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Como a história da humanidade é muito extensa, costuma-se dividir esse período em cinco tempos históricos (Pré-História,
Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea) para auxiliar a organização e o estudo do passado.
A divisão atual tem sido questionada por sua ênfase na história europeia, o que implicaria um empobrecimento da
compreensão sobre a história de outros povos e continentes. Assim, é objeto de contestação a associação entre a
periodização histórica global e a história europeia, por vezes reduzindo a complexidade histórica de povos distintos à
experiência europeia.
O historiador pode recorrer a diversas fontes em seu esforço pela reconstituição do passado. Entre os vestígios utilizados,
pode-se indicar: documentos escritos, sejam oficiais, como uma lei, ou particulares, como uma correspondência; relatos orais,
como depoimentos e
entrevistas; documentos jornalísticos, como revistas e vídeos; registros arquitetônicos, urbanos, artísticos etc Para um
historiador, toda produção humana no passado é uma evidência histórica.
Fato histórico é um acontecimento ocorrido em um tempo e um espaço específicos. Exemplo: em 1884, Chico da Matilde
liderou uma greve de jangadeiros contra o comércio de escravos. Processo histórico é um conjunto de fatos históricos inter-
relacionados. Exemplo: a greve de Chico da Matilde é um fato que se insere no processo histórico da luta abolicionista do
Ceará (e do Brasil).
Tempo da natureza é o tempo que leva para um fenômeno natural cíclico se repetir. Exemplos: alternância entre dia e noite;
mudança das estações do ano; a época de cheia de um rio etc. Tempo cronológico é o tempo criado pelo ser humano, que
se divide em unidades de medidas, por exemplo, minutos, segundos, dias, semanas, meses, anos etc.
A História estuda os acontecimentos passados para compreender o presente. Como são fatos que não necessariamente se
repetem, não há como definir um método para refazê-los em forma de experiências, diferentemente do que ocorre no método
científico. As fontes estudadas pela História podem ser desde documentos escritos a ferramentas, canções, narrativas orais,
roupas, enfim, diversos vestígios, e todos têm igual
valor para os historiadores. Além disso, embora a História possa se utilizar de conhecimentos de outras áreas (e vice-versa),
o estudo de acidentes geográficos é, como o nome indica, de responsabilidade da Geografia.
O calendário é uma das formas de medição do tempo cronológico, que se caracteriza por medir o tempo por meio de dias,
semanas, meses, anos etc. O tempo cronológico também é definido por sua contagem do tempo de modo linear, direcionado
em linha reta ao futuro.
O conhecimento histórico permite observar a pluralidade de modos de vida ao longo do tempo, a riqueza de experiências de
povos distintos em momentos históricos diferentes. Ao possibilitar a visão de inúmeras formas históricas de valores, hábitos,
alimentação etc., o conhecimento histórico revela a diversidade própria ao ser humano, mostrando que uma cultura não é
superior à outra e que cada povo possui sua particularidade.
As narrativas criacionistas explicam a origem dos animais e da humanidade por meio da criação por divindades. Geralmente
fazem parte do universo da fé, uma vez que tratam do sobrenatural. Já as teorias científicas, como a darwinista, buscam
explicar a origem dos animais e
dos seres humanos com base em evidências naturais, analisadas com base na lógica e na experimentação. No
entanto, vale ressaltar que há cientistas não darwinistas e, inclusive, esforços de análise científica de propostas criacionistas,
embora não sejam maioria na comunidade científica. Sendo assim, grupos podem apresentar explicações distintas para o
mesmo assunto ou acontecimento, um baseando-se em dogmas, e outro, em conhecimentos científicos.
Os Australopithecus teriam evoluído de espécies de primatas e vivido no continente africano entre 4,2 milhões e 2,1 milhões
de anos atrás. Possuíam o tamanho dechimpanzés modernos e andavam eretos. Aos poucos, esse grupo foi se espalhando
pela África, mas os pesquisadores ainda não encontraram evidências de que eles desenvolveram a capacidade de criar
ferramentas
de pedra. Já os indivíduos do gênero Homo teriam evoluído dos Australopithecus. Os primeiros membros desse gênero
viveram na África, mas, com o tempo, foram se espalhando para outras partes do mundo. Uma diferença importante entre os
membros dos gêneros Australopithecus e Homo é que estes últimos desenvolveram a capacidade de criar ferramentas e
passaram a usar essa capacidade para melhor se adaptar ao meio
ambiente.
O modo de vida nômade era organizado com base em constantes deslocamentos de uma região para outra em busca de
alimentos e recursos. Isso, porém, não significa que os grupos humanos desse período se deslocavam aleatoriamente, mas
que eles seguiam para regiões conhecidas em busca dos recursos necessários para a vida. Os Homo sapiens, para
sobreviver, caçavam, pescavam e coletavam alimentos da natureza. Além disso,
usavam restos de animais e outros objetos para a construção de ferramentas necessárias para melhor se adaptar ao meio
ambiente.
O Período Paleolítico possui como característica marcante o uso de ferramentas rudimentares, geralmente de pedras
lascadas, com sua aplicação e produção majoritárias para a caça. Como período inicial da cultura e do desenvolvimento
humano, no Paleolítico, surgiram várias espécies de arte em cavernas, justamente os locais que os seres humanos habitavam.
Assim, podiam-se encontrar pinturas e relevos, por exemplo, em algumas paredes. Todos esses fatos indicam que o texto
realmente faz referência ao Período Paleolítico.
O cultivo de plantas e a domesticação de animais são os dois principais marcos da Revolução Neolítica, que começou o
processo de sedentarização dos seres humanos. A humanidade saía então do Período Paleolítico para o Neolítico, período
posterior à arte rupestre,
à caça, à pesca e à coleta, atividades já consolidadas.
Foi um período em que a temperatura do planeta baixou significativamente e enormes camadas de gelo se formaram em boa
parte da América do Norte, da Europa e da Ásia. Isso provocou uma redução drástica nos níveis de água do mar e, na região
do Estreito de Bering, ele desapareceu, expondo a faixa de terra que liga a Sibéria ao Alasca. Cientistas acreditam que foi
por essa faixa de terra que chegaram os primeiros humanos
à América, vindos da Ásia.
O crânio de Luzia, encontrado em Minas Gerais, datado de 11500 anos aproximadamente; os restos de fogueira,
datados de 50 mil anos, encontrados por Niède Guidon, no Piauí, embora esse vestígio ainda seja objeto de discussão entre
os arqueólogos; diferentes evidências arqueológicas, de aproximadamente 25 mil anos, encontradas por Denis Vialou e
Águeda Vilhena Vialou
no Mato Grosso.
O Parque Nacional da Serra da Capivara abriga a maior concentração de sítios arqueológicos do Brasil. São mais de mil sítios
repletos de pinturas rupestres, além de outros vestígios, como ferramentas e ossos desses primeiros habitantes da região.
Os povos da Serra da Capivara teriam feições mongoloides, ou seja, possuiriam cabelo negro e liso e olhos “puxados”, pois
teriam vindo da Ásia; e os povos de Lagoa Santa teriam feições negroides, não mongoloides, mais semelhantes às dos povos
subsaarianos ou
dos nativos da Austrália.
Os moradores dos sambaquis viviam em cabanas que eram ocupadas por famílias de dois a seis indivíduos. Normalmente,
cada grupo era formado por quatro ou cinco cabanas. Eles viviam próximo de rios ou mangues e retiravam parte de seus
alimentos desses locais. Como havia alimentação farta, os sambaquieiros não se deslocavam com frequência e permaneciam
por longos períodos na mesma região. Já o povo de Luzia se organizava em grupos de aproximadamente 25 pessoas, que
se alimentavam por meio da caça, pesca e coleta. Esse povo era nômade e se deslocava em busca de alimentos quando os
recursos próximos de seus acampamentos se esgotavam.
A Teoria de Clóvis afirma que a América foi povoada por grupos humanos de origem mongoloide que migraram, em uma
única leva, para o continente. Segundo essa teoria, esses grupos humanos atravessaram o Estreito de Bering e chegaram à
América há cerca de 11400
anos. Já a Teoria Pré-Clóvis afirma que os seres humanos chegaram à América cerca de 14 mil anos atrás e que existiram
duas ondas migratórias para o continente: a primeira seria de povos não mongoloides (ocorrida há 14 mil anos); a segunda,
de povos com traços mongoloides (ocorrida há pouco mais de 11 mil anos). Já Niède Guidon defende que o povoamento da
América se iniciou há mais de 50 mil anos, por meio de diferentes rotas de povoamento. Finalmente, Denis Vialou e Águeda
Vilhena Vialou entendem que o povoamento da América do Sul começou cerca de 25 mil anos atrás.
As pinturas rupestres eram criadas com o uso de materiais variados, como pedaços de carvão, pigmentos minerais, água,
óleos vegetais, gorduras, entre outros. A tinta produzida com esses materiais era aplicada nas paredes com os dedos, com
instrumentos finos de madeira ou com espinhos. Em geral, as pinturas rupestres representavam temas cotidianos, como a
caça, rituais religiosos, lutas, danças e animais, ou grafismos
de significado desconhecido.
1) (UFPE- Adaptada) História é a ciência que
c) estuda os acontecimentos do passado da humanidade, utilizando-se dos vestígios que ela deixou.
2) Conhecer a História da humanidade nos permite aprender sobre vários povos, etnias e culturas. Nos permite saber como
as sociedades se organizavam ao longo do tempo. Nesse contexto, conhecer as diferentes experiências humanas nos permite
a) Conhecer valores, crenças e hábitos de outras sociedades e perceber que todos os povos têm suas particularidades, e
elas devem ser respeitadas.
d) Saber que a origem dos povos não tem importância, já que devemos nos importar somente com a origem da nossa família.
3) Pesquisar o nosso passado é uma das formas de sabermos quem somos, de onde viemos, porque pensamos e vivemos
de uma maneira e não de outra. A função do historiador é justamente analisar os vários acontecimentos ocorridos em épocas
passadas, através de muitas pesquisas. Sobre a História, assinale a alternativa CORRETA.
a) A história de uma sociedade é o resultante de ações que ocorrem somente no âmbito individual.
b) A formação da História não considera processos sociais ligados à tradição oral e às manifestações culturais populares.
c) Os processos históricos se limitam a aspectos específicos, como economia, política e sociedade.
d) A vida de cada povo pode ser compreendida se for estudada no seu tempo, a partir de suas tradições e costumes.
4) O profissional que busca informações sobre os grupos humanos do passado elabora interpretações. Com o historiador não
é diferente, pois, o modo de trabalhar lembra o de um detetive. Relacione as colunas de acordo com suas respectivas
características.
(a) Fato (b) Pistas (c) Evidências (d) DNA (e) Hipótese
( ) pode ser qualquer coisa: um documento que caiu do bolso do criminoso, um pedaço de roupa.
( ) quem é o autor do crime e como o fato ocorreu, o detetive vai levantar .......
5) Fatos históricos são acontecimentos pontuais no tempo (data) e no espaço (local). Exemplo de fatos históricos são: 2 de
setembro de 2018, incêndio do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista (Rio de Janeiro).
Marque a alternativa no qual pode ser um fato histórico específico da sua cidade.
a) Festa Junina
d) Carnaval
7) Chamamos de cultura tudo o que é feito pelos seres humanos ou resulta do trabalho deles e de seus pensamentos. Esse
conjunto de produções culturais forma o patrimônio cultural de um povo e costumam ser divididos em bens materiais e bens
imateriais. Os bens de natureza imaterial são aqueles que:
a) Podem ser tocados, como os instrumentos de trabalho e arsenais de guerra, e são considerados representativos a grupos
sociais.
b) Se constituem a partir dos relatos presentes em pinturas, fotografias ou cerâmicas produzidas pelas sociedades antigas.
c) Correspondem aos períodos anteriores ao desenvolvimento da escrita e aparecimento dos primeiros núcleos urbanos.
d) Carregam referências de identidade e memória de diferentes grupos, embora não sejam palpáveis, como a dança e os
rituais.
8) Fatos históricos e Processos históricos são conceitos utilizados na história, mas possuem significados diferentes. De
acordo com o que você estudou, marque a alternativa que corresponde ao Processo histórico.
9) O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em Fortaleza leva esse nome em homenagem à Francisco José do Nascimento
(1839-1914) conhecido como Chico da Matilde pelos amigos. Sobre esse jangadeiro, marque V para verdadeiro e F para
falso.
( ) Liderou uma greve de jangadeiros em Fortaleza, no qual se recusaram a transportar escravos que iriam trabalhar nas
fazendas de café.
( ) Chico da Matilde não conseguiu reunir jangadeiros suficientes para evitar o transporte de escravos
( ) A abolição dos escravos no Ceará não teve nenhuma relação com a luta de Chico da Matilde.
( ) Ele foi um símbolo da resistência da população cearense contra a escravidão.
( ) Devido a alguns fatos históricos, entre eles, a luta de Chico da Matilde, a província do Ceará aboliu a escravidão quatro
anos antes da abolição no Brasil.
10) Além do tempo da natureza e do tempo cronológico. Tem também o tempo do historiador, no qual é chamado tempo
histórico. Sobre o tempo histórico, marque a alternativa INCORRETA.
a) Refere-se ao tempo de duração de um processo histórico de cada povo, grupo, país, etc.
b) O tempo da duração da escravidão do Brasil, pode ser chamado de tempo histórico.
c) Para entender os processos de ruptura e continuidade histórica, o historiador utiliza-se do tempo histórico.
d) Para compreender o tempo histórico, o historiador se utiliza da observação dos fenômenos naturais.
Boa prova!!!