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Portugal
Pioneiro no processo de formação das monarquias nacionais, a
história de Portugal esta diretamente ligada à Guerra de
Reconquista (expulsão dos mouros – muçulmanos – da Após a derrota para a França na Guerra dos Cem Anos
Península Ibérica) em 1094. O estado originou-se de um dote (1337/1453), inicia-se uma guerra civil de sucessão entre duas
dado ao nobre Henrique de Borgonha pelo rei de Castela e Leão dinastias, A Guerra dos Trinta Anos ou Duas Rosas (1455/1485)
Afonso VI, pelos seus préstimos no combate aos islâmicos. Em – York e Lancaster – finalizando com a ascensão de uma nova
1139, o filho de D. Henrique, Afonso Henriques proclama a dinastia, a Tudor, de Henrique VII. Os reis mais poderosos desta
independência de Portugal. O primeiro monarca promoveu dinastia foram Henrique VIII, criador da Igreja Anglicana, e
fortemente o povoamento do território e sufocou as tentativas Elizabeth I, que impôs a derrota à Invencível Armada espanhola.
de reação da fidalguia.
No ano de 1383, morre o último rei da dinastia de Borgonha, D.
Fernando, o Formoso, a Coroa portuguesa ficou ameaçada de França
ser anexada pelos soberanos de Leão e Castela, parentes do rei A França tentava derrubar os obstáculos impostos pela
morto. Os portugueses não desejavam que seu país fosse economia feudal e a monarquia centralizada na figura do rei
governado por um rei estrangeiro. A burguesia, por sua vez, aparecia como uma alternativa possível para romper os
temia ver seus interesses comerciais prejudicados pelos nobres entraves da servidão (que perdurou até a Revolução Francesa)
castelhanos. e a descentralização política. A Igreja apoiava os monarcas, o
Para evitar a perda da independência, os portugueses que possibilitou nos séculos seguintes a crença na Teoria do
aclamaram D. João, meio- irmão do rei morto, como novo rei. Direito Divino, utilizada para justificar o Absolutismo francês.
João, mestre da cidade de Avis, venceu os “espanhóis” e A dinastia responsável pela centralização do poder foi a
assumiu o trono. O apoio financeiro da burguesia foi decisivo Capetíngia, cabendo a Felipe Augusto a criação de uma primeira
nessa vitória. Assim, durante toda a dinastia Avis, os reis burocracia francesa, a quem cabia a fiscalização e cobrança de
favoreceram e apoiaram as atividades burguesas. tributos.
Apesar de ter uma postura crítica em relação ao feudalismo, a
Espanha monarquia utilizava-se de princípios daquele sistema quando
lhe era favorável, a Coroa exigia a obrigatoriedade de
A formação da monarquia espanhola também está ligada a juramento de fidelidade e lealdade nas cerimônias de
Guerra de Reconquista, em 1469, ocorre o casamento entre os homenagem ao “suserano dos suseranos”. A Igreja também foi
príncipes católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela, o submetida ao poder do monarca, com a vitória na guerra dos
término do processo de unificação espanhola se deu com a cem anos, a França consolidou a centralização do poder.
queda do último reduto mouro península, a cidade de Granada,
A dinastia mais poderosa da França foi a Bourbon, inaugurada
em 1º. de janeiro de 1492. No século XVI, com Carlos I, a
por Henrique de Navarra, que ser tornara Henrique IV, para
Monarquia Espanhola fortaleceu-se ainda mais.
chegar ao trono o príncipe de Navarra esteve envolvido na
Depois de se livrar da presença sarracena no Estado recém famosa Guerra dos 3 Henriques – Henrique III(o último rei dos
criado, a Espanha passou a promover uma corrida colonialista Valois), Henrique de Guise (líder dos católicos) e Henrique de
com vizinho ibérico, sendo a responsável pela descoberta do Navarra, o conflito perpassou pela luta entre protestantes
continente americano em outubro de 1492. Diferente de (huguenotes) versus católicos. O monarca mais importante
Portugal que buscou novos caminhos pelo Atlântico para a desta dinastia foi Luís XIV, também conhecido como o “rei sol”,
conquista das Índias através do contorno da África, a Espanha neto de Henrique IV.
dedicou-se a buscar caminhos pelo ciclo oriental das
navegações, o projeto de Cristóvão Colombo.
Inglaterra
No século XIII, a Inglaterra era governada por uma família
normanda, vinda da parte continental que hoje compõe o
território francês, que chegou ao poder pelo caminho das
armas, daí então o reconhecimento de sua força desde o
princípio. Amparado pelo poderio militar incontestável e com o
governante estrangeiro sem ligações com as classes
dominantes locais, a busca pela centralização era evidente.
O rei Guilherme buscou fortalecer ainda mais o seu poder ao
aliançar-se aos plebeus livres, porém seus sucessores, a dinastia
– Plantageneta, optaram pelo enrijecimento do poder real
frente à população. Nascia ali a commom law ou lei comum a
todo território inglês e a fiscalização de seu cumprimento pelos
juízes nomeados pelo soberano. Tais governos caracterizaram-
se por altos gastos e aumento de impostos, o que culminou na
imposição pelos nobres, em 1215, de um conjunto de normas
que definiam os direitos do povo sobre o soberano: a Magna
Carta, o primeiro esboço constitucional que se tem notícia.