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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES MARISTA

ANO LECTIVO 2017


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História
I. A História da História
A história ao longo do tempo

O que é a história
A palavra “História” deriva do grego antigo Histo que significa “Sei isto”. Em
Grego “eu sei” Também quer dizer “Eu vi”.. A história passar a ter significado de
aprender inquirindo. Os gregos pensavam que não se podia saber nada a não ser que
se tivesse visto com os próprios olhos ou feito uma averiguação.
O historiador grego Tucides escreveu que havia demasiadas pessoas a desejar
acreditar na primeira História que ouviam. Os Gregos antigos entenderam a essência
da Históira :
1º O Conhecimento histórico deve basear se na Evidencia.(baseia-se no
princípio de empirismo. Contrária da racionalista advogada por Emmanuel
Kant. Empirismo é acima de tudo o conhecimento baseado na evidencia, no uso
dos órgãos sensoriais e mais importante conhecimento testáveis, e reconhecido
cientificamente. Ela tem os seus advogados, tais como Galileu, Francis Bacon e
o pai do positivismo e fundador da sociologia moderna – Auguste Comte.)
2º A história não se resume a uma só, mas a várias;
3º Deve verificar-se tudo a procura de erros. Os historiadores tentam descobrir
não apenas o que aconteceu mas o porque é que aconteceu.
A “história” significa muitas coisas. É uma descrição de acontecimentos
passados, uma sequência de tempos. É o estudo dos acontecimentos, as suas causas
e seus resultados, e é tudo que é preservado ou lembrado do passado, como armas e
ferramentas, narrativas ou orais (faladas).
Para recordar os factos, as pessoas escrevem-nos ou de certo modo conversam-
nos, isto porque os acontecimentos mesmo os mais importantes desapareceram das
memórias ou tornam se confusas. As nossas vidas parecem diferentes das do
passado, mas algumas coisas não se alteram como por exemplo, as estradas romanas
ainda se utilizam diariamente, os jogos como Xadrez já se praticavam a séculos.

História Local
A história oral é uma boa fonte de história local. Ouvir as reminiscências dos
mais velhos, observar as suas fotografias e partilhar as suas memórias, revela muito
sobre o passado. A história das famílias é um ramo da história local.
As fotografias dos membros da família podem recuar ate às trisavós. Os
acontecimentos importantes da família, eram muitas das vezes recordados na capa
da Bíblia pertencentes a mesma. Os arquivos dos registos locais armazenam diárias,
cartas, informações de sensos, fotografias antigas registos de propriedades, livros de
registos escolares e relatórios de firmas que há muito deixaram de comerciar.
Os registos das paróquias fornecem pormenores, de baptismos, casamentos e
funerais. As famílias inglesas ligadas a um determinado lugar podem encontrar
referencias à sua família no domesday book compilado em 1086 por ordem de
Guilherme o conquistador.

Trabalho dos historiadores


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O primeiro e verdadeiro historiador foi “Heródoto”. Ele utilizou a palavra


história com o significado de “Investigação”.
Apesar de Heródoto escrever uma época em que se acreditava que as vidas eram
controladas pelos Deuses, também procurou explicações racionais e foi a primeira
pessoa a lançar um olhar sobre as causas e os efeitos dos acontecimentos. Por vezes
a história escrita pelo que nela desempenhou o papel importante.
Júlio César escreveu sobre as guerras “Na Gália”. “França”.
Winston Churchil, escreveu acerca das duas guerras Mundiais.
Nem todos os historiadores testemunharam os acontecimentos que escreveram.
A maioria depende de registos e documentos da época. Quem escreve só história
deve estar sempre consciente das suas próprias influenciam e preconceitos dos
outros escritores. “Influência” significa ser influenciado por um determinado ponto
de vista e preconceito significa literalmente “ julgar antes” – Antes de todos os
pontos ou factos terem sido observados.
Os historiadores devem evitar o erro de escreverem sobre o passado como se
todos os acontecimentos se dessem com o propósito orientado para o presente.

O trabalho dos arqueólogos.


A arqueologia é o estudo das pessoas do passado através da análise científica
dos objectos que eles deixaram. Os arqueólogos estudam os objectos que eles
deixaram. Os arqueólogos estudam os objectos (artefactos), as características
(Edifícios), os ecofactos (sementes ou ossos de animais)
Arqueologia_ consegue contar nas coisas acerca das sociedades que existiram
antes de se fazerem registos escritos e junta-los aos nossos conhecimentos das
sociedades civilizadas.
Arqueólogos tratam os que encontram como chaves saber, mais a vida das
pessoas que as utilizam. Por vezes conseguem descobrir as razões das grandes
alterações nas sociedades que estudam.
Os artefactos como: Moedas, Cerâmicas, ferramentas e armas encontram se por
vezes em grande abundância.
O seu estudo pode aumentar os nossos conhecimentos da história social e
militar. Os ecofactos, como ossos de animais, peles e sementes de plantas ajudam a
identificar as tarefas das pessoas e o modo como se alimentavam. As gravuras e
pinturas também oferecem informações valiosas. Podemos saber imenso sobre o
aspecto as pessoas e o que faziam a partir das pinturas em cavernas, retratos e
gravuras.

A HISTÓRIA NA ANTINGUIDADE
Esta é a primeira história da humanidade pois compreende desde os habitantes
das cavernas aos agricultores e populações das cidades incluindo as primeiras
civilizações avançadas.
Foi cerca de 40.000,00 anos AC que os seres humanos construíram pela 1ªVez
seus próprios lares. Fizeram música e pintaram as paredes das cavernas.

a) As primeiras povoações
As primeiras povoações em que se praticou agricultura e o comércio surgiram
acerca de 8.000 AC e passaram se 5.000 anos ou 250 gerações antes de
aparecerem importantes civilizações no Egipto e na mesopotâmia. Por exemplo
os primeiros povos viviam em cavernas e faziam fogo utilizando um arco que
fazia girar um pau contra outra peça de madeira criando assim fagulha, os
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antigos acreditavam também na vida após a morte. Eles adoravam muitos


Deuses incluído Osíris- O Deus da Morte.

b) Os primeiros seres humanos

As primeiras criaturas parecidas com os seres humanos surgiram apos um


período de vários milhares de anos. Os nossos mais próximos e verdadeiros
antepassados desenvolveram se apenas nos últimos 50.000 anos
Os primeiros hominídeo (Criaturas parecidas com os seres humanos) foram os
Australopitecos) tem se encontrado muitas das suas ossadas na África oriental,
precisamente na Tanzânia na região de Oldway. Andavam Erectos e fabricavam
ferramentas primitivas com pedras provavelmente não eram humanas
verdadeiras porque os seus cérebros eram muito pequenas em comparação com
os nossos.
O homo hábilis( Humano Habilidoso) Apareceu cerca de 2.000.000 anos. Este
hominidio tinha mais destreza e viveu ao mesmo tempo que os últimos
australopitecos. O mais avançado dos primeiros dos seres humanos foi o Homo
Herectus ( Homo Herectus) e tem se descoberto ossadas suas em Africa e na
Ásia, aprendeu a utilizar o fogo para cozinhar e aquecer se.
Quanto ao Homem de Neandertal, este apareceu cerca de 200.000,00 anos.
Este homem adaptava se aos climas frios, espalhava- se por todo o continente
Europeu e o médio Oriente, alem disso aperfeiçoou muitas ferramentas simples
diferentes em pedra, embora a sua linguagem fosse muito limitada. Não
sobreviveu até aos nossos tempos (Modernos)
O último homem de Neandertal conhecido morreu na Espanha há cerca de
28.000 anos
a) Os primeiros agricultores
A Vida das pessoas alterou se consideravelmente, ou extraordinariamente com o
desenvolvimento da agricultura. Lentamente descobriram como domesticar os
animais e começaram a cultivar plantas para colheitas.
Os primeiros agricultores instalaram se a cerca de 10.000 anos no Oriente fértil
isto é no Oriente Médio. Os povos cultivavam o trigo e a cevada, criavam
cabras, ovelhas, porcos e gado vacum que utilizavam para carne, leite, pele
(Couro) e para transporte.
O aperfeiçoamento simples permitiu lhes limpar as terras de modo mais eficaz,
construir aldeias e manterem se no mesmo lugar.
Mais tarde agricultura desenvolveu se nas zonas férteis da China, no noroeste da
Índia, no Irão, no Egipto, na Europa Meridional e no México.
Domesticação
Os primeiros animais a serem domesticados foi o cão em 10.000 anos a.c. Os
cães eram utilizados para pastores e como guardas-nocturnos.
Os agricultores aprenderam como criar os animais de modo a alterar as suas
características. Difundiram também diversos outros animais, as galinhas, os
falcões por exemplo tiveram a sua origem no Médio Oriente.

A história na idade moderna “1461-1600”


Os Europeus começaram a emergir dos estreitos confins da idade média para
viajar para alem do seu continente.
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Em 1461, os marinheiros os comerciantes Europeus encontravam se a bem


descobrir novas rotas para o extremo oriente explorar e tirar parte do resto do
mundo. Pela primeira vez os continentes entravam em contacto com outros.
No México e na América do Sul os impérios Asteca, Maias e Incas estavam no
seu apogeu mas com a chegada dos Espanhóis a capital Asteca (Tecnochtiran)
foi destruída e os Incas viram se forçados a retirar se para os montanhas do Peru.
Cerca de 1535 os Espanhóis transformaram os povos da América Central e Sul
em escravos e os habitantes originais quase eliminados devido as doenças e os
maus-tratos.
Os invasores viraram a sua atenção para o Norte, mais os verdadeiros efeitos da
sua chegada ainda demoraram alguns anos a fazer sentir se. As civilizações
africanas também sentiram a influencia Europeia mas apenas as que estavam
confinadas as zonas costeiras. O coração da África permanecia imperturbável
Na Europa o movimento agora chamado “Renascimento” era abastecido pelos
Gregos que fugiam do declino de “Constantinopla” e que traziam consigo os
conhecimentos da antiga Grécia e Roma.

O SÉCULO XX E AS NOVAS TENDÊNCIAS HISTORIOGRÁFICAS-


ALGUMAS DATAS HISTORIOGRÁFICAS
Meia dúzia de potências Europeias com a Grã-Bretanha e a França, a cabeça
invadiram a Africa e dividiram quase todo o seu território em algumas dezenas
de colónias. Só a Etiópia conservou a independência alem a Libéria
originalmente uma colónia de emigrantes Americanos Negros vindos dos EUA,
todos os outros Países Africanos ficaram submetidos a esta ou aquela forma de
soberania Europeia.
Debaixo das leis europeias de diferentes graus de severidade e rigidez todos os
seus povos herdaram o direito a cidadania e a Liberdade.
Motivos deste extraordinária invasão de todo um continente foram de vários
tipos, mas todos eles acabam por se assentar no desejo de aquisição de vantagens
políticas e económicas. No começo do empreendimento na, na segunda metade
do séc. XIX, quando a maioria das invasões ainda não principiara ou se não
encontrava ainda na fase embrionária, os principais governos e grandes empresas
capitalistas forma empurrados para crescente força de uma inflamada opinião
pública e nacionalista.
Os comerciantes de cada País Europeus persuadiram os seus governos a abrir
caminho ate África pela força das armas exploradoras e aventureiros
regressavam a Europa com coloridas e por vezes fantásticas histórias sobre as
riquezas Africanas que estavam a espera de serem colhidas.
Missionários e homens da Igreja falavam da obrigação de “civilizar o continente
Negro”, jornais nacionalistas rufavam os tambores de glória militares.
Motivos económicos estavam também em cenas embora esses fossem menos
importantes ao princípio do que posteriormente.
Países industrializado tais como a Grã-bretanha e a França precisavam de
assegurar fontes de matéria-prima barata para as suas fábrica: Queriam também
“Mercados cativos” para onde pudessem exportar as suas mercadorias.
África dizia, eles poderiam fornecer tanto as matérias-primas como os mercados
activos.
As relações da África com o resto do mundo antes da chegada dos Europeus.
Houve desde os tempos remotos contactos comerciais entre a África e os países
do mediterrâneo das rotas de caravelas tranzarianas. Mercadorias do Norte da
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África do próximo oriente e da Europa (Espadas de aço, ferragens, tecidos de


ceda, artigos vários, escravos etc.). Chegaram até África sudanesa para serem
trocados por ouro, marfim, sal, pimenta e Escravos.
A África Oriental manteve contactos com os países asiáticos (Arábia, Índia e
China) através dos Árabes que trocavam o ouro, marfim e escravos africanos
contra Seda, Porcelanas, etc.
Entre as várias regiões africanas também havia trocas comerciais que permitiam
contactos culturais e relações politicas.
Os Estados Sudaneses (Ghana, Mali e Songhai) estavam em ligações com o
Egipto, havia contactos entre o Senegal e a Somália, O Tchad e cidade do Nilo.
As cidades do litoral Indico com os Estados Nilótiocos. A costa com o interior
Por um lado a ideia de um isolamento africano em relação ao mundo exterior e
uma ausência de contactos entre os vários povos Africanos, foi invenção
colonialista para justificar o preconceito de África imóvel “Sem civilização”.
Africa descoberta pela 1ªvez pelos navegadores europeus e que teriam trazido o
Progresso.
O CRESCIMENTO DO RACISMO
RACISMO- é a ideia de que alguns povos são naturalmente melhores ou mais
civilizados do que os outros.
A ideia de que por exemplo, os brancos são melhores do que os negros. Esta
ideia é tão velha como falsa.
Mas sec. XIX foi o período em que o racismo moderno ganhou forma. Os
brancos foram então, ensinados a acreditar que eram a “melhor raça” do mundo
e que era “Missões” sua “dominar” e “Civilizar” todos os outros povos
especialmente o “Negro”
Durante muito tempo os Europeus na Europa, os Americanos brancos do outro
lado do atlântico, viram os africanos unicamente como escravos. Muitos
passaram a acreditar que os africanos eram “ escravos naturais” que mal tinham
a consciência dos seus sofrimentos. Esses europeus esqueciam se
convenientemente da historia da escravidão da própria Europa do passado.
Esqueciam se também de que tinham sido os Europeus a iniciar o comércio de
escravos com a África. Por outro lado, diziam que “ os africanos não passavam
de crianças grandes”.
Os africanos, diziam se “não eram capazes de nada, não tinham história, não
possuíam civilização própria”. Os novos racistas, argumentavam que os
Africanos tinham de ser governados pela “mão firme da Europa” Era esta diziam
eles a “Sagrada missão da Europa”

A ÁFRICA NA ERA DO TRÁFICO


Panorama Geral
Em África, o período que vai do Sec XII a XV e que corresponde a chamada
Época Feudal da Europa. É um período de desenvolvimento económico e
cultural em nada inferior ao da Europa. Isto aplica se não são as regiões
directamente ligadas ou influenciadas pela civilização Islâmica (Norte de Africa,
região sudanesa, costa oriental) mas também as marcadas pela cultura negro-
africanas original (África subsariana), central e meridional
Até ao Século XV a África produzira civilizações que se destacaram pelo seu
nível de organização económica, política e social e pela sua vida cultural. Os
contactos com o mundo exterior, essencialmente com o mundo Árabe, tiveram
efeitos favoráveis. Este desenvolvimento apresentava sem dúvida os aspectos
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contraditórios: o aparecimento dos grandes impérios tinha agravado a sorte das


massas camponesas a favor das minorias (Aristocracias, mercadores das cidades)
um processo diferenciação sem classes antagónico.
Mas no séc XV, o sentido da história Africana mudou brutalmente quando a
Europa exactamente na mesma época entrou em período da expansão económica
e geográfica, passando a interferir na evolução das sociedades africanas de uma
forma que se foi acentuando nos séculos seguintes.
Com os descobrimentos “os grandes descobrimentos” uma revelação divergente
começa a civilização que não sendo semelhantes tinham um nível de
desenvolvimento equivalente, vão distanciar se de tal maneira que os Europeus
do Sec. XIX em plena fase de expansão imperialista acharam normal e natural
apoderar se gradualmente quase totalidade do continente africano.
Os contactos com a Europa se tivessem efectuado na base de trocas entre
parceiros iguais como aconteceu entre africanos e árabes, poderiam ter tido,
efeitos positivos e contribuir pela troca de influências para transformação das
respectivas sociedades sem destruição da sua originalidade.
Tal não aconteceu e os efeitos foram essencialmente negativos.
Nos séculos XVI ao séc XVIII a África foi o teatro de um dos maiores
genocídios que a história da humanidade conheceu: milhões de Africanos foram
arrancados violentamente das suas terras e do seu meio social ou pereceram, par
enriquecer uma burguesia Mercantil de ouro e outros produtos preciosos.
È este período que se designa por “ Era do tráfico” para a Africa” e Período
acumulado primitiva da capital para a Europa.
Enquanto para os Europeus especialmente para as suas classes dominantes, o
tráfico significou Ouro, Marfim, Especiarias, açúcar, tabaco, em fim riqueza e o
descobrimento das forças produtivas, para os africanos o tráficos significou
extermínio, expulsão e deslocação, perda dos seus melhores filhos, degradação
da economia, atraso no desenvolvimento das forças produtivas.
Porem, o tráfico não teria sido possível sem a participação de alguns chefes
africanos como agentes dos mercadores Europeus. Neste caso o tráfico alterou o
processo de formação de classes e contribuiu para o reforço de alguns estados e
a sua organização no plano militar.
O tráfico não trouxe outra coisa senão miséria e destruição para o continente
Africanos.

PRIMEIRAS RELAÇÕES COM OS EUROPEUS NO LITORAL


ATLANTICO
Até ao séc. XV, os contactos entre a África e a Europa efectuava se através das
pistas tranzarianas e dos costas do Oceano Índico por intermédio de mercadores
Árabes.
Os produtos africanos eram encaminhados para os mercados mediterrâneo do
Magrebe e do próximo oriente tomando os caminhos das grandes cidades
Italianas e Ibéricas estabelecidas em Sigilmassa (Marrocos). Traficavam com
Mali e o Songhay.
No Séc XV o tráfico mudou de orientação. O Sahara cedeu progressivamente o
lugar ao Oceano atlântico, onde os contactos se multiplicavam devido as
descobertas cientificas e técnicas que permitiram uma navegação mais segura e a
grande necessidade que a Europa tinha de Ouro e especiarias.
Os primeiros Europeus que desembarcaram nas costas Africanas foram os
navegadores Portugueses movidos por interesses lucrativos e de aventura.
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Vinham fazer comércio a medida que iam pesquisando o litoral africano com o
tempo foram construindo “Feitorias” mas só o puderam fazer com o
consentimento dos Reis locais.
Os soberanos africanos acolheram geralmente com muita referência os
navegadores estrangeiros. Tal foi o caso dos imperadores do Mali e dos reis do
Congo.
Os primeiros contactos entre Reis da Europa e da Africa foram contactos de
igualdade de aliança.
Embaixadores Europeus visitaram os reinos africanos, emissários africanos
foram as Costas de Lisboa e de Roma, agentes comerciais de Lisboa também os
do Benin negociaram com os reis mercadores locais.
Estas relações diplomáticas estavam intimamente ligadas a relações comerciais
que não eram muito diferentes do comércio tradicional e Índico. Os
comerciantes Europeus encontravam parceiros africanos hábeis e experientes
dentro da actividade comerciais.
Os primeiros produtos trocados foram da parte Africana: o ouro, ferro
trabalhado, marfim, cara paços de tartaruga, tecidos e muito subsidiariamente
escravos.
Do lado Europeu os produtos não eram valiosos mais considerados pelos
Africanos rara e muito valorizado: Espelhos, adornos, colares e pacotilhas
varias.
Esse tipo de ralações não durou muito tempo e a responsabilidade da
deterioração das mesmas foi da iniciativa das classes dominantes Europeias cuja
avidez do lucro, própria de um capitalismo nascente as levou a exploração a
exploração sistemática das riquezas africanas.

RELAÇAÕES NO LITORAL ÍNDICO


No início da expansão os Europeus limitaram-se a costa ocidental da África mais
a procura do caminho marítimo para a Índia fonte de “Ouro e Especiarias”
levou-os a Costa oriental africana.
O objectivo principal dos Portugueses na costa oriental passou a ser o de se
apoderar do mercado Árabe. A sua intromissão no oceano Índico foi desastrosa
para os Árabes que perderam o papel dos intermediários entre a índia, o extremo
oriente e a Europa.
Na costa oriental os contactos Africanos Portugueses não tiveram o mesmo
carácter que tinham assumido na costa atlântica. Quando ali chegaram os
Portugueses descobriram nas cidades mercantis que estavam em contacto há
séculos com a Pérsia, Índia e china, uma civilização mais requintada que a sua.
Assim a primeira atitude foi de destruir, pilhar e queimar outras cidades tais
como: Quilo e Mombasa do litoral Índico cujo fraco poder defensivo não pode
impedir esta agressão violenta.

AS FEITORIAS. O PAPEL DAS FEITORIAS

Feitorias- os primeiros estabelecimentos foram construídos só em centros


locais da costa ocidental da Africa.
Assim em 1452 os Portugueses construíram o primeiro forte na costa do ouro a
que chamaram “Mina”. Pensavam dai, que chegaram as MINAS DE OURO o
que nenhum Europeu até ao séc. havia chegado
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Para fazer comércio os Europeus fundaram feitorias isto é pequenos


estabelecimentos comerciais por vezes fortificados.
Os grandes núcleos deste comércio eram a embocadura da casa massa na grande
Guiné (Ouro)
A Costa da Malaqueta na libéria (jindungo), a Golfo de Benin (Escravos e
especiarias) na foz dório Zaire (Escravos e marfim)

O papel das feitorias


As feitorias tiveram um duplo papel, foram pontos de escalas para os navios que
se dirigiam a Índia ou América e foram entrepostos e lugares de trocas de entre
traficantes Europeus e Africanos. Por vezes serviam de ponto de partida para o
interior mas Penetração foi fraca ou quase nula pois os Africanos da Costa
impediam o acesso ao interior do continente a os europeus utilizando para isto os
seus intermediários.
Os produtos trocados nas feitorias eram do lado Europeus Pacotilhas várias,
tecidos, aguardente, armas de fogo e do lado Africano: O ouro de Bambuque
( Gambia e do ouro de Buré ( Guiné) O marfim e os escravos.
Os primeiros produtos africanos eram enviados para as Ilhas (De madeira e
açores) e para Lisboa, seguindo depois para outros grandes centros de comércio
Europeu.
Porem. As primeiras relações diplomáticas e comerciais deterioraram se
rapidamente e no fim do Séculos XV o Escravo Negro tornou se o elemento
essencial das trocas entre a África e a Europa.

INICIO DO TRÁFICO DE ESCRAVOS


Os escravos obtidos em Africa foram-no através de assaltos aos acampamentos
tuaregues ao longo do litoral do Sahara e as aldeias negras da região do Senegal.
Em 1441, Antão Gonçalves, navegando ao serviço do Infante Dom Henrique de
Portugal ao Desembarcar da costa africana capturou os primeiros escravos
Africanso tendo para o efeito causado várias mortes.
Os primeiros navegadores portugueses trouxeram para Lisboa alguns Escravos
que designaram por Mouros.
Outros navegadores Portugueses levaram para Lisboa, em 1444 o primeiro
grande carregamento de escravos em número de 263.
A partir de 1510 um décimo da população de Lisboa eram compostas de
escravos negros. Alguns destes escravos eram empregues como mão de obra na
agricultura sobretudo no sul de Portugal (Algarve) na Madeira e Açores.
No princípio do Séc XVI os portugueses já solidamente implantados nas ilhas de
Cabo Verde e de S.Tomé, instalaram as plantações de cana de açúcar e
recrutaram escravos par estas culturas nas costas do Senegal, na Costa Ouro e do
Benim.
Até a descoberta da América o tráfico de escravos forneceu a Europa algumas
dezenas de milhares de escravos.
Depois da conquista da América o tráfico de escravos não só aumentou
extraordinariamente como se tornou uma instituição que durante cerca de
4séculos queria relacionar de forma dramática três continentes: Africa, América
e Europa no que foi também designado por Grande circuito ou comércio
Triangular.
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A América onde Cristóvão Colombo chegara em 1492 foi conquistada no


princípio do século por XVI por Espanhóis e Portugueses que massacraram os “
os “ os Indigentes” “ Amerilios” ou os seduziam a escravidão.
A exploração destas terras exigia muita mão-de-obra. os índios poucos
numerosos habituados a uma vida nómada não aguentaram a escravatura,
morriam, fugiam ou eram massacrados.
Foram enviados Europeus degredados ou servos, mais estes não tinham
experiência na agricultura tropical. Os traficantes recorreram então aos Escravos
africanos mais experientes na agricultura dos trópicos. Isto foi o início do
comércio triangular.
A mão-de-obra africana tornava se mais necessária a medida que a América era
explorada nos seus recursos agrícolas e minerais.
A mão-de-obra Africana tornava se mais necessária à medida que América era
explorada nos seus recursos agrícola e minerais.
As plantações das Antilhas e do continente sobre tudo do Brasil desenvolveu as
culturas de cana-de-açúcar, do tabaco, do algodão e do café. A exploração
mineira tinha como objectivo a obtenção de ouro e prata necessários a expansão
do capitalismo Europeu.
No principio do séc. XVII estimava se que 1.000.000 de escravos teriam sido
transportados par a América sendo mais da metade originários de Angola,
Congo e do Benin.
A outra parte provinha da costa do ouro e da Senegândia (Entre o rio Senegal e
Serra leoa) os Escravos africanos eram levados para as Antilhas por navios
Franceses, Holandeses e Ingleses para o Brasil por Portugueses, para América do
norte por Ingleses e Holandeses, para o Canadá por Franceses.

O COMÉRCIO TRIANGULAR. MÉTODOS DO TRAFICO DE


ESCRAVOS
O tráfico fazia se essencialmente por estações, escalas feitorias que cercavam
toda Costa da África Negra.
Estavam instalados sobretudo nas ilhas fáceis de se defender principalmente no
ponto mais elevado da costa. O pessoal das feitorias era muito reduzido e por
vezes de qualidade mais do que medíocre.

O OURO NEGRO. COMO ERAM VENDIDO OS ESCRAVOS

O OURO NEGRO
Preto era uma moeda corrente, um valor a ordem que podia se trocado ou era um
letra com que se pagava uma dívida uma palavra era o “padrão” de valores como
dizia o historiador espanhol Reinal que os pretos representavam um numerário
para as riquezas do continente Europeu.
Com se vê o ouro negro foi extraído, vendido, transportando e entregue como
qualquer mercadoria.

Quantos pretos foram assim vendidos?


È difícil de estimar a amplitude deste tráfico porque ele continuou durante
muitos séculos e uma cedência acelerada pois era elevado o número de
mortalidade nas fazendas e plantações nas Américas pelos que os Europeus
confiavam mais nos africanos.
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O COMÉRCIO TRIANGULAR. CONSEQUENCIAS DO TRÁFICO DE


ESCRAVOS.

O COMÉRCIO TRIANGULAR
O Tráfico negreiro deu origem a um circuito comercial que se designou por
triangular.
Este comércio praticado pela maioria dos países Europeus e depois pelos
americanos com a cumplicidade dos chefes durou ate ao fim do século XIX e
marcou fortemente a história africana.
Uma das causas da origem deste fenómeno deveu se principalmente a conquista
e exploração da América.
Navios negreiros partiam dos postos Europeus carregados de artigos em geral de
pouco valor tais como: barras de ferro, tecidos, aguardente, pacotilhas várias,
colares, etc. Chegados à costa africana os comerciantes Europeus trocavam estes
produtos por outro, Peles, Marfim e sobretudo escravos que eram transportados a
América vendidos aos colonos. Estes forneciam produtos das plantações
(Açúcar, algodão, café, tabaco) e das minas (Prata, ouro, pedras preciosas) que
os navios negreiros transportavam para a Europa.

SECTORES DE TRÁFICO

Havia 7 sectores principais de tráfico e que abrangiam a zona que vai de Arguni
(Mauritânia) até Angola:
 Senegal
 Serra Leoa
 Costa do Marfim
 Costa da Guiné
 Costa do Ouro (Gana)
 Costa dos Escravos (Togo, Daomé, Nigéria) e Costa de Loango
 E de Angola
Podemos considerar que foram arrancados de África cerca de 100.000.000
ou 100 milhões de homens e mulheres.
O tráfico de escravos efectuou uma separação, levando o que foi de melhor
na população os indivíduos mais vigorosos mais jovens, mais são.
Arrancou dos sectores da população os mais necessários ao dinamismo e ao
progresso ou seja os melhores produtores e procriadores.
O tráfico de escravos provocou uma grande movimentação da população.
Instalou a guerra nos territórios e a violência inter tribal.

“NA EUROPA”
A África negra participou involuntariamente no arranque económico da
Europa e continuará a desempenhar o papel impulsionador durante todo o
período colonial ou Neo-colonial.
Em Resumo o tráfico de escravos foi para a África negra uma viragem
marcada que teria conduzido esta raça quase total como na América do Norte
e do Sul sobre os índios, tanto mais que os efeitos da escravatura se
estenderam por muitos anos.

EFEITOS DO TRÁFICO DE ESCRAVOS:


EFEITOS DEMOGRÁFICOS
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EFEITOS ECONOMICOS
EFEITOS POLÍTICOS

EFEITOS DEMOGRÁFICOS
De uma forma geral o tráfico de escravos paralisou o desenvolvimento das
forças produtivas de África a sul do Sahara devido a perda da sua força de
trabalho e a desorganização das sociedades, o que teve consequências
económicas e politicas desastrosas a curto e a longo Prazo para todo o
continente.
Como vimos (Efeitos demográficos) o tráfico atingiu sobretudo os elementos
mais vigorosos da população Africana, o que provocou o enfraquecimento
demográfico e o sub povoamento.
Com efeito a transferência de milhões de melhores produtos e reprodutores
(Cultivadores, Ferreiras, tecelões todos jovens) e o extermínio de outros
tantos milhões (guerras, razias, fadiga, doenças) contribuíram para que a
população Africana diminuísse enquanto o resto da população do globo se
aumentava em expansão.
Certos historiadores minimizam o factor negativo de despovoamento
Africano povoado pelo tráfico alegando que as zonas de maior tráfico no
passado são as mais povoadas actualmente e ignoram no entanto qe as
populações mais atingidas foram as to litoral em detrimento de quem faziam
o tráfico.
As exigências do capitalismo da época, encontravam povosm, material e
moralmente arruinados como resultado de 4 séculos. Apesar de tudo os
pvoos africanos ainda foram capazes de oferecer resistências a ocupação e
não foi fácil aos colonialistas conseguir dominar a África.

EFEITOS ECONÓMICOS DO TRÁFICO DE ESCRAVO

Com a regressão das forças produtivas pis sem a força de trabalho necessária
ao seu desenvolvimento e com o clima de insegurança, provocada pelas
razias constante surgiu a fome, a miséria, devido ao abandono das áreas
produtivas.
Como a principal mercadoria procurada era a humana, não havia estímulo
para a produção destinada ao mercado; mesmo para o consumo se deixou de
produzir pois certas mercadorias vinham da Europa que fez declinar o
artesanato tradicional.
De uma forma geral houve regressão das forças produtivas pelo que povos
agricultores voltara, a recolecção e populações sedentárias de longa data
viram se forças a deslocar se para o interior procurando refúgio ou
construindo paliçadas sobre os lagos do interior.
A África via se privada das forças de trabalho necessária para o seu
desenvolvimento o que lançou no atraso e no subdesenvolvimento.

EFEITOS POLÍTICOS DO TRÁFICO DE ESCRAVOS

A desagregação política uma vez que a instabilidade, com o


desenvolvimento dos chefes africanos no tráfico facilitou a desorganização
dos grandes conjunto políticos acelerando a divisão interna, pois que cada
chefe queria obter as maiores vantagens possíveis como o tráfico de escravos
13

contando directamente com os europeus escapando ao controlo do soberano


da região.
È esta divisão interna que foi habilmente aproveitada pelos europeus que
sabiam muito bem “ dividir para melhore reinar”. E neste ponto coloca se em
destaque a desagregação do reino do Congo e do Monomotapa cuja causa
fundamental foi sem dúvida a actuação dos portugueses.
A PARTILHA DE ÁFRICA
Para uma partilha destinada ao continente Africano os Europeus a partir do
século XIX viraram radicalmente para o continente apresentando as causas
económicas políticas e ideológicas.
Com relação as causas económicas, assiste se a ideia da industrialização da
Europa principalmente a Inglaterra, França e Holanda, a perda das 13
colónias nos Estados Unidos da América, da Inglaterra (esta vira se para a
África) com o avanço da industrialização observação a abolição do tráfico de
escravos. Estes grandes consumidores dos produtos logo após a abolição do
tráfico de escravos não obedeceram os interesses humanitários mas sim
económicos.
A Era Industrial impôs em Africa a afixação dos Africanos, a crise da
superprodução, quer dizer existência de muitos produtos sem serem
consumidos. Em 1879 houve crise da super produção na Europa e em 1969 a
construção do canal de Suez que reduziu o tempo de viagem entre Europa e a
Índia.
As causas económicas foram as mais fundamentais foram a colonização da
África.

Causas políticas
Entre as causas políticas que impulsionaram a expansão Europeia em África
no fim do século XIX, os mais importantes foram: a estratégia e o objectivo
de defender para lá dos mares o princípio do equilíbrio Europeu quer dizer a
rivalidade entre as potências europeias que impulsionou-as para as
consequências em África como tentativa por um lado de manterem o seu
lugar no contesto político Europeu e por outro lado de criar obstáculos do
engrandecimento das potencias rivais.

Causas ideológicas
Estas consistiam na evangelização e em levar o cristianismo e civilizar os
Africanos, já que segundo alguns Europeus diziam: os Africanos não eram
capazes de nada, não tinham história, porque não utilizavam a escrita
(esqueceram as fontes históricas) não tinham história nem possuíam
civilização própria pelo que os Africanos tinham de ser governados pela
Europa.

A rivalidade Europeia na região do Congo no último quartel


do séc. XIX
As viagens de exploração geográfica realizadas por Livingston, Stanley e
Camerom, pondo a descoberta de algumas riquezas da África Central,
despertou os interesses das potencias Europeias e particularmente do rei
Belga, Leopoldo II, levando-o a realizar em 1876 na Bélgica uma
conferência internacional de Geografia na qual foi criada a associação
internacional Africna com fins (A.I.A) filantrópicos e científicos.
14

Em 1878 Leopoldo II criou o comité de estudo do alto Congo, com fins


políticos e comercias visando a criação do Estado Livre do Congo, sob a
direcção de Stanley.
Em 1882 o governo Francês ratifica (Confirmou) o tratado Makoko
( assinado em 1880) entre Brasa e o rei Makoko) que colocava sobre
protectorado Francês uma vasta região na margem direita do rio Congo
(Zaire).
Preocupada como extensão do domínio Francês na África Central e receando
as altas tarefas praticadas pela França, a Inglaterra assina com Portugal o
tratado de 26 de Fevereiro de 1882 que reconhecia direitos portugueses na
costa ocidental Africana.
Devido a forte oposição da França, da Alemanha, de Leopoldo II e da
opinião pública Britânica esse tratado não foi confirmando ( ratificado).
Então Portugal isolado lança uma conferência internacional para resolver a
questão do Congo esperando ver respeitado os seus direitos históricos.
A ideia será materializada pela Alemanha e França que em conjunto
convocaram a conferência de Berlim.
 Rivalidade Europeia na região do Congo
 Ratificação do tratado de Makoko (1882)
 Tratado luso, britânico de (26.02.1882)
 Forte oposição Europeia
 Convocação da conferencia de Berlim

Conferencia de Berlim
A conferência de Berlim realizou se de 15 de Novembro de 1884 a 26 de
Fevereiro de 1885, estando presentes representantes de 14 países:
1ºAlemanha 8ºRussia
2ºFrança 9º E.U.A
3ºInglaterra 10º Turquia
4ºPortugal 11ºDinamarca
5ºBélgica 12ºReino da Suécia e Noruega
6ºEspanha 13ºImpério Húngaro
7ºItália 14ºPolónia,
OBS: Não esteve presente nenhum soberano africano

DECISÕES DA CONFERÊNCIA

1º Delimitações da zona da Africa Central que deveria ficar submetida ao


principio da liberdade comercial, estendendo se do Oceano Atlântico ao
Índico
2º Internacionalização dos rios Congo e Níger
3ºDefiniçao das condições essenciais para que novas ocupações
nas costas africanas sejam consideradas efectiva.
Podemos concluir que durante a conferência de Berlim não se fez
a partilha integral do continente Africano, como afirmam vários
autores, tendo simplesmente aprovado a partilha da vasta zona da
África Central feita entre França e a Associação Internacional do
Congo e Portugal (A.I.C.P)
15

Na realidade o que ficou patente nesta conferencia foi a criação e


generalização da zona de influencias das potencias Europeias em
Àfrica apartir de 1886.
Foi a nova partilha colonial Alemã que desencadeou a verdadeira
corrida das potencias coloniais Europeias para o interior da Africa
com o efeito a Alemanha entre 1884 a Fevereiro de 1885
apoderou se do Toco, Camarões e Sudoeste Africano (Namíbia).
A Inglaterra e a França, rivais entre si e rivais da Alemanha viram
se então decididamente para a expansão colonial de Africa para
obterem ao engrandecimento de qualquer potencia rival.
As ambições territoriais das potencias Europeias provocaram
graves conflitos entre elas, mas que todos estes conflitos foram
solucionados diplomaticamente através de assinaturas de acordo e
convenções que fixaram a delimitação das respectivas zonas de
influencia em Àfrica em função do poderio económico e militar
das potencias engajadas tendo em conta a política de
compensação Mundial.

O ano de 1885 é considerado como o ponto de partida para a


partilha de Africa e o ano de 1912 foi o ano de ocupação efectiva do
continente Africano.

Conferência de Berlim
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Mapa de África Colonial em 1913.


██ Bélgica
██ França
16

██ Alemanha
██ Grã-Bretanha
██ Itália
██ Portugal
██ Espanha
██ Estados independentes

O Congresso de Berlim realizado entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de fevereiro de


1885 teve como objetivo organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas
potências coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, nem a história, nem as
relações étnicas e mesmo familiares dos povos do Continente.

No congresso, que foi proposto por Portugal e organizado pelo Chanceler Otto von
Bismarck da Alemanha — país anfitrião, que não possuía mais colônias na África, mas
tinha esse desejo e viu-o satisfeito, passando a administrar o “Sudoeste Africano” (atual
Namíbia) e o Tanganhica — participaram ainda a Grã-Bretanha, França, Espanha, Itália,
Bélgica, Holanda, Dinamarca, Estados Unidos da América, Suécia, Áustria-Hungria,
Império Otomano.

Os Estados Unidos possuíram colônia na África; a Libéria, só que muito tarde, mas
eram uma potência em ascensão e tinham passado recentemente por uma guerra civil
(1861-1865) relacionada com a abolição da escravatura naquele país; a Grã-Bretanha
tinha-a abolido no seu império em 1834. A Turquia também não possuía colónias em
África, mas era o centro do Império Otomano, com interesses no norte de África. Os
restantes países europeus que não foram “contemplados” na partilha de África, também
eram potências comerciais ou industriais, com interesses indirectos naquele continente.

Num momento desta conferência, Portugal apresentou um projecto, o famoso Mapa cor-
de-rosa, que consistia em ligar a Angola e Moçambique para haver uma comunicação
entre as duas colônias, facilitando o comércio e o transporte de mercadorias. Mas este
documento, apesar de todos concordarem com o projecto, Inglaterra, supostamente um
antigo aliado dos portugueses, surpreendeu com a negação face ao projecto e fez um
ultimato, conhecido como Ultimato britânico de 1890, ameaçando guerra se Portugal
não acabasse com o projecto. Portugal, com medo de uma crise, não criou guerra com
Inglaterra e todo o projecto foi-se abaixo.

Como resultado desta conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África


Austral, com excepção das colónias portuguesas de Angola e Moçambique e o Sudoeste
Africano, toda a África Oriental, com excepção do Tanganica e partilhou a costa
ocidental e o norte com a França, a Espanha e Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde); o
Congo – que estava no centro da disputa, o próprio nome da Conferência em alemão é
“Conferência do Congo” – continuou como “propriedade” da Companhia Internacional
do Congo, cujo principal accionista era o rei Leopoldo II da Bélgica; este país passou
ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o Ruanda e o Burundi.

Assim se formou a Nação Africana.


17

As fronteiras nacionais nasceram da imposição desta conferência, um estado orgânico


colonial imposto pelas potências colonizadoras partilhando a África sem muitas
preocupações quanto ao que já existia. Várias nações, no sentido das formações sociais
antigas africanas, passaram a estar reunidas dentro de novas fronteiras. Tribos amigas e
inimigas passaram a pertencer o mesmo espaço colonial.

Assim, nos gabinetes da capital alemã, foram traçadas as fronteiras dos domínios
coloniais. No início do século XX, a África estaria completamente retalhada pelos ocupantes
imperialistas.

Consequencia para o continente depois a


conferencia de Berlim?

O nascimento das Nações em Africa 1950-1996


Depois de vários anos de governo de poderes coloniais muitas nações
conquistaram as suas independências através das guerras, terrorismo ou
meios pacíficos.
Depois da primeira guerra mundial os líderes de muitos países coloniais
europeus sentiram a crescente pressão dos povos pela independência. Os
dias de governo colonial rapidamente chegaram ao fim.
Durante os anos 50-60 muitos povos de Africa e do sudeste asiático
lutaram pelas suas independências. Esses povos acreditaram que tinham
direito de controlar os seus destinos sobretudo dos seus países.
Muitos países africanos eram liderados por homens de coragem e visão
rumo as independências, eram presos frequentemente mas em alguns casos
acabaram por conquistar o poder. Muitos desses países usaram a força
militar para exigir a independência ao governo colonial.
Os países Europeus não desistiam do seu poder e os grupos como os Mau-
Mau no Kénia liderados por Jomo Kenyata contra o exército Britânico,
onde morreram mais de 10.000,00 homens lançaram campanhas terroristas.
Em alguns estados como por ex no Egipto em 1952-1953 a independência
foi conseguida depois de o exército assumir o poder. Kwame Nkrumah do
Ghana, levou este estado a independência em 1957 e foi um dos grandes
líderes ou pioneiros da moderna ideia de unidade Africana; Julius Nyerere
da Tanzânia, fundador do movimento nacionalista do País, presidente do
Tanganhica e depis da união do Tanganhica com Zanzibar.
Em 1983 os governos de todos os antigos estados coloniais juntaram se
para formar a sua própria organização chamava se organização da Unidade
Africana abreviadamente OUA que hoje em dia se chama UNIAO
AFRICANA. ( UA)
Em Africa varias guerras civis surgiram quando as potenicas Europeias se
retiraram gradualmente . È uma das razoes mais comuns para isso eram que
18

onde a terra tinham sido anteriormente dividida entre os colonos Europeus


pouca atenção foi dada as fronteiras tribais existentes.
Quando os Europeus se forma embora varias tribos entraram muitas vezes
em territórios como: Moçambique, Angola, RDC, Rwanda, Burindi etc
onde durante os confrontos as pessoas morreram, várias famílias ficaram
dispersas em fim todas as comunidades desencaminhadas.
Hoje quase todas as colónias são independentes algumas mantém laços
como os membros da comunidade Britânico, outros como a organização da
unidade Africana formaram varias alianças.
Muitas antigas colónias são ainda economicamente dependentes do
comércio mundial e controlado pela Europa. EUA, Japão bem como pelas
empresas multinacionais. È difícil aos novos Estados evitarem o
endividamento porque em geral não tem controlo financeiro.

O nascimento das Nações Unidas

O NASCIMENTO DAS NAÇÕES UNIDAS

A ONU é a máxima organização mundial intergovernamental, fundada em 1945 pelos


51 países. Governos das nações aliadas na segunda guerra mundial são a sucessora legal
da sociedade das nações que fora criada depois da grande guerra de 1914 a 1918
(primeira guerra mundial).
O nome de nações unidas foi concebido pelo presidente norte-americano Franklim e
foi utilizado pela primeira vez numa declaração assinada em Janeiro de “1942”; 28
nações nas quais se comprometeram a prosseguirem a guerra contra os países do eixo
(Alemanha, Itália, e Japão).
A carta das nações unidas teve sua origem nas propostas que acordaram a união
soviética (Rússia, EUA, Grã-Bretanha e China) durante uma série de reuniões
realizadas em Washington no ano de 1944. Estas propostas foram apresentadas na
conferência das Nações Unidas sobre a organização internacional levada a cabo na
cidade de S. Francisco (Califórnia), m 1945 e sobre esta base redigiu-se a carta das
Nações Unidas que foi assinada pelos delegados de 50 países.
A ONU ficou oficialmente constituída a 24 de Outubro de 1945 ao ser ratificada a
carta pela maioria dos países participantes.
Os membros originais da ONU foram na realidade 51, pois a Polónia foi admitida ainda
que não tivesse participado na conferência de “Sã Francisco”
Em 1982 o número de estados membros ascendia a “157”.
A admissão de estados membros na “ONU” é feita através das recomendações do
conselho de segurança
A ONU é uma associação de estados que se comprometeram a assinar a carta, a manter
a Paz e a segurança internacional e cooperar no estabelecemos das condições
“políticas, económicas e sociais” para alcança-las.
19

A carta não autoriza a organização a intervir em assuntos que estejam essencialmente


sobre a jurisdição interna dos estados
Os idiomas oficiam das ONU são: Francês, Inglês e Russo.
Os idiomas de trabalho são; Francês, Inglês, Árabe, Chinês, Espanhol e Russo.
A sede da ONU, está situada na cidade de New York – Nova York – Estados Unidos
das Américas
Os principais órgãos das nações unidas são:
 Assembleia Geral
 Conselho de segurança
 Conselho económico social
 Conselho de administração
 Tribunal internacional da justiça (HAIA) e
 O secretariado

ASSEMBLEIA – GERAL DA ONU

SUAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS

1º Assembleia – geral da ONU


É constituído pelos estados membros com uma grande variedade do terceiro mundo. É o
principal fórum mundial para discutir e fazer recomendações sobre questões que
afectam a paz e a segurança internacional. Contudo, não têm autoridade para fazer
cumprir as suas decisões.

As suas funções específica dentre outras são:


 Autorizar todos os problemas que afectam a paz e a segurança
 Fomentar a colaboração politica internacional, a educação e a codificação do
direito internacional
 Promover a realização dos direitos e liberdades fundamentais do homem e
 A cooperação económica, social, médica, educacional e sanitária.

Ela reúne uma vez por ano no período ordinário de sessões; pode ser convocado
extraordinariamente à pedido do conselho de segurança, etc.

2º Conselho de segurança
É o principal instrumento para fazer cumprir os propósitos e princípios da ONU. É
composto por cinco membros permanentes (a China, EUA, França, Grã – Bretanha e
Rússia) e 10 membros escolhidos pela assembleia-geral por um período de 2 anos e
estes não podem ser reeleitos para períodos consecutivos.
A sua principal função é manter a paz e a segurança
20

Havendo uma ameaça à segurança mundial, o conselho de segurança determina como a


ONU deverá agir e ordena que os membros tomem certas atitudes. As decisões do
conselho são obrigatórias para todos os membros da organização.
O conselho de segurança, diante de uma possível ou real situação de guerra tenta
estabilizar desentendimento entre países agindo como mediador e sugerindo soluções.
Em certos casos o conselho envia tropas de paz para a região, pede por um cessar fogo;
pressiona países por meio de sanções como por exemplo: o embargo comercial, ou
intervêm por meio de acções militares.

3º Conselho social e económico


Este coordena estudos e aconselha acções económicas e sociais dos países.
Em sua área de actuação também estão a saúde e a educação internacional

4º Concelho de administração (ou concelho de tutela)


Ainda existe; porem encontra-se desactivado dentro da ONU. Seu objectivo principal
era administrar territórios que estavam sob sistema internacional de tutela, entre eles
colónias que não haviam conquistado sua independência e auto governo

5º Tribunal internacional da Justiça


É a banca judicial da ONU localizada em HAIA na Holanda
O júri lida com casos de nações que acusam outras de práticas impróprias.

6º O secretariado
É a banca executiva que coordena a administração de programas políticos e operações
diárias da ONU
Este secretariado é comandado pelo secretário-geral escolhido pela assembleia-geral e, é
o porta-voz da ONU

AS INSTITUIÇÕES (ORGANISMOS) ESPACIALIZADAS DA O.N.U

A ONU criou vários organismos especializados destinados a promover a cooperação


internacional. Entre outras tantas podemos citar:
1. A F.A.O – organismo das nações unidas para a agricultura e alimentação,
instituição vocacionada para o estudo e a resolução dos problemas relacionados
com a alimentação.
2. O.I.T – organização internacional do trabalho. O seu objectivo é de promover
nos países membros a melhoria das condições de trabalho e respeito pela
legislação laboral.
3. O.M.S – Organização mundial da saúde. Como o nome indica, promove a
cooperação nos domínios da higiene, da saúde em especial nos países menos
desenvolvidos
4. UNESCO – organização das nações unidas para a educação, ciência e cultura. A
sua finalidade é de promover a difusão da educação e da cultura no mundo,
contribuindo desse modo para eliminar a incompreensão entre os povos.
5. UNICEF – Fundo das nações unidas para infância. Promove os direitos da
criança e auxílio internacional às crianças mais desprotegidas
6. FMI – Fundo monetário internacional. Organismo que regula o funcionamento
do orçamento da organização das nações unidas.
Outras instituições como: UNHCR, BIRD, AID, AICA, etc.….
21

CONCLUSÃO

A influência das nações unidas sobre os problemas a nível mundial variou ao longo dos
anos.
Durante a guerra-fria, a ONU não teve voz activa já que os dois principais membros
(URSS e EUA) eram inimigos consequentemente, a ONU vem se empenhando em
missões de paz, promoção da educação; combate a fome e as doenças, proteger os
animais do meio ambiente, e promover os direitos humanos; muitos desses programas
são eficazes e ajudam os países sobretudo os pobres.

OBJECTIVO DA CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

1. Preservar as gerações dos flagelos da guerra que por duas vezes assolou a
humanidade e vários danos (1ª e 2ª guerra mundial)
2. Declarar de novo a nossa fé nos direitos fundamentais do homem, da dignidade e
valor da pessoa humana e na igualdade de direitos entre os homens e as
mulheres assim como entre nações sejam elas grandes ou pequenas.
3. Criar as condições necessárias para defender a justiça e o respeito pelas
obrigações resultantes os tratados e outras fontes do direito internacional.
4. Favorecer o progresso social e criar melhores condições de vida.

A GUERRA-FRIA E OS NOVOS CONFLITOS

Depois da 2ª guerra mundial, a tensão entre o oriente e o ocidente e a invasão das armas
Nucleares quase levaram o mundo ao limiar de uma terceira guerra.
A URSS e os EUA lutaram como aliados contra a Alemanha, Itália e Japão na
Segunda guerra mundial, mas em 1945 estes dois grandes países conhecidos como
Super – potência, tornaram-se rivais e depois inimigos. Esta rivalidade ficou conhecida
Como guerra fria, uma guerra conduzida com tensão mas sem luta. A união das
republicas socialistas, soviéticas e os EUA (combateram fazendo ameaças) e
fortalecendo as suas forças armadas.

A GUERRA – FRIA E OS NOVOS CONFLITOS (1945 – 1989)

Os dois países construíram um grande número de armas nucleares. Os contactos pacíficos


e amigáveis entre os dois países acabaram; não tardariam de passar de aliados a inimigos,
enfrentando-se uma guerra feita de desconfiança mútua, espionagem e acusações de
preparar um novo conflito mundial.

A URSS desligou-se completamente das tropas do mundo através das tropas soviéticas.
A guerra-fria dominou a politica mundial durante muito tempo.
Por um lado os EUA, transformaram-se em líderes da N.A.T.O (organização do tratado
da atlântico norte, aliança dos países ocidentais (militares) contra as potencias
comunistas (pacto de Varsóvia)
Em 1945 os EUA, a França e a Grã-bretanha assumiram o controlo da Alemanha
ocidental e a URSS controlava a Alemanha do leste. A capital Berlim, também estava
dividida e em 1948, os soviéticos fecharam todo o acesso a Berlim ocidental.
As potências ocidentais fizeram chegar os mantimentos essenciais por ar até que os
russos levantaram o bloqueio em 1949.
22

Até 1958, 3.000.000 de pessoas fugiram de Berlim leste para o ocidente. Em 1961 a
Alemanha do leste fechou as suas fronteiras construindo o muro de Berlim no meio da
cidade. Através das linhas de comboio e estradas e criando uma área em cada um dos
lados chamadas “terras de ninguém” era o fim da guerra-fria que até aos anos 80, a
relação amigável entre o presidente americano Ronald Reagan e o líder soviético
Mikail Gorbadrov.

O ANTOGONISMO DOS GRANDES BLOCOS


«A guerra-fria»

Guerra-fria – é a expressão que designa as tensões político-militares entre as potencias


ocidentais lideradas pelos EUA e a URSS após a 2ª guerra mundial.
O clima da guerra-fria, que apanha os dois blocos desde o fim da guerra aprofunda-se
durante grande parte da década de 50. Os EUA e a URSS realizavam numa crescente
confrontação que ameaçava a paz mundial
Vive-se dos dois lados um clima de medo e de suspeita, que intensifica a propagandas e
espionagem. Ambos os blocos se prepararam para a guerra numa corrida aos
armamentos.
No final da guerra apenas os EUA possuíam a bomba atómica, mas em 1949 a URSS
fez explodir o seu primeiro engenho nuclear.
Neste ambiente de antagonismo e de ameaça nuclear as duas super-potências
constituíram alianças militares defensivas e procuraram reforçar a coesão económica.
O bloco ocidental liderado pelos EUA fomentou e criou as duas organizações: a
O.E.C.E (organização europeia de cooperação económica em 1948) e a N.A.T.O
(organização do trabalho do atlântico norte 1949) que é a aliança militar defensiva
contra a ameaça soviética.

PAÍSES MEMBROS DA N.A.T.O


Inglaterra, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Dinamarca, Portugal,
Canadá, Grécia, Turquia, Republica federal da Alemanha e EUA. A França retirou-se da
N.A.T.O em 1966.
A esta iniciativa respondeu o bloco do leste com outras duas organizações:

O COMECON – conselho económico de ajuda mútua em 1949 e o pacto de Varsóvia


em 1955 que é a aliança militar dos países do bloco comunista.
Ao antagonismo politico acrescentava-se o económico e militar procurando cada bloco
alargar a área de influencia é neste contesto que surgem as primeiras crises que os
levaram à prova de equilíbrio entre os blocos (crise de Berlim 1948) durante cerca de
um ano o bloqueio de Berlim fez aumentar a tensão entre a união soviética e países
ocidentais e a guerra da Coreia pelo envolvimento de tropas americanas apoiadas pela
ONU

PAÍSES MEMBROS DO PACTO DE VARSÓVIA


 Polónia
 Roménia
 Hungria
 Checoslováquia
 Bulgária
 RDA – Republica democrática Alemanha e URSS
23

A DESCOLONIZAÇÃO:
OS DIFERENTES PROCESSO DE DESCOLONIZAÇÃO

Se até 1939 as potencias coloniais europeias se sentiam ainda confiantes quanto a


solidez do seu império coloniais, a partir da segunda guerra mundial, a quase totalidade
dos territórios dominados tornaram-se independentes. A crescente reivindicação
nacionalista, o enfraquecimento das potencias europeias e o apoio dos EUA e URSS
contribuíram decisivamente para este processo de descolonização.

OS FACTORES DA DESCOLONIZAÇÃO

Declaração da ONU sobre a concessão da independência nos países e povos


coloniais
1. A sujeição dos povos a uma dominação e uma exploração estrangeira constitui
uma negação dos direitos fundamentais do homem, é contrário a carta das
nações unidas e compromete a causa da paz e a cooperação mundial
2. Todos os povos têm o direito de livre auto – determinação.
3. A falta de preparação nos domínios políticos, económicos e sociais ou da
educação não pode nunca ser tomados como pretexto para retardar a
independência.
4. Será posto fim a toda a acção armada e todas as medidas de repressão, quaisquer
que elas sejam dirigidas contra os povos dependentes. Para permitir a estes
povos exercer pacificamente e livremente o seu direito à independência
completa sendo respeitada a integridade dos seus territórios nacionais
5. Medidas imediatas serão tomadas aos territórios sobre tutela nos não autónomos
e em todos outros que ainda não acederam a independência para transferir todos
os poderes aos povos destes territórios sem nenhuma condição u reserva,
conforme com a vontade e as suas vozes livremente expressas sem nenhuma
distinção de raças, de crença ou de cor de modo a permitir-lhes usufruir de uma
independência e uma liberdade completa. Resolução 1514 aprovada pela
assembleia – geral da ONU.

Após a segunda guerra mundial os povos asiáticos e africanos colonizados preconizam


de modo decisivo o direito a auto determinação, pretende, assim ver satisfeitos os seus
desejos de emancipação de dominação europeia e conseguir a independência
Em destaque são os principais factores de descolonização os seguintes:
1. Os movimentos nacionalistas
A força crescente dos movimentos nacionalistas, liderada por burguesias e elites
locais emergentes, muitas vezes afastadas dos cargos administrativos, de
responsabilidade tomam contacto crescente com a cultura europeia, os seus ideais de
liberdade e de democracia e ainda o seu modelo de estado-nação.
Estas elites locais descontentes os camponeses, muitas vezes privados das suas
terras e os grupos humanos mal remunerados e vivendo em condições miseráveis
constituíram a base social de apoio a estes movimentos nacionalistas
2. O declínio da Europa
A segunda guerra mundial veio confirmar as fraquezas das potências europeias. As
dificuldades militares que sentiram durante a guerra acarretaram a quebra do seu
prestígio. Sentiu-se dificuldades na Europa mas também na Ásia, onde o Japão tinha
conquistado com relatividade muitas das procissões europeias. Para alem disso ao
pretenderem fazer face à guerra as potências europeias tiveram necessidade de
24

recorrer, não só ao apoio de países como contaram também com importantes recurso
humanos e materiais fornecidos pelos seus territórios coloniais. Este facto levou-os à
consciência de sua importância

3. O contesto internacional
O ambiente internacional dos pós guerra com a vitória dos ideais de liberdade e
democracia, enfraquecimento europeu e supremacia dos americanos recordavam a
sua anterior condição colonial enquanto soviéticos viam a descolonização como uma
forma de combater o capitalismo. Finalmente a ONU criada no final da guerra,
apoiava claramente este movimento de descolonização

DIFERENTES PROCESSOS DE DESCOLONIZAÇÃO

A descolonização realizou-se segundo diferentes modalidades. A violência teve


sempre presente mas a independência não resultou necessariamente de uma guerra.
Com o efeito, o processo de descolonização efectuou-se sem guerra de
independência quando a potencia colonial reconhece antecipadamente a
inevitabilidade da independência, dialoga com os dirigentes nacionalistas e prepara
a emancipação; foi o que se passou com a França e o Reino Unido, por exemplo em
diversas colónias da Africa negra. Isto não significa que não possa surgir problemas
e rivalidades locais

PÓS UMA GUERRA DE INDEPENDÊCIA

Quando a potência colonial reconhece o desejo de independência ou quando a


existência de uma potencia, população europeia importante dificulta essa
independência. É de notar que, normalmente estas lutas de libertação nacional
contribuíram decisivamente para reforçar a solidariedade nacional contra o
colonizador.
Portanto a liquidação dos impérios coloniais não obedeceu a um modelo único.

A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA

As regiões dependentes da Ásia, conseguiram normalmente, a sua independência


mais cedo do que as regiões colonizadas da África. Os movimentos nacionalistas
eram mais antigos encontravam-se mais bem estruturados e, também por serem,
fruto de uma cultura meio avançada.
Nas zonas que haviam sido conquistadas pelos japoneses durante a segunda guerra
mundial os americanos surgem como libertadores e dificulta o desejo de reinstalação
das potências europeias.
Os processos de descolonização asiática tiveram, contudo, alguns momentos
significativos e diferenciados a considerar como é o caso da China, Filipinas, Índia
e Paquistão.

1º Na China – País a quem as potencias acidentais haviam obrigado a pesadas


concessões e a quem os japoneses tinham conquistado importantes zonas territoriais,
conseguiu que, em 1943 os ocidentais renunciassem aos seus privilégios e
concessões.
2º Filipinas – Tornaram-se, em 1946 e com apoio americano uma república
independente
25

3º Índia e Paquistão – Tornaram-se independentes em 1947. A Índia era a mais


importante colónia europeia, e constituía uma peça decisiva britânica. Já antes
guerra o partido do congresso liderado por Gandhi, dirigente do movimento
nacionalista tinham obrigado os britânicos à cedências notáveis. Durante a guerra
Gandhi e Nerhu (seguidor) também nacionalista, reclamaram a independência
imediata da Índia, consideraram uma condição indispensável que esta pudesse
apoiar a luta contra as potências totalitárias. Os ingleses recusaram prometendo
tratar a questão depois da guerra. Desencadearam uma feroz repressão contra o
movimento nacionalista.
Após 1945, enquanto se reiniciavam as negociações para a independência, a maioria
Hindu e a minoria Muçulmana do território envolveram-se numa violenta guerra
civil. Para solucionar é negociada a partilha do território.
Em 1947 o Paquistão de maioria muçulmano e a república indiana de maioria Hindu
foram proclamados independentes.
Alguns anos mais tarde a republica indiana negociou com a França a restituição
pacífica das colónias que esta possuía na índia.
Finalmente em 1961, perante a recusa de Salazar em negociar, os indianos ocuparam
militarmente as colónias portuguesas de Goa, Damão e Diu na índia.

A Indonésia – região colonial irlandesa tornou-se independente em 1949. Os


japoneses que haviam ocupado incentivaram na hora da retirada, a proclamação da
sua independência, enquanto os holandeses tentavam pela força reconquistar a sua
colónia.
Os nacionalistas liderados por Sukarno, que haviam dominado uma sublevação
comunista na região que controlavam conseguiram a simpatia dos americanos. Em
1949 perante a pressão internacional da ONU e dos americanos a Holanda
reconheceu a independência da Indonésia

Indochina – era uma zona dominada pelos franceses até a segunda guerra mundial
os japoneses que a haviam ocupado favoreceram, também no momento da retirada, a
proclamação da independência

No Cambodja – O rei Sihamauk assumiu o poder.

Na região vietnamita - o movimento nacionalista liderado pelo comunista Ho-chi-


Minh recusou apoiar o reino que os japoneses tinham ajudado a implantar e preferiu
a causa antifascista, conseguiu com isto a simpatia dos americanos e o movimento
nacionalista vietnamita Viet Minh, proclamou quando da capturação japonesa, a
republica popular do Vietname a 2 de Setembro de 1945.
Não satisfeita a França tentou recuperar as suas colónias. Perante a forte resistência
dos guerreiros nacionalistas e a desconfiança das grandes potencias a França foi
obrigada a reconhecer a independência dos países da Indochina, o Laos, o
Cambodja e o Vietname do Norte, de influencia comunista e o Vietname do sul
controlado pelos nacionalistas não comunistas. Em 1975 após uma longa e sangrenta
guerra, o sul, apesar do forte apoio americano veio a ser conquistado pelo norte, que
assim conseguiu a reunificação vietnamita. A Ásia estava assim, praticamente
descolonizada. A concretização das aspirações de independência constituiu um forte
a lento para os povos que noutros continentes lutavam também pela sua
independência.
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A DESCOLONIZAÇÃO DO PRÓXIMO ORIENTE E DO NORTE DE


ÁFRCA

No final da segunda guerra mundial a presença do reino unido na região


mediterrânica era ainda muito forte. Também a França possuía sobretudo no norte
de África uma importante influência.
No próximo oriente – a grande influência inglesa particularmente no mediterrâneo
oriental, foi favorecida pela independência de 1951 da Líbia, antiga colónia italiana.
Na Palestina – entretanto os britânicos viram-se incapazes de resolver os conflitos
entre os palestinos árabes e os judeus. Estes terminada a guerra mundial e a
perseguição nazi afluíram em grande número à terra dos seus antepassados e cujo
regresso de que sempre tinham sonhado.
Incapazes de solucionar os problemas os britânicos abandonaram o território
deixando a ONU o encargo de resolver a questão. Na sequência desse processo,
surgiu em 1948 o Estado judaico de Israel.
A proclamação da independência de Israel entre os judeus israelitas e os árabes
palestinianos bem como os estados vizinhos. Estas rivalidades lhes conduziram à
conflitos graves que alguns ainda hoje se encontram por resolver.
Os acontecimentos na palestina e a consequente desconfiança árabe contribuíram
para que o reino unido perca progressivamente as suas posições nesta região do
globo. No Egipto as tropas britânicas abandonaram a região do canal de Suez.
CHIPRE, MALTA, ADEN E O IEMEM DO SUL

Asseguraram também a sua independência. A influência britânica no mediterrâneo


estava irremediavelmente prejudicada.
Gibraltar, no sul da península ibérica estava a se manter como o ultimo vestígio do
antigo poder na região.

A COLONIZAÇÃO NO NORTE DE ÁFRICA

No norte de África, a França que ai possuía importante influência concedeu em 1956


de forma razoavelmente cientifica a independência na zona de Marrocos e Tunísia.
Já na Argélia onde existia importante comunidade branca, a teimosia francesa
conduziu a um grave conflito que só terminou em 1962 com o reconhecimento da
sua independência.

A DESCOLONIZAÇÃO NA ÁFRICA NEGRA

Na África negra a evolução foi mais demorada.


Na África ocidental, britânicos e franceses foram reconhecendo uma progressiva
autonomia às suas colónias.
Desta forma os diversos países da região conseguem pacificamente a sua
independência.
Já na África central e oriental os processos de independência forma muitas vezes
mais problemáticos. São disso o exemplo as independências de Madagáscar
(colónia francesa) e Quénia (colónia britânica) e do antigo Congo belga (Zaire).
Para tal contribuiu normalmente a presença de forte comunidades brancas ou de
importantes interesses económicos europeus.
Na África Austral a solução do problema colonial foi se revelando muito
complexa.
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Na Rodésia do sul, a minoria branca unilateralmente a independência, e só no início


da década unilateral a Inglaterra reconhece após negociações com todas as
comunidades locais, a independência do país que assume a designação de
Zimbabué.
As colónias portuguesas, só depois da revolução de Abril em Portugal e após
longas guerras de independência viram reconhecidas as suas independências.
A descolonização das colónias portuguesas na região austral (Angola e
Moçambique) revelou-se de resto particularmente dramática, com a permanência de
graves conflitos e êxodo maciço de importantes comunidades brancas.

A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA DO SUL


(REGIME DO APARTHEID)

A minoria branca que não constitui mais de 2/5 da população total impôs o seu
controlo do poder político segregação racial, o apartheid.

Através da legislação racial foi imposta:

1. Interdição de casamentos e de relações sexuais entre europeus e não


europeus
2. A segregação residencial
3. A separação de duas comunidades em diversos locais e em serviços públicos.
Só recentemente devido aos fortes protestos internos e crescente progressão
internacional o poder sul-africano empreendeu o progressivo desmantelamento desta
política racial.
O território vizinho da Namíbia foi administrado pela república da África do sul
desde que para tal foi mandatada.

Ainda que a ONU tenha proclamado teoricamente a independência deste território


em 1966 os sul-africanos recusaram essa proclamação impondo pela força o seu
domínio. Só em 1989 a luta dos nacionalistas namibianos, a pressão internacional e
as transformações internas que se foram operando na África do sul permitiram o
acesso pleno da Namíbia à independência.

COMECOM – conselho económico de ajuda mútua (1955)


Pacto de Varsóvia (1955) a aliança militar dos países do bloco comunista.

Ao antagonismo político acrescentava-se o antagonismo económico e militar


procurando cada bloco alargar a área de influência.
É neste contexto que surgem as primeiras crises, que porão à prova e o equilíbrio
entre os dois blocos – a crise de Berlim (1948) e a guerra da Coreia (1950-1956)
Durante cerca de um ano o bloqueio de Berlim fez aumentar a tensão. Entre a união
soviética e os países ocidentais.
A guerra da Coreia, pelo envolvimento de tropas americanas, apoiadas pela ONU, e
posterior intervenção da China comunista a favor da Coreia do norte, fez com que o
mundo tivesse à beira de uma catástrofe nuclear.
O desenvolvimento das armas nucleares, contribuiu para que as duas super potências
nunca se tenham afrontado directamente. Ambas sabiam que o uso de armamento
nuclear, poderia conduzir à destruição do globo em caso de guerra. Esta situação
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conduziu no intuito de equilibrarem as forças. A descoberta de uma nova arma pelos


estados unidos respondiam a união soviética com o fabrico de outra arma.
Tratava-se de equilibrar as forças militares, substituindo a verdadeira guerra pela
«guerra-fria». Era o equilíbrio pelo terror.
Doravante, os conflitos militares assumirão sempre um carácter regional. Meles
estarão directa ou indirectamente envolvidas duas super – potências.

PAÍSES MEMBROS DO PACTO DE VARSÓVIA

Polónia, Roménia, Hungria, Checoslováquia, Bulgária, República democrática


da Alemanha e URSS.
Equilíbrio pelo terror politico seguida pelas super – potências, no após guerra.
Caracterizada pelas constantes corridas aos armamentos.

NATO – organização do tratado do atlântico norte


Pacto de Varsóvia
Cortina de ferro

A Europa da NATO e do Pacto de Varsóvia. As rivalidades entre os dois blocos


tinham a Europa com palco privilegiado.
GUERRA DA COREIA (1950 – 1956)

A ponte aérea para Berlim, o bloqueio de Berlim, ordenado por Estaline, obrigou as
potências ocidentais a abastecerem a cidade por via aérea. A cidade acabaria
dividida pelo muro que «caiu» em 1989.

 Construção do muro de Berlim (1961)


 Crise dos mísseis em Cuba (1962) – tratados e cimeiras entre as super –
potências.
 1963 (5 de Agosto) tratado da proibição dos ensaios nucleares
 1968 (1 de Julho) tratado de não proliferação de armas nucleares.

OS MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO (INDEPENDEÊCIA)


E GUERRA COLONIAL

Quando acabou a segunda guerra mundial, Portugal detinha ainda, um intenso império
colonial que abrangia os seguintes territórios: Guiné, Cabo Verde, São Tomé e
Príncipe, Angola e Moçambique. Territórios na Índia como: Goa, Damão Diu,
Macau e Timor.

Dispondo de condições e recursos naturais muito distritos, eram na generalidade, pouco


desenvolvidos. Constituíam quase tudo; mercados privilegiados dos produtos
portugueses e fontes de matérias-primas as quais muitas vezes eram exploradas por
empresas internacionais.
As colónias africanas, divididas étnica e culturalmente, com largas regiões marcadas
ainda pela colonização portuguesa, não desencadearam até meados da década de 50,
qualquer movimento sério de contestação ao domínio colonial.
No entanto o processo de descolonização de África que entretanto se desenrolava,
motivou alguns intelectuais naturais das colónias a lançarem movimentos que lutassem
pela independência destes povos.
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O governo de Salazar, recusou-se a negociar a descolonização. Perante a crescente


pressão internacional, havia já considerado que estes territórios constituíam províncias
ultramarinas de um estado pluricontinental pelo que não fazia sentido falar de
descolonização.
Perante esta teimosia, os conflitos agudizaram-se. Assim. Em 1961, a Índia perante a
recusa portuguesa de entregar os seus territórios indianos anexa-os pela força.
Nas colónias africanas surgiram movimentos armados que vão lutar pela independência
de Angola: MPLA, FNLA e a UNITA. Em Moçambique, a FRELIMO na Guiné, o
PAIGC, apoiados internacionalmente, em especial pelos países socialistas, estes
movimentos iriam assim impor a Portugal uma guerra que se prolongaria até a queda da
ditadura em 1974.
Portugal sentiu assim, de forma marcante, os efeitos desta guerra. Destacam-se como
principais consequências da guerra colonial as seguintes:
1. Humanas: os sacrifício de várias gerações jovens, numa guerra sem solução em
cuja justiça acreditava cada vez menos e onde milhares deles morreram ou
ficaram mutilados.
2. Económicas: as despesas militares cada vez mais elevadas, dificultaram o
desenvolvimento do país, ainda que a guerra tenha estimulado o
desenvolvimento das colónias o que ao governo para alargar o seu apoio
interessado.
3. Externas: o crescente isolamento internacional do regime.
Incapaz de resolver militarmente a guerra o governo recusava-se a encarar a sua solução
politica internamente, este impasse, acentuava o seu descontentamento.
A guerra que o regime tanto se tinha empenhado, acabou por contribuir, decisivamente,
para a sua queda, em Abril de 1974 (25-04-1974)

DATAS HISTÓRICAS
 1956 – Criação do MPLA
 1961 – A Índia anexa (Goa, Damão e Diu) também o início da guerra colonial
 1966 – Criação da UNITA
 1963 – Começa a luta pela independência da Guiné e Cabo Verde.
 1964 – Desencadeia-se a luta pela independência se Moçambique.
 1973 – O PAIGC nas zonas que domina a independência da Guiné que Portugal
só reconhece após ao 25 de Abril de 1974
 1975 – É proclamada a independência de Angola e de Moçambique.

DIFICULDADES POSTERIORES À INDEPENDÊNCIA

O balanço da descolonização é complexo. Há que destacar de qualquer forma que ela


permitiu o acesso de uma importante parte da população mundial a dignidade dos povos
politicamente soberanos.
Contribuiu, igualmente, para a afirmação das aspirações e dos interesses destes povos na
cena internacional.
Mas é verdade também que os novos estados têm se deparado com diversas dificuldades
das quais se destacam:
1. Dificuldades económicas: existe a grande fragilidade das suas economias, com
enorme dificuldade em recuperar o atraso em que se encontram e permanecendo
fortemente dependente do exterior
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2. Dificuldades Políticas: enorme instabilidade política em muitos destes países


com alguns golpes de estado militar e ainda enormes ditaduras, assim como o
envolvimento em diversos conflitos.

Importa a estes países apostar no futuro. Apesar de de todas as dificuldades vencer a


batalha da paz, da democracia e do desenvolvimento económico.

ÁFRICA ECONÓMICA

A África é um continente integrado por vários continentes considerados em via de


desenvolvimento ou menos desenvolvidos.
Alguns economistas consideram-nos subdesenvolvidos.
Apesar das enormes riquezas naturais que possui, o continente africano é uma das
regiões mais pobres do mundo. Se reparares no mapa económico de África poderás
notar a grande variedade de recursos que possui, entre os quais figuram o petróleo, o
diamante, urânio, carvão mineral, ouro, cobre etc. destacam-se ainda os recursos
hidrográficos, florestais, solos etc.

Muitos destes recursos vêm sendo explorados desde os tempos remotos por potências
colonizadoras e, actualmente por companhias estrangeiras, sobretudo europeia e
americanas.

Dos oitenta e sete países considerados pela FAO (1996) como países de baixo
rendimento alimentar mundial, 41 sã africanos (47%)

O processo independentista africano, em particular a partir de 1960, favoreceu o


surgimento de integrações económicas regionais. Têm como finalidade concertar ideias
em torno da cooperação internacional, com vista a alcançar níveis de desenvolvimento
favoráveis para os países que fizessem parte deste grupo económico.

A denominação de África económica partiu de base de diferentes integrações


económicas criadas. Estas são as seguintes:

Comunidade para o desenvolvimento da África Austral. (SAADC)


Fundada em 1980 com a denominação de conferencia para coordenação do
desenvolvimento da África Austral (SAADC) com apenas países fundadores que são:
Angola, Botswana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia,
Zimbabué; Têm como finalidade coordenar o desenvolvimento económico regional,
através da criação e desenvolvimento de projectos em domínios como os transportes,
comunicação energia etc.

Actualmente são membros os seguintes países:


África d sul, Angola, Botswana, Congo democrático, Lesoto, Malawi, Moçambique,
Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

COMUNIDADE ECONÓMICA DA ÁFRICA OCIDENTAL (CEAO)


Fundada em Janeiro de 1974 tem a sua sede em Quagadougou, Burkina-Faso, substituiu
a união aduaneira e económica e económica da África Ocidental (UDEAO). Tem como
finalidade a integração das políticas económica dos países membros entre eles Burkina-
Faso, Costa do Marfim, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal, Benin e Togo.
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COMUNIDADE ECONÓMICAS DOS ESTADOS


DA ÁFRICA OCIDENTAL (SEDEAO)

Foi fundada a 30 de Maio de 1975 com sede em Lagos, Nigéria. Entre os seus membros
figuram Burkina-Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Ghana, Guiné, Guiné-
bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Loa e Togo.

ORGANIZAÇÃO DOS PAÍSES EXPLORADORES


DE PETRÓLEO (OPAEP)

Esta organização é integrada pelos países africanos exportadores de petróleo; tem por
finalidade defender os interesses mútuos e a unificação da política petrolífera africana.

BANCO AFRICANO DE DESENVOLVIMENTO (BAD)

Fundado em 1964, com sede em Abidjam, Costa do Marfim, é uma constituição


financeira, que tem como finalidade promover o desenvolvimento económico e
industrial dos países membros.

Todas estas integrações económicas ajudam a minimizar os variados problemas


económicos que afectam o continente.

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