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no Espaço Escolar
ISBN
CDD - 3 70.11
- 3 0 6 .7 0 7
- 3 0 5 .0 7
i a edição
Recife, 2007
GFSTOS
Coord. R elações e F o rtalecim ento In stitu cio n a l A lessan dra Nilo
Coord. P rom oção de D ireitos e C ontrole S ocial Tân ia Tenório
Coord. A d m in is tra tiva /F in a n c e ira Ivete Xavier
Prefeitura do Recife
Coordenadoria da Mulher
PR O JETO
E D U C A Ç Ã O N Ã O - S E X IS T A , A N T I- R A C IS T A E N Â O -H O M O F Ó B IC A
7 PREFÁCIO
Alessandra Nilo
9 APRESENTAÇÃO
Agna Kelly da Silva & Josineide Menezes
13 INTRODUÇÃO
Dagmar Estermann Meyer
PARTE I
19 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: QUESTÕES POLÍTICAS E CONCEITUAIS
PARTE II
95 A EXPERIÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR
154 BIBLIOGRAFIA
Alessandra Nilo*
PREFÁCIO
Respeitar as diferenças, consolidar a democracia e
melhorar o mundo
APRESENTAÇÃO
des sociais en tre hom ens e m ulheres que estru tu ram as relações
sociais e trazem um cotidiano de m uita injustiça e dificuldade para
m eninas e m ulheres.
Na década de 90, a necessidade de políticas públicas de ed u
cação que dialogassem com a eqüidade de gênero se reflete no cenário
internacional, quando, na C onferência Internacional da M ulher, r e a
lizada em Beijim, pela ONU, o relatório afirm ava 0 seguinte:
Todo esse processo teve repercussão nos prin cip ais docum entos so-
bre a educação no Brasil e, apesar das críticas de alguns estudiosos,
esse foi um avanço:
INTRODUÇÃO
Desigualdades de gênero, raça/etnia e orientação
sexual no espaço escolar: conceitos e relações 5
O d e s e n v o l v im e n t o d o t e m a q u e m e fo i p r o p o s to e n v o lv e , a m e u v e r, o
e s fo rç o d e fa z e rm o s u m a re fle x ã o q u e d e m a n d a ta n to u m a d is c u s s ã o
e s c o la re s n o s q u a is e s ta m o s im e r s a s ( o s ) , c o m o p r o f e s s o r a s e p r o f e s
so re s.
5 . D outora em E d u cação . P ro fesso ra A sso ciad a na F aculdade de E du cação d a U niversidade F ederal do Rio G rande do Sul.
P esq u isad o ra co m B olsa d e P rodutividade em P esq u isa do CNPq e m em b ro do Grupo d e E stud o s d e E d ucação e R elaçõ es d e
G ênero - GEERGE no PPG-EDU d a UFRGS.
6. E ste n ão é um texto inédito. Ele rep rod u z e rearticula p a rte s d e p alestras e d e artig o s q u e a p re se n tei e publiquei so b re o
tem a, nos últim os ano s. A lguns d eles estã o refe re n cia d o s ao final.
14 Respeitando a s Diferenças no Espaço Escolar
O segundo exem plo desloca nosso olhar da relação pro fesso ra-alu n o -
aluno para a relação en tre alunos(as) e m ultiplica m ais ainda as d ife
renciações e os seus im pactos na vida dos(as) estudantes. Diz um a
aluna de um a escola pública de São Leopoldo/RS:
tan tes para quem p rete n d e in vestir em intervenções que p erm itam
m odificar, m inim am ente, relações de desigualdade que se d esen v o l
vem na sociedade em que vivemos.
O utia questão que precisam os colocar-nos, com o ed u cad o
res e educadoras co m prom etidos/as com m udanças nessas relações,
é: como as d iie ren te s linguagens que co nstituem os currículos escola-
ies que planejam os e im plem entam os constroem , ajudam a m a n te r ou
re -d e fin e m posições sociais desiguais? P recisam os, então, re c o n h e
cei como api endem os essas coisas que fazemos e em que espaços e em
que lugares aprendem os a fazê-las de um a determ in ad a m an eira e não
de outras. Vamos p erceb er que essas aprendizagens estão in c o rp o ra
das em p láticas quotidianas form ais e inform ais que nem q u e stio n a
mos mais; que elas atravessam os conteúdos das disciplinas que co m
põem o curiículo oficial ou estão im bricadas na literatura que selecio
nam os, nas revistas que colocam os à disposição das estu d an tes para
pesquisa e colagem, nos film es que passam os, no m aterial escolar que
indicam os para consum o, no vestuário que perm itim o s e naquele que
é pio ib ido, nas norm as d isciplinares que organizam o espaço e o
tem po escolares, nas piadas que fazemos ou que ouvim os sem nos
m anifestar, nas dinâm icas em sala de aula e em outros espaços esco
lares que não vem os ou decidim os ignorar, nos castigos e nas p re m ia -
ções, nos processos de avaliação...
E p en sar dessa form a, a p a rtir desses conceitos e do que eles
nos sugerem considerar, nos coloca a necessidade de q u estio n ar não
so os conhecim entos e saberes com que lidam os, mas, tam bém , de
desenvolver a sensibilidade para p erc eb er o sexism o, o racism o e a
discrim inação que estes saberes veiculam , constroem e ajudam a
m anter. E isso nos ajuda a reconhecer com o estam os, nós m esm as,
p ro fe sso rese p ro fesso ra s, in scrito s/as nesses processos de nom eação
em que a diferença é hierarquizada e transform ada em desigualdade.
E, ao m esm o tem po, isso aponta para a dim ensão política da p ro b le-
matizaçao de praticas como essas que foram relatadas nos d e p o im e n
tos que aqui apresentei.
PARTE I
EDUCAÇÃO NÃO D I S C R I M I N A T Ó R I A :
QUESTÕES POLÍ TI CAS E CONCEI TUAI S
21
Educação Inclusiva:
não-sexista, anti-racista e não-homofóbica
Introdução
9 .Participaram d a fo rm ação p ro fesso res/as, o rie n tad o res/a s p ed a g ó g ico s/as e d ire to res/as d a s esco las. P ara efeito d este
artigo, e sta m o s ch a m an d o e d u c a d o re s /a s e s te conjunto d e profissionais.
24 R espeitando as Diferenças no Espaço Escolar
Esta educação que buscam os pressupõe tam bém q uestio n ar a ética que
perm eia o processo educativo. Como seres históricos e éticos, som os
capazes de com parar, escolher, decidir e rom per. Estas qualidades
estão perm eadas por relações de poder. É necessário, portanto, o b se r
var na prática pedagógica em que m edida tais decisões influenciam ou
são influenciadas pelas relações de po d er racistas, sexistas e hom ofó-
bicas. Algumas questões perm item refletir sobre esta realidade na
escola e re o rie n ta r o processo pedagógico na escola, por exemplo:
11. Louro, G uacira Lopes, Currículo, G ênero e Sexualidade. Lisboa: P orto Editora. 2 0 0 1 p. 21.
R espeitando as Diferenças no Espaço Escolar
Sobre a pe r c e p ç ã o d o s (a s ) e d u c a d o r e s (a s) s o b r e o p a pe l
d o s (a s ) r e s p o n s á v e is d o s (a s ) A LU N O S ( a s ) :
S obre a vtvênclx da se x u a l id a d e :
3. As Rodas de Diálogos
===========
Educação Inclusiva 35
5. Os Projetos P edagógicos
6. 0 Seminário
la, sua p ró p ria iden tid ad e, d iscrim inações de gênero, de raça/etn ia,
de orientação sexual e a violência dom éstica e sexual. Buscam os m a n
te r como foco a organização juvenil na construção d iária do Projeto
Político-Pedagógico da Escola, estim ulando a participação de toda a
com unidade escolar.
Paia eleito dessa ação, co nsideram os aqui adolescen tes e
jovens como:
2. P assos percorridos
16. HERNÁNDEZ, F ernando. T ran sg ressão n a Educação: o s P rojetos d e Trabalho. S ão Paulo: A rtes M édicas, 1 9 9 8 .
44 Respeitando as Diferenças no Espaço Escolar
E ntre os p rin cip ais resultados dessa estratégia, destacam os: co n sid e-
ravel aum ento da participação dos/as jovens na escola; am pliação da
orgam zaçao política da juventude nas escolas; m aio r vocalização e
in teresse em am pliar a discussão dos tem as abordad o s nas rodas de
diálogos no espaço escolar e na com unidade; gradual m udança da
im agem que os p rofessores tin h a m da "juventude de reb eld ia sem
causa para um a com preensão enquanto sujeito político im p o rta n te
no projeto de m udança social.
Seminário:
Gênero, raça/etnia e diversidade
nas escolas m unicipais do Recife
19. D iretoria Geral d e Ensino e F orm ação D ocente: E ster Calland d e S o u sa R osa: G erência d e 3 o e 4 ° Ciclos de A prendizagem
e Ensino M édio: Eleta de Carvalho Freire; GTOS - Grupo d e Trabalho em O rientação Sexual: Lúcia B ahia, Silvana Oliveira e
Tereza Fanas.
2 0 . S ecre taria d e E ducação, E sp o rtes e L azer d a P refeitura do Recife.
Ações do Grupo de Trabalho em Orientação Sexual 53
Numa etapa p o ste rio r dessa parceria, alguns pro jeto s de trab alh o
oram desenvolvidos p o r educadoras(es) em suas escolas, com o resu l-
tado da p rim e ira etapa do curso, tem os, p o r exem plo,
Feliz.
1. Introdução
2 1 . E d ucadora e p esq u isad o ra n a á re a p ed ag ó g ica do DIVAS - Instituto em D efesa d a D iversidade A fetivo-Sexual. Integrante
d a equipe d e ed u c a ç ã o do C entro d e C ultura Luiz Freire. C olaboradora d a Trupe L o u cas de P ed ra Lilás. M ilitante d a Liga
B rasileira de L ésb icas (LBL).
2 2 . E ducadora. C o ordenadora P ed ag ó g ica do Grupo de Teatro Loucas de P ed ra Lilás. M ilitante F em inista do Fórum de
M ulheres d e P ern am b u co . F acilitadora d a "Oficina E d u cação N ão-hom ofóbica".
2 3 . C o-fu nd ad o ra e C oord en ad o ra G eral do DIVAS. M estre em Serviço Social pela UFPE. E ducadora e p esq u isad o ra n a á re a
d e lesb ianid ad e, lesbofobia e diversidade sex u al do DIVAS. M ilitante d a Liga B rasileira d e L ésb icas e do Fórum de M ulheres
d e P ern am b u co . C onselheira do C onselho M unicipal d a M ulher do Recife, rep re sen tan d o a Liga B rasileira d e L ésb icas
(G estão 2 0 0 6 -2 0 0 8 ). F acilitadora d a "Oficina E d u cação N ão-hom ofóbica".
24 . Socióloga. D outoranda em Sociologia pela UFPE. M ilitante d a Liga B rasileira d e L ésbicas. F acilitadora d a Oficina
“E du cação N ão-hom ofóbica”.
2 5 . Artigo produzido com b a s e n a sistem atizaçã o d a s oficinas so b re "E d ucação N ão-hom ofóbica", realizad as em 2 0 0 4 com
ed u cad o res(as) d a red e m unicipal d e ed u c ação , e no artigo "As co n trib u içõ es d a s o rg an izaçõ e s so ciais p ara a eq ü id ad e n as
relaçõ es d e gên ero , raç a/etn ia e o rien tação sexual: a ex p eriên cia do DIVAS - Instituto em D efesa d a D iversidade Afetivo-
S exual.
60 Respeitando as Diferenças no Espaço Escolar
Ignoro o sonho.
Acho normal.
28. A Revista Supennteressante, r f 202, ju l/ 2004, (az um levantamento de 37 direitos, mas acreditamos ser muito mais.
Diversidade Sexual na Escola 73
Reflexão: é sem pre difícil d iscu tir e trab a lh ar sobre o que não se sabe.
Conclusão
tem áticas do racism o, sexism o e hom ofobia, que culm inam , d en tro da
questão de cor, o aprofundam ento das situações de exclusão.
Ao educador, no cotidiano escolar, cabe o lugar de rep e n sar
as relações através da integralização do p e n sam e n to -sen tim en to -a çã o
(pedagogia da indignação e da afetividade), resgatando o cuidado, pois
é a interação social que vai dar a cada sujeito social no universo e d u
cacional um m odo de ser e estar no m undo e onde se constrói, de
m odo histórico, afetivo e processual, a consciência e a iden tid ad e
individual e coletiva.
Para concluir a reflexão, a interação social, enquanto p ro d u
to social e histórico, não é estática e definitiva; podem os reagir a ela,
podem os conservá-la e/ou m odificá-la. Como disse M andela,
2 9 A ssisten te social pela U niversidade Federal d e P ernam b uco . E specialista em V iolencia D om éstica co n tra C rian ças e
A d olescen tes pelo Laboratorio d a C riança - LACRI, d a U niversidade d e S ão P aulo - USP (20 0 1 ). P resid en te d a ONG Coletivo
M ulher Vida /PE.
3 0 Tam bém c h a m ad a m etodologia d e p rev en ção , c a racte riza -se pelo trab alh o coletivo d e c o n stru ç ão de co n hecim en to s,
atrav és d e m o m entos/o ficin as, cu rso s, en co n tros, sem in ário s, etc. estru tu rad o s por m eio d e estra té g ia s afetivas, lúdicas e
vivenciais com o jogos, b rin cadeiras, s u rp re sa s, ch a ra d a s, ex p re ssõ e s artísticas, relaxam en to s, etc. 0 p ro ce sso b a s e ia -s e na
b u sca d e lin g u ag en s din âm icas q u e facilitem 0 diálogo critico e 0 fortalecim ento ou m u d a n ça d e atitu d e e fu n d a m e n ta -se nos
ap ren d izad o s d e grupo e a ç õ e s p úblicas d o s m ovim entos fem in istas, na p ro p o sta libertadora d e P aulo Freire, n a co m p reen são
do h u m an o p resen te n a psicologia hu m anista, n a a rte -e d u c a ç ã o e n u m a infinidade d e elem e n to s q u e p o d em s e entrelaçar,
d esd e que favoreçam 0 afeto, 0 grupo, a socialização, 0 lúdico e 0 vivencial. O s te m a s prioritários são : sex u alid ad e, fam ília,
cidadania, violência d o m é stica e sexual, direitos hu m an o s, m eio am b ien te, projeto d e vida, au to -estim a, au to n o m ia e autopro-
teção.
Agentes de Proteção e de Desconstrução da Violência Doméstica
res serve de retroalim entação para os trabalhos nas com unidades bem
como de elem ento de reflexão e aprendizagem coletiva.
N esse contexto em erge a im portância de projetos com o este
que favorece a interlocução en tre profissionais, fam ilias, co m u n id a
des e instituições. O texto é um diálogo sobre a violência dom éstica,
sua relação com a cidadania e b e m -e sta r integral de cada u m /a e o
papel da Escola, como ator potencialm ente m obilizador, tra n sfo rm a
d or e gerador da cultura de paz. O c m v teve o prazer de co n trib u ir no
processo de form ação dos professores e gestores da Rede Pública de
Recife envolvidos no p rese n te projeto.
A violência dom éstica é aqui caracterizada com o toda ação ou
omissão que cause prejuízo ao bem-estar, à integridade física, psicológica,
à liberdade e ao direito pleno de desenvolvimento de outro membro que con
vive no mesmo espaço doméstico (casa, rua, vizinhança). G uia da
P refeitu ra do Recife, 300%.
E nten d em o s a violência dom éstica com o um fen ô m en o
m u ltid im en sional, universal, endêm ico e que necessita, para sua
com preensão, da relação com as construções históricas de gênero,
classe social, etnia e geração. A violência dom éstica e sexual não é
específica de determ in ad o (s) grupo(s), ela é m und ialm en te e n d ê m i
ca. Em sín tese, é um a violência interpessoal, in tra ou extrafam iliar,
acontece nas grandes cidades e no m eio rural. É intensificad a pela
violência estru tu ral e passa constan tem en te pela om issão das in s titu i
ções.
O m odelo de desenvolvimento capitalista fu n d am e n ta-se nas
relações desiguais de po d er visando à opressão e exploração de m ilh a
res de seres hum anos p o r p equenos grupos que vivem para acum ular
riquezas. Este sistem a violento perpassa as relações sociais, fam ilia
res, co m u n itárias e in terpessoais, colocándo nos em constante busca
pelo p o d er e em geral abusando dele, sobretudo, no am biente d o m é s
tico. R eferim o-nos ao que H eleieth Saffiote cham a de Síndrome do
Pequeno Poder, ou seja, o po d er que p o r d iferen tes m otivos o indivíduo
90 R espeitando as Diferenças no Espaço Escolar
não consegue exercer nos am b ien tes públicos, o exerce com tira n ia no
am biente dom éstico.
Em nom e de um m odelo patriarcal, adulto cên trico e em que
a fam ília se coloca com o em um espaço sagrado, as sociedades c o n s
tró em verdadeiros m uros de silêncio, nos quais tudo que signifique
um a am eaça ao m odelo in stitu íd o é ignorado e/ou negligenciado.
Este m odelo secu larm en te trad icio n al gera sério s im pactos
no exercício da cidadania: restrição do espaço público; visão lim itada
ao contexto privado; coibição e anulação da fala (p rim eiro exercício de
participação); fragilidade em a p ro p ria r-se de seus d ireito s (baixa
au to -estim a, m edo, solidão, descrença na p ossibilidad e de m udança),
bem com o um a série de outras conseqüências pessoais, fam iliares,
sociais, econôm icas, políticas etc.
D entro da violência dom éstica, podem os ap o n tar algumas
m odalidades de am pla abrangência: a violência física, psicológica,
sexual, negligência, bullying, exploração do trabalho in fan til. Os e s tu
dos apontam crianças, adolescentes, m ulh eres e idosos, com o as
p rin cip ais vítim as e os h o m en s, jovens ou adultos, com o os p rin cip ais
responsáveis pelas agressões. A desconstrução dessas p ráticas passa
pela reflexão e m udança de valores e atitudes, bem como pela re d e fi
nição da dinâm ica fam iliar e das relações de poder. O estím ulo à q u e
bra da Lei do Silêncio, ou seja, to rn a r público os abusos que ocorrem
no espaço privado, é o prin cip al cam inho daqueles que desejam d e i
xar de ser vítim as da violência dom éstica.
N este sentido trabalham os para fortalecer as red es de p ro te
ção oficiais e espontâneas. Por Rede de Proteção Oficial en ten d em o s
as in stituições públicas e privadas. Q ualquer instituição pode fazer
p arte da am pla Rede de Proteção que precisa se r solidificada no Brasil
e no m undo. Uma fábrica, um hospital, um a escola etc., cada um p o s
sui sua parte de responsabilidade em d issem in a r e estim u lar a Cultura
de Paz. Há aquelas in stituições que são estratégicas e im p rescin d ív eis
na desconstrução da violência dom éstica, são as escolas, u n id ad es de
Agentes de Proteção e de Desconstrução da Violência Doméstica 91
1. Introdução
2. 0 início do processo
Somos
Vale refo rçar que esta tu rm a ainda não subjetivou o conceito de ra c is
mo, eles não se agridem pela cor, porém o trabalho foi válido para
104 Respeitando as Diferenças no Espaço Escolar
4. Conclusões
Relações Raciais:
conhecendo & respeitando as diferenças
Introdução
c o rre r de form a m ais detida a p a rtir de agora, são elas a n ã o -n e u tra li
dade da escola e a postura que os profissionais que nela atuam devem
te r fre n te a um problem a social que tem características p ró p rias na
escola, o racism o.
P 7?)-
gostaram m uito das histó rias e fre q ü en tem en te pediam para te r aces
so aos livros para ler individualm ente.
Uma outra série de atividades foi realizada em to rn o do tr a
balho com os conceitos de preconceito e discrim inação e com a an á li
se de situações cotidianas em que eles se m anifestam , nesse bloco,
destaco o trabalho com a h istó ria de vida dos alunos e a construção da
noção de d ireito e do racism o com o um crim e que deve ser d en u n c ia
do e punido.
Um outro recurso de que lancei mão foi a fita de vídeo Kiara-.
corpo de Rainha, que retrata um a situação de preconceito vivenciada
p o r um a m en in a em sala de aula.
No final do sem estre, realizei um a entrevista com parte da
turm a, atividade sobre a qual me deterei m ais adiante. Um outro
m aterial rico foram os textos escritos pelos p ró p rio s alunos, falando o
que co m p reen d eram do tem a tratado e de suas experiências com o
p reconceito e a discrim inação.
0 desenvolvim ento dessas atividades foi para m im um
m om ento construtivo de aprendizagem em que pude fazer o m ovi
m ento de reflexão sobre a prática docente tão ressaltado p o r Paulo
Freire, quando ele diz que Não é possível praticar sem avaliar a prática.
Avaliar a prática é analisar o que se fez, comparando os resultados obtidos
com as finalidades que procuramos alcançar com a prática... (fr e ir e , id.).
D entre as ações didáticas citadas acim a, destaco o bloco de
atividades que tratavam dos conceitos de preconceito e discrim inação
e da análise de situações do cotidiano, nos quais me d eterei com m aior
detalhe a p a rtir desse m om ento.
Inicialm ente p erguntei as crianças, num a roda de conversa,
o que elas en ten d iam po r preconceito. E ntre as respostas que obtive:
preconceito é discriminação contra negros/ é não gostar de gente m orena/é
discriminação racial. Essas respostas m ostram que essa palavra está
d iretam e n te relacionada, para as crianças, com a form a negativa como
os negros são tratados. Para as crianças, inicialm ente, foi im possível
114 Respeitando as D iferenças no Espaço Escolar
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116 Respeitando a s D iferenças no Espaço Escolar
4 - Os relatos pessoais:
2. C o n h e c im e n t o c ie n t íf ic o n a in t e r f a c e c o m os fa to s d o
3 3 . Licenciada em L etras, com E specialização em Literatura B rasileira, e p ro fesso ra d a Escola M unicipal S ão Cristóvão.
124
Respeitando a s Diferenças no Espaço Escolar
la, na com unidade e outras am plam ente divulgadas pela m ídia. Com
essa iniciativa, espero estar co n trib u in d o para a form ação de pessoas
capazes de tra n sfo rm a r as suas p ró p ria s perspectivas de vida.
N este artigo relato as experiências vivenciadas na trajetó ria
do referid o projeto, desde a sua elaboração até a avaliação, as d ific u l
dades e as conquistas, bem com o a participação dos alunos. A lém
disso, p ie te n d o d em o n strar que é possível fazer algum a coisa pela
valorização do se r hum ano e pela inclusão social de pessoas co n sid e
radas diferentes.
Desde 2004, venho trabalhando na escola tem as, como,
sexism o, racism o, hom ofobia, violência dom éstica e sexual, dst ,
1. Introdução
2. Localizando a experiencia
3. D esenvolvendo o tem a
a t iv id a d e 5 —D istribuição de qualidades.
Respeitando as Diferenças no Espaço Escolar
Relato de Experiência
A T IV ID A D E 1
16 anos: 01 aluna
20—3 o anos: 01 aluna
8 0 - 4 0 anos 04 alunas
4 0 - 5 0 anos 07 alunas
50—60 anos o 3 alunas
> 60 anos: 02 alunas
Total 18 alunas
A TIV ID A D E 2
A TIV ID A D E 3
A TIV ID A D E 4
SIM
NÃO
A T IV ID A D E 5
4. Perspectivas futuras
5. Conclusão
A credito que urna das ações que deveriam ser tom adas com o
in tu ito de favorecer as discussões acerca dos tem as trabalh ad o s no
C urso de Educação n ã o -sexista, não hom ofóbica e a n ti- racista, seria
in c lu ir esse debate nas form ações dos professo res, assim com o fo r
m ar os co o rd en ad o res pedagógicos das escolas p ara que te n h am su b
sidio s e segurança su ficien tes para atu ar d en tro das suas escolas na
ten tativ a de engajar os p ro fesso res nesse desafio.
Nós, p ro fesso res que tivem os o privilegio de p articip a r desse
m o m en to de form ação, tem o s o com prom isso de serm os p o n te en tre
os co n h ecim en to s e p en sam e n to s co n stru íd o s e nossos p ares, para
que dessa form a consigam os fazer com que Projetos dessa natureza
deixem de se caracterizar com o tal e passem a fazer p arte, efetiv am en
te, dos p ro gram as educacionais em todas as esferas, m u nicip ais, e s ta
duais e federais.
No d e c o rre r do processo de im plem entação das Políticas
Públicas educacionais que visem a program as de form ação, é preciso
que haja avaliação con stan te, evitando que todo o esforço se perca ao
longo do c a m in h o , a exem p lo do o c o rre com os P a râ m e tro s
C u rricu lares N acionais que carecem de um a avaliação m inuciosa em
seu processo de acolhida e prática.
Na verdade, acredito que tem as que envolvam a educação
n ão -se x ista , a n ti-ra c ista , n ão -h o fó b ica /le sb o fó b ica serão tratad o s
nas nossas salas de aula, não com o tem as tran sv ersais, m as com o base
de um a educação inclusiva, que favoreça a form ação cidadã e, acim a de
tudo, o resp e ito en tre as pessoas.
142 Respeitando as D iferenças no Espaço Escolar
Sara Comes36
fam ília socialm ente com postas com regras p ro n tas e rígidas.
D iante disso, a crise na qual nos en co n tram o s com costum es
n aturalizados nos agride nas suas diversas dim en sõ es, seja rela cio n a
da à classe social, raça, etnia, orientação sexual, gênero etc.
O nosso objetivo, no en tan to , não é fazer um a análise geral
sobre a com plexidade que envolve o contexto sócio - histó rico - cultural
do tem p o em que vivem os, m as expressar um pouco o retrato de a c o n
te cim en to s que nos afligem e que se m an ifestam de form as variadas.
Para Costa (%oo3 , p .n ) , a violência invadiu todas as áreas da vida de
relação do indivíduo —relação com seu corpo e sua mente.
E n tre ta n to , a q u e stã o fu n d a m e n ta l do n o sso P ro je to
Eqüidade de gênero.- um a construção possível no cotidiano escolar foi
re fle tir com alu n o s/as da Educação de Jovens e A dultos so b re a p ro d u
ção da violência sexual e dom éstica em P ernam buco e sua relação com
as desigualdades de gênero. Para os(as) estu d an tes que vivenciam de
p erto esse cenário, a sensação de se r o(a) protag o n ista da questão em
estudo, p e rm itiu u m m aio r envolvim ento e atenção para as questões
relacio n adas à eqüidade de gêneros.
Sendo assim , fom os p erc eb en d o que precisávam os rev er a
nossa atuação para que cada um (a) deles(as) co m p re en d e ssem que
som os cerceados p o r um a série de concepções m uito rígidas a re s p e i
to do papel da m u lh er, o que te m dado m argem a p reco n ceito s e d is
crim in ações.
A vivência do tem a estim ulou não apenas os/as discen tes,
m as ta m b ém os dem ais segm entos da escola, a desenvolver ações e d u
cativas que p rom ovessem o resp e ito às d iferenças.
P ortanto, d ian te de um conjunto de dem an d as sociais co lo
cadas ap enas para a escola, com o se esta fosse a tábua de salvação, é
relev an te co n sid e ra r o que afirm a G adotti, 1978, p. 15:
Nesse sen tid o , abord arem o s a tem ática p artin d o , de form a clara e
concisa, das razões que nos levaram a tra ta r essa tem ática, d es m istifi
cando um a cultura naturalizada socialm ente de um a relação desigual
e n tre h om ens e m ulheres. C ontudo, acreditam os que a nossa ex p e
riên cia possa oferecer sugestões que co n trib u am para a construção de
um a prática pedagógica de relevância em relação à concepção de
g ênero e sexualidade.
E stam os vivendo m o m entos p articu la rm en te alarm an tes na
nossa h istória, com um núm ero de 288 m ulh eres assassinadas desde
ja n eiro , o que coloca P ernam buco na posição de terceiro Estado que
m ais m ata m ulh eres no país (Folha de P ernam buco, 29/11/2006).
D iante desse quadro, o que nós educadores(as) podem os fazer?
C onstatam os ser desafiador e instigante atu ar com questões
que nos p erm item an alisar o que está acontecendo ao nosso red o r e,
ao m esm o tem po, m uito m ais conflitante é perceb erm o s que, m uitas
vezes in co n scien tem en te, estam os co n trib u in d o tam b ém para favo
rec er esse cenário.
P recisam os e n te n d e r que no m om ento histó rico no qual
vivem os ainda circulam valores gestados ao longo de m uitos e m uitos
séculos antes de nós, em que as m ulh eres viviam à som bra dos
h o m ens e a eles subm issas, o que favoreceu o m odelo de sociedade
m achista que p ersiste até nossos dias.
R eiterando o que foi afirm ado acim a, é com um , no nosso
cotidiano em sala de aula, nos d ep arar com alunas que verbalizam um
discurso bem representativo dessa situação:
É possível a eqüidade de gênero no cotidiano escolar? 145
Ah, meu companheiro não quer que eu estude, pois ele pre
fere que, chegando em casa, eu esteja disponível para
esquentar a jan ta dele e conversar.
foram u m ta n to sexistas.
ANEXO
Conhecendo minhas impressões
sobre homossexualidade
( ) Fica constrangida.
( ) Diz que esta novela não é para adolescen tes e p r o í
be a filha de assisti-la novam ente.
( ) D esaprova a cena, xingando as atrizes e o au to r da
novela p o r estar incentivando relações hom ossexuais
em ho rário nobre.
( ) Conversa com a filha, explicando que isso não é
norm al.
( ) O utra alternativa.
3. Você escuta com entários que sua colega professora é lésbica, você:
4. Você descobre que seu filho estava aos beijos com outro m enino na
escola
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Im p re s s o n a G ráfica D om B osco em p a p el p ó le n so ft 8 o g /c m 3. R ecife, ju n h o de 3007.
Os CO NTEÚDO S PROGRAM ÁTICOS q U C 8 6 i n s e r e m HO
GESTOS
Soropositividade, Comunicação &Género <
Prefeitura do R ecife
A g tO fíd C o b íQ 6 CUÍÓOf d ü S pCSSOQS
Save th e Children
PARCERIA
Reino l*ndo
MULHER
VIDA DJUMBAY