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Prof. Arthur Caser Folha para Aula – Renascimento Cultural e Científico 1ª Série
O Renascimento Cultural
Conjunto de transformações vividas sobretudo nos campos das artes e das ciências, entre os
séculos XIV e XVII. Estas transformações tinham em comum o fato de romperem com certos valores da
Idade Média e basearem-se na afirmação do humanismo, entendido como a crença nas possibilidades
criativas do ser humano.
Renascimento?
“Na Idade Média, ambas as faces da consciência – aquela voltada para o mundo exterior e a outra,
para o interior do próprio homem – jaziam, sonhando ou em estado de semivigília, como que envoltas por um
véu comum. De fé, de uma prevenção infantil e de ilusão tecera-se esse véu, através do qual se viam o
mundo e história com uma coloração extraordinária; o homem reconhecia-se a si próprio apenas enquanto
raça, povo, partido, corporação, família ou sob qualquer outra das demais formas do coletivo. Na Itália, pela
primeira vez, tal véu dispersa-se ao vento; desperta ali uma contemplação e um tratamento objetivo do
Estado e de todas as coisas deste mundo. Paralelamente a isso, no entanto, ergue-se também, na plenitude
de seus poderes, o subjetivo: o homem torna-se um indivíduo espiritual e se reconhece enquanto tal.”
BURCKHARDT, Jacob. A cultura do Renascimento na Itália: um ensaio. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 145
Sabemos que foi durante o período que conhecemos como Renascimento que surgiram as expressões
Idade Média e Idade das Trevas, em referência ao período que tradicionalmente vai de 476 a 1453. Por que
os renascentistas se referiam a esse período nesses termos?
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Materialidade e Renascimento
“Tudo o que foi escrito sobre aquele homem maravilhoso visto em Frankfurt é verdade. Eu não vi as
Bíblias completas, mas somente um número de cadernos de vários livros da Bíblia. O roteiro era muito limpo
e legível e nada difícil de acompanhar – Sua Graça seria capaz de ler sem esforço e, de fato, sem óculos.”
Enea Silvio Piccolomini (futuro papa Pio II) – carta para o cardeal Carvajal datada de 12 de março de 1455.
Afinal de contas, quem seria esse “homem maravilhoso” e qual teria sido sua contribuição para que o
roteiro ficasse “muito limpo” a ponto do cardeal Carvajal poder lê-lo sem o uso de óculos?
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O Homem Vitruviano
DA VINCI, Leonardo. O Homem Vitruviano. Galleria dell’Academia, Veneza. Disponível em: http://www.gallerieaccademia.it/luomo-
vitruviano-il-progetto-di-valorizzazione-delle-gallerie-dellaccademia-di-Venezia. Acesso em 13/03/2020.
De que forma este estudo de Leonardo da Vinci pode ser relacionado ao humanismo?
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Características do Renascimento
a) O retorno aos valores do mundo clássico, na literatura, nas artes, nas ciências e na filosofia.
b) A valorização da experimentação como um dos caminhos para a investigação dos fenômenos da
natureza.
c) A possibilidade de uma estreita relação entre os diferentes campos do conhecimento.
d) O fato de ter ocorrido com exclusividade nas cidades italianas.
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e) O uso da linguagem matemática e da experimentação nos estudos dos fenômenos da natureza.
A Literatura Renascentista
Tem como principais características a presença de valores humanistas e a utilização dos idiomas
vernáculos (inglês, espanhol, português), que passam a substituir o latim em obras eruditas.
A Arquitetura Renascentista
Busca inspiração nos modelos clássicos – greco-romanos – em oposição ao gótico da baixa Idade
Média. Privilegia as linhas horizontais em detrimento das verticais, os arcos perfeitos em detrimento dos
arcos ogivais e as cúpulas em detrimento das abóbadas. Procura a simplicidade e a simetria.
A Escultura Renascentista
Hércules e David
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Hércules do Fórum Boário. Século II a. C. Museu Capitolino, Roma.
Identifique ao menos uma semelhança e uma diferença entre as duas esculturas acima.
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A Pintura Renascentista
Caracteriza-se, sobretudo, pela produção de afrescos e telas pintadas a óleo. Tem como princípios o
uso da perspectiva científica e o realismo na representação de seus temas: sobretudo do homem. Seus
principais temas são a mitologia greco-romana e o cristianismo.
A Última Ceia
DA VINCI, Leonardo. A Última Ceia. Afresco. Convento de Santa Maria Della Grazie, Milão.
Cite duas características da pintura renascentista presentes nesse afresco de Leonardo da Vinci?
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• O desenvolvimento comercial da Península Itálica, que desde a Baixa Idade Média utilizava o
Mediterrâneo comercializar com as cidades do Oriente.
• O florescimento de cidades ligadas ao comércio.
• O crescimento de uma burguesia rica e interessada em afirmar sua cultura.
• A migração de sábios bizantinos para a península nos séculos XIV e XV, diante da iminente queda de
Constantinopla.
• A presença de vestígios da civilização greco-romana na Península Itálica.
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O Mecenato
• Prática comum na Roma antiga, foi fundamental para o desenvolvimento da produção intelectual e
artística do renascimento.
• Os mecenas eram “protetores” dos artistas. Homens ricos, burgueses ou nobres (entre os quais o Papa),
que financiavam a produção dos artistas e escritores.
A Revolução Científica
Geocentrismo X Heliocentrismo
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O Telescópio de Nice
Por que o telescópio foi tão importante para a Revolução Científica dos séculos XVI e XVII?
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Troilo e Créssida
O texto foi extraído da peça Troilo e Créssida, de William Shakespeare, escrita provavelmente em 1601.
“Os próprios céus, os planetas, e este centro reconhecem graus, prioridade, classe, constância,
marcha, distância, estação, forma, função e regularidade, sempre iguais; eis porque o glorioso astro Sol está
em nobre eminência entronizado e centralizado no meio dos outros, e o seu olhar benfazejo corrige os maus
aspectos dos planetas malfazejos, e, qual rei que comanda, ordena sem entraves aos bons e aos maus.”
(personagem Ulysses, Ato I, cena III).
SHAKESPEARE, W. Troilo e Créssida. Porto: Lello & Irmão, 1948.
Bibliografia
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GARIN, Eugênio. O Filósofo e o Mago. In: GARIN, EUGENIO. O Homem Renascentista. Lisboa: Presença,
1988.
GOODY, Jack. Renascimentos: um ou muitos? São Paulo: Editora Unesp, 2011.
GREENBLATT, Stephen. A virada: o nascimento do mundo moderno. São Paulo: Companhia das Letras,
2012.
MIRANDOLA, Giovanni Pico della. Discurso sobre a dignidade do homem. Lisboa: Edições 70, 1986.