Você está na página 1de 11

1

TEMPOS PRÉ-HISTÓRICOS

1. INTRODUÇÃO

Os tempos pré-históricos viram o surgimento dos primeiros ancestrais


humanos, como o Australopithecus e o Homo erectus. Esses hominídeos
começaram a desenvolver técnicas rudimentares, como o uso de lascas de pedra
como ferramentas, há cerca de 2 milhões de anos. O foco de seus conhecimentos
era nas habilidades práticas de sobrevivência e não na teoria científica, já que a
escrita ainda não existia. O estudo da pré-história requer amplo conhecimento de
antropologia e técnicas de datação, com muitas pesquisas centradas na África,
Europa e, em menor grau, Ásia.

2. PRÉ-HISTÓRIA
A história e a filosofia da ciência cativaram a curiosidade humana desde os
tempos antigos. Estudiosos descobriram evidências, como ossos de gigantes e
ferramentas primitivas, que lançam luz sobre as origens da civilização humana.
Essas descobertas sugerem os notáveis avanços culturais e tecnológicos que
surgiram durante o período do Paleolítico Superior na Europa.
2.1 Eras e períodos geológicos
Evidências mostram que os humanos habitaram a Terra há mais de um
milhão de anos. Durante esta época distante, grande parte da Terra foi coberta por
mantos de gelo. Os únicos vestígios que temos são pedras líticas lascadas usadas
como ferramentas. Com o passar do tempo, surgiram dados mais concretos, que
permitiram classificar períodos arqueológicos e estabelecer informações valiosas. As
transformações geológicas dividiram a Terra em diferentes períodos, sendo o
Período Mioceno o mais próximo do clima atual. Esse período durou entre 25 e 11
milhões de anos atrás. Foi durante o Período Quaternário, iniciado há cerca de 1,8
milhão de anos, que os humanos emergiram em meio a uma intensa glaciação.
2.2 Cronologia pré-histórica
A estratigrafia no início do século XIX melhorou o conhecimento da pré-
história através do estudo de camadas sobrepostas de rocha. Este ramo da geologia
concentrou-se em explorar depósitos arqueológicos com cautela para evitar
2

equívocos. Antes do uso de métodos radiocronológicos, a estratigrafia baseava-se


em eventos climáticos para datação. Descobertas no campo ajudaram a entender a
evolução da vida primitiva, como o Australopithecus e o Homo erectus. A
classificação desses antepassados ainda é debatida.
Na década de 70, foram descobertos utensílios ósseos e pedras que datam
de cerca de 2 milhões de anos. Esses utensílios lascados tinham características que
comprovavam sua idade. Isso marcou o início das primeiras indústrias que usavam
ferramentas artificiais e artefatos ósseos na vida cotidiana. A transmissão desse
conhecimento de uma geração para outra promoveu a coesão social. A exploração
de Java no final de 1800 levou à descoberta de importantes hominídeos, como o
Homo erectus. O uso da tecnologia, visto na confecção de ferramentas de pedra,
machados e no domínio do fogo, distinguiu ainda mais o Homo erectus. Esses
avanços impactaram significativamente sua dieta.
3. O SURGIMENTO DO HOMEM
A origem das teorias do homem inclui teorias monogênicas, poligênicas e
ologgênicas. Teorias monogênicas são amplamente aceitas hoje, sugerindo que o
homem apareceu em um único lugar na Terra, especificamente no continente
africano. Os humanos pertencem à família Hominidae, juntamente com chimpanzés,
gorilas e orangotangos. Os estudos de Engels indicam que nossos ancestrais eram
cobertos de cabelo, tinham barbas e viviam em manadas. A transição do macaco
para o homem ocorreu quando eles começaram a adotar uma posição ereta e usar
as mãos para diferentes funções. O trabalho desempenhou um papel importante na
sociedade humana, distinguindo-os dos macacos. A mão de um macaco primitivo
difere de uma mão humana, pois é capaz de realizar mais operações devido a anos
de trabalho e adaptação.
3.1 Do Homem de Neanderthal ao Homo sapiens
Em 1856, a descoberta dos restos mortais do Homem de Neandertal,
considerado o mais antigo habitante europeu, gerou polêmica entre os estudiosos.
Enquanto alguns a viam como a sucessora natural dos pitecantropoides, outros
rejeitavam essa interpretação, mesmo considerando-a um caso patológico dos
humanos modernos. Isso levou à crença de que o Homem de Neandertal era uma
derivação regressiva dos tipos de presapiens. Alguns defendem uma sequência de
pitecantropoides a neandertaloides, mas não está claro se o Homem de Neandertal
é o ancestral direto dos humanos modernos (FERNANDEZ et al, 2000, p. 9-10).
3

Segundo Rosa (2010), existem duas subdivisões da espécie Homo sapiens: a


primitiva, que existiu entre 200 e 40 mil anos atrás, e a atual, que evoluiu há 40.000
anos. O tamanho do cérebro do Homo sapiens atingiu 1350 cm3, significativamente
maior que os 450 cm3 do australophitecus. Grupos primitivos migraram da África
para várias regiões, como Oriente Médio, Austrália, Europa e América. Eles
herdaram conhecimentos técnicos e habilidades relacionadas à caça, pesca,
construção de abrigos e fabricação de ferramentas. Há cerca de 20.000 anos, foram
criadas instituições que regulam a vida familiar e grupal, e a humanidade tomou
consciência da dor e da morte. A arte de fabricar armas, preparar alimentos e
preservar distinguiu a sociedade humana de outras espécies animais. A linguagem,
embora sua origem seja incerta, foi uma invenção coletiva crucial para o progresso
social, cultural e tecnológico do Homo sapiens.
O homem primitivo descobriu que, usando galhos de árvores ou fêmures, ele
poderia ter armas de defesa e ferramentas para obter frutos em lugares altos. Isso
levou ao avanço e ampliação dessa técnica. Vários materiais foram usados para
criar objetos, como pedras para bordas afiadas, galhos para objetos pontiagudos e
novos materiais como pregos, conchas e fibras vegetais. O couro também foi
utilizado para martelos, arcos, agulhas, pentes, peneiras, trituradores e raspadores.
Esses avanços permitiram a produção de objetos que satisfaziam necessidades
imediatas da vida. (Chassot, 2004, p. 13).
Engels (1999) discute a relação entre a adaptação, o processo de construção
da percepção e a utilidade e aprimoramento de ferramentas. À medida que o homem
neolítico diversificava sua dieta, eles desenvolviam pensamentos intencionais e
objetivos, levando ao aumento das possibilidades. O desenvolvimento da linguagem
e dos órgãos cerebrais permitiu o aprendizado e a execução de operações mais
complexas. Os assentamentos levaram a modificações no meio ambiente e ao
desenvolvimento de novas atividades, como agricultura, fiação e tecelagem,
metalurgia, cerâmica, navegação, comércio, artesanato, artes e ciências.
A descoberta das qualidades do sal como conservante de alimentos e
realçador de sabor, juntamente com o Domínio do Fogo impulsionando a produção
de cerâmica para cozinhar, marcaram marcos importantes na antiguidade. Essas
inovações revolucionaram a preparação de alimentos e prepararam o terreno para
futuros avanços culinários.
4

Chassot (2004) revela pinturas rupestres anteriores a 22.000 a.C. mostrando


especialização na vida cotidiana, incluindo culinária, bronzeamento e tingimento.
Evidencia-se a existência de pintores e conhecedores de tintas. Alguns grupos
passaram de caçadores a agricultores, impactando seu meio ambiente. Segundo
Rosa (2010), esse processo evolutivo ocorreu globalmente, embora com variações
regionais. O desenvolvimento de técnicas como a agricultura e a cerâmica foi
impulsionado pelas necessidades da vida cotidiana.
Uma indicação do desenvolvimento agrícola inicial é o cultivo de arroz,
cevada, linho e trigo. A expansão das terras agricultáveis exigiu a invenção do arado
e novas práticas de irrigação. A mudança para comunidades agrícolas sedentárias
impactou muito as estruturas sociais. Foram encontradas evidências de práticas
médicas e procedimentos cirúrgicos, indicando conhecimento médico avançado. O
uso de metais, como ouro e cobre, começou por volta de 4.000 a.C. A descoberta de
ligas metálicas, como o bronze, avançou ainda mais a metalurgia. A invenção de
sistemas de contagem e escrita, na mesma época, marcou marcos culturais
significativos na história da humanidade.

EGITO, MESOPOTÂMIA, FENÍCIA, HEBREUS, ÍNDIA E CHINA: ASPECTOS


HISTÓRICOS, CULTURAIS E CIENTÍFICOS
1. INTRODUÇÃO
Neste texto, exploraremos brevemente os aspectos históricos, culturais e
científicos do Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Hebreus, Índia e China. Nosso objetivo é
compreender o desenvolvimento da ciência nessas civilizações e como suas
crenças culturais e religiosas influenciaram o progresso científico. Embora possa
haver algumas discrepâncias nas datas, garantimos um retrato realista dos avanços
científicos em cada civilização. O foco é explorar as influências e transformações da
ciência ao longo da história.
2. HISTÓRIA, CULTURA, CIÊNCIA E FILOSOFIA NAS CIVILIZAÇÕES
ANTIGAS
Este estudo focaliza a abordagem histórica das ciências, especificamente no
contexto de várias civilizações ao longo da história humana. Enfatiza a importância
de compreender os contextos sociais, religiosos e econômicos em que essas
civilizações se desenvolveram. Ao dividir o passado em períodos de tempo distintos
com base em características culturais, marcos científicos e invenções tecnológicas,
5

podemos compreender melhor a contínua transformação da humanidade.


Desenvolvimentos científicos significativos têm desempenhado um papel
determinante na formação do futuro, influenciando aspectos como trabalho, relações
sociais, crenças religiosas, política e vida cotidiana. A transição da Idade da Pedra
para o uso de metais ocorreu em diferentes épocas em diferentes regiões, com
civilizações como China, Egito, Índia e Mesopotâmia emergindo como pioneiras
nessa nova era.
2.1 O Egito
A civilização egípcia desenvolveu-se no rio Nilo, o que trouxe vários
benefícios para sua sociedade. Este rio fornecia a água necessária para irrigação e
inundações que enriqueceram o solo para a agricultura. Os egípcios construíram
suas casas em áreas mais altas para protegê-las durante as enchentes, criando
comunidades urbanas isoladas. O Nilo também serviu como um local estratégico
para o comércio com outros povos. A civilização tinha suas características únicas,
como a linguagem hieroglífica e a escrita, refletindo seu isolamento. No geral, o rio
Nilo desempenhou um papel significativo no desenvolvimento e sobrevivência da
antiga civilização egípcia.
A religiosidade egípcia foi influenciada pelo Nilo, que se acreditava ser a fonte
de toda a vida. Os egípcios eram politeístas e buscavam a ajuda de seus deuses em
vários aspectos de suas vidas diárias. O rio Nilo simbolizava o poder desses deuses
e era considerado um grande presente. A civilização egípcia estava cientificamente
avançada, com desenvolvimentos em transporte, administração, matemática e
astronomia. A medicina, particularmente a cirurgia e a anatomia humana, também
estava bem avançada para sua época. Esses aspectos da civilização egípcia
demonstram sua sofisticada compreensão do mundo e de suas crenças religiosas.
O autor destaca que os procedimentos de mumificação não estimularam a
pesquisa sobre o corpo humano. Além disso, existem papiros que documentam
métodos de realização de partos e identificação da fertilidade em mulheres. Os
egípcios se destacaram na escultura e manipulação de metais, utilizando sua
proficiência em trabalhar com pedras e metais devido à falta de madeira. Eles
possuíam habilidades de engenharia e eram conhecidos por suas habilidades
arquitetônicas. A construção das pirâmides, construídas com milhões de blocos de
pedra, continua sendo um feito cativante da engenharia antiga. A proeza
6

administrativa necessária para supervisionar os milhares de trabalhadores


envolvidos nesses projetos também é digna de nota.
2.2 A Mesopotâmia
A região da Mesopotâmia, semelhante ao Egito, sofreu inundações devido
aos rios Tigre e Eufrates. No entanto, a Mesopotâmia foi ocupada por vários povos e
países. Apesar da geografia desafiadora, os sumérios habitaram a região e
desenvolveram habilidades para se adaptar às enchentes, construindo barragens e
canais. Eles construíram as primeiras cidades e tinham um sistema centralizado de
governança, com recursos administrados pelo rei. A escrita, na forma de cuneiforme,
surgiu na Mesopotâmia e gradualmente evoluiu para uma escrita silábica.
A Mesopotâmia, ao contrário do Egito, foi uma região que sofreu invasões
frequentes de vários povos, como os acádios, babilônios e amorreus. Esses grupos
fizeram contribuições significativas para campos como medicina, biologia,
astronomia e geografia. Eles desenvolveram um sistema sexagesimal de pesos e
medidas, que facilitou as divisões por 2, 3, 4, 6, 10, 12, 15, 20 e 30, impulsionando
as atividades comerciais. As religiões na Mesopotâmia eram diversas e politeístas,
com os sumérios introduzindo crenças em espíritos malignos e bruxaria. Os
babilônios eram astrônomos habilidosos, observando o céu, nomeando os dias da
semana com planetas e dividindo a trajetória do Sol em doze partes, levando à
criação dos signos do zodíaco. Eles também utilizaram a geometria para fins
práticos, como levantamento e confecção de mapas. Além disso, os babilônios
desenvolveram um calendário com 360 dias divididos em meses, semelhante ao
calendário do Egito. A medição do tempo tornou-se essencial para a agricultura, e
eles dividiram os dias em horas, minutos e segundos.
Segundo Ronan (2001), a medicina mesopotâmica envolvia o uso da magia e
da adivinhação no tratamento de doenças. Eles reconheceram várias doenças como
sarna, hanseníase e problemas de pele e cabelo e tinham remédios para eles. A
cirurgia foi limitada em comparação com o Egito.
2.3 Os Fenícios e os Hebreus
A civilização cananeia na costa fenícia e na Palestina teve influências
significativas do Egito e da Mesopotâmia. Os fenícios desenvolveram o primeiro
sistema de escrita alfabética, usando apenas 30 letras em comparação com os
símbolos usados por outras civilizações. A escrita era principalmente limitada à
7

classe dominante, enquanto a transmissão oral era comum entre a população


trabalhadora. Isso reflete a tendência de elitização do conhecimento na sociedade.
Os fenícios contribuíram para as técnicas de construção naval através de sua
experiência como comerciantes. A ciência hebraica é influenciada pela Bíblia, que
enfatiza a higiene e louva os médicos. A crença monoteísta dos hebreus minimizou
o significado da magia na medicina. O calendário judaico tem um ciclo lunar de 354
dias e se ajusta para o ano solar.
2.4 A Índia
A civilização hindu desenvolveu-se ao longo do rio Indo no 3º milênio a.C.
Tinha cidades impressionantes, como Taxila, e uma rica cultura. A sociedade era
dividida em quatro castas: guerreiros, sacerdotes, comerciantes e trabalhadores. A
língua hindu ainda é usada hoje, e há muitas inscrições deixadas pelos hindus. Os
Vedas são escrituras sagradas que formam a base de várias religiões na Índia,
incluindo o Vedismo, o Bramanismo e o Hinduísmo. Essas escrituras discutem
rituais, crenças e a sociedade hindu. Os hindus acreditam na interconexão do
universo e da existência humana.
As crenças védicas nas antigas cidades hindus levaram a avanços na ciência,
evidenciados por seu planejamento urbano, conhecimento de engenharia e higiene
pública. Os médicos hindus enfatizaram a importância da higiene e desenvolveram
práticas médicas como a Ayurveda. Na astronomia, eles se concentravam nos
movimentos do Sol e da Lua, enquanto o estudo das estrelas tinha um propósito
utilitário. A matemática hindu centrava-se em conceitos numéricos e algébricos,
potencialmente influenciando o desenvolvimento dos algarismos arábicos.
Geometria, química e física também tiveram avanços práticos. Buda e Jainistas
contribuíram para explicações científicas, incluindo a teoria atômica e a teoria do
ímpeto.
2.5 A China
A civilização chinesa, desenvolvida às margens do Rio Amarelo, caracteriza-
se pela preferência pela agricultura em detrimento da pecuária. A região apresenta
relevo e clima diversificados, com áreas densamente povoadas e territórios
nômades. Duas escolas políticas proeminentes, Mo You e os legistas, tinham
abordagens contrastantes para alcançar a paz. Taoístas e Confúcio também
exerceram influência significativa na cultura chinesa, enfatizando o conhecimento da
sociedade. Como a China não se envolveu em comércio ou praticou escravidão,
8

seus conceitos científicos se concentraram em elementos naturais e nas forças Yin e


Yang. No geral, a civilização chinesa está intrinsecamente ligada às suas
características geográficas e culturais.
A análise das ciências primitivas destaca a civilização chinesa por seu
sistema de escrita único, usando ideogramas para representar ideias em vez dos
sons das palavras. Isso tornou a leitura de textos primitivos tão fácil quanto os
modernos. A civilização chinesa, contemporânea à Índia e ao Egito Antigo, era
conhecida pelos têxteis, cerâmica pintada e uma economia agrícola. Durante a
Idade do Bronze, a beleza das obras de bronze se destacou no período Chang, por
volta de 1600 a.C. A escrita na China começou por volta de 1500 a.C., e o bambu
era comumente usado como material para livros. A dinastia Tcheu dominou o
Chang, testemunhando um progresso cultural e tecnológico significativo por volta de
771 a.C., incluindo o desenvolvimento de obras de ferro e o estabelecimento de
academias acadêmicas. As técnicas de irrigação também desempenharam um papel
significativo na economia. A unificação da China por Chin em 221 a.C. padronizou a
linguagem, as medidas e iniciou a construção da Grande Muralha. Durante a
dinastia Han, o papel foi inventado, e o budismo da Índia encontrou seu caminho
para a China. A tecnologia militar avançou durante os períodos de instabilidade,
enquanto também foram feitos esforços para estabelecer uma rede de
comunicações para abastecer exércitos e mover grãos.
Durante o período Tang, vários eventos significativos aconteceram. A
Mongólia ganhou independência, mas as relações com o Tibete se deterioraram. A
expansão do budismo coincidiu com a importação de outras religiões, como o
cristianismo, o maniqueísmo e o zoroastrismo. Além disso, as artes, a literatura e a
codificação das leis floresceram. Porcelana e pólvora foram avanços tecnológicos, e
os cientistas chineses se destacaram na engenharia. A dinastia Yuan melhorou
estradas e vias navegáveis, enquanto a dinastia Ming se concentrou na exploração
marítima e avanços na botânica. A época Han viu o desenvolvimento de tradições
céticas e técnicas metalúrgicas avançadas. A matemática era altamente
desenvolvida, com instrumentos como o ábaco e o progresso na escrita de números.
Esses avanços incluíram a resolução simultânea de equações lineares e equações
quadráticas.
Os chineses fizeram contribuições significativas em vários campos de estudo.
Em matemática, sua expertise em permutações, combinações e quadrados mágicos
9

se destacou. Eles também se destacaram na geometria de coordenadas muito antes


de o Ocidente desenvolvê-la. Em termos de cálculo de tempo, eles estabeleceram
calendários com base em um ano com 365 e 1/4 dias. A astronomia era considerada
uma ciência crucial devido ao seu impacto sobre os governantes. Eles tinham
conhecimentos rudimentares de mecânica e óptica, evidentes em seus instrumentos
de observação celeste e escritos. Na geografia, eles introduziram sistemas de grade
para mapeamento preciso. Eles também registraram fenômenos meteorológicos,
principalmente para ajudar no planejamento governamental e na manutenção da
infraestrutura. No geral, os chineses fizeram avanços valiosos nessas disciplinas.
Outras ciências, como a geologia e a física, também alcançaram avanços
notáveis na China Antiga. Os chineses foram pioneiros no reconhecimento de
fósseis como remanescentes de organismos outrora vivos e utilizaram vários
minerais, como alúmen e bórax, para fins medicinais. Eles desenvolveram
cortadores rotativos circulares para moldar pedras preciosas e demonstraram uma
compreensão de geobotânica e biogeoquímica. Na física, eles exploraram estática,
forças, alavancas e escalas, e fizeram uso de espelhos côncavos para o
conhecimento óptico. Eles tinham uma consciência do magnetismo, particularmente
as propriedades magnéticas naturais da magnetita, e a descoberta de que o ferro
poderia ser magnetizado. Além disso, a química ou alquimia chinesa primitiva
emergiu das crenças taoístas de imortalidade física e envolveu métodos inovadores
de sepultamento que mostraram conhecimento da preservação química. Através de
experimentos, os chineses desenvolveram uma série de dispositivos químicos,
incluindo o alambique, que continua a ser a base para os alambiques moleculares
modernos.
Ronan (1997) discute a ampliação do conhecimento em química que levou à
preparação de minerais para fins medicinais, como os sulfetos de arsênio. Os
chineses se destacaram em atividades industriais como extração de cobre e uso de
ácido nítrico. Essas reações químicas acabaram levando à descoberta da pólvora. A
biologia também desempenhou um papel significativo na China, particularmente nas
ciências agrárias e no estudo dos animais. O melhoramento seletivo e a
domesticação de insetos foram praticados para aumentar a produtividade agrícola.
O estudo da botânica foi promovido para alimentar uma população crescente,
resultando no desenvolvimento da ciência primitiva do solo. A farmácia também
avançou, com os chineses categorizando produtos de origem animal, vegetal e
10

mineral. Além disso, a acupuntura foi utilizada tanto na medicina humana quanto na
veterinária, orientada pelo "Manual de Medicina Corporal".
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diferentes civilizações desenvolveram seus avanços culturais e científicos de
maneiras únicas, mas todas tiveram que se adaptar às demandas da natureza por
sobrevivência. A magia teve uma forte influência em seu pensamento, e o
conhecimento foi construído através de vários métodos. A troca de conhecimento e
a ciência atual ainda têm incertezas e misticismo. Coloca-se a questão de saber se a
sociedade moderna valoriza as suas conquistas científicas em detrimento das
civilizações antigas". A ligação entre bom senso, misticismo e ciência também vale a
pena considerar.
11

Você também pode gostar