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A Fragmentação

Do edificado monumental ao tecido urbano comum

MIA | ISCTE-IUL 2019/2020


4º Ano | 2º Semestre
História da Cidade Portuguesa
Docente: Paula André
Discente: Nuno Almeida 68831
“O traçado de uma cidade é mais obra do tempo do que de arquitecto.”
Leonce Raynaud

Figura 1 – Fotografia aérea da cidade de Lisboa Figura 2 – Página do Palimpsesto de Arquimedes


Foto de Alexandre Bordalo Foto de BBC News Brazil
Retirada de: https://visao.sapo.pt/atualidade/sociedade/2018- Retirada de: https://www.terra.com.br/diversao/arte-e-cultura/por-que-
01-18-lisboa-foi-eleita-a-melhor-e-mais-barata-cidade-do- o-mundo-levou-2-mil-anos-para-descobrir-o-avanco-de-arquimedes-no-
mundo-para-viver-em-2018/ estudo-da-matematica,b384ad4adfc7aca4f1ac3229be9b0de18jjgcme6.html
"Antes da cidade, houve a pequena povoação, o santuário e a aldeia; antes
da aldeia, o acampamento, o esconderijo, a caverna, o montão de pedras"
(Mumford, 1991)

Figura 3 - Evolução do tecido urbano na área do Teatro de Pompeu Saverio Muratori


(Muratori, 1964)
O Edifício Monumental

Figura 4 – Fachada principal do Palácio Foz em Lisboa Figura 5 – Fachada principal da Sé de


Foto de José Vicente | CML | DPC | 2018 Lisboa
Retirada de: Foto de Ana Luzia
https://toponimialisboa.wordpress.com/2018/04/12/palacio-foz/
Retirada de:
https://www.timeout.pt/lisboa/pt/atraccoes/igrejas-
em-lisboa-que-tem-mesmo-de-visitar
O Edifício Comum

Figura 6 – Edifícios habitacionais em Lisboa Figura 7 – Aldeia de xisto de Aigra-Nova


Foto de José Caria Retirada de:
Retirada de: https://aldeiasdoxisto.pt/aldeia/aigra-nova

https://expresso.pt/economia/2017-12-09-54-da-oferta-de-
predios-esta-em-Lisboa-e-no-Porto
Processo de Fragmentação

Figura 8 - Anfiteatro romano de Arles e pormenor do tecido urbano de Florença na


zona do antigo anfiteatro

“(…)os alinhamentos correspondentes aos muros perimetrais que definiam o limite exterior dos mesmos
apresentam uma maior resistência ao passar do tempo que os atribuíveis a estruturas internas.”
(MARTINS, 2013)
Casos Notáveis de Fragmentação
Herança do Império Romano

Figura 9 - Tecido urbano de Split; Vestígios arqueológicos; Reconstituição


planimétrica do palácio de Diocleciano

“são em muitos casos a matriz geradora que possibilitou a construção e o desenvolvimento da cidade, ao
ocupar os vestígios remanescentes das estruturas romanas, tais como os seus edifícios ou traçados.”
(MARTINS, 2013)
Casos Notáveis de Fragmentação
Herança do Império Romano

Figura 10 – Templo de Adriano em Roma no séc. XVII

“ocupação contínua e a adaptação ou transformação dos edifícios monumentais através do processo de


fragmentação é um factor de preservação dos vestígios, possibilitando a leitura e interpretação das
formas arquitetónicas ao longo dos tempos.”
COELHO, Carlos Dias ed. Lit. O Tempo E A Forma. Lisboa: Argumentum, 2014, p.145
Casos Notáveis de Fragmentação em Portugal
Herança Romana em Território Nacional

Figura 11 - Planimetria do
fórum romano sobre o tecido
urbano contemporâneo de
Évora, na qual se evidenciam
vários elementos de
continuidade entre as duas
estruturas.

“a herança cultural legada pela Civilização Romana pode ser considerada a mais marcante e abrangente das
heranças que formam a matriz cultural das nossas cidades. A ocupação romana do território português gerou
um complexo processo de estruturação do território nacional”
(MARTINS, 2013)
Casos Notáveis de Fragmentação em Portugal
Herança Romana em Território Nacional
Figura 12 Figura 13
Alinhamentos Modelo
notáveis no geométrico de
tecido urbano um anfiteatro
de Alfama. romano sobre
o tecido
urbano de
Alfama.

“A herança material legada pela civilização romana, constitui-se de resíduos fragmentários, mas ainda assim
suficientemente expressivos e inteligíveis”
FABIÃO, C. 2006. A herança romana em Portugal, CTT Correios de Portugal. p. 12
Casos Notáveis de Fragmentação em Portugal
Terramoto de 1755

Figura 14 – Limites do
Palácio Coculim sobre o
tecido urbano
contemporâneo.

“Arruinados, quando não completamente destruídos, os palações lisboetas, transformados em


pardieiros, acomodaram-se a um novo viver social, ou a hábitos imediatamente aproveitados, e
tornaram-se ilhas populares (…)”
FRANÇA, José-Augusto. A Reconstrução De Lisboa E Arquitetura Pombalina. Lisboa: Biblioteca Breve, 1989, p.43-44
Compreensão do Tecido Urbano

“(…) em determinados casos a sua presença é de tal modo marcante que, mesmo na ausência de
vestígios arqueológicos que as identifiquem de modo conclusivo, é possível argumentar a sua
existência de uma forma fundamentada através apenas da inteligibilidade da sua cicatriz morfológica
sobre o tecido urbano contemporâneo, permitindo, com um elevado grau de certeza, esperar a sua
existência”.
(MARTINS, 2013)
Bibliografia

• COELHO, Carlos Dias ed. Lit. O Tempo E A Forma. Lisboa: Argumentum, 2014

• FRANÇA, José-Augusto. A Reconstrução De Lisboa E Arquitetura Pombalina.

Lisboa:Biblioteca Breve, 1989

• MARTINS, Pedro Vasco de Melo. A Persistência Das Formas Urbanas. Lisboa: FAUTL, 2013.

Dissertação

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