Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FORÇA DE ATRITO
Sem as forças de atrito, não seríamos capazes de caminhar nem de escrever, os pregos
seriam inúteis e as gotas de chuva atingiriam o solo com uma velocidade extremamente
alta (equivalente à de uma bala disparada por uma arma), machucando qualquer um em
seu caminho.
Apenas com esses exemplos citados já podemos notar como a força de atrito é essencial
para a nossa vida cotidiana.
Conceitos
f Definição: A força de atrito é uma força de resistência ao deslizamento ou à
tendência de deslizamento. Por ser uma força, conforme a Segunda Lei de Newton,
ela provoca uma aceleração no objeto. Porém, essa aceleração é no sentido de parar
o objeto em movimento, logo, trata-se de uma desaceleração.
www.biologiatotal.com.br 1
f Origem do atrito: Toda superfície, por mais lisa que pareça, apresenta irregularidades
Força de Atrito
https://bit.ly/2YysPGC
Como você pode observar, a área de contato entre as duas superfícies é muito menor do que aparenta ser.
Isso é causado pela presença de imperfeições em ambas as superfícies.
Fatrito = μ.Fnormal
2
A intensidade da força de atrito (Fatrito) é diretamente proporcional à intensidade da
Força de Atrito
força normal (Fnormal), ou seja, quando uma cresce a outra também cresce (na mesma
proporção).
A força normal aparece sempre que há contato entre duas superfícies. Essa força é
originada pela repulsão elétrica entre as eletrosferas dos átomos das duas superfícies
em contato (não se preocupe com isso agora, você entenderá isso melhor em nosso
curso de eletrostática). Chamamos essa força de normal pois a sua direção é sempre
normal (90°) à superfície de contato entre os corpos.
Mas cuidado! A força normal é igual, em módulo, à força peso somente quando o objeto
está na horizontal. Em outros casos, como quando o objeto está apoiado na vertical ou
sobre um plano em inclinado, essas forças costumam ter módulos diferentes.
www.biologiatotal.com.br 3
Vale lembrar que a força peso e a força normal não representam um par de ação e
Força de Atrito
reação. A reação da força peso é aplicada pelo corpo sobre o centro da Terra. O par ação
e reação da força normal está representado na figura abaixo:
A área de contato entre as superfícies não aparece na fórmula geral da força de atrito,
ou seja, a força de atrito não depende do tamanho macroscópico da área de contato!
Tipos De Atrito:
f Força de Atrito Estático :
4
Atrito Em Fluidos
Força de Atrito
Você já tentou andar na água, dentro de uma piscina ou no mar, e percebeu como é
mais difícil se deslocar? Isso ocorre pois os fluidos também possuem forças de atrito
(chamadas de resistência).
Força De Resistência
A força de resistência em um fluido, diferentemente da força de atrito em sólidos,
depende da área de contato e da velocidade do movimento. Além disso ela depende
também de outras características como a densidade do fluido e o formato do objeto
(como já citado).
PARA PENSAR...
Isso ocorre pois a tinta da caneta, por ser líquida, molha e penetra nas fibras do papel.
O grafite, por sua vez, é um material sólido que marca o papel por meio de pequenas
partículas que se desprendem da ponta do lápis e grudam na superfície da folha graças
ao atrito entre lápis e papel. Como a atração entre as moléculas do grafite e da borracha
é maior do que entre o grafite e o papel, as partículas do lápis desgrudam do papel e
aderem à borracha facilmente.
www.biologiatotal.com.br 5
LEIS DE NEWTON
A dinâmica se baseia em três princípios enunciados por Isaac Newton – as três leis de
Newton.
Isso significa dizer que não há a necessidade de uma força para manter um movimento,
apenas para modificá-lo.
De fato, Sir Isaac Newton percebeu que existe uma relação muito simples entre força
e aceleração: a força é sempre diretamente proporcional à aceleração que ela provoca:
(FR) = m . a
Veja que a primeira lei nada mais é do que um caso específico da segunda lei: na
ausência de uma força resultante sobre um corpo, não há uma aceleração. Portanto,
esse corpo permanece em seu estado de inércia.
www.biologiatotal.com.br 1
Leis de Newton
“Para toda ação, há sempre uma reação de mesmo módulo, mesma direção e
sentido contrário. A ação e a reação nunca se anulam pois estão aplicadas em
corpos diferentes”.
Quem faz a ação sofre a reação e é muito importante sabermos identificar os pares
ação-reação.
Importante: O peso de um corpo e a força normal de apoio deste corpo sobre uma
superfície não correspondem a um par ação-reação.
f Uma força nunca aparece sozinha. Elas aparecem aos pares (uma delas é chamada
de ação e a outra, de reação).
f É importante observar que cada uma dessas duas forças atua em objetos distintos.
f Finalmente, essas forças (aos pares) têm a mesma magnitude e direção, mas diferem
uma da outra pelo sentido: elas têm sentidos opostos.
Exemplo
2
Leis de Newton
Mas o cavalo tem que puxar a carroça. Como ficaria o esquema das forças cavalo-
carroça? É preciso lembrar que, da mesma forma que o cavalo “puxa” a carroça, ela
“segura” o cavalo, ou seja, aplica nele uma força de reação, para trás. Observe o esquema
abaixo:
Essa discussão mostrou dois pares de forças de ação e reação. O primeiro representando
a interação entre o cavalo e o chão e o segundo a interação entre o cavalo e a carroça.
Mas para entender o movimento do cavalo que puxa a carroça, podemos fazer um
esquema somente com as forças que são aplicadas nele. Observe:
Se o cavalo consegue acelerar para frente é porque a força que o chão faz no cavalo é
maior do que a força que a carroça faz no cavalo. Sendo assim, o cavalo tem que aplicar
uma grande quantidade de força sobre chão, para que a reação deste também seja
grande. Se não for assim, ele “patina” e não consegue arrastar a carroça.
www.biologiatotal.com.br 3
Leis de Newton
É claro que ela se move porque o cavalo a puxa. Mas não podemos nos esquecer de
que, além do cavalo, a carroça também interage com o chão, que a “segura” pela força
de atrito. Obviamente, para que a carroça possa acelerar para frente, a força que o
cavalo faz na carroça tem que ser maior do que força que o chão faz na carroça.
ANOTAÇÕES
4
POLIAS
www.biologiatotal.com.br 1
Polias
ANOTAÇÕES
2
FORÇA ELÁSTICA
FORÇA ELÁSTICA
Ao esticar uma mola, produzimos uma deformação nela, ou seja, alteramos o seu
comprimento original.
Para produzir uma deformação maior, a força aplicada deve também ser maior. Logo,
podemos concluir que a força aplicada é diretamente proporcional à deformação que
produzimos na mola.
www.biologiatotal.com.br 1
Força Elástica
Quando tentamos comprimir uma mola, ela resiste aplicando uma força em sentido
contrário à aplicada por nós. O mesmo acontece quando tentamos esticá-la. Essa força
é chamada de força elástica. Vetorialmente, escrevemos:
→ →
x
→ →
Onde Fe é o vetor força elástica, K é a constante elástica da mola e x é o vetor deformação
da mola (variação do comprimento da mola).
Esta equação é conhecida como a Lei de Hooke, nomeada a partir do cientista inglês
Robert Hooke (1635 – 1703).
ANOTAÇÕES
2
Através dos cursos
ELEVADORES
ELEVADORES
Um elevador apresenta condições de equilíbrio quando está em movimento retilíneo
uniforme e de não-equilíbrio quando se encontra em movimento uniformemente variado.
Na primeira situação, a resultante das forças é zero, e na segunda, é diferente de zero.
Um fato curioso dos elevadores é que uma balança no interior de um elevador pode
medir “pesos” diferentes para um mesmo corpo. Esse fenômeno ocorre pois, na verdade,
o que uma balança mede não é a força peso, mas sim a força normal e a força normal
pode variar dependendo do tipo de movimento do elevador.
As únicas forças que atuam no corpo nesta situação são a força normal (direcionada
para cima) e a força peso (direcionada para baixo). Ambas as forças possuem o mesmo
módulo, por isso se anulam.
N
P=N FR = 0
www.biologiatotal.com.br 1
Elevadores
v
a
2
Elevadores
Movimento Uniformemente Variado (MUV): subindo retardado ou
descendo acelerado
Nessas situações, a indicação na balança será menor do que o valor real do peso do
corpo, já que a força normal será menor que a força peso:
FR
P
a v
FR
P
www.biologiatotal.com.br 3
DINÂMICA
2020 - 2022
DINÂMICA
Descubra o que são forças, conheça os seus diversos tipos e veja como trabalhar com
elas de acordo com as Leis de Newton. Confira também suas aplicações em planos
inclinados, polias, elevadores e muito mais!
1. Introdução à Dinâmica
2. Leis de Newton
3. Força de Atrito
4. Polias
5. Força Elástica
6. Elevadores
INTRODUÇÃO À DINÂMICA
DINÂMICA
É a parte da mecânica que estuda as causas dos movimentos. O principal conceito que precisamos
entender na dinâmica é o conceito de força.
Conceito de Força
Chamamos de força toda interação de origem gravitacional, eletromagnética ou nuclear, capaz de
produzir deformações, equilibrar ou alterar o estado de movimento de um determinado corpo. Por
se tratar de uma grandeza vetorial, para ficar bem definida, deve possuir módulo, direção e sentido.
f Sentido: é o lado da reta para qual o esforço foi feito: esquerda, direita, norte, sul, leste, oeste.
Vejamos agora um resumo das principais forças que utilizaremos em nosso curso de dinâmica
(estudaremos cada uma delas em mais detalhes futuramente):
f Força Peso: É a força de atração gravitacional exercida pela Terra sobre os corpos. Todo corpo
é atraído para o centro de nosso planeta. Quanto maior a massa do corpo, maior a atração. A
fórmula para a força peso é:
f Força Normal: É a força que impede que dois corpos em contato penetrem um no outro (é
graças à força normal que não somos sugados até o centro da Terra pela força peso). Essa
força é originada pela repulsão elétrica entre as eletrosferas dos átomos das duas superfícies
em contato (não se preocupe com isso agora, você entenderá isso melhor em nosso curso de
Eletrostática). Chamamos essa força de normal pois a sua direção é sempre normal à superfície
de contato entre os corpos.
f Força de Tração: Quando uma força é aplicada sobre uma corda estendida, ela é transmitida
para todos os pontos da corda. É por isso que conseguimos usar cordas para puxar objetos,
por exemplo.
f Força Elástica: Esse tipo de força aparece quando deformamos algum objeto elástico (como
uma mola ou um elástico, por exemplo). Imagine uma mola sendo esticada e depois solta,
ela voltará ao tamanho normal, correto? A força que desfaz a deformação na mola é a força
elástica. Quanto maior a deformação causada, maior a força elástica.
f Força de Atrito: A força de atrito aparece sempre que existe movimento relativo (ou pelo menos
uma tentativa de movimento) entre dois corpos em contato. Essa força sempre tenta impedir o
movimento, ou seja, seu sentido é sempre contrário ao movimento. Um bom exemplo de força
de atrito é a resistência do ar: se não fosse pela resistência do ar, todos os objetos cairiam bem
mais rápido.
www.biologiatotal.com.br 3
Introdução à Dinâmica
4
ANOTAÇÕES
2020 - 2022
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
Uma das mais antigas e fascinantes áreas da física, que nos permite descrever desde a
queda dos corpos na Terra até os movimentos complexos dos corpos celestes. Desvende
esses mistérios com as Leis de Kepler e a Lei da Gravitação Universal de Newton.
Esse modelo foi defendido por muito tempo pela Igreja. Principalmente porque nos
deixava no centro do universo. Ele realmente explica muitos fenômenos, porém, existe
um fenômeno inexplicável pelo modelo geocêntrico: o movimento de “laço”.
Observou-se que o movimento do planeta Marte era diferente dos demais: quando ele
atingia um determinado ponto no céu, ele “voltava” na sua trajetória. O que se podia
observar era uma linha imaginária em formato de laço, como da figura:
www.biologiatotal.com.br 3
Isso dá a impressão de que Marte “está voltando”, mas nós é que a estamos ultrapassando
Modelos Explicativos de Gravitação
f A distância da Terra ao Sol (raio da esfera que contém a Terra) é muito pequena em
relação ao tamanho da “esfera das estrelas fixas” (que mantinham fixa a posição
relativa umas das outras).
Modelo heliocêntrico
ANOTAÇÕES
4
DINÂMICA DO MOVIMENTO
CIRCULAR
FORÇA CENTRÍPETA
Vimos, no estudo da cinemática do movimento circular, que todo movimento desse
tipo apresenta uma aceleração que é sempre orientada para o centro da trajetória - a
aceleração centrípeta. Mas de onde surge essa aceleração?
Sabemos da 2ª Lei de Newton que toda aceleração é causada por uma força. No caso
da aceleração centrípeta, essa força é chamada de força centrípeta. É essa força que
proporciona ao movimento o seu aspecto circular.
Vale lembrar que força centrípeta é uma força resultante, logo, sempre devemos analisar
todas as forças que a compõem em cada situação.
www.biologiatotal.com.br 1
A força centrípeta (F) atuando sobre um corpo depende da massa (m) do corpo, de sua
Dinâmica do Movimento Circular
FORÇA CENTRÍFUGA
Quando você está andando de carro ou de ônibus, durante uma curva, você já sentiu
uma força lhe puxando para fora do automóvel? Isto é, para fora da curva? Por que isso
acontece? Essa força aparente que puxa você para fora é a “força centrífuga”. Centrífuga
significa “para fora do centro”.
Mas não existe de fato uma força que tende a nos jogar para fora do carro. O que está
acontecendo é um efeito inercial: enquanto o carro possui um atrito entre o pneu e o
asfalto, que atua como força centrípeta e o mantém na trajetória circular, nós não temos
um contato com o asfalto para nos segurar. O atrito com o banco do carro é mínimo e,
como a direção do movimento circular varia constantemente, temos o tempo todo a
tendência de “sair pela tangente”. Não por uma força real, mas apenas pela tendência
de continuar nesse movimento.
Resumindo: a força centrífuga não existe, ela é apenas uma força aparente. É muito
importante lembrar da Primeira Lei de Newton nesta situação.
2
No Polo Norte, ou em qualquer outro local, a sua massa se mantém sempre a mesma
Sabemos que em um movimento circular, quanto maior for a distância ao eixo de rotação,
maior será a velocidade tangencial do ponto localizado a essa distância. No caso da
Terra, os polos Norte e Sul se localizam próximos ao eixo imaginário de rotação da Terra.
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 3
Através dos cursos
ESTÁTICA
2020 - 2022
ESTÁTICA
Nessa área, você estudará as situações de equilíbrio, tanto de pontos materiais quanto de
corpos extensos, e será introduzido a uma nova grandeza física: o torque (ou momento
de uma força).
Para um dado objeto, o seu centro de massa é a posição média de toda a massa que
constitui o objeto. Por exemplo, um objeto simétrico, tal como uma bola, possui centro
de massa que coincide com seu centro geométrico. Ao contrário disso, um objeto com
formato irregular (como o bastão de beisebol) tem a maior parte de sua massa situada
mais próxima a uma das extremidades. O centro de massa de um bastão de beisebol,
portanto, está situado mais próximo do lado mais largo do bastão.
O centro de gravidade (CG) é um termo empregado usualmente para se referir ao centro de massa.
O centro de gravidade é simplesmente a posição média da distribuição de peso. Como peso e
massa são proporcionais, o centro de gravidade e o centro de massa referem-se ao mesmo ponto
do objeto. Os físicos preferem utilizar o termo centro de massa, pois um objeto possui um centro
de massa mesmo que não esteja sob influência da gravidade. Para quase todos os objetos na
superfície da Terra (ou próximos dela) estes termos são equivalentes. Pode existir uma pequena
diferença entre o centro de gravidade e o de massa quando um objeto for suficientemente grande
para que a força gravitacional atue de forma diferente de uma parte dele para outra.
Um objeto possui um único centro de massa. Se ele não for rígido e for distorcido,
assumindo formas diferentes, então seu centro de massa pode mudar de lugar conforme
a mudança de forma produzida. Mesmo assim, ele possuirá um único centro de massa
para cada forma individual que ele assume.
Você já tentou equilibrar uma régua no meio, com um único dedo? O centro de gravidade
de um objeto uniforme, como uma régua, está no seu ponto médio, pois ela atua como
se todo o seu peso estivesse concentrado ali. Se sustentarmos esse ponto único,
sustentamos a régua inteira. Equilibrar um objeto constitui um método simples para
localizar o centro de gravidade. Na figura abaixo, as várias setas pequenas representam a
atração gravitacionalao longo de toda a régua. Todas elas podem ser combinadas numa
força resultante que atua no centro de gravidade. Podemos pensar no peso todo da régua
como atuando nesse ponto único. Por isso, podemos equilibrar a régua aplicando-lhe
uma única força para cima, numa direção que passa através do centro de gravidade.
www.biologiatotal.com.br 3
Centro de Massa e Estática
4
Quando a situação envolve mais de 2 partículas, a equação geral fica:
Inércia Rotacional
Quando começamos os estudos em dinâmica, vimos que existe um estado em que os
corpos tendem a manter o movimento (ou o repouso) em que se encontram até que surja
uma força que altere esse estado.
Analisamos esse estado para situações em que o corpo se move em trajetórias retilíneas. Para
situações em que os corpos estão rotacionando, podemos fazer uma analogia muito interessante.
Quando estudamos corpos se movendo em trajetória retilínea, sabemos que quanto maior é
a massa do corpo, maior é a dificuldade de alterar o seu estado de movimento. Em situações
rotacionais, a massa do corpo que estamos estudando também é importante, mas não somente
isso: a forma com que essa massa está distribuída ao longo do corpo em relação ao eixo de
rotação também é importante para nos dizer se o corpo terá mais ou menos facilidade de girar.
A propriedade dos corpos associada à sua massa e sua distribuição é chamada de inércia
rotacional (ou momento de inércia). Quanto mais massa o corpo possuir e quanto mais
distante do eixo de rotação essa massa estiver concentrada, maior será o momento de inércia
e, consequentemente, mais dificuldade haverá para alterar o estado rotacional desse corpo.
www.biologiatotal.com.br 5
Centro de Massa e Estática
Torque
Continuando a analogia aos conceitos iniciais abordados em dinâmica, sabemos que
ao exercer uma força sobre um corpo, tendemos a alterar o seu estado de inércia:
quando uma força resultante não nula atua sobre um corpo, essa causa sobre ele uma
aceleração linear.
O torque depende de duas grandezas vetoriais: uma força aplicada e a distância entre o
ponto de aplicação dessa força e o eixo de rotação. Essa distância é também chamada
de braço de alavanca.
Em geral, definimos o torque (τ) como o produto do braço de alavanca (r) pela força (F)
que tende a produzir a rotação:
τ= r F
Mas cuidado! Essa fórmula só pode ser utilizada quando a direção dos vetores braço
de alavanca e força aplicada são perpendiculares, ou seja, foram um ângulo de 90°. Em
outros casos, deve se utilizar a seguinte fórmula, que é mais geral:
τ = r F sen θ
A resposta é: mais distante dele. Isso ocorre pois o braço de alavanca será maior e,
consequentemente, o torque também será maior:
6
Centro de Massa e Estática
Você se lembra da condição geral de equilíbrio? Para que um corpo esteja em equilíbrio
mecânico, é necessário que seja nula a soma das forças que atuam sobre ele.
Agora que entendemos as causas do movimento rotacional, podemos incluir uma nova
condição de equilíbrio: o torque resultante sobre o corpo deve também ser nulo para
haver equilíbrio mecânico. Qualquer coisa que esteja em equilíbrio mecânico não deve
acelerar – nem linearmente nem rotacionalmente.
EQUILÍBRIO
Um dos interesses da física é conhecer o que faz com que um objeto se mantenha em
equilíbrio na presença de forças. Um edifício deve ser estável mesmo na presença da
força gravitacional e de ventos. Uma ponte deve ser estável mesmo na presença da
força gravitacional e dos repetidos solavancos que ela recebe dos carros e caminhões.
Um corpo que retorna ao mesmo estado de equilíbrio estático após ter sido deslocado
pela ação de uma força está em equilíbrio estático estável.
f Todas as forças atuantes devem ter uma soma total igual a zero, ou seja, a força
resultante deve ser nula.
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 7
GUIA DE
SOBREVIVÊNCIA
A Mecânica é a mais antiga área de estudo da compreendidas com clareza.
física. Foi o primeiro passo da humanidade
Relativo: algo que depende de um
em direção à compreensão dos mistérios
referencial.
do Universo através da observação de
fenômenos e da tentativa de chegar a Ponto material: corpo, participante de
princípios fundamentais que descrevessem a um fenômeno físico, que possui dimensões
forma como o mundo funciona. É a área da desprezíveis, ou seja, que não afetam o
física responsável pelo estudo do movimento, estudo do fenômeno.
suas descrições, suas causas e efeitos.
Corpo extenso: diferentemente de um
Alguns conceitos são essenciais para a ponto material, um corpo extenso é um
compreensão mecânica em suas diversas corpo cujas dimensões são relevantes para o
subáreas. São os seguintes: fenômeno que está sendo estudado.
Grandeza física: atribuição qualitativa
e quantitativa que permite mensurar
Mecânica
2
Posição: localização de um objeto em corresponde à distância entre os pontos si e
um dado referencial. Normalmente, sf. Unidade no SI: metro (m). Não confundir
representamos posição pela letra s. Também com distância percorrida.
é comum utilizar x para um referencial Distância percorrida: grandeza escalar
horizontal e y para um referencial vertical. correspondente ao comprimento da trajetória
Movimento: alteração da posição de um de um movimento. Diferentemente do
objeto em um dado referencial. Quando deslocamento, que considera apenas a posição
um objeto está em movimento, esse objeto inicial e a posição final, a distância percorrida
apresenta uma velocidade (que depende do considera o trajeto como um todo. Unidade
referencial). no SI: metro (m).
Mecânica
móvel de fato percorreu de si até sf (depende da
movimento. trajetória). Já o deslocamento, indicado em azul,
depende somente de si e sf.
O rastro de fumaça dos aviões é uma indicação Velocidade média: grandeza vetorial
da trajetória de seu movimento. correspondente à variação da posição (Δs)
em um intervalo de tempo (Δt). O módulo da
Deslocamento: grandeza vetorial correspondente velocidade média (vm) é dada por:
à variação Δs da posição de um corpo em um
vm = Δs
referencial. Sendo si a posição inicial e sf a posição
final, definimos o módulo do deslocamento como: Δt
Δs = sf - si Velocidade relativa: representa o movimento
relativo entre dois móveis. Seria como se um
Sendo deslocamento uma grandeza vetorial, dos móveis fosse considerado um referencial
ao falar simplesmente em deslocamento, em repouso e o outro móvel estivesse se
estamos tratando do vetor deslocamento. movendo em relação a ele. Essa velocidade
Ao falar em deslocamento escalar, estamos indica a taxa com que um móvel se afasta (ou
nos referindo ao módulo desse vetor, que se aproxima) do outro.
www.biologiatotal.com.br 3
s = s0 + v. t
(função horária da posição no MU)
4
Perceba que as três primeiras equações não v a
apresentam uma das seguintes grandezas:
posição, velocidade ou tempo. Isso é um
forte aliado na hora da escolha de uma
equação que você deve utilizar para resolver
um determinado problema.
Movimento acelerado: tipo de movimento
uniformemente variado em que a velocidade
e a aceleração têm o mesmo sentido: o
módulo da velocidade aumenta ao longo do
tempo. Em outras palavras, o móvel fica cada
vez mais rápido.
v a
Quando velocidade e aceleração têm sentidos
opostos, o movimento é retardado. Isso acontece
quando a velocidade é positiva e a aceleração
é negativa ou quando a velocidade é negativa
e a aceleração é positiva. Um exemplo de
movimento retardado é aquele em que um objeto
é arremessado para cima até parar de subir (a
velocidade é para cima e a aceleração - que é a
aceleração gravitacional - é para baixo).
Mecânica
Queda livre: movimento vertical sob
influência apenas da gravidade.
Imponderabilidade: quando um corpo está
em queda livre, este sente uma sensação
de “peso zero”, o que chamamos de
imponderabilidade.
Quando velocidade e aceleração têm o mesmo
sentido, o movimento é acelerado. Isso acontece
quando a velocidade e a aceleração são positivas
Projétil: um objeto que se move no espaço
ou quando ambas são negativas. Um exemplo sob ação única da gravidade e da resistência
de movimento acelerado é a situação em que um do ar (se esta for considerada).
objeto é solto e passa a cair.
www.biologiatotal.com.br 5
DINÂMICA Segunda Lei de Newton (ou Princípio
Fundamental da Dinâmica): a aceleração
Área da física responsável pelo estudo do
de um corpo submetido a uma força
movimento dos corpos, juntamente com a
resultante é diretamente proporcional a essa
origem desses movimentos. Esse estudo está
força e inversamente proporcional à massa
intimamente ligado a forças e aos efeitos
do corpo. Matematicamente, o que estamos
causados por elas.
querendo dizer é:
Inércia: tendência dos corpos de resistir a
alterações em seu estado de movimento. FR = m . a
Massa: grandeza escalar correspondente
à quantidade de matéria de um corpo. Note que força resultante e aceleração
Equivale à resistência que esse corpo oferece sempre têm a mesma orientação.
à mudança do seu movimento. Unidade no
SI: quilograma (kg).
Força: grandeza vetorial capaz de alterar
o estado de inércia de um corpo. As
forças podem provocar acelerações e/
ou deformações. Unidade no SI: newton
(N), que é equivalente à força aplicada a
um quilograma de massa produzindo uma
aceleração de um metro por segundo a cada
segundo (N = kg . m/s2).
Mecânica
6
É importante perceber que um par de Logo, o coeficiente de atrito estático (μe) é
forças ação-reação sempre atua em corpos sempre maior do que o coeficiente de atrito
diferentes. Por esse motivo, as forças não se cinético (μc):
anulam. μe > μ c
Peso: força de atração gravitacional exercida
por um corpo massivo sobre um objeto de
massa muito menor do que a dele. Peso é
comumente confundido com massa, mas
são coisas diferentes: a sua massa está
relacionada apenas com a quantidade de
matéria existente no seu corpo. Já o seu
peso relaciona a sua massa e a atração
gravitacional do planeta onde você está.
P=m.g
É mais difícil colocar um objeto em movimento do
que mantê-lo em movimento. Isso ocorre porque
A sua massa é a mesma aqui na Terra ou lá a força de atrito estático é maior do que a de
na Lua. Mas como a aceleração gravitacional atrito cinético.
é menor na Lua, lá você possuiria um peso
menor. Resistência do ar: atrito atuante sobre tudo
Força normal: força exercida por uma que se move através do ar.
Mecânica
superfície sobre um objeto nela apoiado.
Tensão: também chamada de força de
Recebe esse nome porque sua direção é
tração, é a resultante das forças de atração
sempre normal (ortogonal) à superfície.
e repulsão entre as partículas de um corpo
Atrito: força de resistência que surge em como uma corda ou cabo submetido a uma
sentido contrário ao deslizamento (ou à deformação.
tendência ao deslizamento) entre superfícies.
A força de atrito pode ser classificada em:
• Atrito estático: força de resistência entre
duas superfícies em repouso entre si,
decorrente da tendência ao deslizamento
entre elas.
• Atrito cinético: força de resistência que
surge devido ao deslizamento relativo
entre duas superfícies. O módulo da força
de atrito (FAT) é expresso como: Uma pessoa pendurada em uma corda exerce
sobre ela uma força de tensão, que se transmite
por toda a corda. Como reação, a corda exerce
FAT = μ . N sobre a pessoa uma força de mesma magnitude.
Em que μ é o coeficiente de atrito (estático Força elástica: força exercida por um corpo
ou cinético) e N é o módulo da força normal. que apresenta elasticidade quando este é
O atrito estático entre duas superfícies é deformado. Essa força sempre apresenta
sempre maior do que o atrito cinético entre sentido contrário ao da deformação.
elas.
www.biologiatotal.com.br 7
Trabalho: medida da energia transferida a
um corpo pela aplicação de uma força F ao
longo de um deslocamento d. É geralmente
representado pela letra grega τ e sua unidade
no SI é o joule (J), sendo uma grandeza escalar.
A força elástica exercida por um corpo elástico Como diversas forças podem gerar trabalho,
se opõe à deformação. Por exemplo: uma mola, ao falar de trabalho, devemos especificar a
ao ser comprimida, exerce uma força que tende
a devolver sua forma original. Um elástico, ao ser qual força ele está associado.
esticado, exerce uma força que também tende a
devolver o seu comprimento original. A forma geral de expressar τ matematicamente
é a seguinte:
Lei de Hooke: a deformação x sofrida por
um corpo que apresenta elasticidade é τ = F . d . cos (θ)
diretamente proporcional à força que causa
essa deformação. Matematicamente:
onde θ é o ângulo entre os vetores F e d. Perceba
que, se θ é igual a 0, cos(θ) = 1 e o trabalho é
F=-k.x
simplesmente F . d.
Energia: grandeza física que assume
A constante de proporcionalidade k é
diversas formas e não é bem definida
chamada de constante elástica. O sinal
conceitualmente, apesar de conhecermos
negativo na equação indica que o vetor força
bem suas características e comportamento. É
e o vetor deslocamento sempre têm sentidos
compreendida como a capacidade de realizar
opostos.
Mecânica
8
• Energia potencial elástica: energia Conservação de energia: princípio que
armazenada por um corpo ao ser nos diz que a energia não pode ser criada
submetido a uma deformação. nem destruída: ela apenas é transformada
Matematicamente, podemos escrever: em outros tipos de energia, sem que sua
quantidade total se altere.
EPEL = k . x2
É importante esclarecer que a energia, como
2
um todo, sempre se conserva. Mas a energia
mecânica é dissipada em outras formas
(como energia térmica e energia sonora). Isso
sendo k a constante elástica do corpo e x ocorre em um sistema dissipativo (ou não-
a sua deformação. conservativo). Se o sistema for especificado
como sendo um sistema conservativo, então
a sua energia mecânica se conserva.
Imagine que você segura um objeto e o solta.
No momento em que você o segura, toda a
energia mecânica contida no objeto é energia
potencial gravitacional. Quando você o solta,
essa energia potencial vai sendo convertida
em energia cinética. Considerando um
sistema conservativo, a energia mecânica
Ao puxar o arco, o arqueiro está lhe atribuindo
uma energia que fica armazenada na forma de (cinética + potencial) com que o objeto chega
energia potencial elástica. Ao soltar, a energia ao chão é a mesma que ele possuía antes de
Mecânica
potencial é transformada em energia cinética,
que é transmitida à flecha, causando o seu
ser solto, assim como durante toda a queda.
movimento
www.biologiatotal.com.br 9
Potência: grandeza escalar correspondente Q=m.v
à taxa de realização de trabalho ou
de transformação de energia em um
determinado tempo. A potência média PM de Unidade no SI: kg . m/s.
um trabalho τ realizado em um intervalo de
tempo Δt é:
PM = τ
Δt
10
• Colisão inelástica: tipo de colisão em Período e frequência são grandezas inversas.
que a energia cinética do sistema não se Ou seja:
conserva, ou seja, apenas a quantidade
de movimento é conservada.
f=1 e T=1
T f
Mecânica
Movimento circular: tipo de movimento palavras, corresponde a uma taxa de variação
cuja trajetória é uma circunferência. O objeto de ângulo (Δθ) por um intervalo de tempo
que descreve esse tipo de movimento está (Δt). Para um MCU, podemos representar
executando uma rotação. matematicamente seu módulo como:
ω = Δθ = 2π = 2πf
Δt T
www.biologiatotal.com.br 11
θ = θ0 + ω . t
(função horária da posição angular - MCU)
M = r . F . sen (θ)
12
eixo de
rotação • Equilíbrio instável: Nesse tipo de
r equilíbrio, ao sofrer um deslocamento, o
braço de alavanca
θ objeto tenda a se afastar cada vez mais
da posição de equilíbrio.
F •
O ângulo θ é o ângulo entre a força e a direção
do vetor braço de alavanca. Perceba que, se
θ = 90º, sen(90º) = 1 e, portanto, o torque é
máximo. Se θ = 0, sen(0) = 0. Nesse caso, o
torque é nulo. Unidade no SI: N . m.
Condição de equilíbrio: para que um corpo
ou sistema esteja em equilíbrio, é necessário
que a força resultante e o torque resultante
Equilibristas sobre cordas se encontram em
sejam nulos. condição de equilíbrio instável.
Mecânica
rotaciona em torno de um ponto fixo
Para que o sistema acima permaneça em (fulcro) e permite multiplicar a força
equilíbrio, duas condições precisam ser atendidas: aplicada sobre ela.
i) A força resultante sobre ele deve ser nula.
www.biologiatotal.com.br 13
mas a diferença é que a massa específica trata
da massa de uma substância. Já a densidade
trata da massa de um corpo como um todo.
Quando o corpo é composto por apenas uma
substância, densidade e massa específica são
a mesma coisa. Unidade no SI: kg/m3.
A densidade da água é de aproximadamente
997 kg/m3. Isso significa que se tivéssemos
Polias móveis, como ilustradas no esquema
um tanque com o formato de um cubo cujas
anterior, nos possibilitam exercer sobre a corda arestas fossem de 1 m e o enchêssemos de
uma força menor do que a necessária para erguer água, teríamos quase uma tonelada de água
um objeto em situações normais. Entretanto, isso
requer um maior deslocamento da corda. lá dentro!
Baixa densidade
Vantagem mecânica: razão entre a força
na saída (aplicada pela máquina) e a força na
entrada (que aplicamos sobre a máquina).
Quando a força na saída for maior do que Alta densidade
a força na entrada, a vantagem mecânica é
maior do que 1. Ou seja: a máquina cumpriu
com a sua função de exigir uma força menor.
14
equilíbrio é igual ao produto entre a densidade Pelo teorema de Stevin, a pressão atmosférica
do fluido, a aceleração da gravidade e a é menor em regiões mais altas.
diferença entre as profundidades dos pontos.
Matematicamente, se considerarmos Δp =
p2 - p1 a diferença de pressão entre os dois
pontos, 1 e 2, de um fluido, 𝝁 a densidade
do fluido, g a aceleração da gravidade local e
Δy a diferença de altura entre esses pontos, o
teorema de Stevin nos diz o seguinte:
Δp = μ .g .Δy A Serra do Rio do Rastro (SC) possui uma altitude
de mais de 1.400 m acima do nível do mar! A
pressão atmosférica lá é muito menor do que em
regiões de altitude menos elevada.
Logo, podemos perceber:
• i) Dois pontos no interior de um fluido, a
Barômetro: instrumento utilizado para
uma mesma altura, estão submetidos à
medir o valor da pressão atmosférica.
mesma pressão. A pressão varia apenas
com a profundidade. Pressão absoluta: pressão total exercida
sobre um certo ponto. Por exemplo: um
• ii) Quando maior for a profundidade do
mergulhador que se encontra a uma
ponto em um fluido, maior será a pressão
profundidade h sob a superfície de um líquido
que o fluido exerce sobre ele.
está submetido à pressão exercida por esse
líquido (que podemos calcular pelo teorema
Mecânica
de Stevin) e também à pressão atmosférica.
A pressão absoluta sobre ele é, portanto, a
soma da pressão exercida pelo líquido e da
pressão atmosférica.
Pressão manométrica: corresponde à
pressão exercida sobre um ponto por um
determinado fluido, sem considerar a pressão
atmosférica.
www.biologiatotal.com.br 15
desde que este esteja em repouso e num ao volume deslocado de fluido) determina o
recipiente fechado. Se considerarmos um quão intenso será o empuxo.
sistema de um tubo em formato de “U”, de
A comparação entre peso e empuxo
diferentes áreas em cada lado (com pistões
determina se um objeto irá afundar ou
nesses lados), preenchido por um certo
não. Se o peso for maior do que o empuxo,
fluido, e exercermos uma pressão sobre
o objeto afundará. Se for menor, ele irá
o pistão de área menor, este empurrará o
flutuar. E se tiverem o mesmo valor, o objeto
fluido, que exercerá sobre o pistão de área
permanecerá estático.
maior uma pressão de mesmo valor.
Outra forma de descobrir se um objeto irá
afundar ou não consiste em comparar sua
densidade com a densidade do fluido. Se
a densidade do objeto for maior, ele irá
afundar. Se for menor, ele irá flutuar.
16
A1 .v1 = A2 .v2
(equação de continuidade)
Mecânica
Na região “1”, mais estreita de área A1, o
fluido possui velocidade v1, exerce uma
O destelhamento de casas em decorrência de
pressão P1 e está a uma dada altura h1. O ventos intensos não acontece porque a pressão
mesmo é considerado para o escoamento do vento “arranca” o telhado. Na verdade, é
exatamente o contrário: a alta velocidade do ar na
do fluido na região 2, mais alargada. A região do telhado causa uma redução na pressão
equação de Bernoulli nos permite analisar e, se a pressão interna à casa for suficientemente
grande, ela fará com que o telhado ceda.
o comportamento dessas grandezas para as
diferentes regiões:
Tubo de Pitot: instrumento utilizado para
p1 + μ.g.h1 + μ.v = p2+μ .g .h2 + μ.v
1
2
2
2
medir a velocidade de fluidos.
2 2
(equação de Bernoulli) GRAVITAÇÃO
Gravitação: efeito de atração mútua entre
dois corpos massivos.
Pela equação de continuidade, concluímos Lei da gravitação universal: em um par
que uma redução na área de escoamento de quaisquer corpos massivos, cada um
implica em um aumento na velocidade, para dos corpos exerce sobre o outro uma força
manter a proporção do fluxo. diretamente proporcional ao produto de suas
www.biologiatotal.com.br 17
massas (m e M) e inversamente proporcional Satélite: corpo que orbita outro corpo
ao quadrado da distância (d) entre eles. A consideravelmente maior.
constante de proporcionalidade é a constante
de gravitação universal, representada por G.
Essa força é chamada de força gravitacional
(FG) e é sempre atrativa:
FG = G . M . m
d2
(Lei da Gravitação Universal)
18
3. O quadrado do período orbital de um Sistemas que descrevem um movimento
planeta é diretamente proporcional ao cubo harmônico simples são chamados de
do raio médio de órbita (r): sendo T o período osciladores harmônicos. Os dois exemplos
orbital, a razão T2/r3 é constante. Essa mais conhecidos de osciladores harmônicos
proporção é válida para todos os planetas. são:
• Pêndulo simples: consiste em uma
massa suspensa por um fio inextensível.
Essa tem a liberdade de oscilar em torno
da posição de equilíbrio.
Afélio: Em uma órbita elíptica, esse é o Um pêndulo simples oscila em torno de uma
ponto, sobre a órbita, mais afastado do Sol. posição de equilíbrio, em que ele se encontra
em repouso. Para um sistema conservativo, a
Periélio: em uma órbita elíptica, esse é o amplitude da oscilação equivale à distância (até a
posição de equilíbrio) de onde o pêndulo foi solto.
ponto, sobre a órbita, mais próximo do Sol.
Mecânica
Velocidade de escape: velocidade mínima O período de oscilação de um pêndulo
que um corpo precisa atingir para escapar da simples é dado pela seguinte equação:
influência gravitacional de um corpo celeste.
Na Terra, o valor da velocidade de escape é
de aproximadamente 11,3 km/s.
Maré: fenômeno em que o nível das águas
T = 2π .
√ l
g
Sendo l o comprimento do fio e g a aceleração
é alterado devido à atração gravitacional
da gravidade local.
exercida pelo Sol e pela Lua.
Sistema massa-mola: consiste em uma
massa acoplada à extremidade de uma mola.
MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES A outra extremidade é fixada a uma superfície
e, quando a mola é deslocada, passa a oscilar
Oscilação: movimento de “vai e vem” em em torno da posição de equilíbrio após ser
torno de uma posição de equilíbrio. solta.
Amplitude: deslocamento máximo em O período de oscilação para um sistema
relação à posição de equilíbrio. massa-mola é:
Movimento harmônico simples (MHS):
√
tipo de movimento periódico e oscilatório, T = 2π . k
ocorrendo em torno de uma posição de equilíbrio. m
Quando tratamos de um movimento harmônico
simples, estamos considerando um sistema
conservativo: o fato de a energia mecânica se
conservar é o que dá ao MHS o seu aspecto
harmônico.
www.biologiatotal.com.br 19
LEI DA GRAVITAÇÃO
UNIVERSAL
ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL
P = mg
A força gravitacional age quando existem no mínimo dois corpos. O planeta Terra e
um determinado objeto em sua superfície, por exemplo. O que provoca essa força é o
fato de ambos possuírem massa. A massa da Terra atrai a massa de um corpo na sua
superfície. A distância entre eles também é um fator determinante na intensidade da
força gravitacional. A expressão fica:
Mm
FG = G
d2
P = FG
Mm
mg = G
d2
M
g =G
d2
www.biologiatotal.com.br 1
Com esta equação, você pode calcular a aceleração gravitacional da superfície de
Lei da Gravitação Universal
qualquer planeta, lua ou estrela: basta saber a massa (M) desse corpo, o valor de seu
raio (d) e utilizar o valor da constante gravitacional G. Quer fazer um teste?
Dados:
Resolução:
M
Utilizamos a equação g = G e substituímos os valores:
d2
5,98 x 1024kg
g = 6,67x10-11 N.m2/kg2
(6,37 x 106 m)
Muito cuidado nessa hora! Vamos analisar cada unidade separadamente. As unidades
das grandezas físicas se agrupam para formar novas unidades. Para descobrirmos a
unidade de g, fazemos da seguinte forma:
kg
N.m2/kg2
(m)2
Observação:
Dados:
2
Lei da Gravitação Universal
Resolução:
M
Utilizamos a equação g = G e substituímos os valores:
d2
Vamos calcular o peso de uma pessoa no planeta Júpiter. Supondo que esta pessoa
possua uma massa de 60 kg, e a aceleração gravitacional no planeta é de 24,85 m/s²,
o peso fica:
P = mg ⇒ P = 60 x 24,85 ⇒ P = 1.491 N
Você pode comparar esse peso com o peso que ela teria na Terra, esse vale
aproximadamente 589,2 N. A diferença é bem grande e, certamente, seria muito mais
difícil para essa pessoa caminhar no planeta Júpiter, pois teria que realizar um trabalho
muito maior para deslocar o seu próprio peso!
Agora é com você! Encontre os valores das acelerações gravitacionais dos outros
planetas do Sistema Solar. Utilize a tabela de dados abaixo.
Com esses valores, você pode calcular o seu peso em cada planeta. E aí, qual deles
você teria coragem de visitar?
www.biologiatotal.com.br 3
Lei da Gravitação Universal
Sabemos que a Terra não é uma esfera perfeita e, portanto, não possui um raio
constante para todos os pontos de sua superfície. Seu raio é maior à medida em que a
latitude diminui. Quanto menor for o valor da latitude, mais próximos estamos da linha
do Equador e mais distante estamos do centro da Terra. Dessa forma, o valor de g será
menor do que em um local em que o valor da latitude é mais alta.
A altitude também influencia o valor da gravidade. Por exemplo, no topo das montanhas
mais altas o valor de g é menor, pois esse ponto está mais distante do centro da Terra.
4
IMPONDERABILIDADE
Se você subir em uma balança (considerando que ela esteja em um plano horizontal),
você estará exercendo sobre ela uma força e, de acordo com a terceira lei de Newton, a
balança exercerá sobre você uma força normal de reação.
Tome cuidado para não considerar que a força normal da balança e o seu peso formam
um par ação e reação! A reação do peso é exercida por nós sobre o centro da Terra.
A força normal que a balança exerce sobre nós é uma reação da força de contato que
exercemos sobre a balança.
Sem uma sustentação, eles estão em queda livre constante e têm uma sensação de “peso
zero”. Nesse estado de imponderabilidade, eles não conseguem usufruir da sensação
agradável de seus corpos pressionados contra um colchão após um dia exaustivo. Essa
sensação que temos ao descansar é proporcionada pela sustentação de uma cama em
decorrência da atração gravitacional que sofremos.
Mm
Ela nos diz que quanto maiores forem as massas dos corpos e menor for a distância
entre eles, maior será a força gravitacional que um exerce sobre o outro.
www.biologiatotal.com.br 5
Mesmo que dois corpos estejam a uma distância extremamente longa um do outro,
Lei da Gravitação Universal
ainda existirá, por menor que seja, uma atração gravitacional entre eles. Por exemplo:
não sentimos os efeitos da atração gravitacional de Netuno, mas ainda assim somos
atraídos (mesmo que muuuito fracamente) pelo planeta, da mesma forma com que nós
o atraímos. Todo corpo que possui massa exerce atração (e é atraído) pelos outros.
Corpos muito massivos exercem sobre suas camadas mais externas uma força
gravitacional suficientemente grande para manter uma distribuição quase regular de
massa ao longo da superfície. A consequência disso é o formato esférico de grandes
corpos celestes (uma esfera perfeita possui todos os pontos de sua superfície a uma
mesma distância do centro).
CAMPOS GRAVITACIONAIS
O campo gravitacional de um corpo é um exemplo de campo de força, onde um corpo
que esteja situado dentro dele acaba sentindo uma força sendo exercida sobre ele.
Dessa forma, o Sol consegue atrair a Terra e a Terra consegue atrair a Lua, de maneira
que não é necessário haver um contato direto entre os corpos para que exista uma força
entre eles. Outro exemplo de campo de força, conforme você irá estudar posteriormente,
é o campo magnético de um ímã.
6
SATÉLITES
Um satélite que orbita a Terra está constantemente caindo, mas nunca atinge a
superfície devido à sua enorme velocidade tangencial: sua distância de queda se
adapta à curvatura da Terra. Pelo mesmo motivo, os planetas do Sistema Solar estão
constantemente caindo ao redor do Sol, mas nunca o atingem devido às suas enormes
velocidades tangenciais.
Se você arremessasse uma pedra com certa velocidade, ela poderia muito bem se
tornar um satélite. Essa ideia já havia sido argumentada por Newton em O Sistema do
Mundo: “Quanto maior é a velocidade ... com a qual (uma pedra) é lançada, mais longe
ela irá, antes de cair sobre a Terra. Podemos supor, portanto, que se a velocidade fosse
tão aumentada que descrevesse um arco de 1, 2, 5, 10, 100, 1.000 milhas até alcançar
a Terra, finalmente excederia os limites do planeta e passaria ao espaço sem tocá-lo.”.
Isso foi representado pelo próprio Newton em uma ilustração, representada abaixo:
d d
www.biologiatotal.com.br 7
E o período T do movimento do satélite é dado por:
Lei da Gravitação Universal
VELOCIDADE DE ESCAPE
Como os foguetes e satélites conseguem sair do planeta Terra? A ideia de velocidade
de escape está relacionada ao fato de um objeto conseguir sair do planeta, ou seja,
conseguir escapar, vencendo a gravidade. E para isso, é necessário um determinado valor
mínimo de velocidade. Não é com qualquer valor de velocidade que você conseguiria
sair da Terra: se você dar um pulo, certamente retornará ao chão, pois a sua velocidade
não será alta o suficiente para te fazer vencer a gravidade.
Em que:
=0
8
Para a Terra, substituindo os valores na equação de v, podemos perceber que a velocidade
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 9
LEIS DE KEPLER
A famosa Lei da Gravitação Universal de Isaac Newton (que iremos ver mais adiante
nessa mesma apostila) foi precedida por três descobertas importantes a respeito do
movimento planetário, feitas pelo astrônomo alemão Johannes Kepler, que começou
sua carreira como assistente júnior do astrônomo dinamarquês Tycho Brahe.
Uma elipse é uma curva específica: uma trajetória fechada descrita por um ponto que
se move de tal forma que a soma de suas distâncias até dois pontos fixos (chamados de
focos) é constante. Quanto mais próximos um do outro estiverem os focos, mais a elipse
se parecerá com uma circunferência. Quando ambos os focos coincidirem em um único
ponto, a elipse será uma circunferência. Assim, podemos concluir que a circunferência
é um caso especial de elipse.
Uma elipse
www.biologiatotal.com.br 1
Leis de Kepler
Kepler também afirmou que os planetas não se deslocavam ao redor do Sol com
velocidade uniforme, mas que se moviam mais rapidamente quando estavam mais
próximos do Sol e mais lentamente quando estavam mais afastados dele. Eles o fazem
de tal maneira que uma linha imaginária, ou raio, ligando o Sol e o planeta, varre áreas
iguais em intervalos de tempos iguais.
A área varrida durante um mês em que o planeta está orbitando mais afastado do Sol
(área A1) é igual à área varrida durante um mês em que o planeta está orbitando mais
próximo do Sol (área A2).
“A linha que vai do Sol até qualquer planeta varre áreas iguais em intervalos de
tempo iguais.”
Sabemos, por experiência, que quando lançamos um objeto para cima, este vai reduzindo
sua velocidade durante a subida e depois, quando passa a descer, sua velocidade vai
aumentando, pois está a favor da aceleração gravitacional. Algo semelhante acontece
com o movimento de planetas em torno do Sol: ao se afastar do Sol, a velocidade do
planeta vai reduzindo, e ao se aproximar, a velocidade aumenta. Kepler descobriu uma
relação de proporcionalidade entre o raio orbital médio de um planeta em relação ao
2
sol e o período de revolução desse planeta ao redor do sol. Mais especificamente, o
Leis de Kepler
quadrado do período T de um planeta é diretamente proporcional ao cubo do raio orbital
médio R.
“Os quadrados dos períodos de revolução (T) dos planetas são proporcionais aos
cubos de seus raios orbitais médios (R) em relação ao Sol.”
T2
= constante
R3
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 3
ALAVANCAS
Uma alavanca possui três elementos principais: o eixo de giro (apoio), o local onde vai
ser aplicada a força motora (eixo força motriz ou potência) e a força que vai se opor ao
trabalho realizado sobre a alavanca (força de resistência).
Potência
Resistênci a
Alavanca inter-resistente: a força de resistência
está no meio, entre o eixo força motriz e o ponto
Apoio de fixação. Exemplos: carrinho de mão, abridor
de garrafa.
Inter-resistente
Potência Resistênci a
Apoio
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 1
Através dos cursos
2020 - 2022
MOVIMENTO CIRCULAR
MOVIMENTO CIRCULAR
Veja como descrever um movimento circular através das principais grandezas associadas
a ele e a analisar as forças presentes, cuja resultante é chamada de força centrípeta.
A velocidade de algo que se move ao longo de uma trajetória circular pode ser chamada
de velocidade tangencial, pois a direção do movimento é sempre tangente ao círculo
de rotação. As unidades usadas para representar a velocidade tangencial ou linear são,
geralmente, m/s (Sistema Internacional) ou km/h.
Um ponto duas vezes mais afastado do eixo de rotação possuirá uma velocidade tangencial duas vezes maior.
www.biologiatotal.com.br 3
Dessa forma, a velocidade tangencial é diretamente proporcional tanto à velocidade
Cinemática do Movimento Circular
v = rω
ac = v2
R
O fato de um objeto estar sujeito a uma aceleração centrípeta não significa necessariamente
que a sua velocidade tangencial está variando em módulo. Lembre-se: a velocidade
tangencial é um vetor e, portanto, é caracterizada por uma direção e por um sentido, além
do seu módulo. Perceba que quando analisamos o movimento de um objeto descrevendo
uma trajetória circular, a direção do movimento está variando o tempo todo! Isso implica
diretamente em uma velocidade que, se pensarmos em termos de vetores, nunca é constante.
Isso é consequência de haver uma aceleração centrípeta, que além de ser orientada para o
centro da trajetória, é perpendicular (forma 90º) com a velocidade tangencial.
T=1
f
A unidade no SI para o período é o segundo. Veja que frequência e período são duas
grandezas inversas.
4
ONDULATÓRIA
2020 - 2022
ONDULATÓRIA
Saiba o que são ondas, como elas são classificadas, os principais fenômenos ondulatórios
e veja tópicos de acústica, onde o som é o protagonista.
Primeiro, vamos ver uma introdução ao estudo das ondas e as principais grandezas que
serão estudadas.
GRANDEZAS
As principais grandezas envolvidas no
estudo da ondulatória são a amplitude,
o comprimento de onda, a frequência, o
período e a velocidade da onda.
Os pontos mais altos de uma onda são chamados de cristas e os pontos mais baixos
são chamados de vales. O termo amplitude (A) se refere à distância entre o ponto médio
da vibração (linha tracejada) e a crista (ou vale) da onda. Portanto, a amplitude é igual
ao máximo afastamento em relação ao equilíbrio.
O comprimento de onda (λ) de uma determinada onda é a distância que vai de uma
crista a outra adjacente. Ou, equivalentemente, o comprimento de onda é a distância
entre quaisquer duas partes idênticas e sucessivas de uma onda. Os comprimentos de
onda das ondas que você vê na praia são medidos em metros, já os das ondulações
em uma poça são medidas em centímetros, enquanto que os da luz são medidos em
bilionésimos de metro (nanômetros).
www.biologiatotal.com.br 3
A unidade de frequência do SI é chamada de hertz (Hz), em homenagem a Heinrich
Estudo das Ondas e Equação Fundamental da Ondulatória
Hertz, que demonstrou a existência das ondas de rádio em 1886. Uma vibração por
segundo é 1 hertz; duas vibrações por segundo equivalem a 2 hertz e assim por diante.
O período (T) de uma vibração ou de uma onda é o tempo que dura uma oscilação
completa. Se a frequência ( f ) de um objeto é conhecida, seu período pode ser calculado,
e vice-versa:
T ou f
f T
MOVIMENTO ONDULATÓRIO
Uma onda é capaz de transportar energia de um lugar a outro, mas não matéria.
O meio, nesse caso a corda, retorna a sua condição inicial após a perturbação ter
passado. O que é propagado pela corda é a perturbação, e não o próprio meio.
Isso acontece com as ondas mecânicas. Guarde bem esta informação: as ondas
mecânicas precisam de um meio para se propagar. Por exemplo: as ondas no oceano
requerem água e o som de um piano precisa do ar para se propagar.
ONDAS TRANSVERSAIS
Fixe a uma parede uma das extremidades
de uma corda, segurando a extremidade
livre na mão. Se de repente você puxar a
extremidade livre da corda para cima e para
baixo, produzirá um pulso que se propaga
pela corda e por ela retorna.
Nesse caso, o movimento das partes da corda (indicados pelas setas apontando para
cima e para baixo) forma um ângulo reto com a direção de propagação da onda. Esse
movimento lateral em ângulos retos é chamado de movimento transversal.
Agora sacuda a corda para cima e para baixo, com um movimento regular e contínuo, de
modo que a série de pulsos assim gerados formem uma onda. Uma vez que o movimento
4
do meio (a corda, neste caso) é transversal à direção da propagação da onda, esse tipo
ONDAS LONGITUDINAIS
a)
Nem todas as ondas são transversais. Às
vezes, as partes que constituem o meio se
movem para frente e para trás na mesma
b)
direção em que se propaga a onda. O
movimento se dá ao longo da direção de Ambas as ondas transferem energia da esquerda para
a direita. (a) Quando uma das extremidades de uma
propagação, e não em um ângulo reto a Slinky é empurrada e puxada rapidamente ao longo de
ela. Isso produz uma onda longitudinal. seu comprimento, forma-se uma onda longitudinal. (b)
Quando ela é sacudida lateralmente, forma-se uma onda
transversal.
ONDAS MISTAS
São aquelas ondas transversais e longitudinais ao mesmo tempo, formando um
movimento circular. É o caso das ondas do mar.
v = λ/T
www.biologiatotal.com.br 5
Como o período é o inverso da frequência, a equação da velocidade toma a forma:
Estudo das Ondas e Equação Fundamental da Ondulatória
v = λf
Sabendo o comprimento de onda e a frequência, você consegue encontrar a velocidade
de uma onda. Todas as ondas eletromagnéticas possuem a mesma velocidade no
vácuo: 300.000.000 m/s. Essa velocidade é conhecida como velocidade da luz e é
comumente chamada de c.
ANOTAÇÕES
6
CINEMÁTICA DO MOVIMENTO
HARMÔNICO SIMPLES
Estudaremos as equações cinemáticas (funções horárias) do movimento harmônico
simples (MHS) através do movimento circular uniforme (MCU).
(forma linear)
www.biologiatotal.com.br 1
Através dos cursos
REFLEXÃO E REFRAÇÃO
REFLEXÃO
Vamos começar estudando a reflexão de uma onda produzida em uma corda. Essa
corda tem uma das suas extremidades ligada a uma parede e sobre ela é produzido um
pulso. Esse pulso possui a crista para cima.
Se a corda estiver com essa extremidade livre, podendo se mover, o pulso refletido terá
a mesma fase que o pulso incidente, ou seja, ao chegar e voltar, a crista da onda se
mantém para cima.
Porém, se essa extremidade for fixa, o pulso refletido será invertido. Isso significa que
a fase da onda está invertida, ou seja, no pulso refletido a crista da onda estará para
baixo.
REFRAÇÃO
Quando duas cordas diferentes estão ligadas e estendidas, o que ocorre quando o pulso
passa de uma corda para outra?
www.biologiatotal.com.br 1
Bom, como são duas cordas diferentes, feitas de materiais diferentes, com densidades
Reflexão e Refração
Quando o pulso passa de uma corda menos densa para uma corda mais densa, parte
do pulso é refratada e a outra parte é refletida inversamente.
Quando o pulso passa da corda mais densa para a menos densa, parte do pulso é
refratada e a outra parte é refletida sem inversão.
DENSIDADE LINEAR
Corpos sólidos em que a dimensão predominante é o comprimento (como fios, cordas
e barras) possuem densidade linear definida pela razão entre a massa do fio e seu
respectivo comprimento. Assim, se um fio de comprimento l tem massa m, sua densidade
linear (µ) vale:
µ m
l
ANOTAÇÕES
2
INTERFERÊNCIA
Você já ouviu falar que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço? Isso é
verdade em relação a dois corpos materiais. Porém, o mesmo não pode ser dito das
ondas, já que essas não são corpos materiais.
Quando duas ou mais ondas ocupam o mesmo lugar no espaço, ocorre uma superposição
de ondas. Esse fenômeno é chamado de interferência. A interferência ondulatória pode
ter 3 consequências distintas sobre as ondas: reforçar, enfraquecer ou neutralizar a
amplitude.
www.biologiatotal.com.br 1
INTERFERÊNCIA DE ONDAS SONORAS
Interferência
Se você se mover para o lado, de modo que as distâncias dos alto-falantes até você
apresentem meio comprimento de onda de diferença, as rarefações produzidas por
um dos alto-falantes cancelarão as compressões produzidas pelo outro no seu ouvido.
Nesse caso, ocorre interferência destrutiva. Se desconsiderarmos a reflexão das ondas
nas superfícies do ambiente, pouco ou nenhum som será ouvido!
2
Interferência
interferência construtiva e outras regiões Padrões de
de interferência destrutiva. interferência
Interferência
Os padrões de interferência não ocorrem construtiva
somente na incidência sobre fendas
duplas. Dispositivos que apresentam
muitas fendas mutuamente próximas
formam o que chamamos de rede de
difração. Tais dispositivos separam a
luz branca nas cores que a compõem.
Sim, a luz branca é composta por cores Quando a luz incidente sobre as duas fendas sofre
interferência, as “franjas” claras indicam padrões de
de diferentes frequências, mas não se interferência construtiva.
preocupe se isso parecer confuso no
momento. Você irá compreender melhor
quando estiver estudando óptica.
BATIMENTO SONORO
O batimento sonoro consiste em um fenômeno rítmico que ocorre quando há interferência
de ondas de frequências muito parecidas (mas não idênticas!). Veja as duas ondas
abaixo:
Na prática, o que percebemos é o seguinte: cada uma das ondas, individualmente, nos
permite ouvir um som contínuo. Com o batimento sonoro, o que ouvimos é um som
oscilante.
www.biologiatotal.com.br 3
CÁLCULOS: INTERFERÊNCIA ENTRE FONTES PONTUAIS
Interferência
Para calcular a diferença de percurso (ou diferença de marcha) |Δx| de uma onda, utiliza-
se a equação:
|Δx| = n . λ
2
E o que significa primeiro mínimo, segundo máximo, etc? Os termos primeiro, segundo,
terceiro (e assim por diante) referem-se aos números n, mencionados anteriormente.
Por exemplo:
Primeiro mínimo: n = 1
Segundo máximo: n = 2
E assim sucessivamente.
ANOTAÇÕES
4
DIFRAÇÃO, RESSONÂNCIA E
POLARIZAÇÃO
DIFRAÇÃO
Como você consegue ouvir pessoas conversando na cozinha da sua casa enquanto
você está no quarto? Isso é possível porque o som consegue difratar. As ondas no geral
podem difratar.
Difração de uma onda ao atravessar um orifício. Ondas na superfície da água sofrendo difração.
www.biologiatotal.com.br 1
Basicamente, se o comprimento de onda for grande em comparação ao tamanho da
Difração, Ressonância e Polarização
abertura do orifício, a difração será acentuada, como ocorre com o som. O comprimento
de uma onda do som é grande.
Atenção para a pegadinha: quando a luz passa por um buraco de fechadura, ela não
sofre difração! A luz apenas continua a se propagar na mesma direção inicial após
atravessar o orifício.
A luz consegue difratar apenas se o orifício for muito, mas muuuuito pequeno, da ordem
do comprimento de onda da luz, que é em nanômetros, ou seja, 10-9 m.
Cada ponto de uma frente de onda pode ser considerado como uma fonte de
pequenas ondas secundárias, que dali se espalham divergindo em todas as direções
com uma mesma velocidade de propagação.
Observe na figura abaixo que as frentes de onda esféricas são representadas pela cor
cinza-claro.
2
Difração, Ressonância e Polarização
Quando a onda se espalha, cada um desses segmentos torna-se menos curvado. A
uma distância muito grande da fonte original, as ondas formam aproximadamente um
plano (em verde).
Quanto menor for a abertura do obstáculo, mais curvada será a onda, ou seja, maior
será a difração ocorrida:
RESSONÂNCIA
Os efeitos da ressonância estão ao nosso redor. A ressonância está por trás não
apenas dos sons musicais, mas da cor das folhas durante o outono, da altura das marés
oceânicas e de uma vasta variedade de fenômenos que adicionam beleza ao mundo.
Todo sistema físico capaz de vibrar, vibrará numa frequência própria, que é chamada de
frequência natural. Quando a frequência da vibração forçada de um objeto se iguala
à sua frequência natural, ocorre um drástico aumento na amplitude de vibração. Esse
fenômeno é denominado ressonância.
Uma experiência comum que ilustra a ressonância pode ser realizada com um balanço
de criança. Quando fazemos um balanço oscilar, geralmente o fazemos num ritmo igual
à sua frequência natural.
www.biologiatotal.com.br 3
POLARIZAÇÃO
Difração, Ressonância e Polarização
4
Difração, Ressonância e Polarização
Um polarizador é um equipamento que faz com que a luz que está se propagando em
todas as direções, passe a propagar em apenas uma direção:
Se você olhar um feixe de luz não polarizada através de um filtro polaroide, você pode girar
o filtro em qualquer direção que a luz parecerá inalterada. Porém, se a luz for polarizada,
quando você girar o filtro, irá gradualmente “eliminando” a luz observada, até que ela seja
totalmente bloqueada pelo filtro.
Um polaroide ideal transmitirá 50% da luz incidente não polarizada. Esses 50% de luz
transmitida estarão polarizados. Quando os dois polaroides estão dispostos de maneira
que seus eixos de polarização fiquem paralelos, a luz será transmitida através de ambos.
Se seus eixos estiverem perpendiculares um ao outro (neste caso dizemos que os filtros
estão cruzados) nenhuma luz conseguirá atravessar o par. Na realidade, alguma luz de
comprimento de onda mais curto conseguirá atravessar, mas não em um grau significativo.
VISÃO TRIDIMENSIONAL
A visão em três dimensões é possível, principalmente, graças ao fato de que ambos os
nossos olhos dão suas impressões simultaneamente ao nosso cérebro, cada um deles
vendo a cena a partir de um ângulo um pouco diferente. Para se convencer de que cada
olho enxerga uma visão diferente, mantenha um dedo erguido a sua frente, à distância
de seu braço esticado, e veja como ele parece se deslocar de um lado para outro, contra
um fundo, quando você fecha alternadamente cada olho.
www.biologiatotal.com.br 5
FENÔMENOS SONOROS
ALTURA
A altura está relacionada à frequência.Uma frequência alta produz um som agudo;
enquanto que uma frequência baixa produz um som grave. Lembre-se: se a frequência é
alta, sua altura é grande. Se a frequência é baixa, sua altura é pequena. Logo, percebemos
que a altura é diretamente proporcional à frequência. Tome cuidado para não confundir
som alto e baixo com som forte e fraco, que estão relacionados com a intensidade
do som (volume), a qual estudaremos mais
para frente.
www.biologiatotal.com.br 1
alterar a rigidez da corda ou ao afinar o instrumento. Ao mover os dedos para pressionar
Fenômenos Sonoros
INTENSIDADE (VOLUME)
A intensidade é a qualidade do som que nos permite avaliar se um som é forte ou fraco
(e não alto ou baixo. Como vimos, isso está associado à altura (frequência) do som).
I=P
A
O ouvido humano reage a intensidades que abrangem uma faixa de 10-12 W/m2 (limiar
da audição) até mais de 1 W/m² (limiar de dor). Como esta faixa de valores é enorme,
utilizam-se escalas de potências de dez para as intensidades, em que a intensidade
dificilmente audível de 10-12 W/m² é tomada como a intensidade de referência, chamada
de 0 bel. Um som dez vezes mais intenso que este tem uma intensidade de 1 bel (10-11
W/ m²), ou 10 decibels.
β = log I
I0
Na qual:
f I é a intensidade sonora
f A unidade de β no SI é o bel.
2
Fenômenos Sonoros
TIMBRE
Conseguimos diferenciar claramente o
som de um saxofone e o som de um violino
para uma mesma nota. A característica
que nos permite diferenciar esses tipos de
som é chamada de “timbre”, que descreve
diversos aspectos de um som, como a sua
altura, intensidade e duração.
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 3
ONDAS ESTACIONÁRIAS
CORDAS
Imagine que seguramos a extremidade de uma corda que possui sua outra extremidade
fixada a uma parede. Se a sacudirmos repetidamente para cima e para baixo,
produziremos uma sucessão de ondas na corda. A parede é rígida demais para vibrar,
de modo que as ondas são refletidas nela, voltando pela corda. Sacudindo a corda de
maneira apropriada, fazemos com que as ondas incidentes e refletidas na parede se
superponham para formar uma onda estacionária, em que partes da corda, denominadas
nodos, são estacionárias, ou seja, são regiões onde o deslocamento é mínimo ou nulo,
com energia mínima ou nula. Os antinodos são aquelas regiões onde o deslocamento e
a energia são máximos.
Se você sacudir uma corda até que se estabeleça uma onda estacionária com um loop
(1/2 de comprimento de onda), a configuração é a observada na figura:
www.biologiatotal.com.br 1
Ao sacudir com frequência duas vezes maior para produzir uma onda estacionária com
Ondas Estacionárias
Sacuda-a com frequência três vezes maior para produzir uma onda estacionária com
três loops (3/2 comprimentos de onda), cuja configuração será:
v=
√ T
µ
Na qual µ = m/L.
TUBOS SONOROS
Instrumentos de sopro usam tubos fechados (que possuem abertura em apenas uma
extremidade) ou abertos (que possuem abertura nas duas extremidades) para produzir
música.
2
em um tubo é obtido ao multiplicar a frequência fundamental por 1, que corresponde
Ondas Estacionárias
simplesmente à própria frequência fundamental.
Tubos abertos
Em tubos abertos, a onda estacionária apresenta ventres nas duas extremidades, já que
suas moléculas vibram livremente. Para esse tipo de tubos, podemos encontrar seus
harmônicos através da seguinte equação:
fn = n . v
2L
Sendo:
f L é o comprimento do tubo.
2º harmônico
λ λ λ λ λ λ
4 4 4 4 4 4
3º harmônico
www.biologiatotal.com.br 3
Tubos fechados
Ondas Estacionárias
Na parte fechada do tubo, a onda possui um nó, onde não há vibração. Já na parte
aberta, a onda apresenta um ventre. Seus harmônicos podem ser obtidos pela equação:
fn = n . v
4L
Em que:
f fn é o “n-ésimo” harmônico.
f L é o comprimento do tubo.
4
EFEITO DOPPLER
Quando consideramos uma fonte em movimento emitindo ondas, sua frequência não
sofrerá alteração se analisarmos o referencial da fonte. Porém, se um observador fora
do referencial da fonte analisar a frequência, ele perceberá uma frequência diferente
conforme a fonte se move. Para o referencial do observador, a frequência está mudando.
[ [
fa = f . (v±v0)
v±vf
Onde:
f fa é a frequência aparente
f v é a velocidade da onda
www.biologiatotal.com.br 1
Efeito Doppler
ANOTAÇÕES
2
Através dos cursos
2020 - 2022
SISTEMA MASSA-MOLA
Imaginemos um bloco apoiado sobre uma superfície horizontal, sem atrito, preso na
extremidade de uma mola com constante elástica k. A outra extremidade da mola está
fixada na parede, e o ponto O representa a posição de equilíbrio do bloco, ou seja,
nesta posição, a mola não exerce força
sobre ele, pois ela não está deformada (nem x=0
comprimida, nem esticada). Essa situação 1.
está representada na figura 1).
www.biologiatotal.com.br 3
B, o valor de F diminui, anulando-se quando ele atinge o ponto O.
Casos de Movimento Harmônico Simples
Na figura 4), o bloco ultrapassa a posição de equilíbrio e a mola fica esticada, passando
a exercer uma força dirigida para o ponto O de sentido contrário à velocidade do bloco.
O movimento é retardado e no ponto B’, simétrico a B, a velocidade do bloco se anula
(figura 5)).
Partindo de B’, o bloco é novamente acelerado para O, ultrapassa esse ponto, sendo
retardado pela mola até alcançar o ponto B. Como não há atrito nem resistência do ar,
esse sistema, conhecido como oscilador massa-mola, mantém o movimento de vai-e-
vem, entre os pontos B e B’.
f Período (T): é o tempo que o objeto demora para efetuar uma oscilação completa.
É o inverso da frequência, definido por: f = .
1
𝑇
Dessa relação, pode-se afirmar que quanto maior for a frequência, menor será seu
período de oscilação e vice-versa.
Quanto maior for a massa do objeto, maior será o seu período de oscilação, ou seja, um
objeto com maior massa oscila com menor frequência - mais lentamente.
Quanto maior for a constante da mola (mola mais dura), menor será o período de
oscilação, ou seja, maior será a frequência com que o objeto oscila.
4
A amplitude A não aparece na equação. Isso significa sabe o que? Que o período não
PÊNDULO SIMPLES
Um pêndulo consiste em um sistema com um fio preso em uma extremidade e um
objeto preso na outra extremidade, ficando suspenso.
𝐿
𝑇 = 2𝜋
𝑔
ENERGIA
A energia mecânica pode ser dividida em duas partes: a energia cinética e a energia
potencial. A soma dessas energias é a energia mecânica total:
𝐸𝑀 = 𝐸𝐶 + 𝐸𝑃
𝐸𝑀 = ½ 𝑚𝑣² + ½ 𝑘𝑥²
www.biologiatotal.com.br 5
Na figura a seguir, consideramos um oscilador harmônico a partir da posição de máxima
Casos de Movimento Harmônico Simples
amplitude. Em 1), 5) e 7), a energia mecânica se reduz à energia potencial elástica, onde
x = ± A (amplitude). Como não há energia cinética, o bloco para nesses pontos antes de
executar um movimento contrário.
4. 𝐸 = 𝐸𝐶 + 𝐸𝑃 = ½ 𝑘𝑥’² + ½ 𝑚𝑣’²
7)
5. 𝐸 = 𝐸𝑃 = ½ 𝑘𝐴²
A
6. 𝐸 = 𝐸𝐶 = ½ 𝑚𝑣²
7. 𝐸 = 𝐸𝑃 = ½ 𝑘𝐴²
ANOTAÇÕES
6
TEOREMA DE STEVIN
TEOREMA DE STEVIN
Um fato experimentalmente determinado acerca da pressão em líquidos é que ela é
exercida de igual maneira em todas as direções. Por exemplo, se submergimos na água,
não importa de que maneira inclinamos nossas cabeças, sentimos a mesma pressão da
água sobre nossos ouvidos.
No final do século XVI, o cientista Simon Stevin explicou a relação que existe entre a
diferença de pressão (Δp) entre dois pontos de um fluido com a diferença de altura
entre eles (Δh), a aceleração gravitacional e a densidade do fluido (ρ):
Δp = p2 – p1 = ρ.g.h
Para que exista equilíbrio, a força resultante deve ser nula. Para chegarmos à esta
equação acima, considere a seguinte figura:
F2 = F1 + m.g
www.biologiatotal.com.br 1
Como p = F/A, temos que F = pA, logo:
Teorema de Stevin
p2 = p1 + ρg (y1-y2)
p2 – p1 = ρgh
Esse é o famoso teorema de Stevin. O teorema pode ser aplicado para líquidos (em
função da profundidade) e para gases (em função da altura).
Exemplo:
Você sentirá a mesma pressão se mergulhar sua cabeça um metro abaixo da superfície
de uma pequena piscina ou um metro abaixo da superfície no meio de um lago. O mesmo
vale para um peixe. Considere os vasos comunicantes da figura abaixo. Se segurarmos
um peixinho dourado pelo rabo e mergulharmos sua cabeça um par de centímetros
abaixo da superfície, a pressão da água sobre a cabeça do peixe será a mesma em
todos os recipientes do conjunto. Se soltarmos o peixinho e ele passar a nadar alguns
centímetros mais abaixo, a pressão sobre ele aumentará com a profundidade, mas da
mesma maneira, seja qual for o recipiente em que ele tenha sido solto.
Se o peixinho nada no fundo do recipiente, a pressão será máxima, mas não faz diferença
em qual dos recipientes ele está. Todos eles estão preenchidos até a mesma altura, de
modo que a pressão também é a mesma no fundo de cada recipiente, não importando
sua forma ou volume. Se a pressão da água no fundo de um recipiente fosse maior
do que a pressão no fundo de outro mais estreito, essa pressão forçaria a água a se
mover para os lados e elevaria a água no vaso mais estreito a um nível mais alto, até
que as pressões nos fundos se igualassem. Mas isso não ocorre. A pressão depende da
profundidade e não do volume, de modo que vemos que existe uma razão para a água
procurar seu próprio nível em cada recipiente.
2
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Teorema de Stevin
Analisamos a pressão atmosférica a partir de uma coluna de ar:
Relembrando...
Em um fluido em repouso:
www.biologiatotal.com.br 3
PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
Para entendermos o princípio de Arquimedes, primeiro temos que compreender o
conceito de empuxo.
Por exemplo, erguer um grande pedaço de rocha do fundo do leito de um rio é uma tarefa
relativamente fácil enquanto a rocha estiver abaixo da superfície. Quando erguida acima
da superfície, no entanto, a força requerida para erguê-la cresce consideravelmente. A
razão é que, quando a rocha está submersa, a água exerce sobre ela uma força para
cima, oposta à atração gravitacional. Essa força direcionada para cima é chamada de
força de empuxo e é uma consequência do aumento da pressão com a profundidade. A
Figura mostra por que a força de empuxo atua para cima. As forças devido à pressão da
água, em qualquer lugar da superfície de um objeto, são exercidas perpendicularmente
à superfície – como é indicado na figura por alguns vetores. As componentes horizontais
das forças que atuam a uma mesma profundidade sobre as paredes acabam anulando-
se – de modo que não existe força de empuxo horizontal. As componentes verticais
dessas forças, entretanto, não se cancelam. A pressão na parte inferior da rocha é maior
do que na parte superior, porque, naquela parte da rocha, está a maior profundidade.
Assim, as forças dirigidas para cima atuantes no fundo da rocha são maiores do que
as forças que atuam para baixo no topo da mesma, o que produz uma força resultante
dirigida para cima – a força de empuxo.
E=P
E = mg
E = ρVg
www.biologiatotal.com.br 1
Princípio de Arquimedes
Essa relação é chamada de princípio de Arquimedes. Ela é válida para líquidos e gases,
que são ambos fluidos. Se um corpo imerso desloca 1 quilograma de fluido, a força de
empuxo que atua sobre ele é igual ao peso de 1 quilograma. Por imerso queremos nos
referir a completamente ou parcialmente submerso. Se imergirmos na água a metade
de um recipiente fechado de 1 litro, ele deslocará meio litro de água e sofrerá a ação de
uma força de empuxo igual ao peso de meio litro de água – não importa o que esteja
dentro do recipiente. Se o imergirmos completamente (submergirmos), ele sofrerá a
ação de uma força de empuxo igual ao peso de um litro inteiro de água (massa de 1 kg).
2
Princípio de Arquimedes
Paparente = Preal – E
A regra 1 parece bastante razoável, pois objetos mais densos do que a água afundam
até o fundo, não importa a profundidade da água.
A partir das regras 1 e 2, o que você pode dizer a respeito das pessoas que, por mais
que tentem, não conseguem flutuar? Ora, elas simplesmente são densas demais!
Para conseguir flutuar, você deve reduzir sua densidade. Vestir um colete salva-vidas
aumenta seu volume, ao mesmo tempo em que aumenta muito pouco o seu peso. Ele
diminui sua densidade global.
Nove entre dez pessoas que não conseguem flutuar são homens. A maioria dos homens
possui mais massa muscular e são ligeiramente mais densos do que as mulheres.
www.biologiatotal.com.br 3
Como um navio consegue flutuar na água?
Princípio de Arquimedes
Um navio é feito de ferro, em sua maior parte. O ferro é um metal cuja densidade é de
7.870 kg/m³, beeeem mais denso que a água, na qual possui densidade de 1.000 kg/m³.
Para um determinado volume de fluido deslocado, o fluido mais denso exerce uma força
de empuxo maior do que um fluido menos denso. Um navio, portanto, flutua mais alto
em água salgada do que em água doce, porque a água salgada é ligeiramente mais
densa.
ANOTAÇÕES
4
PRINCÍPIO DE PASCAL
Um dos fatos mais importantes acerca da pressão em fluidos é que uma alteração
ocorrida na pressão em uma parte do fluido será transmitida integralmente às suas
outras partes. Isto significa que as outras partes receberão o mesmo valor da pressão,
desde que a água esteja em repouso! Em repouso, sem nenhuma força atuando, logo,
sem nenhuma alteração na sua velocidade. Lembre-se que ainda estamos no campo
da Hidrostática!
www.biologiatotal.com.br 1
Princípio de Pascal
F1 F2
p1 = p2 =
A1 A2
ANOTAÇÕES
2
VAZÃO E CONTINUIDADE
Quando andamos de carro o ar flui ao redor dele da mesma forma que ao abrirmos
uma torneira a água começa a sair. A esse movimento dos fluidos dá-se o nome de
escoamento. A hidrodinâmica é o estudo dos fluidos em movimento.
f Escoamento não Viscoso: ocorre quando não há atrito entre as moléculas do fluido
durante o escoamento e, portanto, não há perda de energia durante o escoamento.
VAZÃO
A vazão é uma medida da quantidade (massa
ou volume) de fluido que escoa em um local
qualquer por unidade de tempo.
Vazão volumétrica
A vazão volumétrica em um escoamento é dada pela expressão: . A unidade de
vazão volumétrica no SI é .
Equação da continuidade
Pelo princípio de conservação das massas,
podemos concluir que quando um líquido
escoa por uma tubulação a vazão permanece
constante por toda a tubulação. Quando o
www.biologiatotal.com.br 1
tubo fica mais grosso ou mais fino o que muda é a velocidade (v) do escoamento, e a
Vazão e Continuidade
ANOTAÇÕES
2
PRINCÍPIO DE BERNOULLI
A figura a seguir representa uma tubulação por onde escoa um líquido incompressível,
não viscoso e o escoamento ocorre em regime permanente. As secções transversais
possuem áreas A1 e A2; o líquido flui com velocidades v1 e v2; h1 e h2 são as alturas dos
pontos centrais da tubulação.
Com base nos conceitos de trabalho e energia cinética, o físico Daniel Bernoulli
desenvolveu a expressão:
Caso particular
Um caso particular é a situação em que o tubo é reto e horizontal.
Da equação da continuidade e do fato de A1 > A2 sabe-seque v1 < v2, o que implica que p1 > p2.
1. Uma das causas do infarto do miocárdio, que é causado pela obstrução das artérias
do coração, é a deposição de colesterol na parede interna dos vasos arteriais, que,
por consequência, provoca um estreitamento da artéria por onde circula o sangue.
Esse estreitamento faz com que a velocidade de circulação do sangue naquela região
seja maior. Consequentemente há uma redução da pressão do fluxo sanguíneo
nessa região, o que favorece o entupimento da artéria. (Observação: não confundir
pressão do fluxo sanguíneo com pressão arterial.)
www.biologiatotal.com.br 1
2. Em dias de ventos muito fortes é comum acontecer
Princípio de Bernoulli
ANOTAÇÕES
2
Através dos cursos
FLUIDOS
2020 - 2022
FLUIDOS
Entenda a natureza dos fluidos e estude conceitos como densidade, pressão, empuxo e
vazão, fundamentais para compreendê-los.
1. Densidade e Pressão
2. Teorema de Stevin
3. Princípio de Pascal
4. Princípio de Arquimedes
5. Vazão e Continuidade
6. Princípio de Bernoulli
DENSIDADE E PRESSÃO
Para iniciar nossos estudos sobre fluidos, é necessário saber duas grandezas físicas
principais: a densidade (ou massa específica) e a pressão. O grupo dos fluidos é
composto pelos gases e os líquidos.
DENSIDADE
As massas dos átomos e os espaçamentos entre eles é que determinam a DENSIDADE
do material. Ela dá uma medida de como a matéria está compactada, ou de quanta
massa ocupa um certo espaço; é a quantidade de massa (m) por unidade de volume (V):
ρ=
m
V
A densidade é representada pela letra grega rô (ρ), mas também pode ser representada
como “d”.
www.biologiatotal.com.br 3
Densidade e Pressão
PRESSÃO
Um líquido exerce forças sobre as paredes do recipiente onde está contido. A PRESSÃO
é a força dividida pela área sobre a qual ela é exercida.
F
p=
A
Sendo a força medida em newtons (N) e a área em metros quadrados (m²), a unidade
de pressão no SI fica N/m².
Para ilustrar a diferença entre pressão e força, considere os dois blocos da figura. Os
blocos são idênticos, mas um deles se apoia sobre sua extremidade, enquanto o outro
se apoia sobre seu lado. Ambos possuem o mesmo peso e, portanto, exercem a mesma
força sobre a superfície (se os colocar sobre uma balança, ela marcará o mesmo peso),
mas o bloco apoiado na extremidade exerce maior pressão sobre a superfície.
Quando você nada sob a água, pode sentir a pressão da água sobre os tímpanos de
seus ouvidos. Quanto mais fundo você mergulha, maior torna-se a pressão. A pressão
que você sente deve-se ao peso da água acima de você. Quando você mergulha mais
fundo, mais água existe acima de você e, portanto, maior é a pressão. A pressão que um
líquido exerce depende de sua profundidade.
4
Densidade e Pressão
A pressão também depende da densidade do líquido. Se você submergisse em um
líquido mais denso do que a água, a pressão correspondente seria maior. A pressão
exercida por um líquido é precisamente o produto da densidade pela aceleração
gravitacional e pela profundidade.
p = ρ.g.h
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 5
2020 - 2022
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Com a introdução dos conceitos de quantidade de movimento e de impulso, você irá
compreender um dos princípios mais importantes da física e aprenderá a analisar os
diferentes tipos de colisão.
Q = mv
Podemos entender que um objeto em movimento pode possuir uma grande quantidade
de movimento se sua massa for grande, se sua velocidade for grande, ou se tanto a
massa como a velocidade forem grandes (pense em um caminhão se movendo muito
rapidamente!).
IMPULSO
Uma coisa importante na variação da quantidade de movimento é o tempo decorrido
durante a atuação de uma força. Podemos aplicar brevemente uma força sobre um
objeto e assim, conseguiremos produzir uma aceleração, que por sua vez, pode alterar
a velocidade e consequentemente a quantidade de movimento por um determinado
tempo.
www.biologiatotal.com.br 3
Aplique a mesma força por um período maior de tempo e haverá uma variação maior
Impulso e Quantidade de Movimento
da quantidade de movimento. Uma força mantida por um longo período produz mais
alteração na quantidade de movimento que a mesma força aplicada brevemente. Assim,
para alterar a quantidade de movimento de um objeto, tanto a força aplicada quanto o
tempo de aplicação são relevantes.
I = Ft
Teorema do Impulso: Quanto maior for o impulso exercido sobre algo, maior será a
variação da quantidade de movimento. A relação fica:
Ft = I = ΔQ
4
Impulso e Quantidade de Movimento
CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Somente um impulso externo a um sistema é capaz de alterar a sua quantidade de
movimento. Forças e impulsos internos não são capazes. Por exemplo, as forças
moleculares no interior de uma bola não têm efeito sobre a quantidade de movimento da
bola, assim como empurrar o painel do carro onde você se encontra sentado não afeta o
movimento do veículo. As forças moleculares no interior da bola e o empurrão contra o
painel são forças internas. Elas existem em pares equilibrados que se cancelam dentro do
objeto. Para fazer variar a quantidade de movimento da bola ou do carro, é necessária a
atuação de uma força externa. Se nenhuma força externa está presente, então nenhum
impulso externo existe, e nenhuma alteração da quantidade de movimento é possível.
Para qualquer sistema sobre o qual todas as forças exercidas são internas – como,
por exemplo, carros colidindo, núcleos atômicos que sofrem decaimento radioativo ou
estrelas explodindo – a quantidade de movimento total anterior ao evento é igual a
quantidade de movimento total posterior.
Assim:
Qinicial = Qfinal
COLISÕES
A quantidade de movimento é conservada durante as colisões – ou seja, a quantidade
de movimento total de um sistema de objetos em colisão uns com os outros mantém-se
inalterada antes, durante e depois da colisão.
www.biologiatotal.com.br 5
Impulso e Quantidade de Movimento
ANOTAÇÕES
6
Através dos cursos
2020 - 2022
TRABALHO E ENERGIA
TRABALHO E ENERGIA
Entenda o significado físico de trabalho, os três tipos de energia mecânica e como
podemos trabalhar com essas energias em sistemas conservativos e dissipativos.
Dessa forma, para haver trabalho, é preciso existir tanto uma força quanto um
deslocamento provocado por essa força. Matematicamente, o trabalho é representado
pela letra grega 𝝉 (tau) e é dado pela seguinte expressão:
τ = F .d .cos(θ)
Imagine a seguinte situação: você está empurrando um armário sobre o chão. Esse
chão possui atrito (como qualquer outro que não seja um chão dos exercícios ideais de
física). Vamos usar a trigonometria a nosso favor para relembrar alguns casos especiais
do cosseno.
Um ângulo de 0 graus possui o valor do cosseno igual a 1. E sabemos que esse é o maior
valor que o cosseno pode assumir (pois os valores de cosseno vão de -1 até 1). Portanto,
quando o ângulo entre a força e o deslocamento é 0, o trabalho realizado por essa força
será máximo. Se, na situação do armário que consideramos, a força que você exerce tem
a mesma direção e sentido com que o armário se desloca, isso significa que o ângulo
entre eles é nulo. Como vimos, o trabalho dessa força é máximo, pois cos(0) = 1. Então,
podemos escrever o trabalho simplesmente como F . d. Essa é uma situação em que o
trabalho está auxiliando o deslocamento do armário. Chamamos esse tipo de trabalho de
trabalho motor.
E se, nesse mesmo exemplo, quiséssemos calcular o trabalho realizado por alguma outra
força envolvida? Como o peso do armário, por exemplo. Primeiramente, vamos analisar
www.biologiatotal.com.br 3
o ângulo entre esses dois vetores. Como estamos considerando que o chão é horizontal
Trabalho, Potência e Energia Mecânica
É interessante notar que o trabalho realizado pela força normal que o chão exerce sobre
o armário também é nulo, pois essa força e o deslocamento são ortogonais (formam 90º).
Para um último caso notável, vamos analisar o trabalho realizado pela força de atrito.
Perceba que o ângulo entre o deslocamento do armário e a força de atrito é de 180º.
Ou seja, esses dois vetores estão na mesma direção, mas possuem sentidos contrários.
O cosseno, nesse caso, vale -1. Esse é o menor valor possível para o cosseno, como
havíamos comentado. Podemos escrever então o trabalho, nesse caso, da seguinte
forma: τ = F .d .cos(180º) = F .d .(-1) = - F .d.
Isso significa que o trabalho exercido pela força de atrito será negativo. Fisicamente,
isso significa que essa força está dificultando o deslocamento do armário. Ela está
oferecendo uma resistência. Dizemos que esse tipo de trabalho é um trabalho resistente.
Para outros ângulos entre força e deslocamento, você deverá multiplicar o módulo da
força pelo deslocamento escalar e pelo cosseno desse ângulo. Foi exatamente o que foi
feito nos exemplos acima, mas esses exemplos foram casos particulares.
Perceba que para ângulos no primeiro e no quarto quadrante, o valor do trabalho será
positivo. Já para ângulos no segundo e no terceiro quadrante, o trabalho será negativo.
POTÊNCIA
Existe uma grandeza física que nos dá uma ideia do quão rapidamente um objeto realiza
trabalho. No exemplo em que você empurra o armário ao longo do chão, o trabalho é o
mesmo para certo deslocamento, independentemente se você faz isso rapidamente ou
de forma mais lenta.
4
Para o caso em que o trabalho é realizado em um intervalo de tempo menor, dizemos
Se você demorasse mais para deslocar esse armário, a potência para realizar esse
trabalho seria menor. Vemos então que há uma relação inversa entre a potência e o
tempo gasto para realizar o trabalho. Definimos a potência da seguinte forma:
P= W
t
ENERGIA MECÂNICA
Quando uma arqueira realiza trabalho para esticar um arco,
este adquire a capacidade de realizar trabalho sobre a flecha.
Nesse caso, algo foi ganho. Esse “algo” dado ao objeto que
capacitou-o a realizar trabalho é chamado de energia. Como
o trabalho, a energia é medida em joules, conforme vimos
anteriormente.
A energia aparece em várias formas: energia elétrica, energia luminosa, energia térmica,
energia mecânica... Focaremos nosso estudo agora na energia mecânica, essa pode
estar na forma de energia potencial (energia armazenada devido à posição de algo),
energia cinética (energia devido ao movimento de algo) ou na soma dessas duas
energias. Estudaremos os outros tipos de energia nos próximos programas de estudo.
Energia Potencial
Um objeto pode armazenar energia por conta de sua posição. A energia armazenada
e mantida pronta para ser utilizada é chamada de energia potencial (EP), pois ao ser
armazenada, ela tem potencial para realizar trabalho. Por exemplo: uma mola distendida
ou comprimida tem o potencial de realizar trabalho. Quando um arco é vergado, é
armazenada energia nele, podendo então realizar trabalho sobre a flecha.
www.biologiatotal.com.br 5
A quantidade dessa energia que um objeto elevado possui é igual ao trabalho realizado
Trabalho, Potência e Energia Mecânica
contra a gravidade para erguê-lo. O trabalho realizado é igual à força necessária para
movê-lo para cima multiplicado pela distância vertical na qual ele foi deslocado (lembre-
se de que 𝛕 = F . d). A força para cima necessária para se mover com velocidade
constante é igual ao peso do objeto, P = m . g, de modo que o trabalho realizado para
erguê-lo em uma altura h é igual ao produto m . g . h:
EP = mgh
Note que a altura h é a distância acima de algum nível de referência, como o chão ou um
piso de algum andar de um prédio. A energia potencial gravitacional, m . g . h, é relativa
àquele nível e depende apenas de m . g e da altura h.
Eel = ½ kx²
Energia Cinética
Se um objeto está em movimento, então ele é capaz de realizar trabalho. Ele possui uma
energia associada ao movimento, chamamos essa de energia cinética (EC). A energia
cinética de um objeto depende de sua massa e de sua velocidade. Ela é representada
matematicamente da seguinte forma:
EC = ½ mv²
A energia potencial da caixa elevada é convertida em energia cinética quando ela é solta.
O TEOREMA TRABALHO-ENERGIA
Quando um carro acelera, a energia cinética que ele adquire provém do trabalho que foi
realizado sobre ele. Já quando um carro torna-se mais lento, é porque um trabalho foi
realizado para reduzir sua energia cinética. Podemos então afirmar que:
Trabalho = ΔEC
6
O trabalho é igual à variação da energia cinética. Este é o teorema trabalho-energia.
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
Podemos entender melhor os processos e transformações que ocorrem na natureza se
os analisamos em termos de transformações de energia de uma forma para outra ou de
um lugar para outro. O estudo das diversas formas de energia e suas transformações
de uma forma em outra levaram a uma das maiores generalizações da física – a lei de
conservação da energia:
Energia não pode ser criada ou destruída; pode apenas ser transformada de uma
forma para outra, com sua quantidade total permanecendo constante.
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 7
Através dos cursos
NOTAÇÃO CIENTÍFICA
A matemática está muito conectada à física. Veremos a seguir algumas das técnicas
matemáticas fundamentais para o nosso curso de física.
NOTAÇÃO CIENTÍFICA
Para expressar números muito grandes e números muito pequenos, utilizamos a
notação científica. Esse tipo de notação é expresso da seguinte forma:
n x 10a
em que:
f n é um número com módulo maior ou igual a 1 e menor do que 10, podendo ser tanto
positivo quanto negativo (nesse caso o número estaria entre -1 e -10, incluindo o -1
e excluindo o -10);
2 x 103
www.biologiatotal.com.br 1
Quando as notações aparecem assim, os exercícios podem solicitar que você, estudante,
Notação Científica
organize-os. Ou seja, os números devem ser reajustados para ficar no intervalo numérico
entre 1 e 10.
No exemplo 1, temos que deslocar a vírgula duas casas para a direita. Quando a vírgula é
deslocada para a direita, o expoente deve diminuir, proporcionalmente, em dois valores.
Assim:
3,4 x 103
No exemplo 2, a vírgula deve ser deslocada uma casa para a esquerda. Quando isto
acontece, o expoente deve aumentar. Desta forma:
1,19 x 10-8
No exemplo 3, a vírgula deve ser deslocada duas casas para a esquerda. Nesse caso, o
expoente deve aumentar em duas unidades:
-5,85 x 1013
O número diferente de zero, neste caso o 3, deve ser escrito antes da potência de 10.
O expoente representa a quantidade de zeros depois do número diferente de zero, ou
seja, quatro zeros.
O número diferente de zero, neste caso o 6, deve ser escrito antes da potência de 10.
O expoente está representando o número de zeros antes e depois da vírgula. Como se
trata de um número negativo, o expoente também deve ser negativo.
Este exemplo é similar ao exemplo 1, porém, a diferença aqui é que existe mais de um
número diferente de zero. Neste caso, devem ser reescritos todos estes números, ou
seja, 1294, porém, respeitando o intervalo entre 1 e 10. Por isso, deve ser colocada uma
vírgula logo após o primeiro número, no caso, após o número 1, e os demais números
seguem após a vírgula. O expoente representa a quantidade de números após o primeiro
número.
2 www.biologiatotal.com.br
Notação Científica
7 x 107 - 2 x 107 = 5 x 107
1,2 x 105 + 150 x 103 = 1,2 x 105 + 1,5 x 105 = 2,7 x 105
Multiplicação
Na multiplicação, os expoentes das potências de 10 devem ser somados e os valores
na frente delas devem ser multiplicados normalmente.
Soma-se o Expoente
Divisão
Na divisão, os expoentes das potências de 10 devem ser subtraídos e os valores na
frente delas devem ser divididos normalmente.
Subtrai-se o Expoente
Potenciação e Radiciação
Na potenciação os expoentes devem ser multiplicados e na radiciação eles devem ser
divididos um pelo outro.
Multiplica-se o Expoente
Divide-se o Expoente
2
√4 x 106 = 2 x 103
Ordem de grandeza
A ordem de grandeza é uma estimativa do valor da grandeza, expressa por meio da
potência de 10 mais próxima de seu valor em notação científica. Para determinar a
potência de 10 mais próxima do valor de uma medida e, consequentemente, determinar
sua ordem de grandeza, seguimos o seguinte critério:
www.biologiatotal.com.br 3
Dado um valor expresso em notação científica na forma A x 10n, sua ordem de grandeza
Notação Científica
será 10n se A < √10 e 10n+1 se A ≥ √10 , onde a √10 vale aproximadamente 3,16.
Exemplos:
A ordem de grandeza do número 1,5 x 1010 é 1010 pois 1,5 < √10.
A ordem de grandeza do número 7,8 x 104 é 105, pois 7,8 > √10.
ANOTAÇÕES
4
VETORES
GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS
Existem algumas grandezas na física, como o tempo e a temperatura, que não precisam
ser indicadas pela direção e pelo sentido. Por exemplo, quando falamos que é 10 horas,
não temos a necessidade de dizer se é 10 horas para baixo, para cima, para a esquerda
ou para a direita. O mesmo acontece com a temperatura. Isso significa que as grandezas
tempo e temperatura são grandezas escalares.
Uma grandeza escalar é representada apenas pelo seu valor numérico e pela sua
unidade. Por exemplo, indicamos 10 horas como 10 h; 35 graus Celsius como 35°C, 32
litros como 32 L.
Diferentemente de uma grandeza escalar, uma
grandeza vetorial é definida também pela sua direção
e sentido. Ao afirmar que a velocidade de um carro é
12 m/s, sentimos a falta de indicar para onde o carro
está indo, certo? É 12 m/s para onde? Leste? Oeste?
Sul? Norte?
A velocidade, assim como a aceleração e a força, são grandezas vetoriais. Elas precisam
do sentido e da direção.
A direção de uma grandeza vetorial é o eixo no qual o corpo está. Ela pode ser horizontal,
vertical ou transversal.
O sentido de uma grandeza vetorial representa o lado para o qual o corpo está apontando,
por exemplo, direito, esquerdo, para cima, para baixo, etc. Perceba que duas grandezas
vetoriais podem ter a mesma direção, mas não o mesmo sentido: ambas podem estar
na horizontal, mas uma pode apontar para a esquerda e outra para a direita.
Lembre-se de que toda grandeza vetorial é uma grandeza orientada – que é especificada
tanto por um módulo quanto por uma orientação (direção e sentido).
Vetores podem ser representados por setas, em que o comprimento da seta representa
seu módulo e a ponta indica o sentido. Vetores que se somam são denominados
componentes vetoriais. A soma desses componentes vetoriais é o vetor resultante.
www.biologiatotal.com.br 1
Módulo: O módulo (valor numérico ou intensidade) de um vetor é sempre um número
Vetores
Observação
f Os vetores podem ser representados tanto por uma seta em cima da letra como pela
letra em negrito. Por exemplo, a e 𝑎⃗ são representações equivalentes.
DECOMPOSIÇÃO DE VETORES
Considere a figura a seguir. Para decompor o vetor 𝑣⃗ são traçadas duas componentes,
𝑣⃗𝑥 na direção 𝑥, e 𝑣⃗𝑦 na direção 𝑦. Para calcular seus valores, utilizamos a trigonometria.
E isolando 𝑣𝑥 , temos:
𝑣𝑥 = 𝑣 cos α
O mesmo acontece para encontrar o valor de 𝑣𝑦, porém, como 𝑣𝑦 corresponde ao cateto
oposto, utiliza-se o seno:
𝑣𝑦
Sen (α) = 𝑣
Logo:
𝑣𝑦 = 𝑣 sen α
2 www.biologiatotal.com.br
Vetores
OPERAÇÕES COM VETORES
É muito simples somar vetores que possuem direções paralelas: se eles possuem o
mesmo sentido, eles se somam; se possuem sentidos opostos, eles se subtraem. Vale
lembrar que a soma de dois ou mais vetores é chamada de vetor resultante.
Adição de Vetores
Ligam-se os vetores pela origem de um com a extremidade do outro (os dois vetores
azuis da figura). Considere que cada quadradinho na figura tenha lados de comprimento
1 cm. Logo, cada vetor azul possui, em módulo, 2 cm de comprimento. Somando os
dois, obtemos um vetor resultante (em vermelho) de módulo 4 cm.
Subtração de Vetores
Observe na figura que o vetor azul superior possui módulo 2 cm e o vetor azul inferior
possui módulo 1 cm. A diferença entre eles é o sentido: eles estão em sentidos opostos.
Dessa forma, a operação que deve ser realizada é a subtração. Logo, vetor superior –
vetor inferior = vetor resultante, de módulo 1 cm.
www.biologiatotal.com.br 3
Vetores
Regra do paralelogramo
Para obter a resultante de dois vetores que possuem direções diferentes, usamos a
regra do paralelogramo. Construa um paralelogramo no qual os dois vetores são os
lados adjacentes – a diagonal dele representará o vetor resultante. Na figura abaixo, os
paralelogramos são retângulos:
O par de vetores formando um ângulo reto um com o outro constitui os dois lados de
um retângulo cuja diagonal é o vetor resultante do par.
No caso especial de dois vetores que são iguais em módulo, mas perpendiculares um
ao outro, o paralelogramo é um quadrado (como mostrado na figura abaixo). Uma vez
que, para qualquer quadrado, o comprimento da diagonal é igual a √2 ou 1,41 vezes o
comprimento de um dos lados, o comprimento do vetor resultante será √2 vezes o de
um dos vetores. Por exemplo, a resultante de dois vetores de módulos iguais a 100, e
que são mutuamente perpendiculares, tem módulo igual a 141.
Regra do Polígono
Esta regra é útil para quando você quiser somar 3 ou mais vetores. Os vetores devem ser
traçados de modo que a extremidade de um coincida com a origem do vetor seguinte:
4
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Para se fazer medidas em física, utiliza-se os algarismos significativos, os quais são
todos os algarismos lidos com certeza mais o primeiro algarismo duvidoso.
Quando medimos algo com uma régua, por exemplo, o resultado pode indicar um valor
entre um número e outro na escala. Suponha que queiramos medir o comprimento de
um lápis. A medida nos mostra algo entre 20 cm e 21 cm. Qual seria o algarismo que viria
depois do 20? Apesar de a menor divisão de escala da régua ser 1 cm, é razoável fazer
uma subdivisão mental do intervalo compreendido entre 20 cm e 21 cm, para avaliar o
algarismo procurado, que pode ser, por exemplo, o 4. Dessa maneira, representa-se o
resultado como 20,4 cm. O algarismo 20 desta medida foi lido com certeza, porém o 4
não. Outras pessoas poderiam ler 20,3 cm ou 20,5 cm. Na leitura 20, 4 cm, o algarismo
4 foi avaliado. Não se tem certeza do algarismo 4, por isso ele é denominado algarismo
duvidoso.
A regra geral é que se deve apresentar a medida com apenas os algarismos de que se
tem certeza mais um único algarismo duvidoso. Esses algarismos são denominados
algarismos significativos da medida.
Exemplos:
CRITÉRIOS DE ARREDONDAMENTO
Ao efetuar qualquer operação matemática com grandezas expressas com diferentes
números de algarismos significativos, é necessário exprimir os resultados segundo a
norma de que o número obtido pode ter apenas um algarismo duvidoso. Assim sendo, é
preciso arredondar o resultado obtido no primeiro algarismo duvidoso. Os critérios são:
www.biologiatotal.com.br 1
Exemplo:
Algarismos Significativos
123,684 g = 123,7 g
0,0082154 A = 0,00822 A
Exemplo:
Exemplo:
2,73500 s = 2,74 s
0,0755 A = 0,076 A
45,185 s = 45,18 s
0,0285 mA = 0,028 mA
Adição
O resultado da adição de várias medidas é obtido arredondando-se a soma na casa
decimal da parcela mais pobre em decimais, após efetuar a operação.
Subtração
A subtração é um caso particular da adição, adotando-se, dessa forma, o mesmo critério
apresentado no item anterior.
2 www.biologiatotal.com.br
Multiplicação
Algarismos Significativos
O produto de duas ou mais medidas deve possuir, em geral, o mesmo número de
algarismos significativos da medida mais pobre em algarismos significativos.
Divisão
A divisão é simplesmente um caso particular do produto, com o mesmo critério do item
anterior.
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 3
UNIDADES E ANÁLISE
DIMENSIONAL
SISTEMA DE UNIDADES E PREFIXOS
Durante a Conferência Internacional de Pesos e Medidas de 1960 em Paris, as unidades
do Sistema Internacional de Unidades (SI) foram definidas. A tabela abaixo mostra
as unidades do SI e seus símbolos. O SI é baseado no sistema métrico, usado pelos
cientistas franceses após a Revolução Francesa de 1791.
Unidades básicas
Unidades do SI
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Unidades derivadas
www.biologiatotal.com.br 1
Unidades e Análise Dimensional
Prefixos matemáticos
Prefixos matemáticos
Fator Prefixo Símbolo Fator Prefixo Símbolo
101 deca da 10-1 deci d
102 hecto h 10-2 centi c
103 quilo k 10-3 mili m
106 mega M 10-6 micro µ
109 giga G 10-9 nano n
1012 tera T 10-12 pico p
1015 peta P 10-15 femto f
1018 exa E 10-18 atto a
ANÁLISE DIMENSIONAL
A análise dimensional é um método utilizado para descobrir o tipo de unidade do
resultado de equações envolvendo grandezas físicas. As unidades de medida padrão,
que utilizamos como referência, são as unidades do Sistema Internacional de Unidades
(SI).
2 www.biologiatotal.com.br
Em análise dimensional utilizamos apenas três grandezas principais:
f Massa (quilograma): M
f Tempo (segundo): T
Exemplo 1:
Velocidade: v
Solução:
Exemplo 2:
Solução:
f Entretanto, Força (F) = massa (kg) x aceleração (m/s2), então [F] = kg.m.s–2;
f Usando apenas LMT, a dimensão desse resultado expressa-se assim: [W] = L2.M.T–2.
Principais grandezas:
www.biologiatotal.com.br 3
Unidades e Análise Dimensional
ANOTAÇÕES
4
CINEMÁTICA
2020 - 2022
CINEMÁTICA
Conheça os diferentes tipos de movimento e aprenda a descrevê-los, prevê-los e
entendê-los através de equações e gráficos.
Mas como descrever um movimento em um universo onde tudo parece se mover? É por
isso que precisamos fazer aproximações, simplificando ao máximo o movimento a ser
descrito.
Ponto Material
Para descrevermos um movimento, precisamos saber primeiro o tipo do corpo que se
move. Qual seu formato? Seu tamanho faz alguma diferença? Ele pode girar enquanto
se move? Seu formato é alterado durante o movimento?
Nos exemplos acima, tanto o atleta quanto o automóvel são substituídos por um ponto
para simplificar a resolução do problema. Essa simplificação é chamada de ponto
material ou partícula.
www.biologiatotal.com.br 3
Um ponto material é um ponto que não possui dimensões e nem estrutura interna,
Introdução à Cinemática
mas que carrega consigo algumas características importantes do corpo que está
representando, tal como sua massa por exemplo.
Referencial
De forma simplificada, quando um corpo muda sua posição em relação a um determinado
referencial dizemos que ele é um móvel, pois está se movendo: está sofrendo um
deslocamento ou translação.
Quando o movimento é giratório, dizemos que o corpo está sofrendo uma rotação.
A afirmação de que “a Terra está imóvel no centro do universo e tudo o que existe gira
em torno dela”, conhecida como a base do geocentrismo, foi defendida com ‘unhas e
dentes’ pela Igreja Católica até meados do século XVII por fazer parte de um modelo de
mundo extremamente conveniente aos seus interesses. O geocentrismo é um modelo
que tem a Terra como referencial.
O heliocentrismo, defendido por Nicolau Copérnico no século XVI, utiliza o Sol como
referência para a descrição dos movimentos e é muito mais eficiente na descrição
dos movimentos dos planetas, sendo capaz de explicar movimentos aparentemente
estranhos desses corpos celestes quando vistos da Terra. Esta mudança de referencial
provocou uma revolução na forma de descrever os movimentos planetários e, com o
passar dos anos, passou a predominar sobre o modelo anterior.
Assim, a Terra deixou de ser imóvel e passou a se mover e a ter seu movimento descrito
através das mesmas leis físicas que regem os movimentos dos outros planetas.
4
E isto vale para qualquer descrição de movimento: primeiro conhecemos ou adotamos
Introdução à Cinemática
um referencial conveniente, depois descrevemos os movimentos em relação a ele.
Posição (Espaço)
Para localizarmos um corpo em uma estrada linear (unidimensional), basta conhecermos
a distância que ele se encontra da origem dos espaços (marco zero), é assim definimos
a posição escalar de um corpo em uma determinada trajetória.
A posição (S) do móvel A pode ser descrita por um par de coordenadas cartesianas:
𝑆𝐴 = (6, 8)
...ou pelo vetor posição ( 𝑠⃗ ) cuja origem coincide com a origem do sistema cartesiano e
possui componentes ortogonais 𝑠𝑥 e 𝑠𝑦 com módulos iguais a | 𝑠𝑥 | = 6 m e | 𝑠𝑦 | = 8 m
respectivamente. Teremos então, por pitágoras, | 𝑠 | = 10 m.
www.biologiatotal.com.br 5
Deslocamento (Translação)
Introdução à Cinemática
Desta forma, definimos o deslocamento escalar (∆𝑠) como a diferença entre a posição
escalar inicial e a posição escalar final do móvel. Matematicamente temos:
∆𝑠 = 𝑠 - 𝑠0
Já em um plano, o deslocamento não pode ser tratado de forma escalar pois isto
implica em sempre conhecer a direção do deslocamento, o que não é verdade em um
movimento bidimensional. Logo, definimos o vetor deslocamento ou simplesmente
deslocamento ( ∆𝑠⃗ )=como
𝑠⃗ − 𝑠0a diferença vetorial entre os vetores posição inicial e posição
final. Matematicamente:
∆𝑠⃗ = 𝑠⃗ − 𝑠0
O deslocamento é um vetor cuja origem coincide com a posição inicial do móvel e sua
extremidade coincide com a posição final. Como toda grandeza de natureza vetorial, o
∆𝑠⃗ =
só𝑠⃗ estará
− 𝑠0 completamente descrito se conhecermos, além do módulo (tamanho do
vetor), sua direção e seu sentido.
A conversão entre as unidades mais importantes pode ser feita da seguinte forma:
6
Introdução à Cinemática
Fica claro que, para converter de km/h para m/s basta
dividirmos por 3,6 e para a conversão contrária
multiplicamos pelo mesmo valor.
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 7
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
2019
GLOSSÁRIO
DE FÍSICA
Aceleração: grandeza vetorial correspondente Apogeu: Em uma órbita elíptica, esse é o
à taxa de variação da velocidade em função do ponto, sobre a órbita, mais afastado do centro.
tempo. Unidade no SI: m/s2.
Área: grandeza escalar correspondente a uma
Aceleração gravitacional: aceleração sofrida região bidimensional delimitada. Unidade no SI:
pelos corpos em decorrência da força de atração metro quadrado (m2).
gravitacional. Na Terra, é representada por g e
Astigmatismo: problema de visão
vale aproximadamente 9,8 m/s2 ao nível do mar.
caracterizado por uma imagem borrada, pois
Acústica: área da física responsável pelo apresenta mais de um ponto imagem para
estudo do som e suas propriedades. um único ponto objeto. Corrigido com lentes
cilíndricas.
Alavanca: tipo de máquina simples que
rotaciona em torno de um ponto fixo e permite Átomo: partícula que compõe a matéria. É
multiplicar a força aplicada sobre ela, gerando formado por partículas elementares.
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
2
Big Bang: evento que teria desencadeado a Unidade no SI: tesla (T = kg.s-2.A-1). É uma
formação de matéria, energia, espaço e tempo e grandeza vetorial.
cujos efeitos ainda se manifestam na expansão
Capacidade térmica: grandeza escalar
do Universo como conhecemos hoje.
correspondente à quantidade de calor necessária
Braço de alavanca: distância perpendicular para variar a temperatura de uma substância.
entre o eixo de rotação e o ponto de atuação de Unidade no SI: J/K.
uma força.
Capacitância: grandeza escalar correspondente
Buraco negro: região do espaço com enorme à capacidade de armazenar energia elétrica em
campo gravitacional, da qual nem mesmo a luz um dispositivo (capacitor). Unidade no SI: farad
escapa. (F = s4.A2.m-2.kg-1).
Calefação: mudança do estado líquido para o Capacitor: instrumento capaz de armazenar
gasoso que ocorre a uma temperatura maior do carga elétrica em um circuito.
que a temperatura de ebulição.
Carga elétrica: grandeza escalar correspondente
Calor: grandeza escalar correspondente à à propriedade fundamental das partículas que
energia que flui entre corpos em decorrência da descreve suas interações eletromagnéticas.
diferença de temperatura entre eles. Unidade no Unidade no SI: coulomb (C).
SI: joule (J).
Centi (c): Prefixo utilizado para representar que
Calor específico: grandeza escalar a unidade é multiplicada por um fator de 10 -2.
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
correspondente à quantidade de calor necessária
Centro de gravidade: ponto hipotético
para fazer variar a temperatura de uma certa
localizado no centro da distribuição de peso de
quantidade de massa de uma substância.
um corpo, onde podemos considerar que atua a
Unidade no SI: J/(kg . K).
força gravitacional (não confundir com centro de
Calor latente: grandeza escalar correspondente massa).
à quantidade de calor necessária para que uma
Centro de massa: ponto hipotético localizado
certa quantidade de uma substância mude de
no centro de distribuição de massa de um corpo,
fase. Unidade no SI: J/kg.
onde podemos considerar que esteja concentrada
Calor sensível: grandeza escalar toda a sua massa.
correspondente ao calor responsável por variar
Cinemática: área da física responsável pelo
a temperatura de uma substância, sem que ela
estudo dos movimentos dos corpos.
mude de fase.
Circuito elétrico: caminho fechado por onde
Caloria (cal): unidade de calor. Equivalente ao
pode passar uma corrente elétrica. Geralmente é
calor necessário para aumentar a temperatura
composto por diversos dispositivos.
de 1 g de água em 1 ºC. 1 cal = 4,184 J.
Colisão elástica: tipo de colisão ideal em
Campo elétrico: campo associado a uma
que os objetos colidem sem sofrer deformações
carga elétrica. Cada carga possui o seu próprio
permanentes ou dissipação de energia.
campo elétrico. Unidade no SI: N/C. É uma
grandeza vetorial. Colisão inelástica: tipo de colisão em que a
energia cinética do sistema não se conserva.
Campo gravitacional: campo associado a
uma massa. Todo corpo massivo apresenta um Comprimento de onda: distância entre
campo gravitacional. É uma grandeza vetorial. partes idênticas e consecutivas de uma onda
(como entre uma crista e a crista seguinte). Dado
Campo magnético: campo presente em
em metros, no SI.
regiões próximas a um ímã ou a uma carga
elétrica em movimento.
www.biologiatotal.com.br 3
Condensação: mudança do estado gasoso Constante universal dos gases ideais:
para o líquido. constante de proporcionalidade utilizada no
estudo termodinâmico das variáveis de estado
Condição de equilíbrio: para que um corpo dos gases ideais. Representada por R e vale
ou sistema esteja em equilíbrio, é necessário que aproximadamente 8,31 J/mol . K.
a força resultante e o torque (momento de uma
força) resultantes sejam nulos. Contato térmico: estado no qual dois ou mais
sistemas termodinâmicos podem trocar calor
Condução: processo de transmissão de entre si.
calor que ocorre diretamente entre os átomos/
moléculas próximos, em virtude do aumento de Convecção: processo de transmissão de calor
temperatura do sistema. que ocorre nos fluidos devido à sua diferença de
densidade em diferentes partes.
Condutividade elétrica: grandeza escalar
correspondente ao quão bom um material é em Corpo extenso: corpo cujas dimensões são
conduzir corrente elétrica. Unidade no SI: 1/(Ω . m). relevantes para o fenômeno que está sendo
estudado.
Condutividade térmica: grandeza escalar
correspondente ao quão bom ele é em conduzir Corrente alternada: corrente elétrica caracterizada
calor. Unidade no SI: W/(m . K). pela inversão do seu sentido ao longo do tempo.
Congelamento: mudança do estado líquido Corrente contínua: corrente elétrica cujo
para o sólido. sentido não se altera.
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
Conservação de carga: princípio que nos diz Corrente elétrica: grandeza escalar correspondente
que uma carga elétrica não pode ser criada nem ao fluxo ordenado de carga elétrica. Unidade no SI:
destruída, apenas transferida de um corpo para ampère (A = C/s).
outro.
Coulomb (C): unidade de carga elétrica no
Conservação de energia: princípio que SI. Equivalente à carga elétrica transportada e 1
nos diz que a energia não pode ser criada nem segundo por uma corrente de 1 ampère (C = A . s).
destruída: ela apenas é transformada em outros
Crista: ponto de máxima amplitude de uma
tipos de energia, sem que sua quantidade total
onda. A região é oposta a um vale.
se altere.
Curto-circuito: fluxo excessivo de carga em
Conservação de quantidade de
um circuito, o que causa danos sobre o mesmo.
movimento: princípio que nos diz que, na
ausência de uma força resultante externa, a Decibel (dB): um décimo de bel. A escala dB
quantidade de movimento de um corpo ou é logarítmica.
sistema não se altera.
Densidade: grandeza escalar correspondente
Constante de Gravitação Universal: à relação entre uma massa e o volume no qual
constante de proporcionalidade utilizada na ela está distribuída. Unidade no SI: kg/m3.
Lei da Gravitação Universal de Newton. É
representada por G e vale aproximadamente Deslocamento:grandeza vetorial correspondente
6,67 x 10-11 N . m2/kg2. à variação da posição de um corpo em um certo
intervalo de tempo. Unidade no SI: metro (m). Não
Constante de Planck: constante de confundir com distância percorrida.
proporcionalidade utilizada na mecânica
quântica, importante para os estudos de Diapasão: instrumento utilizado para afinação
quantização de energia. É representada por h e de instrumentos musicais através da vibração de
vale aproximadamente 6,6 x 10-34 J . s. uma onda emitida.
4
Diferença de potencial (ddp): grandeza escalar Efeito Doppler: fenômeno em que a
correspondente à diferença de potencial elétrico frequência aparente de uma onda é alterada
entre dois pontos. Unidade no SI: volt (V = J/C). devido ao movimento relativo entre a fonte da
onda e o receptor.
Difração: fenômeno em que uma onda
contorna um obstáculo ou atravessa uma fenda Efeito fotoelétrico: fenômeno em que elétrons
estreita. são emitidos por metais ao serem expostos a
luzes de determinadas frequências.
Dinâmica: área da física responsável pelo
estudo do movimento dos corpos juntamente Eixo de rotação: eixo (material ou imaginário)
com a origem desses movimentos. em torno do qual um corpo realiza um movimento
de rotação.
Diodo: instrumento que permite a passagem
em um único sentido da corrente elétrica em um Eixo principal: no contexto de lentes: linha
circuito. que une os centros de curvatura da superfície.
No contexto de espelhos: linha que une o centro
Dispersão: fenômeno em que a luz branca, de curvatura e o foco.
em interação com um prisma/rede de difração,
é decomposta nas cores que a compõem de Eletricidade: termo utilizado para designar
acordo com suas frequências. fenômenos elétricos.
Distância focal: em uma lente, corresponde à Eletrização: processo no qual um corpo recebe
distância entre o centro e um dos pontos focais. ou perde elétrons, deixando de ser neutro e
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
Se tratando de espelhos, corresponde à distância tornando-se eletrizado.
do espelho ao ponto focal.
Eletrização por atrito: processo de eletrização
Distância percorrida: grandeza escalar no qual a transferência de elétrons entre corpos é
correspondente ao comprimento do trajeto feita ao esfregar um corpo no outro.
percorrido durante um movimento. Unidade no
Eletrização por contato: processo de
SI: metro (m).
eletrização no qual ocorre uma redistribuição de
Domínio magnético: região dentro de um carga após dois condutores entrarem em contato,
material magnético em que a magnetização se de forma que ambos fiquem com a mesma carga.
dá em uma direção uniforme.
Eletrização por indução: processo de
Ebulição: mudança do estado líquido para eletrização no qual ocorre uma aproximação
o gasoso. Ocorre em toda a extensão de um entre um corpo eletrizado (indutor) e um corpo
líquido e a uma certa condição específica de neutro (induzido).
temperatura e pressão.
Eletrodinâmica: área da física responsável
Eclipse lunar: evento astronômico em que a pelo estudo de fenômenos associados ao
Lua passa por dentro da sombra da Terra. No movimento de cargas elétricas (corrente elétrica).
eclipse lunar, a Terra se localiza entre o Sol e a
Eletrodo: terminal de uma bateria, por onde
Lua.
pode passar uma corrente elétrica.
Eclipse solar: evento astronômico no qual a
Eletroímã: ímã que apresenta propriedades
Lua, situada entre a Terra e o Sol, oculta a maior
magnéticas produzidas por uma corrente elétrica.
parte da luz emitida pelo Sol, e a sua sombra
recai sobre parte da Terra. Eletromagnetismo: área da física responsável
pelo estudo de fenômenos associados a
Eco: reflexão do som que se dá a uma distância
eletricidade e magnetismo.
relativamente longa (para que seja percebida a
diferença entre os sons) da fonte. Elétron: partícula elementar negativamente
carregada.
www.biologiatotal.com.br 5
Elétron-volt (eV): quantidade de energia equilíbrio. Esse tipo de equilíbrio faz com que
equivalente à que um elétron adquire quando um objeto tenda a se afastar cada vez mais da
acelera numa ddp de 1 volt. 1 eV = 1,60 x 10-19 J. posição de equilíbrio devido a um deslocamento.
Eletrostática: área da física responsável Equilíbrio térmico: estado em que dois
pelo estudo de fenômenos associados a cargas corpos, em contato térmico, não variam suas
elétricas em repouso. temperaturas.
Elipse: curva cônica caracterizada por ter Escala Celsius: escala termométrica em que,
constante a soma das distâncias entre um ponto ao nível do mar, 0 ºC corresponde ao ponto de
da curva e os dois focos. congelamento da água e 100 ºC correspondem
ao ponto de ebulição da água.
Empuxo: força vertical e para cima exercida por
um fluido sobre um corpo nele imerso. Escala Fahrenheit: escala termométrica em
que, ao nível do mar, 32 ºF correspondem ao
Energia: grandeza física que pode ser ponto de fusão da água e 212 ºF correspondem
convertida em diversas formas e não é bem ao ponto de ebulição da água.
definida conceitualmente. É compreendida como
a capacidade de realizar trabalho. Unidade no SI: Escala Kelvin: escala termométrica considerada
joule (J). a escala absoluta de temperatura, em que não
existem temperaturas negativas e 0 K corresponde
Energia cinética: energia mecânica associada ao zero absoluto.
ao movimento.
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
6
Espelho convexo: espelho cuja curvatura é Força centrífuga: sensação, decorrente de
“para fora”. A imagem formada nesse tipo de efeitos inerciais, experimentada por um corpo
espelho é sempre virtual, direita e menor do que que esteja em movimento circular. Não é, de fato,
o objeto. uma força, e sim uma “força aparente” dirigida
para fora da curva de rotação.
Espelho plano: espelho que possui superfície
plana. Força centrípeta: força que aponta para o
centro de uma trajetória circular ou curvilínea,
Estado físico: característica de objetos responsável por alterar a direção da velocidade.
macroscópicos originada do movimento de suas
partículas. Força de reação: de acordo com a terceira lei
de Newton, quando uma força é exercida sobre
Evaporação: mudança do estado líquido para um corpo (força de ação), este exerce uma força
o gasoso. Ocorre de forma lenta e na superfície chamada força de reação, que possui o mesmo
do líquido a uma temperatura menor do que a módulo, mesma direção e sentido oposto à força
temperatura de ebulição. de ação.
Fase (1): fração do ciclo de uma onda no qual Força elástica: força exercida por um corpo
um ponto dessa onda se encontra em um dado elástico quando deformado. Essa força sempre
instante. se opõe à deformação.
Fase (2): ver estado físico. Força eletromotriz: voltagem que origina
Física: ciência que busca estudar e compreender uma corrente elétrica.
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
a origem, o funcionamento e a relação entre Força elétrica: força atrativa ou repulsiva
fenômenos associados à natureza e ao universo exercida por uma carga elétrica sobre outra.
em si.
Força magnética: força atrativa ou repulsiva
Física moderna: nome dado ao conjunto de existente entre polos magnéticos.
áreas de estudo da física desenvolvidas a partir
do início do século XX em virtude das teorias de Força gravitacional: força atrativa entre
relatividade e mecânica quântica. corpos massivos.
Física quântica: área da física responsável Força normal: força exercida por uma
pelo estudo da natureza e dos fenômenos a superfície sobre um objeto nela apoiado. Recebe
níveis atômicos e subatômicos (de partículas esse nome porque sua direção é sempre normal
ainda menores do que o átomo). (ortogonal) à superfície.
Fluido: substância capaz de fluir, escoar. Gases Força nuclear forte: força de atração entre
e líquidos são exemplos de fluidos. os núcleons (prótons e nêutrons) no interior do
núcleo atômico.
Foco (1): uma elipse apresenta dois focos, que
são pontos localizados sobre o maior eixo. A Força nuclear fraca: força responsável pela
soma das distâncias de um ponto qualquer da emissão beta.
elipse aos dois focos é um valor constante.
Força resultante: soma de todas as forças
Foco (2): ponto para onde os raios de luz que atuam sobre um corpo.
paralelos ao eixo principal convergem (no caso
Fóton: partícula elementar mediadora da força
de lentes convergentes e espelhos côncavos);
eletromagnética e manifestação da luz como
ponto de onde os raios divergem (no caso de
partícula.
lentes divergentes e espelhos convexos).
Frequência: grandeza escalar correspondente
Força: grandeza vetorial capaz de alterar o
ao número de vezes em que um fenômeno
estado de inércia de um corpo. Unidade no SI:
periódico se repete por unidade de tempo.
newton (N).
www.biologiatotal.com.br 7
Unidade no SI: hertz (Hz). Ímã: objeto que possui propriedades magnéticas.
Frequência fundamental: a menor Imagem direita: possui o mesmo sentido do
frequência natural de vibração de um corpo. objeto.
Frequência natural: frequências possíveis na Imagem invertida: possui o sentido oposto
qual um corpo vibra quando perturbado por uma ao do objeto.
força externa.
Imagem real: imagem obtida por raios de luz
Fulcro: ponto de apoio de uma alavanca. que convergem. Esse tipo de imagem pode ser
projetada sobre uma tela.
Fusão: mudança do estado sólido para o líquido.
Imagem virtual: imagem formada pelo
Fusível: instrumento de um circuito elétrico
prolongamento de raios de luz. Pode ser vista
que interrompe a corrente elétrica quando esta
por um observador, mas não projetada sobre
atinge um valor que oferece riscos.
uma tela.
Galvanômetro: instrumento utilizado para
Imponderabilidade: condição em que ocorre
detectar corrente elétrica.
uma sensação de “peso zero” em decorrência de
Gás: estado físico capaz de se expandir se estar em queda livre sem que haja uma força
livremente até ocupar todo o recipiente, sem de suporte.
adquirir uma forma definida.
Impulso: grandeza vetorial correspondente
ao produto entre uma força e o intervalo de
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
Gravitação: efeito de atração mútua entre dois Intensidade: grandeza escalar correspondente
corpos massivos. à potência por metro quadrado de uma onda
sonora. Unidade no SI: W/m2.
Harmônico: múltiplo inteiro da frequência
fundamental de um corpo. Interferência: fenômeno ondulatório
caracterizado pela superposição de duas ondas
Hertz (Hz): unidade de frequência no SI. ao se encontrarem.
Equivalente a uma oscilação/vibração por
segundo (Hz = 1/s).
8
Interferência construtiva: tipo de pressão e do volume é constante.
interferência em que as ondas superpostas Lei de Coulomb: em um sistema composto
produzem uma onda de amplitude maior. por duas cargas elétricas, cada uma das cargas
Interferência destrutiva: tipo de exerce sobre a outra uma força (atrativa ou
interferência em que a crista de uma onda se repulsiva) diretamente proporcional ao produto
superpõe ao vale da outra, produzindo uma das cargas e inversamente proporcional ao
onda resultante com amplitude reduzida. quadrado da distância entre elas. A constante de
proporcionalidade k equivale a 9 . 109 N . m2 / C2.
Interruptor: dispositivo usado para abrir ou
fechar circuitos elétricos. Lei de Faraday: a voltagem induzida sobre um
sistema de espiras é proporcional ao número de
Ionização: efeito de adicionar ou remover espiras e à taxa de variação do campo magnético
elétrons de um átomo, tornando-o um íon. presente.
Irradiação (radiação): processo de Lei de Hooke: a deformação sofrida por um
transmissão de calor que se dá na forma de corpo que apresenta elasticidade é diretamente
ondas eletromagnéticas, não necessitando de proporcional à força que causa essa deformação.
um meio material para haver a propagação. A constante de proporcionalidade k é chamada
Isolante elétrico: material que não é um bom de constante elástica.
condutor de eletricidade. Lei de Lenz: o sentido da corrente, gerada por
Isolante térmico: material que não é um bom indução eletromagnética, é o oposto da variação
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
condutor de calor. do campo magnético que lhe deu origem.
Joule (J): unidade de energia no SI. Leis de Kepler: 1. Cada planeta do Sistema
Solar descreve uma órbita elíptica, com o Sol
Kelvin: unidade de temperatura no SI. 0 K localizado em um dos focos.
corresponde ao zero absoluto (aproximadamente
-273 ºC). 2. A linha que liga cada planeta até o Sol percorre
áreas iguais em intervalos de tempo iguais.
Lâmina bimetálica: formada por duas lâminas
de metais diferentes, soldadas ou rebitadas. 3. O quadrado do período orbital de um planeta
Utilizadas em termostatos. é diretamente proporcional ao cubo do raio
médio do planeta em relação ao Sol.
Lei: afirmação geral que sintetiza ideias testadas
muitas vezes sem apresentar contradições, Leis de Newton: 1. Inércia: todo corpo tem
acerca de fenômenos físicos. a tendência de permanecer em seu estado de
repouso ou de movimento retilíneo e uniforme
Lei da gravitação universal: em um até que esse estado seja alterado por uma força
par de quaisquer corpos massivos, cada um resultante exercida sobre o corpo.
dos corpos exerce sobre o outro uma força
diretamente proporcional ao produto de 2. A aceleração de um corpo submetido a uma
suas massas e inversamente proporcional ao força resultante é diretamente proporcional a
quadrado da distância entre eles. A constante de essa força e inversamente proporcional à massa
proporcionalidade é a constante de Gravitação do corpo.
Universal, representada por G. 3. Quando um corpo exerce uma força (força de
Lei da reflexão: o ângulo de incidência de uma ação) sobre um outro corpo, este devolve a força
onda sobre uma superfície é igual ao ângulo de (força de reação), que possui mesmo módulo,
reflexão. mesma direção e sentido oposto à força de ação.
Lei de Boyle: para uma certa quantidade de Leis de Ohm: 1. A corrente elétrica em
um gás a uma temperatura fixa, o produto da um circuito é diretamente proporcional e
inversamente proporcional à resistência.
www.biologiatotal.com.br 9
2. A resistência elétrica de um material de secção Luz monocromática: luz de uma única cor,
transversal constante é diretamente proporcional formada por ondas de mesma frequência.
ao seu comprimento e inversamente proporcional
Luz visível: parte do espectro eletromagnético
à sua área de secção transversal, dependendo
que pode ser enxergada pelo olho humano.
também do tipo de material.
Magnetismo: fenômenos que são associados
Lente: pedaço de um material transparente,
a campos magnéticos.
como vidro ou acrílico, capaz de desviar a luz
para um foco. Máquina simples: instrumento capaz de
aumentar (ou diminuir) uma força ou então
Lente convergente: desvia os raios paralelos
alterar a sua direção.
de luz que a atravessam para um foco. São mais
largas no meio do que nas bordas. Máquina térmica: instrumento capaz de
utilizar calor fornecido para realizar trabalho.
Lente divergente: faz os raios paralelos de luz
Uma máquina térmica também pode utilizar
que a atravessam divergirem, como se tivessem
trabalho para transferir calor de um lugar mais
partido de um mesmo ponto. São mais largas nas
frio para um lugar mais quente.
bordas do que no meio.
Maré: fenômeno em que o nível das águas é
Lente objetiva: em um instrumento óptico
alterado devido à atração gravitacional exercida
que possui lentes como componentes, a lente
pelo Sol e pela Lua.
objetiva é a lente localizada mais próxima do
objeto observado. Massa: grandeza escalar correspondente à
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
10
Micro-ondas: ondas eletromagnéticas de Movimento uniformemente variado: tipo de
frequências maiores do que as de ondas de rádio e movimento em que há uma variação no módulo da
menores do que as infravermelhas. velocidade ao longo do tempo, havendo, portanto, a
presença de uma aceleração.
Microscópio: instrumento óptico utilizado para
ampliar objetos muito pequenos. Movimento retrógrado: tipo de movimento que
ocorre no sentido decrescente da trajetória orientada.
Mili (m): Prefixo utilizado para representar que a
unidade é multiplicada por um fator de 10-3. Nêutron: partícula eletricamente neutra. Em
conjunto com próton, forma o núcleo atômico.
Miragem: efeito óptico em que uma falsa imagem
é formada pela refração da luz. Newton (N): unidade de força no SI. Equivalente à
força aplicada a um quilograma de massa produzindo
Molécula: união de dois ou mais átomos de uma aceleração de um metro por segundo a cada
mesmo elemento (ou elementos diferentes) através segundo (N = kg . m/s2).
de ligação covalente.
Nó: ponto de uma onda estacionária onde não há
Momento de uma força (torque): grandeza vibração e a energia é mínima.
vetorial correspondente ao produto de uma força
pelo comprimento de um braço de alavanca. O Normal: algo que forme um ângulo reto, ou seja,
torque causa a tendência de uma rotação em um perpendicular.
corpo. Unidade no SI: N . m.
Núcleo atômico: centro dos átomos, composto
Momento linear: ver quantidade de movimento. por prótons e nêutrons. Contém quase toda a massa
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
do átomo, porém representa apenas uma pequena
Movimento: alteração da posição de um objeto fração de seu volume.
em um dado referencial.
Ohm (Ω): unidade de resistência elétrica no SI.
Movimento acelerado: tipo de movimento Equivalente à resistência de um corpo percorrido por
uniformemente variado em que a velocidade e a uma corrente de um ampère quando a voltagem
aceleração têm o mesmo sentido: o módulo da aplicada é de um volt (Ω = kg.m²/(s³.A²)).
velocidade aumenta ao longo do tempo.
Onda: uma perturbação transmitida no espaço e no
Movimento circular: tipo de movimento cuja tempo, se repetindo regularmente.
trajetória é uma circunferência.
Onda eletromagnética: onda composta por
Movimento harmônico simples: tipo de oscilações de campos elétricos e magnéticos. Esse
movimento periódico e oscilatório, ocorrendo em tipo de onda é portadora de energia.
torno de uma posição de equilíbrio.
Onda estacionária: padrão de onda formado
Movimento progressivo: tipo de movimento pela superposição de duas ondas idênticas que
que ocorre no sentido crescente da trajetória atravessam o mesmo meio em sentidos opostos.
orientada. Esse tipo de onda, como um todo, parece nunca
Movimento retardado: tipo de movimento estar se propagando.
uniformemente variado em que a velocidade e Onda gravitacional: perturbação gerada pelo
a aceleração têm sentidos opostos: o módulo da movimento de objetos massivos sobre o tecido do
velocidade diminui ao longo do tempo. É dito que esse espaço-tempo.
tipo de movimento apresenta uma “desaceleração”,
ou seja, o objeto está freando. Onda longitudinal: tipo de onda em que as
partículas vibram, individualmente, na mesma
Movimento retilíneo: tipo de movimento em que direção de propagação da onda como um todo.
a trajetória é retilínea.
Onda mecânica: oscilações de matéria. Esse
Movimento uniforme: tipo de movimento em tipo de onda transfere energia através de um
que o módulo da velocidade não varia ao longo do meio material.
tempo.
www.biologiatotal.com.br 11
Onda transversal: tipo de onda em que a Polia: tipo de máquina simples utilizada para
vibração individual das partículas ocorre em uma mudar a direção de uma força (no caso de
direção perpendicular à propagação da onda polias fixas) ou para ampliá-la (no caso de polias
como um todo. móveis).
Ondulatória: área da física responsável pelo Polo magnético: regiões dos ímãs onde a
estudo das ondas e dos fenômenos a elas força magnética é mais intensa.
associados.
Ponto focal: ponto para onde convergem os
Órbita: trajetória curva, sob ação de uma força, raios de luz paralelos ao eixo principal (no caso
em torno de um ponto ou corpo. de lentes convergentes ou espelhos côncavos)
ou ponto de onde os raios de luz parecem provir
Oscilação: movimento periódico de “vai e (no caso de lentes divergentes ou espelhos
vem” em torno de uma posição de equilíbrio. convexos).
Partícula: uma pequena porção de matéria ou Ponto material: corpo, participante de
energia. um fenômeno físico, que possui dimensões
Partícula elementar: são os blocos desprezíveis, ou seja, que não afetam o estudo
constituintes básicos da matéria. São divididas do fenômeno.
em quarks e léptons.
Potência: grandeza escalar correspondente à
Pascal (Pa): unidade de pressão no SI. taxa de realização de trabalho ou de transformação
Equivalente à força de um newton aplicada sobre de energia. Unidade no SI: watt (W).
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
Perigeu: em uma órbita elíptica, esse é o ponto, Potência solar: taxa de recebimento de
sobre a órbita, mais próximo do centro. energia solar.
12
Princípio da superposição: princípio para aumentar a temperatura de um quilograma
da ondulatória: quando duas ou mais ondas de água em 1 ºC.
ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo, os Quilograma (kg): unidade de massa no SI.
seus deslocamentos individuais se somam em Equivalente a 1000 gramas.
cada ponto do espaço.
Quilômetro (km): unidade de distância.
Princípio de Arquimedes: princípio da Equivalente a 1000 metros (km = 1000 m).
hidrostática que estabelece uma relação entre
força de empuxo e volume de fluido deslocado Quilowatt (kW): unidade de potência
por um objeto imerso nesse fluido. equivalente a 1000 watts (1 kW = 1000 W).
Princípio de Pascal: princípio da hidrostática Quilowatt-hora (kWh): quantidade de
que diz que uma variação de pressão aplicada energia consumida durante 1 hora a uma taxa
sobre qualquer ponto de um fluido será de 1 quilowatt.
transmitida integralmente a todo o fluido, desde
Radiação: pode se referir à energia transmitida
que este esteja em repouso e num recipiente
por ondas eletromagnéticas ou a partículas
fechado.
emitidas por núcleos de átomos radioativos.
Prisma: objeto de material transparente usado Também pode ser um sinônimo de irradiação.
para decompor a luz branca, por refração, em
Radiano: unidade padrão de medida angular.
suas cores componentes.
Corresponde à razão entre o comprimento de um
Projétil: um objeto que se move no espaço sob arco e o seu raio.
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
ação única da gravidade e da resistência do ar
Radioatividade: processo que ocorre quando
(se esta for considerada).
o núcleo de alguns átomos emite partículas
Próton: partícula positivamente carregada. Em energéticas.
conjunto com nêutron, forma o núcleo atômico.
Raio: feixe estreito de luz. Na óptica, também
Quanta: plural de quantum. pode se referir às linhas traçadas para representar
as trajetórias de um feixe luminoso.
Quantidade de calor: ver calor.
Raio X: uma faixa do espectro eletromagnético.
Quantidade de movimento: grandeza Radiação de frequência maior que o ultravioleta
vetorial correspondente ao produto entre a (invisível). Geralmente emitida por átomos que
massa de um corpo e sua velocidade. Unidade tiveram seus elétrons mais internos excitados.
no SI: kg . m/s.
Referencial: sistema de coordenadas de
Quantum: a menor quantidade discreta referência utilizado para medir diversas
possível para uma uma grandeza física. grandezas físicas.
Quark: uma classe de partículas elementares. Reflexão: fenômeno ondulatório em que a
Possuem seis tipos, sendo dois deles (up e down) onda atinge um obstáculo e retorna ao seu
os componentes dos prótons e dos nêutrons. mesmo meio de propagação. No caso da óptica,
Queda livre: movimento vertical sob influência é o fenômeno em que raios de luz retornam
apenas da gravidade. após atingir uma superfície. O ângulo de retorno
deve ser igual ao ângulo de incidência sobre a
Quilo (k): prefixo utilizado para representar superfície.
que a unidade é multiplicada por um fator de 103
(mil). Refração: fenômeno ondulatório em que uma
onda muda o seu meio de propagação, tendo a
Quilocaloria (kcal): unidade de calor. sua velocidade alterada. No caso da óptica, é uma
Equivalente a 1000 calorias, 1 caloria de passagem de um raio de luz de um meio óptico
alimento ou à quantidade de calor necessária para outro, com diferente índice de refração.
www.biologiatotal.com.br 13
Relativístico: algo que possui velocidade entre si. Sistema Internacional de Unidades (SI):
próxima à velocidade da luz. Corpo sobre o conjunto de medidas aceito e usado por diversos
qual os efeitos da teoria da relatividade não são cientistas em todo o mundo.
desprezíveis. Sólido: estado físico em que forma e volume são
Relativo: considerado em relação a alguma bem definidos, ou seja, resistente a deformações.
outra coisa. Depende do referencial. Solidificação: mudança do estado líquido para
Rendimento: medida da eficiência energética o estado sólido.
de algo. Em uma máquina térmica, se refere Som: onda longitudinal que consiste de sucessivas
ao percentual de energia que essa é capaz de compressões e rarefações do meio de propagação.
aproveitar para realizar trabalho útil.
Sublimação: mudança direta do estado sólido
Resistência do ar: atrito atuante sobre tudo para o gasoso, sem passar pelo estado líquido.
que se move através do ar. A mudança do estado gasoso para o sólido
Resistência elétrica: grandeza escalar também é chamada de sublimação, podendo
correspondente à resistência que um determinado também ser chamada de ressublimação.
corpo oferece ao fluxo de corrente elétrica Supercondutor: material que possui resistência
Unidade no SI: ohm (Ω). nula ao fluxo de corrente elétrica, ou seja, um
Resistor: instrumento de um circuito elétrico. condutor perfeito.
Projetado para oferecer uma grande resistência Telescópio: instrumento óptico utilizado para
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
14
Termodinâmica: área da física responsável Vácuo: ausência de matéria.
pelo estudo do calor e da sua transformação em
energia mecânica. Vale: ponto de mínima amplitude de uma onda.
A região é oposta a uma crista.
Termologia: área da física responsável pelo
estudo do calor e de seus efeitos sobre a matéria. Vantagem mecânica: razão entre a força na
saída e a força na entrada de uma máquina.
Termômetro: instrumento utilizado para medir
temperatura. Vapor: substância no estado gasoso a uma
temperatura inferior à sua temperatura crítica,
Trabalho: produto entre a força aplicada sobre ou seja, que pode ser condensada para o estado
um corpo e o deslocamento espacial desse corpo líquido apenas pelo aumento de pressão.
devido à ação dessa força. Trabalho é uma
medida de transferência de energia. Vaporização: mudança do estado líquido para
o vapor. Subdividida em calefação, ebulição e
Tração: ver tensão. evaporação.
Trajetória: conjunto de posições ocupadas pelo Velocidade: grandeza vetorial correspondente
móvel ao longo do movimento. à rapidez com que um corpo se desloca em um
dado instante, juntamente com a orientação
Transformação adiabática: transformação
desse movimento. Também chamada de
termodinâmica em que nenhum calor entra ou
velocidade instantânea. Unidade no SI: m/s.
sai do sistema de estudo, ou seja, o sistema não
troca calor com sua vizinhança. Velocidade angular: grandeza vetorial
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
correspondente à rapidez com que é realizado
Transformação isobárica: transformação
um percurso circular. Unidade no SI: rad/s.
termodinâmica de um gás em que a pressão é
constante. Velocidade da luz: ao se referir à velocidade
da luz, é considerada a velocidade da luz
Transformação isotérmica: transformação
no vácuo, representada pela letra c e sendo
termodinâmica de um gás em que a temperatura
uma constante universal, independente do
é constante.
observador. É a maior velocidade possível no
Transformação isovolumétrica (isocórica, universo e vale aproximadamente 3 x 108 m/s.
isométrica): transformação termodinâmica de Em um meio material, a velocidade da luz é
um gás em que o volume constante. reduzida.
Transformador: instrumento usado para Velocidade da onda: rapidez com que uma
aumentar ou diminuir a voltagem ou para onda se propaga, juntamente com sua direção e
transferir potência elétrica de um circuito a outro. sentido de propagação.
Transistor: instrumento semicondutor utilizado Velocidade de escape: velocidade mínima
para amplificar ou atenuar a intensidade da que um corpo precisa atingir para escapar da
corrente elétrica em circuitos. influência gravitacional de um corpo celeste.
Tubo de Pitot: instrumento utilizado para Velocidade do som: velocidade com que
medir a velocidade de fluidos. uma onda sonora se propaga. A velocidade do
som no ar vale aproximadamente 340 m/s.
Ultravioleta: uma faixa do espectro
eletromagnético. Radiação de frequência um Velocidade linear (tangencial):
pouco superior às da luz violeta visível. componente da velocidade que é tangente à
trajetória de um corpo.
Unidade: quantidade específica de uma dada
grandeza física. Geralmente utilizada como Velocidade média: grandeza vetorial
padrão para fazer comparações e aferir medidas. correspondente a uma taxa de variação da
posição em função do tempo. Unidade no SI: m/s.
www.biologiatotal.com.br 15
Ventre: ponto de uma onda estacionária onde Voltímetro: instrumento utilizado para medir
deslocamento e energia são máximos. diferenças de potencial.
Vetor: elemento matemático utilizado para Volume: grandeza escalar correspondente à
representar grandezas vetoriais. Representado quantidade de espaço ocupada por um corpo.
visualmente por uma flecha cujo tamanho Unidade no SI: metro cúbico (m3).
indica o módulo e a orientação indica a direção
e o sentido da grandeza. Watt (W): unidade de potência no SI. Equivalente
a um joule de trabalho realizado por um segundo
Volt (V): unidade de potencial elétrico no SI. (W = J/s).
Equivalente à diferença de potencial pela qual
um coulomb de carga ganha um joule de energia Zero absoluto: menor valor de temperatura que
(V = J/C). qualquer corpo pode atingir. Nessa temperatura
(-273,15 ºC ou 0 K), os átomos atingem sua
Voltagem: ver diferença de potencial. energia cinética mínima.
ANOTAÇÕES
GLOSSÁRIO DE FÍSICA
16
contato@biologiatotal.com.br
/biologiajubilut
Biologia Total com Prof. Jubilut
@paulojubilut
@Prof_jubilut
biologiajubilut
+biologiatotalbrjubilut
MOVIMENTO UNIFORME
O modelo idealizado, no qual o móvel mantém sua velocidade instantânea constante e não
nula, é denominado Movimento Uniforme (MU). Uma velocidade constante e diferente
de zero implica em aceleração nula. Desta forma, o móvel percorre deslocamentos
iguais em tempos iguais.
𝑆⃗ = 𝑆⃗0 + 𝑉 � 𝑡
Podemos notar na fórmula acima, que a posição em que móvel se encontra no instante
t nada mais é do que a posição onde ele se encontrava no início da trajetória mais o
quanto ele se deslocou. Veja:
𝑆⃗ = 𝑆⃗0 + 𝑉 � 𝑡
www.biologiatotal.com.br 1
MOVIMENTO
UNIFORMEMENTE VARIADO
O modelo que descreve aqueles movimentos cuja velocidade varia de forma regular
é chamado de movimento uniformemente variado (MUV) e tem como principais
representantes os movimentos verticais sob a ação exclusiva da aceleração da gravidade.
A grandeza física que indica como a velocidade varia no tempo se chama aceleração.
Sempre que houver uma variação em uma velocidade dizemos que houve aceleração.
ACELERAÇÃO
A expressão matemática para a aceleração de um móvel é:
∆𝑣⃗
𝑎⃗ =
∆𝑡
e a unidade de aceleração no SI é o metro por segundo ao quadrado (m/s2).
CLASSIFICAÇÕES NO MUV
Um MUV pode ser do tipo acelerado, quando a velocidade e a aceleração possuem
mesma direção e mesmo sentido, ou seja, possuírem o mesmo sinal. Nesse caso, o
módulo da velocidade irá aumentar. Por exemplo, se a velocidade e a aceleração forem
positivas, a velocidade do móvel estará aumentando ‘para frente’. Se a velocidade e a
aceleração forem negativas, a velocidade do móvel estará aumentando ‘para trás’.
A descrição matemática do MUV é feita através de duas funções horárias, sendo uma
para as posições e outra para as velocidades.
www.biologiatotal.com.br 1
Movimento Uniformemente Variado
𝑉 = 𝑉 0+ 𝑎⃗ � 𝑡
Podemos notar na fórmula acima que a velocidade do móvel no instante t nada mais é
do que a soma de sua velocidade inicial com o quanto sua velocidade variou. Observe:
𝑉 = 𝑉 0+ 𝑎⃗ � 𝑡
EQUAÇÃO DE TORRICELLI
Para solucionar problemas onde não se conhece o tempo de duração do movimento
uniformemente acelerado, o físico e matemático italiano Evangelista Torricelli
desenvolveu uma equação que é conhecida como ‘equação de Torricelli’:
𝑉2 =𝑉𝑉0=�𝑉
2+𝑎20� ∆𝑠
2 � 𝑎 � ∆𝑠
Nos casos onde o movimento acontece na direção vertical, sob a ação exclusiva da
aceleração da gravidade, como na queda livre e nos lançamentos verticais, utilizamos
as mesmas fórmulas descritas acima, mas costumamos substituir a aceleração a pela
aceleração da gravidade g = 9,81 m/s2 e a posição s pela altura h em relação ao marco
zero (o chão).
2
MOVIMENTOS VERTICAIS
Vale lembrar que, qualquer resistência apresentada pela matéria sempre atua no corpo
desacelerando-o, ou seja, diminuindo a sua velocidade.
As coisas só caem por causa da força da gravidade. A letra g é usada para representar
a aceleração da gravidade. Na Terra, o valor de g é cerca de 9,8 m/s² e geralmente
arredondamos esse valor para 10 m/s², pois múltiplos de 10 são mais óbvios que
múltiplos de 9,8, não é? A tabela a seguir mostra os valores instantâneos da velocidade
de um corpo em queda livre, em intervalos de 1 segundo. Durante cada segundo da
queda, o objeto torna-se 10 m/s mais rápido. Esse ganho por segundo é gerado pela
aceleração.
𝑣 = 𝑔𝑡
Para ver que essa equação faz sentido, confronte-a com a tabela acima. Observe que
a velocidade é simplesmente a aceleração g = 10 m/s² multiplicada pelo tempo t em
segundos.
www.biologiatotal.com.br 1
Movimentos Verticais
t= 0s
t= 1s
t= 2s
t= 3s
t= 4s
Até aqui, temos considerado objetos que estão se movendo em linha reta para baixo,
sob ação da gravidade. E o que acontece com um objeto arremessado diretamente para
cima? Uma vez liberado, ele continua a mover-se para cima por algum tempo e depois
retorna. No ponto mais alto, quando ele está mudando o sentido de seu movimento de
ascendente para descendente, sua velocidade instantânea é nula. Só então ele inicia
seu movimento para baixo, exatamente como se tivesse sido solto do repouso naquela
altura.
2
Movimentos Verticais
A taxa com a qual a velocidade varia a cada segundo é sempre a mesma.
Os sinais são apenas convenções, então não existe uma regra específica em que a
gravidade precisa ser obrigatoriamente positiva.
𝑔(+) → 𝑣 (−)
𝑔(−) → 𝑣 (+)
𝑣 = 𝑣 0 + 𝑔�
ℎ = ℎ0 + 𝑣 0� + ½ 𝑔�²
𝑣 ² = 𝑣 0² + 2𝑔Δℎ
Equação de Torricelli
www.aprovatotal.com.br 3
Movimentos Verticais
ANOTAÇÕES
4
GRÁFICOS DE MOVIMENTO
f O terceiro ponto marcado (ponto B) indica que até o instante t2 = 2 s o carro havia
percorrido uma distância s2 = 40 m, e assim sucessivamente.
Movimento progressivo
Movimento uniforme da trajetória
Movimento uniforme com Movimento uniforme com Movimento uniforme com
posição inicial positiva. posição inicial nula. posição inicial negativa.
www.biologiatotal.com.br 1
Gráficos De Movimento
Movimento retrógrado
Movimento uniforme da trajetória
Movimento uniforme com Movimento uniforme com Movimento uniforme com
posição inicial positiva. posição inicial nula. posição inicial negativa.
No gráfico ao lado:
No instante t = 2h, a velocidade do carro será representada pelo ponto C. Suponha que
esse carro tenha se movimentado durante 5h, como podemos descobrir a distância
percorrida pelo carro? Se calcularmos a área sob o gráfico, obtemos 60 km/h x 5 h =
300 km.
2
Gráfico do espaço em função do tempo
Gráficos De Movimento
Em cada um dos gráficos a seguir, do espaço (s) em função do tempo (t), vamos verificar
se o movimento correspondente é acelerado, retardado ou uniforme.
www.biologiatotal.com.br 3
Gráfico da aceleração em função do tempo
Gráficos De Movimento
No MUV, a aceleração não varia, logo temos apenas duas opções para esse tipo de
gráfico: aceleração positiva ou aceleração negativa.
ANOTAÇÕES
4
LANÇAMENTO OBLÍQUO
Na figura a seguir, podemos ver uma bola sendo lançada obliquamente em um jogo de
futebol. Nota-se que a trajetória realizada pela bola é uma parábola. Isso é válido em
todos os casos de lançamento oblíquo.
www.biologiatotal.com.br 1
Lançamento Oblíquo
Movimento vertical
Tomemos um eixo Oy orientado para cima e com sua origem (O) coincidindo com o
ponto de lançamento. Como a aceleração é vertical e tem sentido para baixo, então:
Movimento horizontal
Tomemos um eixo Ox orientado para a direita e com sua origem (O) coincidindo com o
ponto de lançamento.
2
Lançamento Oblíquo
Decompomos a velocidade inicial como:
𝑣𝑜𝑥
𝑐𝑜𝑠 𝜃 = → 𝑣𝑜𝑥 = 𝑣𝑜 𝑐𝑜𝑠 𝜃
𝑣𝑜
Logo, as equações do MU para o movimento horizontal ficam:
𝑣 = 𝑣𝑜 𝑐𝑜𝑠 𝜃
𝑥 = 𝑣𝑜 𝑐𝑜𝑠 𝜃 𝑡
𝑣⃗ = 𝑣𝑥 + 𝑣𝑦
Observação: no ponto de altura máxima, o módulo da velocidade é mínimo, não nulo, já que
somente a velocidade vertical se anula (a velocidade horizontal se mantém constante).
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 3
Através dos cursos
2020 - 2022
INTRODUÇÃO À FÍSICA
INTRODUÇÃO À FÍSICA
Nessa área introdutória, você conhecerá as principais áreas de estudo da física e
aprenderá tópicos essenciais para se dar bem nessa ciência maravilhosa!
1. Introdução à Física
2. Notação Científica
3. Unidades e Análise Dimensional
4. Algarismos Significativos
5. Vetores
INTRODUÇÃO À FÍSICA
A Física é uma ciência natural desenvolvida desde a Antiguidade. Porém, ela era
conhecida como filosofia natural, e seus estudiosos eram chamados de filósofos
naturais, não de físicos, como hoje em dia. Os primeiros estudos começaram com a
contemplação do céu: o movimento das estrelas chamou a atenção dos seres humanos
durante milhares de noites.
www.biologiatotal.com.br 3
A termologia se desenvolveu através do estudo do calor
Introdução à Física
Já a óptica física encara a luz como sendo uma onda eletromagnética. Além da luz,
existem outras ondas eletromagnéticas: as ondas de rádio, as micro-ondas, a radiação
infravermelha, ultravioleta, os raios X e os raios gama.
Espectro Eletromagnético
4
Atualmente, a eletricidade está presente em todos os lugares
Introdução à Física
ao nosso redor, existem diversas usinas geradoras de
eletricidade para iluminar nossas casas.
E não para por aí! O eletromagnetismo é uma área vasta, que envolve ainda o estudo do
magnetismo, por exemplo as propriedades dos ímãs em atrair magneticamente outros
corpos e a bússola, que é um dispositivo inventado a partir do ímã.
ANOTAÇÕES
www.biologiatotal.com.br 5