução do alfabeto hieróglifo usando a Pedra de
em:<https://commons.wikimedia.org/wi
ki/File:Book_of_Gates_Barque_of_Ra.jp

Roseta. Ele passou a ser considerado o pai da egiptologia.


O hieróglifo foi criado pelos egípcios em
g> Acesso em: 15 jun 2020.

aproximadamente 3.100 mil a.C., era constituído de sinais,


desenhos, que poderiam representar cada sinal uma letra,
Disponível

como também um único símbolo representar algo


(ideograma).
Barca do deus Rá, desenho nas
paredes do portão da Tumba do
Faraó Ramsés I, 1290 a.C.

Egito na antiguidade: religião II


Um tema que costuma despertar muito o interesse nos estudantes é sobre a mitologia egípcia,
sobre a história por trás da mumificação, o tribunal de Osíris e o livro dos mortos. Todos esses assuntos
mexem muito com a imaginação das pessoas.
Você conhece alguma história da mitologia egípcia? A mitologia fazia parte do dia a dia das
pessoas naquela época. Eram muitas as histórias. Tanto que as principais cidades, cada uma delas,
tinha sua própria forma de explicar o surgimento das coisas. Quem, por exemplo, nunca parou para se
perguntar sobre a origem do universo? De onde que as coisas surgiram? De onde eu vim, para onde
vou? Vez ou outra arrisco a dizer que você pensa sobre isso. Estou certo?
<https://commons.wikimedia.org/wik
i/File:Ramses2_(2).jpg> Acesso em:

Múmia do faraó Ramsés II, governou o


Egito entre 1279 a.C. até 1213 a.C. Museu
Disponível em:

15 jun 2020.

do Cairo, Egito.

Os egiptólogos consideram três principais fontes da mitologia egípcia da Antiguidade: os


textos das paredes das Pirâmides, os textos dos sarcófagos e o Livro dos Mortos.
Além disso, havia a crença numa vida após a morte. O que acontece com o ser humano quando
morre? Tudo acaba ou existe um além, uma vida pós-morte? O que você pensa sobre isso?
Os egípcios mumificavam seus mortos por causa da crença na vida após a morte, e que o corpo
seria usado no mundo dos mortos após a alma retornar do julgamento do Tribunal de Osíris (Anúbis).
E como era esse processo de mumificação?
A mumificação era um processo bastante complexo e demorado. Os egípcios usavam o natrão
(carbonato de sódio) encontrado na areia do Egito, para mumificar os mortos, desidratando o líquido
do corpo encoberto por natrão de dois a três meses. Nesse processo, eles tiravam os órgãos e g
Guardavam em vasos chamados canópicos, com exceção do coração, que era colocado
novamente no corpo. O processo era finalizado enfaixando a múmia.

O que acontecia no Tribunal de Osíris?


Segundo essa mitologia, havia uma balança, chamada Balança da Justiça. Os mortos teriam o
seu coração pesado nessa balança. Se o coração fosse mais pesado que a pena, era pesado de maldade
e Ammit, o deus-leão, comia-o. Mas se fosse leve de bondade, Anúbis levava-o num barco a atravessar
o rio Nilo para ir ter com o deus Osíris, deus da morte e do submundo, ao mundo dos mortos, para
viver a "vida depois da morte".
O egípicios temiam esse momento. Então, para “enganar” a Balança da Justiça, os egípcios
acreditavam em fórmulas mágicas, feitiços. Aqui entra a história do Livro do Mortos. Ele custava um
boi. Não era nada barato. O Livro dos Mortos é um indício de que os egípcios temiam o julgamento de
seus atos no pós-morte.

Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Egypt_bookofthedead.jpg>


Escritos em rolos
de papiro e colocados nos
túmulos junto
das múmias.

Acesso em: 15 jun 2020.

Trecho do Livro dos Mortos no Papiro do escriba


Nebqed, cerca de 1353 a.C. Departamento de
Antiguidades, Sully, Egito.

Conseguiu aprender um pouquinho mais sobre esse lugar fantástico e recheado de história
que foi o Antigo Egito? Agora vamos praticar um pouco o que vimos? Bom estudos e até a próxima
semana.
Escola/Colégio:

Disciplina: Ano/Série:

Estudante:

LISTA DE EXERCÍCIOS
Aulas 28,29 e 30 – História – Semana 11
1) Qual era a maior autoridade depois do Faraó?
a) a maior autoridade depois do faraó eram os comerciantes.
b) a maior autoridade depois do faraó eram os sacerdotes.
c) a maior autoridade depois do faraó era o vizir.
d) a maior autoridade depois do faraó eram os escribas.

2) Quem era a maior parte da população no Egito Antigo e como eram chamados?
a) a maior parte da população eram os escravos, chamados de hilotas.
b) a maior parte da população eram os camponeses, chamados de felás.
c) a maior parte da população eram os comerciantes, chamados de escambos.
d) a maior parte da população eram os escribas, chamados de letrados.

3) Sobre a religião no Egito Antigo, marque a alternativa que apresenta corretamente


as duas principais características da religião egípcia:
a) crença no mundo superior e deuses do Monte Olimpo.
b) crença no monoteísmo e na criação do homem pelo deus Anúbis.
c) crença no politeísmo e na vida após a morte.
d) crença no politeísmo e na vida eterna terrena através das múmias.

4) Quem foi Akhenaton? Por que ele entrou para a história do Egito Antigo?
a) foi um faraó, ficou famoso por vencer os hicsos e expandir os domínios egípcios até a
Mesopotâmia.
b) foi um faraó, entrou para a história por instituir em seu governo o monoteísmo ao
deus Aton e mudar a capital do Egito Antigo, Tebas, para uma nova cidade, Aquetaton.
c) foi um poeta no Egito Antigo, ficou famoso por escrever lindos poemas encontrados
nas pirâmides do faraó Ramsés II e sua esposa Nefertari.
d) foi um guerreiro egípcio muito famoso pelas suas habilidades em conduzir os soldados
nas batalhas contra o Reino Kush.

5) Sobre a religião no Egito Antigo, o que era a Balança da Justiça?


a) crença no julgamento do coração com um contrapeso de uma pena, sendo a ética,
moral.
b) crença de que a justiça era cega e de que todos eram iguais.
c) crença de que Osíris deixava ricos e pobres entrar no mundo dos mortos.
d) crença no julgamento para viver no mundo terreno.
6) Sobre a mumificação no Egito Antigo, que produto era usado para desidratar o
corpo do morto?
a) era usado formol, um produto químico chamado metanal, para conservar o corpo.
b) era usado o natrão, carbonato de sódio, encontrado nas regiões do Egito.
c) eram usados minérios como cobre e bronze.
d) os egípcios não usavam nenhum produto, apenas faixas de tecidos de linho ou
algodão para enfaixar as múmias.

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