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HISTÓRIA GERAL – ESPCEX

A Expansão Marítima Europeia


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A EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA

Na Idade Moderna surgiram os Estados Nacionais.


A burguesia, desejosa de expansão comercial, desejosa da limitação do poder da Igreja,
resolve fazer uma aliança com o rei financiando a burocracia do Estado, estruturando e man-
tendo o exército.
Essa unificação gera uma unificação política e administrativa que une a lei, cria unidades
monetárias, cria um sistema de pesos e medidas, além de começar a contratação de
funcionários públicos, gerando a monarquia nacional.
É importante perceber que quando se fala de expansão marítima, fala-se de uma monar-
quia nacional, que por volta do século XIV já estava em processo de unificação e no século
XV – inicia uma prerrogativa de expansão que é Portugal.
Depois, ao final do século XV, tem-se a unificação, com a expulsão dos mouros da Espa-
nha fazendo deste país também uma grande nação relacionada à expansão marítima.
Tudo isso acontece sob a luz do absolutismo monárquico, onde o poder está absoluto no
monarca, logicamente variando de cada geração, de cada país e tem-se aqui o poder funda-
mentado, teoricamente, por Maquiavel, Bohdan, Thomas Roby, entre outros.
Então, tudo isso tem uma relação com a expansão marítima, porque agora há uma busca
por enriquecimento das nações dos estados nacionais.
E para esse enriquecimento tem-se a intervenção do Estado na economia, conhecido
como mercantilismo.
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Dentro do mercantilismo pode haver o metalismo, o colonialismo, a balança comercial


favorável à proteção alfandegária, os artigos de luxo como o colbertismo. Então, há uma
intervenção do Estado em busca de acúmulo de riquezas.
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Na Baixa Idade Média houve o renascimento comercial e renascimento urbano. Nessa
época algumas cidades se destacavam.
Quando se fala sobre rotas comerciais, Gênova e Veneza são cidades italianas que
renascem com muita força por causa das trocas comerciais e a herança das cruzadas.
Portanto, essas cidades são importantes também para enfatizar o berço italiano do
Renascimento Cultural.
Essas regiões de Gênova, Veneza, Florença, Constantinopla, Damasco, Alexandria são
regiões comerciais, são rotas de comércio e essas rotas comerciais são reavivadas ainda
nos séculos XIII e XIV.

As especiarias comercializadas eram pimenta do reino, cravo da Índia, açafrão, canela,


gengibre, coentro, mostarda, noz moscada.
Essas eram especiarias muito valiosas dentro da Europa, pois geraram riquezas.

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Portugal e Espanha precisavam chegar às Índias para encontrar especiarias e esse cami-
nho precisava ser feito através da navegação, já que muitos territórios já eram dominados
e isso impossibilitava sua passagem. Por isso, os dois países procuravam encontrar novas
rotas marítimas no Mar Atlântico para conseguirem se locomover até as Índias.
Em 1498, os portugueses chegaram às Índias.
Lembrando que em suas viagens, eles passavam pela África, se interavam com certos
assuntos e faziam benfeitorias por lá.
Os espanhóis, nesse ínterim, tiveram a ideia de navegar em direção oposta, o que os fez
chegar em 1492 à América. Oito anos depois, Portugal chega ao Brasil.
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Lembrando que tudo isso vai atender à prerrogativa do colonialismo dentro da estrutura
do mercantilismo.
Indo para o âmbito da Revolução Industrial, observa-se que ela foi a revolução na forma
de se produzir algo.
Então, quando se sai do artesanato e passa para uma ideia de manufatura, fala-se de
uma amplitude de produção. Portanto, é preciso levar esses produtos para outras regiões,
mas para fazer esses produtos é necessário que se tenha matéria-prima. É ali que entra o
papel da colônia de fornecer a matéria-prima necessária e de consumir tudo que é produzido.
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Portugal é conhecido pelo seu pioneirismo na expansão marítima. Portugal é voltado


para o mar, está na península, então, tem uma localização geográfica muito interessante,
muito pertinente e, de certa forma, desenvolveu ali uma tradição marítima.
Além disso, alguns portos eram de posições estratégicas e bem posicionados, bem esta-
belecidas e isso gerava uma importância muito grande.
Já no século XII, há uma precoce formação de um Estado. Não ainda como ele vai ficar
na Revolução de Avis, no século XIV. Somente nesse século, Portugal se torna verdadeira-
mente Portugal.
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Esses homens se tornavam notáveis, verdadeiros heróis por serem desbravadores e


encararem o desconhecido viajando no “escuro”, já que existia um grande medo desse des-
conhecido, especialmente o mar, que era considerado algo muito perigoso. Inclusive, várias
lendas e mitologias a respeito desses perigos eram expostas na literatura da época.
Quando os navegadores chegaram à América e encontraram o peixe-boi, por exemplo,
ele era chamado de monstro, já que era algo desconhecido e fora da sua realidade cotidiana.
Nesse contexto, vários objetos foram importantes e ajudaram os navegadores a navega-
rem com mais segurança e menos às cegas.
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ASTROLÁBIO - usado para medir a altura dos astros acima do horizonte. Dentro deste
contexto, planejar a viagem era de extrema Importância. Os europeus contavam com alguns
instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio, o sextante e a
balestilha.

SEXTANTE - Instrumento utilizado para calcular o posicionamento global na navegação


estimada, mas serve também para o cálculo de distância com base no tamanho aparente
de objetos.

BALESTILHA - instrumento complementar da esfera armilar utilizado para medir a altura


em graus que une o horizonte ao astro e dessa forma determinar os azimutes, antes e depois
de sua passagem meridiana. É um instrumento de orientação.
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Navegações portuguesas e os descobrimentos

No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada
das Caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do conti-
nente fricano, Vasco da Gama chegou à Calicute e pode desfrutar de todos os benefícios do
comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carrega-
das de especiarias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos.
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Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril
de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra “descoberta”, Cabral continuou o percurso
em direção às Índias.
Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econô-
mica da época.
Em 1415 Portugal chega a Ceuta, em 1418 à Ilha da Madeira, em 1427 a Açores, em
1434 Travessia do Cabo Bojador, 1488 Cabo da Boa Esperança, 1498/99 Vasco da Gama
chega às Índias.
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Navegações Espanholas e o descobrimento da América

Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis


optaram por um outro caminho. O genovês Cristóvão Colombo, financiado pela Espanha,
pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste.
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Em 1492, as caravelas espanholas, Santa Maria, Pinta e Niña partiram rumo ao oriente
navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo desconhecia a existência do a continente ameri-
cano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha
atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespú-
cio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus.
Por isso as Américas foram chamadas de Américas, por terem sido vistas por Amé-
rico Vespúcio.

Abaixo, em vermelho, a expansão de Portugal e em verde, a da Espanha.

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Lembrando que dois tratados foram firmados nessa época, o Bula Intercoetera e o de
Tordesilhas.
Pelo Bula Intercoetera, observa-se que o Brasil ficaria com a Espanha. Porém, anos
depois, foi firmado o acordo de Tordesilhas, onde o Brasil ficava nas mãos de Portugal.
Tais acordos foram mediados pela igreja e assinados pelo Papa.

VOLTA AO MUNDO

Entre todos os navegadores citados, Fernão de Magalhães percorreu o maior caminho.


Servindo ao rei de Espanha, realizou a primeira viagem de circum-navegação pela Terra.
O primeiro a atravessar o Estreito de Magalhães, batizado com o seu nome.
Foi também o primeiro europeu a navegar pelo Oceano Pacífico.
Na ilha de Mactan (Filipinas), o navegador foi morto numa luta com os nativos.
A viagem, porém, não foi interrompida e a expedição prosseguiu sob o comando de Juan
Sebastián Elcano.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Online, de acordo com a aula prepa-
rada e ministrada pelo professor Admilson Costa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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