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INTRODUÇÃO

Bem, hoje vivemos num mundo em que tudo parece ser fácil, num mundo
em que tudo parece ser possível e que tudo já foi inventado, parece que tudo que
se pode imaginar já existe e já não há mais nada por ser inventado.

E será que sempre foi assim? Será que tão logo o homem passou a existir
as coisas, neste caso as florestas e tantas outras matérias-primas iam
transformando-se naquilo que o homem desejasse? Será que tão logo o homem
passou a existir, por si só as florestas e tantas outras coisas iam transformando-se
em grandes e belas cidades, em meios de transportes ou até mesmo em grandes
indústrias?

Bem, é claro que não, o homem teve que atravessar por vários processos,
ou fases de sua vida. Ele teve que trabalhar duro, teve que explorar a sua mente e
os seus pensamentos para poder beneficiar-se de tudo que a natureza lhe oferece.

Hoje temos muitas indústrias que fabricam vários tipos de materiais, e um


deles só para fazer referência é o carro e a roda ou pneu…será que foram sempre
assim? Em que processos passaram?

Objectivo geral
 Compreender a evolução histórica da tecnologia.

Objectivos específicos

 Conhecer os primeiros utensílios;


 Descrever a utilização dos primeiros utensílios;
 Citar o novo espírito do renascimento do homem.

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1. OS PRIMEIROS UTENSÍLIOS

A vida na terra existe ao que se supõe, há cerca de 3,5 mil milhões de anos
e o homem terá aparecido na terra há cerca 4 milhões de anos.

Desde que surgiu na Terra, a movimentação do homem e os aglomerados


humanos tinham como origem suas necessidades e disponibilidades dos locais
em atendê-las. A necessidade essencial, comum a todos os selvagens, era a
alimentação, e ela provinha basicamente da proteína animal, ou seja, o homem
primitivo (hominídeos) era um caçador. Como caça não se faz apenas com as
mãos, os hominídeos tiveram que construir instrumentos para conseguir caçar e
ter seus alimentos.

Embora de perfil maioritariamente nómadas, ao descobrirem um território


fértil tanto em caça como em matérias-primas para a produção de artefactos
domésticos e de caça, os hominídeos tinham que demarcar e defender o território
correspondente contra os avanços de tribos semelhantes. A partir daí surge a
necessidade de desenvolvimento de artefactos bélicos, os quais representariam a
força de uma tribo à medida que fossem mais contundentes e fabricados de
maneira mais fácil e em maior quantidade.

Manutenção de vastos territórios e o crescimento populacional estavam


directamente relacionados com as disponibilidades (alimento e matérias-primas)
da área sob domínio e da capacidade do grupo dominante em explorá-la e
defendê-la a contento. Quando uma dessas premissas não era atingida, as tribos,
por seu próprio comportamento nómada, partiam em buscas de outras paragens.

A busca incessante por alimentação, matérias-primas a dispersão causada


pelas lutas territoriais fizeram com que os hominídeos se deslocassem por áreas
muitas vezes inóspitas ou o próprio ambiente assim se mostrava quando das
glaciações, e os primitivos tiveram que cobrir seus corpos cada vez mais
desprovidos de pelos. Os animais agora não serviam apenas como fonte de

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alimentos, mas de vestimentas (feitas com suas peles) e de instrumentos mais
elaborados (feitos com seus ossos e chifres). Mesmo naquela época, a caça não
era tão farta assim, de forma que os hominídeos tiveram que domesticar e criar
esses animais. Tornaram-se, então, cada vez menos nómadas e assumiram uma
postura sedentária, para os padrões de então, ao desenvolverem a agricultura e a
criação de animais. Essa nova postura não só criou a necessidade de
desenvolvimento de um outro tipo de ferramentas como também o
estabelecimento de outro tipo de moradia: os hominídeos abandonaram as
cavernas e passaram a construir suas

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2. IDADE DA PEDRA

Conceitualmente, a Idade da Pedra é considerada como sendo o período que


compreende a aparição dos primeiros utensílios produzidos pelo Homem
(700.000/600.000 A.C.) e o início da Era dos Metais. Esse período muito longo,
que representa 98% do tempo da existência do Homem na terra, para fins de uma
melhor compreensão, é divido em dois períodos principais: paleolítico ou o
período da Pedra Lascada e Neolítico ou o período da Pedra Polida.

O próprio período Paleolítico é subdividido em três partes, cada parte


correspondendo a um avanço tecnológico no trabalho com a pedra. No período
inicial, os achados em sítios da África, China e sudeste asiático mostram que
foram os Australopitecos os primeiros a desenvolverem a primitiva técnica de
manejo das pedras, seguidos pelo Homo erectus que desenvolveu as técnicas do
entalhe para a produção de machados. Esses machados eram obtidos a partir do
choque de uma pedra sobre a outra com o objectivo de produzir lâminas cortantes
a partir de pequenas lascas de pedra e de facas feitas de lascas de sílex. Além de
funções bélicas, esses novos instrumentos tinham como função a caça de animais
e a separação de carnes para alimentação e de pele e ossos para a produção de
artefactos domésticos e vestimentas agora necessárias devido à quarta glaciação
da terra que baixou em muito a temperatura ambiente.

Data dessa época o aparecimento de artefactos como agulhas, buris, pás e


enxadas, reforçando a teoria da necessidade de vestimentas assim como de
moradias além das cavernas utilizadas até então. As pedras passaram a ser fontes
de matérias-primas para o mobiliário e outras peças que representavam status
superior ou imitavam formas humanas.

O período Neolítico não só foi caracterizado pelo espectacular crescimento


técnico da manipulação da pedra, o seu polimento, mas também principalmente
pelo desenvolvimento da agricultura iniciada no período anterior.

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Dos machados, lanças, facas e pás primitivas, passou-se para objectos
polidos, mais bem acabados e precisos que permitiriam a utilização em grande
escala de ossos e de pedras como basalto e calcita na produção de artefactos
domésticos e agrícolas.

O homem do neolítico desenvolveu a técnica de tecer panos, de fabricar


cerâmicas e construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros
arquitectos do mundo. Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deu
início ao trabalho com metais.

Considerados sedentários desde o fim do Paleolítico por não mais se


deslocarem como antes, os hominídeos do Neolítico desenvolveram ainda mais
essa tendência ao tornarem a prática agrícola algo decisivo para a sua
manutenção. Para essa prática, necessariamente, o solo passou a ser algo que não
era só fonte de matérias-primas dispostas em sua superfície, mas que deveria ser
manipulado para o plantio de plantas comestíveis, especialmente cereais.

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3. O NOVO ESPÍRITO DO RENASCIMENTO

O Renascimento teve origem na Itália em razão de diversos factores e, como


o próprio nome indica, significa o revivescer de algo que se encontrava
adormecido.

O renascimento, fase iniciada no século XV, foi um período fértil em


descobertas e inventos porque passaram a encarar-se de forma diferente o
trabalho manual e a dar mais valor ao trabalho prático e experimental. Antes só o
trabalho resultante do pensamento era valorizado.

Até ao renascimento, o progresso das técnicas foi guiado essencialmente


pelas necessidades do dia-a-dia, pelas experiencias do dia-a-dia, isto é, pelo
empirismo. A partir do renascimento, o espírito torna-se o animador do progresso
técnico, isto é, a ciência põe-se ao lado da técnica e da tecnologia.

O sábio e o cientista trabalham ao lado do produtor e do industrial. A ciência


democratiza-se, a ciência contribui para o desenvolvimento da tecnologia e esta
contribuirá para novos desenvolvimentos da ciência, num trabalho interactivo.

Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no


campo das artes, da literatura e das ciências. O ideal do humanismo foi sem
dúvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento.
Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem
e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam
impregnado a cultura da Idade Média.

Nas artes, o ideal humanista e a preocupação com o rigor científico podem ser
encontrados nas mais diferentes manifestações. Trabalhando ora no espaço, na
arquitectura, ora as linhas e cores, na pintura, ou ainda os volumes, na escultura,
os artistas do Renascimento sempre expressaram os maiores valores da época: a
racionalidade e da dignidade do ser humano.

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A curiosidade impôs o surgimento de experiências e observações durante o
Renascimento. O resultado foi o extraordinário desenvolvimento científico, onde:

 Em 1450, Guttemberg tinha inventado a imprensa, tendo sido impressas


as primeiras bíblias, a que se seguiram muitos outros manuscritos antigos
que permitiram uma maior divulgação dos conhecimentos técnicos e
científicos que só eram conhecidos por classes privilegiadas, isto é,
democratizou-se muito mais o conhecimento.
Entre os documentos antigos que passaram a ser impressos por
Guttemberg, figuram os escritos de Sócrates, Platão, Aristóteles e,
particularmente os de Arquimedes

Criou-se uma dinâmica de trabalho científico, onde se salientaram os


trabalhos de Leonardo da Vinci e de Galileu, entre outros, nos campos
da física, mecânica, óptica, astronomia, pintura, escultura, arquitectura,
etc.

 Em 1609, galileu construiu o primeiro telescópio que aumentava 30 vezes,


de forma a provar que Copérnico tinha razão.

Nesta altura, o sábio ou o homem do pensamento já fazia tarefas manuais


para verificar na pratica a confirmação das sua ideias.

E uma das grandes revoluções iniciadas no século XV e XVI foi a de passar a


dar valor ao trabalho mental como ao trabalho prático, os quais se
complementavam. Estava aberto o caminho para acabar progressivamente com a
escravatura.

Pois no século XVI, coexistiam duas teorias distintas e opostas para a


explicação dos fenómenos: o empirismo e o racionalismo. O empirismo
defendia que a não se podia ter a certeza de nada a não ser que fosse visto ou

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experimentado. E o racionalismo dizia que tudo era explicado através do
raciocínio puro.

No século XVII, Immanuel Kant inventou então o iluminismo. Neste


século, começaram a fazer-se muitas experiencias nas mais diversas áreas.

Os cientistas tinham, contudo, um enorme problema que consistia em não


haver aparelhos de medir grandezas os valores das grandezas e suas variações.
Esses aparelhos só apareceram mais tarde, no século XIX, com o
desenvolvimento do estudo da electricidade e do Electromagnetismo.

Na verdade, no século XVII, muitas conclusões deixaram de ser feitas por não
ser possível determinar os valores das grandezas em estudo ou suas variações nos
diferentes ensaios.

E diz-se que um dos melhores exemplos da ciência renascentista é Leonardo


da Vinci e Copérnico.

O polonês Copérnico demonstrou que a Terra não era o centro do mundo,


mas sim o Sol. Não era o Sol que girava em torno da Terra, como se pensava na
Idade Média.

Com o advento dos novos conhecimentos técnicos, como o estudo da


anatomia, os artistas evoluíram na arte de pintar retratos, paisagens, motivos
mitológicos e religiosos. Em virtude do desenvolvimento das técnicas de pintura,
seu prestígio aumentou, chegando ao auge na Alta Renascença (1500-1520) com
artistas como Leonardo Da Vinci, Michelangelo e Rafael.

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4. AS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS

A tecnologia cresce exponencialmente afectando ritmo dos negócios e a


vida da população mundial, seja de modo bom ou ruim. Até o momento, a
humanidade já passou por 4 Revoluções Industriais, onde a primeira Revolução
Industrial durou quase 200 anos.

Bem, o conceito revolução pode se dizer que é apropriado, pois a própria


etimologia da palavra Revolução fornece elementos para tal interpretação, ela
deriva do latim revolutione, que expressa o acto ou efeito de revolucionar. As
revoluções presentes na história da humanidade comprovam as profundas
transformações da sociedade, no contexto político, económico, cultural, social,
religioso, etc.

4.1 A primeira revolução industrial

A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, por volta de 1760.


A Inglaterra foi o primeiro país a passar por uma Revolução. A primeira
Revolução Industrial transformou a vida dos homens a ponto de torná-los
irreconhecíveis, destruindo seus antigos estilos de vida, deixando-os livres para
descobrir ou criar novos modos de viver.

Essa Revolução foi caracterizada pelo uso de novas fontes de energia, pela
utilização de máquinas movidas a vapor, pelo desenvolvimento dos meios de
comunicação (telégrafo) e pela divisão e especialização do trabalho.

Estas alterações fizeram com que os artesãos perdessem sua autonomia. Tal
Revolução transformou a capacidade produtiva Inglesa. De modo geral, foi além
do aparecimento de novas máquinas e fábricas, aumento de produtividade e do
nível de renda. Na verdade, foi uma Revolução que transformou a Inglaterra e o
continente europeu de uma forma brilhante, com consequências enraizadas nas
relações sociais.

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Bem, não se sabe ao certo o porquê da revolução em Inglaterra. Pois,
normalmente as revoluções nascem de necessidades, recursos por explorar e
mudanças rápidas. E na verdade, sabe-se que a Inglaterra era uma nação nessa
data, com as riquezas acumuladas através de suas colónias e comércio com países
asiáticos, e as indústrias predominantes na altura estavam ligadas ao vestuário,
calçados e têxteis em geral.

O sector Industrial na Inglaterra, no século XVIII, transformou de forma


rápida a vida e o modo de fabricar mercadorias. A primeira revolução também é
denominada Revolução Industrial 1.0, pois é a partir desta onde surgiram os
motores a vapor.

Dentre essas tecnologias, a criação do motor a vapor do engenheiro mecânico,


James Watt, foi de grande importância, pois impulsionou e caracterizou a
primeira Revolução Industrial, dinamizando as relações de tempo e espaço
conhecidas até então. O motor a vapor se baseia na transformação de energia
térmica proveniente da queima de carvão em energia mecânica que realizará o
trabalho necessário para determinada situação, que poderia substituir os antigos
meios de realização de trabalho como animal, humana ou proveniente da força da
água.

O ponto fundamental de tal Revolução se encontra nas mudanças


tecnológicas. Os avanços materiais ocorreram em três esferas: 1) na substituição
das habilidades humanas por máquinas; 2) no domínio da energia de fonte
inanimada perante a força humana e animal; 3) na melhora acentuada de métodos
de extracção e transformação das matérias-primas. Além dessas mudanças dos
equipamentos e processos, apareceram novas formas de organização Industrial.
As unidades produtoras aumentaram o tamanho, onde a fábrica tornou-se mais do
que um local de trabalho com maiores proporções, vindo a tornar-se numa
estrutura de produção com definição clara de responsabilidades e funções dos
atores envolvidos no sistema de produção.

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4.2 A Segunda Revolução Industrial

A Segunda Revolução Industrial começou por volta de 1870. Mas a


visibilidade de uma nova transformação só se deu nas primeiras décadas do
século XX. Foi um movimento muito mais forte nos Estados Unidos que dos
países europeus.

A Revolução da Indústria 2.0, no final do século XIX, iniciou-se com o


aparecimento do Fordismo, modelo que revolucionou a indústria
automobilística, quando Ford introduziu a primeira linha de montagem
automatizada e produção em massa. Em contraponto ao taylorismo, o cientista
Henry Ford defendia a ideia de colectividade, surgindo a primeiras linhas de
montagens mudando completamente os processos realizados nas fabricas, como a
produção em massa e optimização de tempo.

A partir de 1850 a industrialização iniciou um processo de expansão,


atingindo outros países europeus, bem como outros continentes. É nesse período,
entre 1850 a 1910, que se dá a Segunda Revolução Industrial. Neste momento,
outros países europeus, entre eles Bélgica, Itália e Alemanha, entraram num
processo de industrialização, assim como Rússia, Japão, no Oriente, e Estados
Unidos, na América

4.3 A Terceira Revolução Industrial

A Terceira Revolução Industrial tem início na década de 1970, tendo por


base a alta tecnologia, a tecnologia de ponta (high-tech). Pesquisadores resumem
que a terceira Revolução Industrial constitui um processo difuso que repercute na
dimensão cultural; o chamado pós-modernismo influencia a arte e os costumes.
No que diz respeito à política e à economia gerou o chamado neoliberalismo e a
era da globalização. Essa transformação no modo de produção ocorre
simultaneamente na organização do Estado e no processo de trabalho nos
sectores: primário (agropecuária, extracção de minérios), secundário (indústria,

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pesquisa, informática) e terciário (serviços), sendo este último o âmbito do sector
saúde. Nessa fase da Revolução Industrial, foram criadas também:

 Telefonia móvel;
 Foguete de longo alcance;
 Utilização da energia atómica;
 Desenvolvimento da biotecnologia;
 Criação de robôs usados nas indústrias.

A terceira Revolução Industrial, sobretudo a globalização, traz como um dos


seus desdobramentos mais visíveis as novas tecnologias, o desemprego e as
novas formas de organização do trabalho. As propostas neoliberais têm
produzido efeitos deletérios no mercado de trabalho, tendo como um dos maiores
problemas o aumento do desemprego dos sectores produtivos, com os
trabalhadores sendo expulsos do mercado de trabalho.

4.4 A Quarta Revolução Industrial

A definição de indústria 4.0 surge da integração de vários conceitos


tecnológicos. Estes conceitos nada mais são que bases tecnológicas que quando
reunidas formam um novo modo de se produzir bens, muito mais rápido e
confiável, que terá impacto directo não apenas em toda organização da empresa
ou indústria, mas na sociedade como um todo.

Uma Revolução conceituada na aplicação de tecnologias avançadas no


ambiente de produção, favorecendo novos valores e serviços para os clientes e
para a própria empresa. Possui capacidade de aumentar a flexibilidade e
qualidade dos sistemas produtivos na qual atende a demanda por novos e
inovadores modelos de negócios e possibilita os serviços ser mais ágeis.

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5. O ILUMINISMO

Em meados do século XVIII uma nova visão do mundo difundiu-se entre


intelectuais burgueses e nobres dando origem ao movimento filosófico chamado
Ilustração ou Iluminismo. O conceito, criado pelo filósofo Immanuel Kant, em
1784, referia-se à ideia de trazer luz, de iluminar a mente, isto é, as ideias dos
indivíduos.

O nome se explica porque os filósofos da época acreditavam estar


iluminando as mentes das pessoas. É, de certo modo, um pensamento herdeiro da
tradição do Renascimento e do Humanismo por defender a valorização do
Homem e da Razão. Os iluministas acreditavam que a Razão seria a explicação
para todas as coisas no universo, e se contrapunham à fé.

Estes filósofos definiam a si mesmos como os homens do “Século das


Luzes”. Para eles, o século XVIII foi o ápice da maturidade intelectual e racional
do homem. Não havia, porém, uma única corrente de pensamento, nenhum
manifesto ou programa comum de ideias. Muitos iluministas, inclusive, se
contestavam mutuamente.

Na Europa do século XVIII esse movimento alcançou a sua maior


expressão, quando as ideias dos filósofos, críticos do Antigo Regime,
combinaram com os propósitos da burguesia em ascensão. Sintonizados com o
novo momento sociopolítico das Forças de transformação, esses homens,
prepararam o terreno para o movimento revolucionário burguês.

Esse movimento rapidamente foi sendo difundido pelo norte da Europa,


condenando o Antigo Regime e combatendo assim:

O absolutismo monárquico: que era considerado um sistema injusto, por


impedir a participação burguesa nas decisões políticas e impedir a realização de
seus ideais.

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O mercantilismo: que impedia à livre iniciativa e o desenvolvimento
espontâneo do capitalismo

O poder da igreja: pois esse poder baseava-se em verdades reveladas


pela fé. Isso se chocava com a autonomia intelectual defendida pelo racionalismo
iluminista.

As suas ideias tinham por base o racionalismo (a razão humana) como


fonte do conhecimento. Os Iluministas sonhavam com um mundo perfeito, regido
pelos princípios da razão, sem guerras e sem injustiças sociais, onde todos
pudessem expressar livremente seu pensamento. Visto pelos intelectuais como
um movimento que iluminava a capacidade humana de criticar e almejar um
mundo melhor, transformou o século XVII no Século das Luzes.

Os iluministas teorizavam sobre um mundo novo que correspondia ao


início da Revolução Industrial e que seria completado com a Revolução
Francesa. As raízes do Iluminismo estão no progresso científico advindo do
Renascimento. Esse movimento repercutiu sobre todo o mundo.

A principal característica das ideias iluministas, era a explicação racional


para todas as questões que envolviam a sociedade. Em suas teorias, alguns
pensadores iluministas, como filósofos e juristas, preocuparam-se com as
questões políticas, sociais e religiosas, enquanto outros, como os economistas,
procuraram uma maneira de aumentar a riqueza das nações. De modo geral, esses
pensadores defendiam a liberdade, a justiça, a igualdade social e Estados com
divisão de poderes e governos representativos.

Acreditavam que esses elementos eram essenciais para uma sociedade


mais equilibrada e para a felicidade do homem.

Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento


racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o
misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem

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deveria ser o centro, e passar a buscar respostas para as questões que, até então,
eram justificadas somente pela fé.

Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era


corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se
todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a
felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições
de carácter religioso, as práticas mercantilistas, o absolutismo do rei e os
privilégios dados a nobreza e ao clero.

Immanuel Kant, ele próprio um expoente da filosofia desta época,


definiu o Iluminismo assim: " O Iluminismo é a saída do ser humano do estado
de não emancipação em que ele próprio se colocou.

A não emancipação é a incapacidade de fazer uso de sua razão sem


recorrer a outros. Tem-se culpa própria na não emancipação quando ela não
advém de falta da razão, mas da falta de decisão e coragem de usar a razão sem
as instruções de outrem.

Segundo os iluministas, cada pessoa deveria pensar por si própria, e não se


deixar levar por outras ideologias impostas, que eram forçadas a seguir.
Pregavam uma sociedade “livre”, com possibilidades de transição de classes e
mais oportunidades iguais para todos. Economicamente, achavam que era da
terra e da natureza que deveriam ser extraídas as riquezas dos países. Segundo
Adam Smith, cada indivíduo deveria procurar lucro próprio sem escrúpulos, o
que, em sua visão, geraria um bem-estar geral na civilização.

Mas, como vimos, todos os iluministas questionaram a estrutura do Antigo


Regime. Criticaram o Absolutismo Monárquico defendendo um governo
baseado em uma Constituição. O poder não seria mais concentrado em uma
única pessoa, mas tripartido.

A divisão dos poderes foi proposta por Montesquieu como uma forma
para evitar a tirania e os abusos dos governantes.

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O governo deveria estar submetido à vontade da maioria e atender ao bem
comum. A soberania popular foi defendida por Rousseau que também propôs o
voto universal, isto é, o direito de todos ao voto.

Voltaire, por sua vez, defendeu com vigor a liberdade de pensamento e a


tolerância religiosa.

Adam Smith criticou o mercantilismo intervencionista e propôs a


liberdade económica afirmando que a livre concorrência levaria à queda do
preço das mercadorias e estimularia as inovações tecnológicas. Era a lei da
oferta e da procura.

O Iluminismo propagou-se pelos séculos XVIII e XIX levando a


revoluções que destruíram, ou abalaram, o Antigo Regime na Europa e
estimularam movimentos de independência na América.

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CONCLUSÃO

Depois de tudo que foi abordado neste trabalho, podemos concluir que a
revolução industrial foi de grande importância para o mundo actual, trouxe vários
avanços tecnológicos, mas também muitos problemas como, o consumismo
incontrolável e a desvalorização do trabalhador. Mas com isso também, muito
aprendizado para os funcionários que aprenderam a lutar pelos seus ideais e
direitos. A tecnologia sempre existiu, desde o início dos tempos ela já estava
entre nós, só que em formas diferentes que nós não conseguíamos enxergar.

A tecnologia evoluiu muito rápido, do momento em que foi criado o


primeiro automóvel até a chegada do homem na lua houve um intervalo de 80
anos, isso mostra o quanto o ser humano evoluiu e ainda pode evoluir, é tão
rápido que a geração actual não consiga se adaptar com as tecnologias que
surgiram daqui quarenta ou cinquenta anos, o que pode se tornar até um
problema, onde os cidadãos podem se sentir excluídos do meio em que vivem.

Os avanços tecnológicos vêm sendo muito importantes para a educação,


deixando de ser algo considerado maléfico, por atrapalhar a aprendizagem e uso
indevido em momentos inoportunos. Hoje a tecnologia pode ser vista como algo
indispensável e essencial em escolas, faculdades ou até mesmo em creches. A
internet, por exemplo, é algo que facilita tanto a vida dos professores quanto a
dos alunos, se usada de forma certa pode ser algo crucial para o aprendizado,
uma aula com vídeos e imagens tende a chamar e prender a atenção de seus
participantes, uma explicação simples desse fato é a diferenciação, aulas teóricas
simples, são algo rotineiro e que é considerado por muitos, algo cansativo.

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BIBLIOGRAFIA

Dathein, R. (02 de fevereiro de 2003). Obtido de http://www.ufrgs.br/decon/

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Kant, I. (1784). Resposta à pergunta: “O que é o Iluminismo?”. Königsberg na


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ENgenharia da Universidade do Porto.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA .

Vico Denis S. de Mello, M. R. (4 de dezembro de 2011). O PENSAMENTO


ILUMINISTA E O DESENCANTAMENTO DO MUNDO: Modernidade
e a Revolução Francesa como marco paradigmático . p. 17.

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