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PREFEITURA MUNICIPAL DO NATAL

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCA FERREIRA
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA

Aluno (a): ________________________________________________________ turma: ________

CADERNO DE ATIVIDADES

6º ano
Ensino Fundamental

2º BIMESTRE

Natal / 2021
CARO (A) ALUNO (A)

Você está recebendo conjuntos de atividades ligadas ao compenente curricular de História.


Essas atividades são uma pequena parcela do vasto campo de saberes ao qual estamos
inseridos e pretendem proporcionar algumas experiências ligadas a habilidades que envolvem as
práticas sociais que nos rodeiam.
Lembre-se de que é importante acompanhar as explicações de seu professore, trocar ideias,
fazer perguntas, fazer anotações, não guardar dúvidas, ajudar e pedir ajuda aos colegas, organizar-se
para fazer as atividades e manter-se sempre em dia com os estudos.
Isso significa que é necessário interagir, ler, observar, escutar, analisar, comparar,
experimentar, refletir, calcular, tomar decisões. Essas e outras ações fazem parte de nosso cotidiano.
Um longo caminho já foi percorrido e esse material é mais uma ferramenta para auxiliá-lo em sua
jornada.

Bons Estudos!

Professor: José Carlos França da Silva


Unidade I: PRIMEIROS HABITANTES DA AMÉRICA

Quando ocorreu o povoamento da América?


Não se sabe ao certo quando os primeiros povoadores chegaram a América, mas estudos
baseados em vestígios deixados pelas antigas civilizações apontam que o continente americano teria
sido ocupado por volta de vinte mil anos atrás.
No entanto, vestígios encontrados em sítios arqueológicos no Brasil estimam que essa
ocupação teria ocorrido a mais de cinquenta mil anos atrás. Muitas especulações continuam a ser
feitas sobre as origens dos homens primitivos e um dos grandes questionamentos diz respeito aos
caminhos percorridos por esses homens. Abaixo conheceremos algumas teorias sobre a travessia
para a América. Qual o caminho percorrido pelos primeiros povoadores?

O continente americano foi ocupado por mais de um fluxo migratório, que nos podemos
verificar na imagem acima. Estudaremos as 2 teorias:
Teoria de Bering- O homem teria chegado à América através do Estreito de Bering, localizado
entre o extremo leste do continente asiático e o extremo oeste do continente americano. Segundo
essa teoria, a chegada do homem ao continente americano ocorreu há, aproximadamente, 50 mil
anos, quando nômades asiáticos atravessaram o Estreito de Bering; que nesse período encontrava-
se congelado em razão da era glacial, formando assim uma ponte natural entre os dois pontos. A
partir daí o homem migrou até a parte meridional do continente americano.
Teoria transoceânica- Esta teoria afirma que há cerca de 10 mil anos os homens que habitavam a
Polinésia (na região da Oceania) se locomoveram em direção à América do Sul em pequenos
embarcações.

Luzia a primeira brasileira


Entre os mais de 20 milhões de peças e documentos que
pertenciam ao Museu Nacional – o que representa o quinto maior
acervo do mundo – e que foram queimados pelo incêndio em 2018, está
o crânio da mulher mais antiga da América de que se tem
conhecimento: um fóssil de mais de 11 mil anos conhecido como Luzia.
O crânio foi encontrado na década de 1970 em Pedro Leopoldo,
em Minas Gerais, por uma missão francesa liderada pela arqueóloga
Annette Laming-Emperaire. Luzia apresentou uma datação relativa
entre 11 mil e 11,5 mil anos, o que faz do crânio um dos mais antigos
do Brasil e também de todo o continente americano.
Luzia é uma das peças mais importantes da história natural da América porque representou
uma revolução nos estudos sobre o povoamento do continente americano. "O crânio de Luzia
mostrou que a morfologia craniana desses antigos habitantes da América, chamados
paleoamericanos, é diferente da morfologia craniana dos indígenas atuais.
O fóssil da mulher de olhos grandes serviu de base para o bioantropólogo Walter Neves, da
USP, propor, no final da década de 1980, que os primeiros habitantes do continente tinham a
morfologia craniana diferente dos habitantes atuais da América. Foi Neves também quem apelidou
carinhosamente o crânio da mulher mais antiga do Brasil de Luzia.
Neves identificou que o povo de Luzia, na região mineira da Lagoa Santa, tinha morfologia
craniana similar aos africanos e aos povos da Oceania, enquanto que os habitantes atuais são mais
próximos biologicamente dos habitantes da Ásia.
O biólogo explica que, depois dessa constatação da equipe de Neves, os crânios de Lagoa
Santa viraram referência internacional para os modelos de ocupação do continente americano, sendo
o crânio de Luzia um símbolo da ocupação antiga do território brasileiro.
Além de Luzia, a grande preciosidade do acervo do Museu Nacional também está na coleção
de ossos humanos de Lagoa Santa, que consiste em cerca de 166 indivíduos que datam
principalmente de mais de 7.000 anos. Esses ossos são cruciais para entendermos os rituais
mortuários, o estilo de vida e a origem biológica dos primeiros brasileiros e dos primeiros americanos.
É um patrimônio único e de valor internacional.

ATIVIDADE
Leia as informações com bastante atenção.
 Agora que você leu o texto sobre os Primeiros Habitantes da América, produza um “Mapa
Mental”.
 O que é Mapa Mental? Mapa mental é uma técnica de estudo. Ela consiste em criar resumos
cheios de símbolos, cores, setas e frases de efeito com o objetivo de organizar o conteúdo e
facilitar associações entre as informações destacadas.
 Exemplo de Mapa Mental:
Faça seu Mapa Mental Aqui.
Unidade II: O IMPÉRIO EGÍPCIO

Nas aldeias, as disputas por terras férteis e poder levaram a alianças e guerras entre os
chefes. Os vencedores passaram a governar um território maior e com mais pessoas, os nomos. Os
administradores dos nomos eram os nomarcas. As disputas entre os nomarcas deram origem a dois
grandes reinos: o Alto Egito, localizado no sul e o Baixo Egito, localizado no norte.
Por volta do ano 3100 a.c., o rei Menés, do Alto Egito, conquistou o Baixo Egito, unificando
os dois reinos. Menés tornou-se então o primeiro faraó (nome que se dava ao rei entre os egípcios)
e o fundador da primeira dinastia (sucessão de reis pertencentes a uma mesma família). Nascia,
assim, o império egípcio, com capital na cidade de Tínis, depois substituída por Mênfis, atual Cairo.
Periodização
A história política do império egípcio pode ser dividida em três períodos entre os quais
existiram os “períodos intermediários”, quando o Egito viveu momentos de crise, com o
enfraquecimento do poder do faraó e invasões externa.
Antigo Imperio (cerca de 2680 a 2180 a.c.): período de certa estabilidade política e de
progresso econômico.
Médio Império (cerca de 2040 a 1780 a.c.): período em que os egípcios expandiram seu
território em direção ao sul e intensificaram seu comércio com a Núbia, região habitada por povos
negros e rica em minerais, entre os quais o ouro. Apesar da prosperidade material, o Egito se
enfraqueceu por causa de disputas pelo poder entre os próprios egípcios. Então, os hiscos, povo
originário da Ásia central, atravessaram o deserto e invadiram o Egito, lá permanecendo por 170
anos.
Novo Império (cerca de 1580 a 1070 a.c.): esse período inicia-se com a expulsão dos hicsos.
Os faraós do Novo Império organizaram um poderoso exército com cavalaria e carros de combates
e, depois de conquistar o Reino de Kush, ocuparam a Síria, a Fenícia e a Palestina, estendendo seus
domínios até o rio Eufrates, na Mesopotâmia.
Sociedade e poder
A sociedade egípcia mudou pouco ao longo de séculos, pois no antigo Egito as chances de
ascensão social eram mínimas. Quase sempre o indivíduo nascia e morria pertencendo ao mesmo
grupo social.
O faraó
No Egito desde o mais humilde camponês até o poderoso faraó acreditavam na existência de
uma vida após a morte. Por isso, vários faraós ordenaram a construção de imensos túmulos, as
pirâmides. Para o faraó, mandar erguer uma pirâmide era uma forma de garantir sua “casa da
eternidade”, local onde esperava continuar desfrutando dos prazeres terrenos.
Para os egípcios, o faraó era mais do que um ser origem divina: era o próprio deus. Ele era
governante máximo, o comandante militar e o juiz supremo do Egito. Além disso, era considerado o
dono de todas as terras egípcias; por isso, recebia impostos (pagos em produto), acumulando assim
enorme riqueza.
Os faraós construíram para si túmulos magníficos, como, por exemplo, as pirâmides de
Quéops, Quéfren e Miquerinos, edificadas por faraós do Antigo Império que tinham esses nomes e
eram parentes entre si.
Os altos funcionários e os sacerdotes.
Entre os altos funcionários do governo egípcio estavam o vizir e o escriba.
O vizir era maior autoridade do país depois do faraó; ele comandava a política, a justiça e a
arrecadação de impostos em todo o império.
Os escribas. Por sua, também ocupavam posição de destaque; eles trabalhavam para o
estado, para os templos religiosos e para o exército. Para exercer a profissão de escriba, a pessoa
precisava estudar desde os cinco anos em uma escola especial, onde aprendia cálculo, leitura e
escrita. De posse desses conhecimentos, os escribas controlavam toda a vida econômica do Egito:
as áreas cultivadas, os rebanhos, o volume da colheita, os impostos arrecadados etc.
Já os sacerdotes executavam os serviçosreligiosos e administrativo os templos, que
geralmente eram muito ricos, graças às oferendas feitas pela população.
Artesões, comerciantes e militares
Os artesãos egípcios (carpinteiros, ferreiros, joalheiros) eram conhecido no mundo antigo.
Com a madeira, faziam brinquedos, móveis, barcos etc.; com adobe, areia e pedra, construíam casas
os palácios; com o ferro, confeccionavam armas, instrumentos de trabalho e carros de guerra; com
o papiro, produziam o papel e uma variedade de outros objetos; com os metais, faziam joias e
ornamentos.
Nos períodos de maior prosperidade, como, por exemplo, no Novo Império, o comércio
interno e externo cresceu, possibilitando o aumento da riqueza dos comerciantes. Com as guerras
de conquista durante o Novo Império, os militares do Egito antigo também conseguiram riqueza e
prestígios; muitos deles lutavam em troca de terra ou de parte dos saques realizados durante essas
guerras.
Os camponeses e os escravos
Os camponeses, chamados no Egito antigo de felás, construíram a maioria da população e
tinham uma vida muito difícil; nas propriedades agrícolas eles faziam todo tipo de serviço (arar,
plantar, colher, abrir canais, construir e consertar) e, em troca, recebiam apenas uma pequena parte
do que plantavam. E ainda tinham de pagar um imposto em produto (cereais), que era recolhido
aos armazéns do faraó. Além disso, eram obrigados a trabalhar em obras do governo, como
abertura de estradas, limpeza de canais e transporte de pedras usadas na construção de túmulos,
templos e palácios.
Os escravos eram, geralmente, prisioneiros de guerra e faziam os trabalhos mais pesados e
perigosos em minas, pedreiras e nas grandes obras públicas.

ATIVIDADES
1.Realize uma breve pesquisa sobre a religião egípcia.
2.O que era e para que servia o papiro?
3.Indique qual era o papel político e religioso exercido pelo faraó.
4.Diga qual era a função dos escribas.
5.Avalie a importância da escravidão para economia egípcia.
6.Diga o que era, e para que serviam as pirâmides e as múmias.
Unidade III: MESOPOTÂMIA
A Mesopotâmia abrigou parte das primeiras civilizações da humanidade. A presença em sua
região dos rios Tigre e Eufrates foi fundamental para que o homem, a partir do desenvolvimento da
agricultura e da criação de animais, pudesse sedentarizar-se e formar cidades naquele local.
Diversos povos habitaram a Mesopotâmia durante a Antiguidade, entre eles, destacam-se os
sumérios, amoritas, assírios e caldeus.
A Mesopotâmia pertencia a uma região localizada no Oriente Médio (predominantemente
no atual Iraque) entre dois importantes rios: Tigre e Eufrates. Suas condições naturais,
principalmente por causa da fertilidade do solo, permitiram que pequenas aldeias fossem formadas
em seu território.
A fertilidade do solo era garantida pelo ciclo de cheias dos dois rios que encharcavam o solo
com material orgânico e permitia o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais. A
palavra “Mesopotâmia” tem origem no idioma grego e significa “terra entre rios” em uma menção
direta à importância dos rios para aquela região.
Assim como a maioria dos povos da Antiguidade, os mesopotâmicos eram politeístas. Na
Mesopotâmia, um incontável panteão de deuses e semideuses fazia parte da religião.
Povos da Mesopotâmia
Os primeiros povos que se estabeleceram na região de maneira sedentária foram os
sumérios. As primeiras cidades da Mesopotâmia foram fundadas por eles e acredita-se que os
sumérios tenham chegado ao local por volta de 5000 a.C. Algumas das importantes cidades
construídas pelos sumérios foram Ur, Uruk e Nipur. As cidades sumérias eram consideradas cidade-
estado, ou seja, possuíam organização independente uma das outras.
Os sumérios foram extremamente importantes para o desenvolvimento humano, pois, ali,
desenvolveram técnicas para importantes construções que permitiam ao homem manter um
controle sobre a natureza. Esse povo desenvolveu barragens para impedir o avanço das águas dos
rios no período de cheias, além de reservatórios e canais de irrigação.
Além disso, atribui-se aos sumérios o desenvolvimento da primeira forma de escrita da
humanidade: a escrita cuneiforme. Criada para manter controle sobre a contabilidade dos palácios
reais, essa escrita era feita em blocos de argila com um instrumento pontiagudo chamado cunha.
O domínio dos sumérios na Mesopotâmia encerrou-se com a chegada dos acádios, que
conquistaram as cidades da região e fundaram o Império Acádio. Eles tiveram como principal rei
Sargão I, ou Sargão da Acádia. No entanto, o império dos acádios foi muito breve e logo foi
substituído pelos amoritas como povo predominante na Mesopotâmia.
Os amoritas, também conhecidos como babilônios, instalaram-se na região por volta de
2000 a.C., ocuparam a cidade da Babilônia e transformaram-na em um grande centro urbano e
comercial da Mesopotâmia. Os historiadores afirmam que importantes rotas comerciais passavam
pela cidade e que comerciantes chegavam de diferentes partes do mundo antigo.
O estabelecimento amorita na Babilônia levou à formação do Primeiro Império Babilônico.
Os amoritas sofreram forte influência dos sumérios e tiveram como rei mais importante Hamurábi,
responsável pelo desenvolvimento de um código agrupando antigas leis mesopotâmicas que ficou
conhecido Código de Hamurabi.
Esse código baseava-se em um princípio conhecido como Lei de Talião, o qual tem como
lema “olho por olho, dente por dente”, ou seja, aquele que cometesse um delito tinha como pena
uma punição proporcional ao dano que havia causado. O Código de Hamurábi foi antecedido por
outros conjuntos de leis na Mesopotâmia, como o Código de Ur Nammu.
O reino dos amoritas enfraqueceu-se depois da morte de Hamurábi e foi sucedido, tempos
depois, pelos assírios. Os assírios formaram uma sociedade extremamente militarizada a partir do
final do segundo milênio a.C. e iniciaram um processo de expansão e conquista na Mesopotâmia
por volta de 1200 a.C. Eles conquistaram toda a Mesopotâmia, além da Palestina, do Egito e parte
da Pérsia.
Os assírios ficaram célebres por terem sido guerreiros temíveis que se utilizavam de técnicas
violentas em combate e por tratarem seus prisioneiros com extrema brutalidade. Os povos
conquistados, além de serem governados de maneira tirânica, eram obrigados a pagar pesados
tributos. A violência dos assírios foi levantada pelos historiadores como o motivo que deu início a
inúmeras revoltas que enfraqueceram o poder dos assírios por volta do século VII a.C.
O rei mais importante dos assírios foi Assurbanipal, que ficou conhecido por ser um
apreciador da erudição e por mandar construir a Biblioteca de Nínive (principal cidade da Assíria).
Essa biblioteca reunia milhares de textos em escrita cuneiforme sobre diversos assuntos, e grande
parte do que se conhece sobre a Mesopotâmia hoje é por causa da Biblioteca de Nínive.
Por fim, o enfraquecimento dos assírios permitiu aos caldeus conquistar a Mesopotâmia e
fundar o Segundo Império Babilônico em 612 a.C. O império formado por esse povo foi breve e teve
com o principal rei Nabucodonosor, responsável por reconquistar a Palestina e toda a
Mesopotâmia. Atribuise a esse rei a construção dos Jardins Suspensos da Babilônia, considerado
uma das maravilhas do mundo antigo.
O império dos caldeus foi o último desenvolvido por um povo mesopotâmico. Seu domínio
foi enfraquecido após a morte de Nabucodonosor e, por isso, eles foram conquistados pelos persas,
liderados por Ciro II em 539 a.C.

ATIVIDADE
1- Qual é o significado da palavra Mesopotâmia?
2- Onde se localizava a antiga Mesopotâmia?
3- Quais rios banhavam a Mesopotâmia?
4- Porque os homens escolheram essa região para construir as cidades?
5- Quais foram os povos mais importantes que habitaram a Mesopotâmia?
6- Quais foram as cidades mais importantes fundadas pelos sumérios?
7- O que eram as cidades-estados?
8- Os Sumérios desenvolveram a primeira forma de escrita da humanidade, qual é o nome dessa
forma de escrita?
9- Qual era a religião dos povos mesopotâmicos?
10- O primeiro código de leis da humanidade foi criado pelo rei mais importante do Império
Babilônico. Qual era o nome desse código?
11- Qual foi o último império da Mesopotâmia?

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