História -Capítulo 3
Os Primeiros Habitantes da América
Neste capitulo 3, você vai estudar as diferentes descobertas do povoamento da América, algumas sociedades, que
milhares de anos atrás viveram nas terras que hoje formam o território brasileiro.
As transformações das
teorias científicas
Em 2013, cientistas encontraram, na Etiópia uma
mandíbula fossilizada. Esse fóssil se tratava de uma
espécie do gênero Homo essa espécie teria vivido 2,8
milhões de anos atrás.
A análise das evidências permitiu à maioria dos cientistas
chegar a um consenso sobre uma nova data quanto a vida
do gênero Homo recuando sua aparição na Terra em pelo
menos 300 mil anos.
Algumas vezes não há um consenso entre os cientistas
quanto se tenta explicar de que maneira teve início o
povoamento da América.
A chegada à América
Descobertas de fosseis muitos antigos na região africana
levaram á afirmação de que a África é o berço da
humanidade.
Antes observe o mapa:
Percebe que a Sibéria e o Alasca estão separados por uma
pequena faixa de mar: o Estreito de Bering.
Por volta de 20.000 A.C, o planeta vivia o auge da Era
Glacial, a temperatura na Terra teria baixado e enormes
camadas de gelo teriam se formada em boa parte de gelo
teriam se formado em boa parte da América do Norte,
Europa e da Ásia.
O nível do mar teria diminuído tanto que as águas do
Estreito de Bering haveriam desaparecidos, e assim, as
duas regiões estariam ligadas por uma faixa de terra.
Essa faixa ligando Ásia e América teria permitido que
grupos humanos saíssem do continente asiático e
chegassem ao continente americano.
Teoria de Clóvis
A Teoria de Clóvis tem esse nome, pois duas pontas de
lanças foram encontradas em um sitio arqueológico na
cidade de Clóvis, nos EUA.
Até final da década de 1990, os cientistas defendiam a
ideia de que a América teria sido povoada apenas por
povos de origem mongoloide, ou seja, vindo da Ásia e
teriam atravessado a pé o Estreito de Bering.
Esse grupo seriam especializados na caça de grandes
mamíferos como o já extinto mamute e bisão,
confeccionavam instrumentos de pedra lascada, como
pontas de lanças que eram fixadas em hastes de madeira.
Luzia
Em 1975 no Brasil foi encontrado em uma caverna na
região de Lagoa Santa, Minas Gerais, um crânio de uma
mulher com aproximadamente 20 anos de idade. Os
cientistas a batizaram de Luzia.
Após analises, cientistas avaliaram que ela teria vivido
11.500 anos atrás. Luzia revelou uma característica
importante: os traços físicos. Em 1999, o crânio de Luzia
foi levado para Inglaterra, onde fizeram a reconstituição
de seu rosto e Luzia teria traços negroides, ou seja, seu
rosto seria parecido com o de africanos ou de nativos
australianos do que com asiáticos (japoneses, chineses) ou
indígenas.
Pelos traços físicos de Luzia seus ancestrais dificilmente
teriam vindo da Ásia, contestando a Teoria de Clóvis.
O Estreito de Bering, pode não ter sido o único meio de
se chegar a América para ocupa-la.
 Teoria Pré-Clóvis e outras
Teoria Pré-Clóvis tem esse nome porque defende que
o povoamento da América teria ocorrido antes da data
estipulada pela Teoria de Clóvis. Os seres humanos
teriam chegado à América há cerca de 14 mil anos, teriam
ocorridos duas levas de grupos de origens distintas. A
primeira, a dos não mongoloides, teria ocorrido há cerca
de 14 mil anos (o povo de Luzia): a segunda, a dos que
apresentavam traços mongoloides, teriam ocorrido há
pouco de 11 mil anos.
A Hipótese de Niède Guidon
Niède Guidon arqueóloga brasileira pesquisando um sitio
no Piauí encontrou vestígios que supôs serem restos de
fogueira datados de 50 mil anos. Se a pesquisa estiver
certa a chegada dos humanos a América teria ocorrido,
há mais tempo.
Para Niède Guidon, os primeiros humanos a chegar à
América podem ter vindo de diferentes rotas: pela
África, através do Oceano Atlântico ou pela Ásia, por
volta de 12 mil anos atrás, todo atual território brasileiro
já estaria povoado, mas muitos arqueólogos argumentam
que as fogueiras analisadas por Guidon seriam de
combustão espontâneas e não feitas por humanos, o que
invalida a data apontada pela pesquisadora.
Evidências de Santa Elina
Pesquisadores franceses Denis Vialou e Águeda Vilhena
Vialou, entenderam que o povoamento da América do
Sul se iniciou há 25 mil anos, baseando essa hipótese na
análise de evidencias arqueológicas encontradas em Santa
Elina, Mato Grosso.
Novos Vestígios em Lagoa Santa
Em 2018, um estudo de DNA de ossos humanos de Lagoa
Santa, onde Luzia foi encontrada, sugere que seu povo
teria mais semelhanças do que imaginado com os
mongoloides. As novas descobertas resgataram a ideia de
que os antigos americanos poderiam ser descendentes de
um único grupo, mas a possibilidade de eles terem
chegado antes do que acreditava.
O assunto permanece incerto.
No Brasil, diferentes povos
Os primeiros habitantes das terras que hoje fazem parte
do brasil teriam pertencidso tantos aos grupos humanos
de origem mongoloide, quanto a de outras origens. Com
o passar dos séculos, as populações de origem não
mongoloide teriam desaparecido.
Esses dois grupos povoaram o território brasileiro, e os
vestígios de sua presença - ferramentas, pinturas nas
cavernas, restos de fogueiras, urnas funerárias etc.- são
encontrados nos mais de 20 mil sítios arqueológicos do
Brasil.
Na Serra da Capivara
A Serra da Capivara fica no Piau é uma região de clima
semiárido, uma estação seca, com vegetação da Caatinga.
A cerca de 12 mil anos, essa região era bem diferente,
tinha clima tropical úmido e uma grande variedade de
animais e vegetação, como capivaras e veados e animais
já extintos como tatu gigante que poderia ter o tamanho
de um Fusca.
Na Serra da Capivara antigos grupos humanos povoaram
as terras, esse grupo eram de nômades, de feição
mongoloide, formado por poucas pessoas, viviam da caça
de animais pequenos, da pesca, da coleta de alimentos,
como mel, frutos, raízes e ficavam próximos a fonte de
águia, como rios ou córregos.
Por volta de 3 mil anos atrás, os habitantes da Serra da
Capivara já tinham fixado residência e dominavam a
produção de objetos de cerâmica. Viviam em aldeias com
cerca de 10 casas, uma praça central, praticavam
agricultura de milho, feijão, cabeça e amendoim.
Uma das principais características desse grupo era os
desenhos nas paredes chamados de pinturas rupestres.

Curiosidade
Nas últimas décadas, pesquisadores encontraram outros fosseis que teriam vivido há
mais tempo que Luzia: Eva de Naharon e Naia no México. O esqueleto de Eva foi
encontrado em 2001, e o de Naia 2011. Eva teria vivido há cerca de 13,6 mil anos e
teria 20 e 25 anos quando morreu. O esqueleto de Naia data de 12 mil a 13 mil anos,
ela teria por volta dos 15 anos quando morreu.
 O povo de Luzia
O povo de Luzia era nômade, vivia na região de Lagoa
Santa em Minas Gerais, há cerca de 11500 anos. Viviam
em grupos de 25 pessoas e quando o numero de
indivíduos crescia, o povo formava um novo grupo.
Não havia hierarquia, os bens como ferramentas, eram de
acesso a todos, viviam da caça de animais e da coleta de
frutas.
As atividades eram divididas entre os membros: os
homens caçavam e as mulheres e crianças cuidavam das
coletas dos frutos. A comida era compartilhada com
todos.
Moravam em cavernas e também utilizavam as cavernas
como local para enterrar seus mortos. Quando uma
pessoa morria, o sepultamento era realizado em dois
momentos. O corpo era enterrado na posição fetal,
meses depois os ossos eram retirados, passavam por um
ritual que incluía pinta-los de ocre e enterra-los
novamente numa cova menor.
Os moradores dos Sambaquis
Há cerca de 7 mil anos os povos que viviam do Maranhão
ao Piauí e da Bahia ao Rio Grande do Sul se
especializaram na construção de sambaquis.
Sambaqui é uma palavra de origem indígena que significa
“amontoado de mariscos”. Esses sambaquis eram
amontoados de conchas, ostras, cascas de siri e
caranguejos, alimentos que faziam parte da alimentação
desse povo.
Os sambaquis era o espaço de convívio social. No centro
dos sambaquis, os sambaquieiros construíam suas
cabanas, que eram ocupadas por famílias de 2 a 6 pessoas.
Na região central era utilizada também como área para
enterrar seus mortos. No entorno servia para outras
atividades como descarte de lixo, fabricação de
instrumentos de pedra.
Como moravam em uma região bastante farta de comida
e água, permaneciam muito tempo na mesma área
chegando a formar sambaquis de ate 10 metros de altura
o que levaria mais de 500 anos para atingir esse tamanho.
Essa sociedade desapareceu por volta do ano de 1500.
Povos sedentários da Amazônia
Arqueólogos indicam que há cerca de 12 mil anos, povos
caçadores-coletores já viviam na Região Amazônica.
São conhecidos como Civilização Marajoara, cultura
tapajônica e a civilização do Alto do Xingu.
Civilização Marajoara
Se estabeleceu por volta do ano 200, na região do atual
estado do Pará. Para fugir dos alagamentos construíam
aterros artificiais, chamados tesos. Os tesos tinham entre
5 metros de altura e podiam alcançar até 200 metros
onde os marajoaras construíam suas habitações.
Eles produziam cerâmicas, confeccionavam vasos, urnas,
estatuetas etc. Essas peças geralmente tinham fundo
branco eram pintadas nas cores preta e vermelha.
Essa civilização teria durado até o século XIV (1301 a
1400).
Cultura tapajônica
Surgiu as margens do Rio Tapajós na região de Santarém,
no atual estado do Pará.
Sua principal característica foi a produção de objetos de
cerâmica – estatuetas, vãos, cachimbos e urnas decoradas
com representações de animais e humanos.
Floresceu por volta do ano 900 e existiu até o século XVII
(1601-1700).
Civilização do Alto Xingu
Região do alto Xingu localizado no norte do estado do
Mato Grosso, entre os anos de 1200 e 1600 teria existido
na região uma civilização complexa, seria composta de 19
alteias no formato circular, interligadas umas à outras por
uma rede de estradas, cercada por poços e paliçadas
(conjunto de estacas ou varas fincadas no solo formando
uma cerca).
Teria uma população de 2,5 mil a 5 mil pessoas, nessa
civilização havia uma divisão social hierárquica, era uma
sociedade que era dividida em grupos com posição social
mais elevada do que outros.
 -História -Capítulo 4
Mesopotâmia
Você estudará as sociedades mesopotâmicas e entenderá sua relação com recursos hídricos, bem como a formação e as
características desses povos antigos.

A importância do Tigre e do Eufrates

Mesopotâmia é uma palavra de origem grega significa
“entre rios”, está localizada entre os rios Tigre e Eufrates, os
rios nascem nas montanhas da atual Turquia e seguem em
direção ao Golfe Pérsico, essa região atualmente corresponde
ao sul do Iraque e alguns países vizinhos.
A Mesopotâmia era bastante fértil, o fato de chover nas
montanhas, onde os rios nascem e descer em direção ao Golfo
Pérsico, os rios carregavam, em suas águas, sedimentos ricos
em minerais, matéria orgânica, quando transbordavam, nas
épocas de cheia depositavam esses sedimentos em suas
margens, fertilizando o solo e tornando propício a agricultura.

Os Primeiros Sumérios
Surgiram cerca de 10 mil anos atraídos por água farta e terra
cultivável. Os primeiros sumérios se fixaram entre 10 mil
A.C. e 8 mil A.C., construíram cabanas simples e passaram a
cultivar trigo, legumes, cevada e tâmaras; criaram e
aprenderam a domesticar animais como bois, porcos e cabras.
Ao longo dos milênios, os descendentes ampliaram sua área de
cultivo, distanciando das margens dos rios, criaram meios para
aproveitando melhor os cursos de água: construíram diques,
represas e canais; aumentando sua produção agrícola. Com
mais comida, diminuíram as doenças e morte, houve aumento
da população.
Com isso organizaram vilas e cidades.

As cidades-Estados
Por volta de 3000 a.C., as pequenas vilas haviam se
transformado em grandes estruturadas cidades, as áreas
urbanas concentravam cerca de 90% da população e
controlavam as aldeias rurais vizinhas, quando ameaçadas
buscavam abrigo nas cidades protegidas por fortes muralhas.
As cidades sumérias não tinham um governo central, cada uma
tinha seu próprio governo, suas regras e seus deuses. Assim,
por serem autossuficientes e autogovernadas, os historiadores
caracterizam esses centros como cidades-Estados.
A organização social das cidades sumérias
A vida dos antigos grupos nômades, marcados pela divisão
igualitária de tarefas foi substituída por relações sociais
diferenciadas, alguns grupos passaram a ter mais poder ou
privilegio em relação a outros estes processos denominou-se
estratificação social.
Um dos fatores que contribuíram para estratificação socil foi a
especialização de funções- a construção de moradias, a
produção de cerâmicas, construção de diques e represas.

A organização política
No início da organização, as comunidades eram administradas
por conselho formado por homens mais velhos e respeitados.
Por volta de 2500 a.C. o poder já estava nas mãos de uma Escribas
pessoa- o rei. O rei era considerado representante do deus das
O escriba era quem cuidava dos registros da sociedade
cidades; ele era também um sacerdote, entre seus deveres
suméria, eram necessários muitos anos de estudo para se
estavam garantir a fertilidade da terra, defender a população
tornar um escriba, escrever era muito difícil. Existiam mais de
contra inimigos, responsabilizar-se pela justiça e conservar o
2 mil sinais.
templo. Eram ricos e poderosos.
A escrita no inicio era feita com desenhos usando haste de
Sacerdotes, templos e religião bambu em placas de argila úmida; depois os desenhos passaram
a ser feitos com estilete em forma de cunha que eram secadas
Os sumérios eram politeístas, não separavam religião da vida ao Sol ou em fornos e assim a escrita suméria ficou conhecida
cotidiana. Os templos eram considerados o “coração” da como escrita cuneiforme.
cidade.
Os sacerdotes costumavam ser donos de terras, muitas vezes
arrendadas a outras pessoas para pratica de agricultura, lhe
cabia assegurar a alimentação das pessoas como órfãos e viúvas.
Trabalhadores livres e escravizados
Eram a base da sociedade. Os trabalhadores livres eram,
Altos funcionários públicos e agricultores, carpinteiros e pescadores; haviam os
trabalhavam para o templo e para as pessoas ricas da
chefes militares sociedade (eram alimentadas e vestidas por eles).

Essas pessoas se dedicavam exclusivamente às tarefas públicas,
o governo das cidades-Estados garantia sua sobrevivência.
Ajudavam os reis na administração das cidades – e chefes
militares.
Como armas em suas batalhas os sumérios usavam elmos,
escudos, lanças, arcos e flechas. Algumas cidades chegaram a
possuir exército de até 5 mil soldados.
Comerciantes
Os comerciantes sumérios - chamados de tamkarum- tinham
uma vida comercial intensa, viajavam longas distancias com
caravanas de burros, balsas ou barcos a vela para comercializar
seus produtos, como cevada, armas, joias. Usavam cevada para
troca de produtos de pequeno valor e a prata para medida de
grande soma.
Os escravizados- uns por terem cometidos algum tipo de
crime, outros por serem prisioneiros de guerra. Podiam
sofrer castigos de seus senhores, mas tinham direitos,
como ter um filho livre, se o cônjuge fosse livre e podiam
comprar sua liberdade;
Formação de impérios
Por volta de 2350 a.C., foram dominados pelos acadianos
povo que vivia na região central da Mesopotâmia, e assim
todas as cidades da Mesopotâmia ficaram sob o comando
de um único rei- Rei Sargão.
O primeiro império mesopotâmico durou cerca de um
século, assimilaram elementos da cultura da escrita, as
técnicas de irrigação e as crenças em várias divindades.
Depois as cidades voltaram a condição de ser cidades-
Estados.
Primeiro Império Babilônico
Por volta de 1950 a.C. uma nova unificação das cidades-
Estados surgiria um império, o povo chamado nômade
amoritas que criavam bois e ovelhas se estabilizaram nas
cidades sumérias, escolheram a cidade de Babel ou
Babilônia.
Com passar dos anos, cercaram a cidade com muralhas e
passaram a governar por meio de reis.
Em 1792 a.C. e 1750 a.C. foram governados pelo rei
Hamurabi, após sucessivas campanhas militares, ele
conseguiu unificar todas as cidades da Mesopotâmia
criando - o Primeiro Império Babilônico
Hamurabi se tornou conhecido por criar um Código de
Leis, o Código de Hamurabi. As leis foram escritas
numa pedra com 2 metros de altura, registraram mais de
300 leis que regulavam diversos aspectos da sociedade,
como leis relativas a delitos, direito de família, herança
regulação de preços e salários, posse de escravizados.
As leis variavam de acordo com a condição social da
pessoa, o mesmo delito poderia ter diferentes penas para
cada grupo social.
O fato de o Código de Hamurabi ser escrito e ficar
exposto demonstra que aquela sociedade tinha uma
preocupação de mostrar que as pessoas tinham direitos e CÓDIGO DE HAMURABI
obrigações e que esses direitos e obrigações não podiam
ser mudados pela vontade pessoal de um legislador ou
juiz.

PRIMEIRO IMPÉRIO BABILÔNICO

 -História -Capítulo 5-
Egito Antigo
O Egito tem uma economia superior à de muitas outras nações africanas, mas batalhas contra vários problemas sociais e
políticos. Neste capitulo, você vai estudar o Egito Antigo, analisando os diferentes aspectos das sociedades mais marcantes
da História.

O Rio Nilo e a organização do
Antigo Egito
O Rio Nilo é formado pela junção de três rios africanos:
o Nilo Branco localizado- Uganda, Tanzânia e Quênia;
Nilo Azul e o Rio Atbara, que nasce na Etiópia. Os
três rios se unem no território do Sudão, e segue em
direção ao norte ate desaguar no Mar Mediterrâneo.
O Nilo é o segundo maior tio do mundo, com mais de 6
mil km de extensão, há mais de 5 mil anos desenvolveu-
se uma das primeiras civilizações da história da
humanidade- a civilização egípcia.
As primeiras comunidades- conhecidas como nomos- se
estabeleceram nas suas margens por volta de 5000 a.C.,
o Rio Nilo fornecia recursos importantes para sociedade
egípcia, como peixes e barro.
As cheias anuais
O Nilo, regia o ritmo de vida e de trabalho dos habitantes
nomos. As cheias do Nilo eram garantia de alimentos para
os meses seguintes, preocupados em saber o tamanho
dessas cheias, os moradores da região construíram os
nilômetros.
Eram poços fundos, cavados até alcançar os lençóis
freáticos do rio. Nos períodos da cheia a água no interior
do nilômetros subia, e assim conseguia dimensionar o
tamanho das colheitas e o volume de impostos a ser
arrecado.
O ciclo do rio era tão importante que foi a base do
calendário mais antigo da humanidade, composto de 365
dias, dividido em 3 estações.
Os egípcios desenvolveram importantes obras hidráulicas
para utilizar melhor a água do seu grande rio.
Nomos e Nomarcas
As populações dos nomos construíram diques, canais e
barragens para garantir abastecimento permanente de
água.
Com crescimento dos nomos, haviam pessoas que
cuidavam dos cultivos agrícolas; outras das construções
de diques e canais; os encarregados de construir celeiros
para armazenar alimentos, entre outras ocupações
possíveis.
O nomarca era o cargo mais importante, uma espécie
de governador, tinha a tarefa de administrar sua região e
assegurar alimentos aos moradores, sendo vistos como
divindades.
Por volta de 3,500ª.C., o território encontrava-se
organizado em apenas dois grandes reinos: o do Baixo
Egito localizado ao norte (região mais fértil do Egito) e
do Alto Egito, localizado ao sul. Eram governados por
nomarcas.
Em 3200ª. C., esses dois reinos foram unificados e o
poder foi centralizado para o faraó, uma mistura de rei
e deus.

A cronologia do Antigo Egito
A antiga civilização egípcia existiu por aproximadamente
3 mil anos, essa longa história foi dividida pelos
historiadores em períodos.
Antigo Império (3.200 a.C. a 2300 a.C.)
O Antigo Império é marcado pela unificação do \alto e
Baixo Egito em único reino, feita pelo faraó Menés.
Caracterizou-se pela expansão do reino em direção ao
sul, com a conquista das terras da Nubia, atual Sudão, e
pela construção das primeiras pirâmides. Revoltas
internas puseram fim à unidade política, marcando o fim
do Antigo Império.
Médio Império (2055a.C. a1650 a.C.)
A reunificação do Egito foi promovida sob o comando do
faraó Mentuhotep, foi um período de esplendor da
arte egípcia. Por volta de 1650 a.C., os hicsos, o povo de
origem asiática que vivia na região da Síria e da Palestina,
conquistaram o Egito, marcando o fim desse período.
Novo Império (1550 a.C. a1069 a.C.)
Com a expulsão dos hicsos do Egito e a formação de um
novo governo unificado, iniciou-se o Novo Império. Foi
o período em que governaram conhecidos faraós, como
Akhenaton e Ramsés II.
Curiosidade
No primeiro milênio a.C., o Egito sofreu muitas invasões de
povos diferentes, persas, líbios, macedônios e romanos.
Cleópatra, governou o Egito entre 51a.C. e 30 a.C., é
considerada a ultima rainha egípcia, a sua morte marca o fim
do império faraônico, quando o Egito passou ser domínio de
Roma.
Uma sociedade estratificada
A sociedade egípcia era uma sociedade estratificada,
existia uma hierarquia. Historiadores representam essa
sociedade em forma de uma pirâmide. As pessoas que
estavam mais próximas do topo tinham maior
importância social; e as que se encontravam mais
próxima da base tinham menor importância social.
Observe a representação:
Faraó: o topo da pirâmide social
Faraó era o mais importante, foi considerado, inclusive,
um deus. Ele e sua família estavam no topo da pirâmide.
O faraó era chefe de governo e dono de tudo que existia
no Egito: as terras, as minas, os animais, as plantações.
Ele era chefe de todos os sacerdotes, o líder militar e o
juiz supremo.
Os altos funcionários
Os altos funcionários estavam abaixo do faraó eram
responsáveis em ajudar na administração do Egito.
Os sumos sacerdotes, eram responsáveis pelos
grandes templos, eram os únicos autorizados a se
aproximar das estatuas dos deuses. Tinham grande poder
entre a população.
O vizir, uma espécie de primeiro-ministro, encarregado
de supervisionar toda a administração egípcia.
Funcionário administrativo de cargo mais elevado,
homem de confiança do faraó, respondia somente a ele.
As demais posições da pirâmide
Em uma escala de maior para menor importância estavam
os escribas, comerciantes, soldados, artesãos,
camponeses, servos e escravizados (presos de guerra).
A maior população era de camponeses que eram
responsáveis por garantir alimentação através dos
cultivos de variados alimentos, como frutas e cereais.
O papel do escriba
Figura de prestigio, o trabalho do escriba era burocrático,
cabia a ele controlar o que era produzido no Egito:
colheita, volume de cerais estocados, o tamanho da área
cultivada, numero de cabeça de gados, os impostos pagos
pela população.
Eles também cuidavam dos projetos de construção das
grandes obras públicas, como os dique se canais de
irrigação, faziam as copias dos textos religiosos.
Os egípcios desenvolveram um dos sistemas de escrita
mais antigos da história, os hieróglifos, depois
desenvolveram os hierático e o demótico.
Hieróglifos: Conjunto de símbolos que representavam
palavras.
Hierática: formada de 24 símbolos, cada um
representando um som, foi utilizado por 2 mil anos.
Demótica: inventada no século VII a.C., um sistema mais
simples foi usado até por volta de
IV d. C.
A vida religiosa dos egípcios
Povo extremamente religioso, tinham vários deuses
egípcios com diferentes aspectos.
Cada cidade egípcia costumava ter um próprio deus e os
moradores construíam templos consagrados para ele.
Para os egípcios a vida ia além da morte.
O ritual de mumificação, levava 70 dias.
Os egípcios acreditavam que em sua vida após a morte,
assim os mortos eram enterrados com seus objetos do dia
a dia, como, joias, moveis, vasilhas e até com seus servos.
Tinham diferentes construções para sepultamento como:
Mastabas assemelhavam-se a casa vista de fora, tinha no
seu interior um poço que se comunicava com a câmera
funerária;
Pirâmides eram construídas para enterrar os faraós. As
mais famosas do mundo são - Quéops, Quéfren,
Miquerinos.
Hipogeus substituíram as pirâmides, eram túmulos
cavados em rochas, comum no Novo Império. Tinham
escritas e desenhos representando a vida da pessoa
sepultada. Muito do que se conhece sobre a população do
antigo Egito vem desses textos e pinturas.
 História -Capítulo 6-
Tradições orientais: China e Índia
China e Índia são, atualmente, as duas nações mais populosas do planeta juntas, reúnem mais de 2,5 bilhões de pessoas,
um terço dos habitantes do mundo está nesses dois países asiáticos. Neste capitulo, você conhecera mais sobre essas duas
sociedades orientais.
China: da primeira dinastia à republica
Foi as margens do Rio Amarelo, localizado no norte do
território chinês, que começou a se formar a civilização
chinesa.
Por volta de 7000 a.C., já havia diversas comunidades
estabelecidas nas proximidades da margem sul do rio.
Com domínio da agricultura, começaram a plantar trigo,
arroz, sorgo e painço. Esses grupos eram criadores de
animais, como porcos e cachorros e fabricantes de vasos
de cerâmicas, dentro dos quais eram estocados os
alimentos para armazenamento.
Entre 5000 e 3000 a.C., esses povoados haviam se
transformando em comunidades maiores, onde a
autoridade local era uma sociedade matriarcais. Com
tempo, elas se tornaram patriarcais, pois a autoridade
dentro do lar começou a ser assumida pelo pai.
As comunidades cresceram, tornaram-se cidades,
viraram pequenos Estados autônomos chefiados por
patriarcas.
Por volta do ano 2200ª.C., Yu, o Grande, liderou a
unificação dos diversos Estados chineses em um único
governo, tornando-se rei.
Formou, a dinastia Xia, primeira dinastia chinesa que
governaria por 500 anos, os Xias dominaram uma área de
1600 km², montaram um exercito equipado com armas
de bronze e ergueram muralhas ao redor das cidades para
impedir invasões inimigas.
Ao longo de 4 mil anos a China passou por várias
dinastias, a dinastia Xia foi sucedida pela dinastia Shang,
que governou entre os séculos XVII a.C. e XI a.C.,
aproximadamente. Esta foi sucedida pela dinastia Zhou
/Chou, que ficou no poder até o século III a.C. Essas três
dinastias foram responsáveis pela configuração da
sociedade chinesa, com características que permanecem
até os dias de hoje.
Outra dinastia que se destacou na história da china, a Qin.
A centralização do poder
Durante o período da dinastia Zhou (XI a.C.- III a.C), o
poder na China se fragmentou. Os reis dessa dinastia
terem governado com ajuda de uma nobreza, formada
por parentes, ministros e generais. Essas pessoas
ganharam grandes extensões de terra e tornaram- se
poderosas. Com o tempo, suas propriedades adquiriram
autonomia, tornando- se Estados independentes do
poder central. O território chinês se dividiu em
pequenos territórios, cada um governado por um rei.
Entre os anos 475 a. C e 221 a.C., esses estados entraram
em guerra pelo controle da região, essa época ficou
conhecida como Período dos Reinos Combatentes.
Em 221 a.C. os conflitos terminaram e sobressaiu o reino
Qin, esse reino contava com cavalaria e exercito que
lutava com armas de ferro. O governante do Reino Qin,
Yiang Zheng, assumiu o titulo de imperador, adotou o
nome de Chi-Huang-ti que significa “primeiro
Soberano Augusto e assim se tornou o primeiro
imperador da China.
O novo governo promoveu varias mudanças, a mais
importante foi centralizar a administração, dividiu China
em 36 providencias e subdividiu cada uma em
prefeituras, eram formadas por distritos e aldeias. Em
cada província mantinha funcionários escolhidos por ele
próprio.
Unificou o sistema de pesos e medidas, construiu estradas
interligando áreas diversas do território, determinou a
construção de canais para melhorar a irrigação e
aumentar a produção agrícola, uniformizou o sistema de
escrita e criou impostos e leis.
Determinou a construção da Muralha da China, uma
linha de fortificações nas fronteiras do norte do território
e a construção de um mausoléu onde seria enterrado após
sua morte.
As obras do mausoléu iniciaram antes mesmo de Chi-
Huang-ti ter se tornado imperador da China; ele tinha 13
anos de idade e havia acabado de assumir o trono do reino
Qin.
 Invenções chinesas
Diversos materiais presentes em nosso cotidiano se
tratam de invenções chinesas, como o garfo, a tinta, o
macarrão, o sino, entre outros.
A escrita
Os chineses foram um dos primeiros povos a desenvolver
um sistema próprio de escrita. Alguns dos registros mais
antigos remontam a cerca 1500 a.C. e foram feitas
durante a dinastia Shang e foram encontradas na região
do Vale do Rio Amarelo.
Esses registros são inscrições feitas em ossos de animais e
em carapaças de tartarugas. Os estudiosos concluíram
que essas inscrições representam perguntas que os reis da
dinastia faziam em consultas a um oráculo.
Os sacerdotes faziam inscrições nos ossos e nas carapaças
usando um bastão aquecido. As rachaduras provocadas
pelo calor eram interpretadas como respostas e, podiam
significar sim ou não.
Ao longo do tempo, esses sinais foram modificados e se
transformaram nos primeiros ideogramas da língua
chinesa. Nesse tipo de escrita, cada símbolo representa
uma palavra.
A seda
Durante a dinastia Han, no ano 1500 a.C., os chineses
descobriram que os fios do casulo da lagarta da mariposa
Bombyx mori eram excelentes para produção de um
tecido, que ficou conhecido como seda. Ela se tornou o
principal artigo comercial da China, a seda também era
utilizada para confeccionar as roupas dos imperadores e
dos mais ricos, em ocasiões especiais eram usadas como
suporte para escrita e para algumas pinturas importantes.
A produção da seda era um verdadeiro segredo de estado,
poderia levar a morte por tortura quem a revelasse;
apesar disso, no século III, os japoneses também passaram
a produzir tecidos de seda.
A Rota da seda
A Rota da Seda se refere a um conjunto de estradas que,
partindo da cidade chinesa de Chang’an, chegava até o
Mar Negro e dele, iam a cidade de Veneza, na Itália.
Havia também percursos que conduziam ao Mar
Mediterrâneo.
Pelas estradas, trafegavam comerciantes que levavam, no
lombo de animais de carga, produtos asiáticos para serem
vendidos na Europa. A seda era o principal artigo, mas
transportavam também perfumes, especiarias, peças de
cerâmicas, chá, pólvora, pedras preciosas, entre outras.
Uma viagem ao longo da Rota da seda poderia levar 1
ano. Era uma rota difícil de serem percorrida, atravessa
desertos, estepes, regiões montanhosas, entre outros
acidentes geográficos. A temperatura era alta durante o
dia e baixas á noite.
A Rota da seda contribuiu para o intercambio de
invenções, ideias e costumes entre os povos do Oriente
e Ocidente.
O papel e a impressa
O papel inventado pelos chineses, durante a dinastia Han,
sua invenção é atribuída ao oficial chinês T’sai Lun, que
viveu no século I d.C. Ele era feito em uma tina cheia de
água, na qual se misturava diversas matérias-primas,
como folhas, cascas de arvores e restos de tecidos. Essa
mistura era aquecida e, depois, prensada, ate virar uma
pasta, a qual era passada numa peneira e posta para secar,
dando origem ao papel.
Com a invenção do papel, surgia, a impressa e, com ela,
a publicação de livros. O livro mais antigo de que se tem
noticias foi impresso sobre um pergaminho no século IX
e encontrado em uma caverna no nordeste da China.
Índia: dravidianos e árias
A civilização harapense se organizou há cerca de 5 mil
anos no Vale do Indo, atual Paquistão.
Na primavera, o Rio Indo transbordava devido ao degelo
das Cordilheiras do Himalaia. Com a inundação, as águas
traziam sedimentos que fertilizavam o solo. Os diversos
povos que viviam da agricultura e da criação de animais.
No decorrer do tempo esses povos cresceram, tonando-
se cidades. Entre elas, destacaram os Harappa e
Mohenjo-daro. Nelas viviam um povo conhecido como
dravidiano.
Harrapa e Mohenjo-daro
Como as cheias do Rio Indo e seus afluentes eram muito
forte, os dravidianos construíram os núcleos de Harappa
e de Mohenjo-daro no alto de plataformas de até 12
metros de altura e para garantir segurança e impedir a
invasão das cidades por inimigos, eles as cercaram com
altas muralhas.
As cidadelas mediam cerca de 400 metros por 200
metros e foram feitas a partir de sofisticados
planejamentos urbanos. AS casas eram construídas com
tijolos de barri e tinham um pátio central, e torno ficavam
dispostos os demais cômodos da moradia. O grande
diferencial estava no fato de possuírem uma noção inicial
de saneamento básico.
Essas construções funcionavam como moradia e como
local de trabalho, tais como: cerâmica, cobre e joias.
Com base em uma serie de vestígios, os historiadores As castas indianas
sabem, que os dravidianos desenvolveram um sistema de
Casta é o nome que se dá a cada segmento da sociedade
escrita, porem essa escrita não foi decifrada.
que constitui um grupo fechado, composto por pessoas
Por volta de 2300 a.C., a cidade de Harappa abrigava 35 que exercem a mesma atividade profissional.
mil pessoas, no século XVIII a.C., a civilização começou
Em um sistema de casta, não existe mobilidade social.
a entrar em declínio, a população foi abandonando o Vale
do Rio Indo e dirigiram – se para o Vale do Rio Ganges. Amparados no Rig Veda, livro sagrado dos arias, os
sacerdotes dividiram a sociedade em quatro castas
A chegada dos árias principais: brâmanes, xátrias, vaixás e sudras.
Indo-europeu é um conjunto de povos que têm uma As castas mais importantes eram ocupadas pelos arias
origem linguística comum. Os indo-europeus viviam em
uma região localizada entre o Mar negro e o Mar de
Cáspio. Entre 2500ª.C. e 2000 a.C., vários povos
migraram para outras regiões da Europa e do continente
asiático.
Os arias ou arianos, chegou por volta do ano de 200
a.C., a região do Vale do Rio Ganges. Os arias falavam
sânscrito, língua de origem indo-europeia, eram
nômades e procuravam terra para seus rebanhos de gado.
Passaram se sedentarizando e formando povoados,
passando a cultivar grande variedade de alimentos, como
arroz, cevado, trigo, cana-de-açúcar e algodão.
Era uma sociedade patriarcal, o poder do patriarca era
inquestionável. As aldeias eram lideradas pelo chefe
conhecido como rajá, e um sacerdote. As aldeias
contavam com uma assembleia de anciãos, e outra dos
chefes de família que auxiliava o rajá na tomada de
decisão.
Os arias eram politeístas, o deus mis importante do
panteão ariano era Indra.
A mistura de crenças religiosas dos arias com a de outros
povos que viviam na região deu origem ao hinduísmo.
Com tempo, os povoados arianos se transformaram em
vilarejos, deram origem a reinos, em paralelo á
organização dos reinos, os sacerdotes foram criando
complexos rituais religiosos, que conferiam mais poder,
tornando-se mais importantes que os rajas. Chamados de
brâmanes, os sacerdotes acabaram criando uma nova
ramificação dentro do hinduísmo, o bramanismo e
instauraram um rígido sistema de castas.
 História -Capítulo 7-
América -Povos andinos e mesoamericanos
Neste capitulo, você vai conhecer um pouco sobre as culturas, religiões e modos de organização de grandes civilizações do
passado latino-americano.
No Peru: caral, a mais antiga civilização
da America
O Peru é um país da costa oeste da América do Sul,
cortado pela Cordilheira dos Andes e banhado pelo
Oceano Pacifico.
Estima-se que os primeiros humanos teriam chegado ao
território cerca de 12 mil anos atrás. Viviam da caça,
pesca e coleta de alimentos.
Por volta de 6000 a.C., diversos grupo se sedentarizou,
vivendo em pequenas aldeias, nas quais, praticavam a
agricultura.
Por volta do ano 3000 a.C, pequenos povos, cresceram
transformando em cidades e dando origem á civilização
denominada caral. Considerada a mais antiga do
continente americano, uma das mais antiga do planeta,
assim como a civilização do Egito, Suméria, China, e da
Índia.
A civilização caral se estabeleceu em uma região do Peru,
conhecida como Vale do Supe, cerca de 130 km ao norte
de Lima, capital do Peru. Ela perdurou por cerca de 1000
anos e se formou em torno de 20 cidades. Duas dela às
margens do Oceano Pacifico: Áspero e Vichama, as
demais se organizaram na Cordilheira dos Andes. Por
isso, caral faz parte dos chamados povos andinos. A
principal cidade se chamava Caral e chegou a abrigar 3
mil pessoas.
A cidade de Caral
A cidade de Caral dividia-se em duas partes. Na parte
baixa, havia um anfiteatro, algumas residências, entre
outras construções. Na parte alta, encontrava-se as
maiores residências e os prédios públicos. Pelo menos
sete deles foram construídos em forma de pirâmides
escalonadas. Essas construções eram feitas de pedras e
argamassa, nesses locais eram realizadas atividades
políticas, administrativas e serie de ritos religiosos.
As pirâmides de Caral foram erguidas também em cidade
vizinhas e estão relacionadas a certas divindades. Todas
foram construídas tomando posição dos astros, o que
revela conhecimento de Astronomia.
Caral e as cidades vizinhas eram autossuficientes, seus
moradores viviam da agricultura e da pesca e
comercializavam seus produtos entre si. Uma das
atividades mais importantes era o cultivo do algodão
colorido. A produção manual especializada, além da
construção de grandes pirâmides, sugere que a sociedade
era estratificada, com poder centralizado.
Não há uma explicação sobre as causas que provocam o
fim da civilização caral. Diversos hábitos e costumes se
perpetuaram por séculos.
Segundo estudiosos, em Caral falava-se uma língua que
pode ser considerada uma forma primitiva do quéchua,
um dos idiomas oficiais do Peru, da Bolívia e do Equador
e que é falado hoje por mais de 10 milhões de pessoas.
Outro legado é quipo, objeto utilizado para
comunicação e para registro contábeis, caral era uma
sociedade ágrafa, não possuía sistema de escrita e o quipo
foi essencial no registro de informações.
Outra pratica foi a construção de geoglifos, figuras
desenhadas no solo, que podem ser vistas de lugares
altos. O costume de construir geoglifos chegou a
civilização nazca, que também se estabeleceu no
território do atual Peru.
Incas: o mais famoso povo andino
A sociedade inca, se formou na região das Cordilheira dos
Andes, conquistando um vasto império, em terras dos
atuais Equador, Bolívia, Colômbia, Chile e Argentina.
A expansão teve início no século XIII, quando esse povo
se deslocou até as terras férteis localizadas entre o os rios
Huatanay e Tullumayo, era ocupada por pequenas
comunidades que exploraram os recursos dos rios.
Nessa área havia também uma um poderoso império
chamado Chimu.
O império Chimu começou a se formar por volta do
século XII, em uma região no norte do atual Peru, os
Chimus desenvolveram técnicas de construção de canis e
aquedutos que transformaram regiões áridas em terras
cultiváveis.
A principal cidade dos chimus era Chan Chan, chegou
abrigar 80 mil habitantes.
Os incas se subordinaram á autoridade dos chimus,
porem durante o século XIV, os incas passaram a liderar
ataques bem-sucedidos a outros povos e conseguiram se
impor como a principal autoridade na região de Cusco.
No século XV, os chimus foram dominados pelos incas e
o Império Inca já ocupava um imenso território e
controlava uma centena de povos, o Império ocupava
uma área de 1 milhão de km² e viviam cerca de 10
milhões de pessoas.
Sociedade Inca
Sociedade hierárquica e impossível de mudar de estrato
social.
No topo estava o Sapa Inca e sua família. Era auxiliado
por autoridades religiosas e militares, governantes das
províncias do império.
Ayllu era a camada composta por camponeses, o chefe da
comunidade era chamado de Kuraka era responsável por
dividir as terras e garantir que todos trabalhassem,
plantavam batata, batata-doce, quinoa, milho, amendoim
e mandioca. Criavam alpaca e lhama que serviam como
transporte, alimento e lã. Tinham como o comercio e a
produção de artigos feitos de metais preciosos, os incas
ficaram conhecidos como “mestres dos metais”.
Cultura e religião
Os incas não possuíam sistema de escrita, para controle
da produção, do comercio, pagamento de impostos,
utilizavam o quipo.
Possuíam habilidades arquitetônicas, desenvolveram uma
técnica que permitia a sobreposição e o encaixe de
grandes blocos de pedras sem a utilização de argamassa,
grandes cidades contavam com uma elaborada rede de
canais para transporte de água, exemplo Machu Picchu.
Os incas desenvolveram um complexo sistema de
estradas, chamado de caminho Real, as estradas
chegavam a ter milhares de quilômetros. As estradas
construídas eram acompanhadas por fortalezas
defensivas, sistema de coleta de água e recursos e postos
de mensagens, que eram transmitidas pelos chasquis,
nome dado aos mensageiros incas.
A diversidade cultural inca é uma das principais
características dessa civilização, acreditavam em vários
deuses e a principal divindade era Inti, o deus do sol.
No México: olmecas e teotihuacanos
Os povos que viveram na América antes da chegada de
Cristóvão Colombo em 192 são chamados de pré-
colombianos ou pré-hispânicos.
Olmecas
É a mais antiga das civilizações da América do Norte e
América Central. Desenvolveram- se em terno de San
Lorenzo, La Venta e Tres Zapotes.
Expandiram seu território as margens do Oceano
Pacifico e se estenderam do sul do México até a américa
Central,uma parte dos olmecas se instalou em colinas
baixas, nas proximidades dos rios com acesso às terras
férteis e cultivavam alimentos como milho e pimenta.
A cidade de San Lorenzo era o núcleo da civilização,
foram construídos edifícios públicos e residências. Na
cidade de Lorenzo foram encontradas as esculturas de
pedras, essas obras chegam a 3 metros de altura e pesam
20 toneladas.
Uma das características dessa civilização era a construção
de pirâmides, em La Venta, foi encontrado a 1ª pirâmide
da América do Norte e da América Central. Os olmecas
também erguiam colinas, onde no topo moravam os
membros da elite, e os responsáveis religiosos e
administrativos. Nas áreas baixas, viviam as camadas
inferiores e os pobres ocupavam a periferia da coluna e
suas casas eram pequenas e pouco confortáveis.
Legado olmecas
A religião olmeca era do tipo xamânico, o povo era
governado por suas principais lideranças religiosas, eles
veneravam o jaguar / onça pintada.
Os sacerdotes tinham conhecimento de Astronomia, e
assim construíram um dos primeiros calendários da
América. O calendário olmeca influenciou a elaboração
dos calendários de outros povos, como maias e astecas.
Os olmecas desenvolveram um sistema de escrita
baseado em hieróglifos, que serviu como base para o
povo maia séculos depois.
Historiadores acreditam que foram os olmecas que
inventaram o jogo da pelota, jogo que foi utilizado pelas
diversas sociedades séculos depois e vem sendo
resgatados ate o dia de hoje no México.
Teotihuacan: a maior cidade do continente.
Teotihuan significa “cidade dos deus”, erguida
inicialmente como centro cerimonial, cresceu e passou a
receber pessoas de diferentes povos, essas pessoas deram
origem a civilização teotihuacana, a cidade se
transformou em uma metrópole , com cerca de 200 mil
habitantes, diversas atividades politicas , artesanais, era
realizadas nos espaços públicos da cidade, incluindo
cerimonias religiosas com sacrifícios humanos.
A sociedade era estratificada, onde sacerdotes e
comerciantes eram a camadas mais altas.
Pirâmides e templos.
No ano de 100 d.C. e 250 d.C. foram erguidas a
Pirâmide Sol e a Pirâmide Lua.
Os templos eram enfeitados com relevos, representações
do deus Quetzalcóalt, Serpente Emplumada e o deus
Tlátc, deus da chuva e da fertilidade.
Entre o século II d.C e V d.C., foram construídos cerca
de 2 mil conjuntos residências. Historiadores acreditam
que a influencia de um governante muito poderoso era
necessária para exigir da população o empenho nessas
construções.
Entre o ano de 600 d.C e 700 d.C. a cidade foi alvo de
ataques e invasões que provocaram sua decadência.
Em 1000 d.C., ela já estava abandonada.
Maias e astecas: dois grandes povos
mesoamericanos
Maias
O povo maio teria surgido por volta de 1800 a.C, se
desenvolveu na Península de Yacatán, no atual sudeste do
México.
Entre o ano de 300 a.C e 200 a,C essa sociedade iniciou
seu crescimento, dando origem a inúmeros centros
populacionais. Muitos desses centros se transformaram
em cidades-Estado.
Em 900 d.C, teve o início do seu declínio.
Seu principal centro era a cidade de Tikal, atual
Guatemala, era uma cidade complexa, com ricas
esculturas e prédios diversificados e importante centro
comercial. Em Tikal as pirâmides tinham diversas
finalidades.
A cidade de Uxmal abrigava o grande centro religioso, e
Edzná, famosa por seus sistemas de canais para captação
e distribuição de água pluvial.
Sociedade maia
Socieddae hierárquica e estratificada. No topo estavam o
governate supremo, chamado de halach uinic.
Cada cidade-Estado contava com seu halach uinic,
auxiliado pelo batabes, que governavam as cidades e
aristocratas que tinham funções religiosas,
administrativas e guerreiras. O restante era camponeses,
artesãos e comerciantes.
A sociedade maia era formada por indivíduos que morava
em grupo de casas, chamada de na, seus moradores eram
chamados de nalil.
A família era formada pelos avos e pelos filhos homens e
suas esposas e filhos. As mulheres, quando se casavam
iam morar no na do marido. No na se educavam as
crianças, que aprendiam o oficio da família.
A economia era baseada na produção agrícola. O cacau
produzido era alimento somente da classe aristocrata, as
sementes eram usadas como moeda.
Religião maia
Eram politeístas e seus deuses assumiam formas como
elementos humanos com animais, formas masculinas,
femininas e andróginas.
Os deuses eram responsáveis pela criação e manutenção
do mundo e acreditavam que os deuses poderiam destruir
suas criações, assim os maias realizam homenagens e
realização de sacrifícios apara acalmar os deuses.
A cultura maia era influenciada por aspectos religiosos.
Escrita e ciência
Possuíam um código de escrita, desenvolveram um
conjunto complexo de saberes matemáticos, incluindo o
conceito do número zero.
Os maias possuíam dois calendários diferentes, um
religioso que contavam com 260 dias e outro civil com
365 dias.
A sociedade começou a entrar em declínio no século X.A
organização politica foi desaparecendo, e suas cidades
foram tomadas pela floresta.
Astecas Cultura e escrita

Os astecas, eram um povo originário do norte do atual Fazia parte da cultura agrícola dos astecas, o cultivo de
México, foram herdeiros culturais dos olmecas, durante feijão, algodão, pimenta, abobora, tomate e cacau.
muitas décadas foram submetidos a autoridades dos
tepanecas. Os astecas se dedicavam a fabricação de cerâmica, a
produção de tecidos e de ferramentas. O comércio era
Os astecas construíram a cidade de Tenochtilán, criaram praticado.
ilhas artificiais no lago e chamadas de chinampas. Esse
sistema permitiam a exploração do lago e crescimento da Desenvolveram técnicas arquitetônicas complexas,
população mexica em Texcoco. criaram um sistema de escrita, esses sistemas de escrita
deu origem aos códices, textos manuscritos com
Tenochtitlán, era capital e ocupavam a posição entre duas ilustrações.
cidades Texcoco e Tlacopan, o que garantiu grande força
militar ao império. Muitos povos dominados mantinham O sistema de escrita asteca era baseado em desenhos e as
sua autonomia política, podendo escolher seus palavras representadas por um ou mais símbolos.
governadores e dinastias.
A cidade de Tenochtitlán era formada por um complexo
tecido urbano, enormes edifícios, templos e avançado
sistema hidráulico. Os astecas desenvolveram diques,
construíram aquedutos que garantiam o fornecimento de
água potável e seus habitantes.
Tenochtitlán representava o centro do Universo. A
cidade era dividida em quatro regiões e tinham calças que
ligavam a terra firme, fora do lago.

Sociedade asteca

Sociedade hierarquizada e bastante complexa, veja:

Religião asteca

Os astecas eram politeístas e acreditavam em divindades

que representavam aspectos da natureza, como os céus,
as águas, as florestas e os animais.
As festividades religiosas dos astecas eram ornamentadas
com metais preciosas, plantas, tecidos e peles animais.
Os astecas tamebm acreditavam que o universo tinha
passado por criações e destruições. Mundo no qual
viviam correspondiam ao quinto Sol.
Elers dedicavam a guerra e diferenciavam as guerras de
conquistas das religiosas.