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Para SILVA & CARVALHO (2006) este é um dos temas mais debatidos e polémicos da
arqueologia americana. Contudo, a maioria dos pesquisadores admite a procedência asiática das
populações ameríndias de grupos heterogéneos (mogóis ou mongoloides, esquimós, etc) vindos
da Asia, através do estreito de Bering e em diversas ondas migratórias. Contudo, outra rota tem
sido apresentada pelos teóricos, como é o caso da Polonesa, através do oceano pacífico, bem
como a rota australiana.
Para LIMA (2011) esse dissenso nos aspectos cronológicos vem sustentando debate, de tal forma
que a discussão tem ficado restrita ao individualismo das ocorrências potencialmente capazes de
fornecer datas mais antigas. Sendo assim, duas correntes opostas de pensamento se formaram em
torno desta problemática:
i. Recentemente, uma visão mais conservadora, ortodoxa e bastante coesa, defendida por
Walters e Stafford (2007) admitem a presença humana na América apenas em torno de
12.000 anos antes do presente;
ii. Outra, Heterodoxa e heterogénia, defendida por Roosevelt et al (2002); Collins (2002);
Lovgren (2003); Prous (2007), entre outros, entendem que o povoamento ocorreu muito
antes do período apresentado pela primeira. Esta corrente admite que há sítios
potencialmente mais antigos que 12.000 anos, forçando desta forma, uma reavaliação
sobre os limites cronológicos da entrada do Homem na América.
Teoria de Clovis
Esta teoria defende que, o homem teria chegado à América através do estreito de Beiring
(localizado entre o extremo leste do continente asiático e o extremo oeste do continente
americano. Segundo esta teoria, o povoamento do continente americano ocorreu quando
nómades asiáticos atravessaram o estreito de Beiring, que nesse momento encontrava-se
congelado em razão da era glacial, formando uma ponte natural entre os dois pontos. A partir daí
o homem migrou até a região meridional do continente americano.
Esta teoria foi estruturada a partir da descoberta de sofisticadas pontas de lança talhadas em
pedra na região de Clovis, no estado norte-americano do Novo México, na década de 1930, esta
hipótese defende que os criadores destes artefactos são os pioneiros e, provavelmente, os únicos
responsáveis pelo processo de ocupação da América, que teria ocorrido através do estreito de
Bering há cerca de 11.500 anos. A partir daí, grupos de caçadores desta cultura teriam
empreendido um rápido processo de expansão até o extremo sul do continente por um suposto
“corredor livre de gelo” a leste das montanhas Rochosas.
Teoria interdisciplinar