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Escola Secundária Jaime Moniz

Ano letivo: 2021/2022


Disciplina: História A
Professora: Tereza Barreto
Elaborado por: Luís Lucas; Henrique Chaves

Domínio: “Raízes mediterrânicas da civilização europeia-cidade,


cidadania e império na Antiguidade Clássica”

Subdomínio: “O modelo romano”

Tema: “2.3 A romanização da Península Ibérica, um exemplo de


integração de um região periférica no universo imperial”
Índice

Exploração dos Romanos na Península Ibérica .

Romanização da Península Ibérica .

Colónias criadas na Península pelo império romano .

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Exploração da colónia romana de Conímbriga .


Introdução

Ao longo deste trabalho iremos falar principalmente de um tema: “As cidades romanas na Península
Ibérica”, como é o caso de Conímbriga.

A esta cidade (Conímbriga), iremos dar mais ênfase , pois podemos considerar o maior vestígio de
romanização deixado em Portugal.

A primeira parte do trabalho referente as várias cidades da Península Ibérica ficará responsável pelo colega
Luís Lucas, a segunda referente à antiga cidade de Conímbriga ficará encarregue do colega Henrique
Chaves.
A Península Ibérica foi cobiçada pelos romanos
por :
Desejo de dominarem o Mar Mediterrâneo;

Riquezas do seu solo e subsolo ( terras férteis, ouro, ferro, prata, …);
Os romanos trouxeram para a Península Ibérica
:
Novas culturas como a vinha e a oliveira; Rede de estradas a unir as principais cidades;

Exploração de minas; Inúmeros edifícios públicos, como termas, aquedutos,


teatros, …;
Desenvolvimento de indústrias como a salga de peixe,
olaria e tecelagem; Um novo tipo de casa, coberta com telha, jardins
interiores, repuxos de água, mosaico a cobrir o chão;
Novos materiais de construção como as telhas, os tijolos
e os mosaicos; Uso do latim como língua falada na Península

Novos utensílios como ânforas, talhas, candeias, joias,…Uso da numeração romana

O uso generalizado da moeda para o comércio;


A chegada dos romanos à Península Ibérica:
Os romanos desembarcaram na Península Ibérica em 218 a.C.;

Inicialmente, os romanos exercem uma ocupação militar da ibérica;

A colonização romano do território ibérico, que se segue à ocupação militar, acontece através de alianças
com os povos locais.
A conquista da Península Ibérica pelos
romanos:
O sudeste peninsular, anteriormente sob o domínio cartaginês, foi facilmente ocupado pelos romanos;

As regiões norte e centro da península, dominada por povos mais aguerridos, como os Celtiberos e os
Lusitanos, demonstrou grande resistência à ocupação romana;

A conquista definitiva de todo o território peninsular acontece apenas no ano 19 a.C.


A romanização da Península Ibérica
A romanização da Península Ibérica é um processo de aculturação que acompanha a conquista do território;

Este processo ocorre desde a costa mediterrânica até ao interior e à costa atlântica;

Os costumes e as técnicas romanas são divulgados por legionários e comerciantes;

O processo de romanização implica também a difusão do latim, do direito e da cultura romana;

A escola romana assume um papel primordial neste processo de aculturação;

Os jovens das elites províncias aprendem a língua e a cultura romana, habilitando-se a exercer cargos
administrativos nas suas cidades.
As cidades de Hispânia
Faz parte de Hispânia: Portugal, Espanha, Andorra, Gibraltar e Sul de França;

As cidades de Hispânia têm um estatuto jurídico-político diferente entre si:

As cidades aliadas e federadas, habitadas por povos que ajudaram à conquista da península, estão isentas de
impostos;

As cidades peregrinas ou estipendiárias, habitadas por povos que resistiram à romanização, não têm direito
à cidadania e pagam um imposto, o estipêndio.
Colónia
As colónias são cidades fundadas pelos imperadores, habitada pelos soldados e cidadãos oriundos de Roma;

Estas cidades beneficiam do direito romano e dos mesmos benefícios de Roma;

Bracara Augusta (Braga), Scallabis (Santarém) e Pax julia (Beja) são exemplos de colónias no atual
território português.
A divisão da
Península Ibérica
na época de
Augusto
Augusto dividiu a Península
Ibérica em três províncias
administrativas: a Bética, a
Tarraconense e a Lusitânia.
Lusitânia tornou-se província
imperial com capital em
Emérita Augusta (Mérida) e
tinha como limites o Guadiana e
o Douro.
Conímbriga
Conímbriga é um dos maiores vestígios em Portugal, classificada
como Monumento Nacional, é a estação arqueológica romana mais
bem estudada no país. Conímbriga foi na época da invasão romana a
principal cidade do Convento Escalabitano, província romana da
Lusitânia. Localiza-se a 16 km de Coimbra, na freguesia de
Condeixa-a-Velha, a 2km de Condeixa-a-Nova. A estação inclui o
Museu Monográfico de Conímbriga, onde estão expostos muitos dos
artefactos encontrados nas escavações arqueológicas, incluindo
moedas e instrumentos cirúrgicos.
Mérida
Mérida é um município de Espanha e
cidade capital da comunidade
autónoma da Estremadura, nas
margens do rio Guadiana. Tem como
monumentos: Teatro e Anfiteatro
romanos, Circo romano, Ponte
romana sobre o rio Guadiana e o rio
Albarregas, Aqueduto dos Milagres,
e do San Lázaro e o Arco do Trajano.
Miróbriga
Miróbriga tem um dos mais marcantes
vestígios da ocupação dos romanos no
Sudoeste de Portugal. A cidade romana
estende-se por mais de 2 km,
apresentando ruínas de edifícios de
habitação, ruas pavimentadas, um
hipódromo, termas, uma ponte e um
fórum. O Fórum de Miróbriga
encontra-se localizado em “Castelo
Velho”.
CONÍMBRIGA
SITUAÇÃO GEOGRÁFICA DE
CONÍMBRIGA

Conímbriga situa-se na Península


Ibérica; em Portugal; no distrito de
Coimbra, a cerca de 12km de
Condeixa-a-Velha (“capital”) e a
apenas 2km de Condeixa-a-Nova Conímbriga formou-se na antiga Lusitânia,
atualmente parte de Portugal
(freguesia).

Mapa de Portugal Continental


HISTORIA DA
CIDADE E
FUNÇÕES
https://asenhoradomonte.com/
2017/06/11/ruinas-de-conimbriga/
Termas do
Aqueduto cujo

CRIAÇÃO DA formato de
anfiteatro facilitou
a adaptação ao

COLÓNIA espaço de eventos


atual

POR
“AUGUSTUS”
A imponência e pragmatismo da
arquitetura romana estão bem
representados em Conimbriga,
assim como a superioridade da
sua ação civilizadora, que
sobreleva dos mais diversos
pormenores do quotidiano.

A antiga cidade da província romana da Lusitânia é o melhor e maior conjunto


de ruínas romanas em Portugal. O mais valioso e mais bem preservado achado
arqueológico nacional impressiona pela sua dimensão e beleza.
A IMPLANTAÇÃO
DAS INOVAÇÕES DA
ARQUITETURA
ROMANA EM
CONÍMBRIGA:
Exemplo da implementação do arco romano em Conímbriga

Na Roma Antiga foram adaptados


dos teatros gregos para servirem aos
combates de gladiadores, de
animais selvagens e demais
diversões públicas, daí a influência
da cultura grega na civilização
romana.
Anfiteatro localizado em
Conímbriga
AS “CASAS”
A zona habitacional desta região desenvolveu-se sobretudo entre
os séculos I e III, contudo a maior parte das habitações em
Conímbriga eram “insulae” dos plebeus. São nessas casas que
reside o encanto dos vestígios da cidade, que guardam memórias Ruinas romanas em Conímbriga
de outros tempos.
As casas em Conímbriga tinham uma forma retangular e
estavam alinhadas, diferentemente das antigas povoações das
atuais regiões da Beira central (Beira alta, Beira litoral) e de
Trás-os-Montes
PLANTA DA Sendo esta uma cidade Município, ou seja, que já existia
apenas foi romanizada, a arquitetura da cidade não é igual à de
CIDADE Roma.

NA cidade de Roma, o fórum surge na intercessão do


“decumanos” e do “cardo”.

Sendo esta uma cidade Município, ou seja, Já em Conímbriga sendo uma cidade, como já falamos
que já existia apenas foi romanizada, a anteriormente, já existente e já construída não respeitava esse
arquitetura da cidade não é igual à de aspeto
Roma.

Na cidade de Roma, o fórum surge na


intercessão do “decumanos” e do “cardo”.

Já em Conímbriga sendo uma cidade, como


já falamos anteriormente, já existente e já
construída não respeitava esse aspeto
O fórum era o centro da

OS EDIFÍCIOS vida pública, do comércio


e da política. Também
era o centro do culto
imperial.
A cidade de Conímbriga é considerada um
As termas datam
Município ,pois foi “adaptada” à cidade de
também da época de
referência, que na altura era Roma (a urbe). Augusto. Como não
havia nascente em
Conímbriga que pudesse
suportar o
Continha vários edifícios públicos como: Representação do fórum que havia em Conímbriga
abastecimento da água
• O Anfiteatro (diapositivo 17) para as termas, decidiu-
se procurar fontes
• O Fórum externas de
alimentação.
• Praça (diapositivo 17)

• Templo Como era norma romana


nos banhos, havia três
• Termas piscinas; uma de água
fria, uma morna de
• Casas transição e uma de água
quente.
Imagem das termas existentes em Conímbriga (perguntar a turma os termos em
latim dados em aula)
Único templo da cidade de Conímbriga

O TEMPLO

O templo de Conímbriga encontra-se


em muito mau estado de conservação.
Dele somente restaram poucas pedras.
O templo era tão pequeno que nele só
cabiam as estátuas divinas – não
havendo espaço para a realização de Como forma de culto
ofícios religiosos. Este edifício estava ao Imperador e a
ligado à praça por uma pequena escada Deusa Roma, nas
lateral (segunda imagem) cidades romanas no
chão dos templos estão
representadas figuras
religiosas ou alusivas
ao império
https://cm-condeixa.pt/turismo/
patrimonio/museus/ruinas-de-
conimbriga/

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