Você está na página 1de 4

Forças de atrito entre sólidos

O atrito, que em geral atua como uma resistência ao movimento, é, por vezes, o responsável pelo próprio
movimento: é ele que possibilita a aceleração de um automóvel e nos permite caminhar, correr e trepar.
As forças de atrito manifestam-se quando um corpo se move ou quando tem tendência a mover-se em
relação a outro apesar de continuar em repouso, por exemplo, entre dois sólidos em contacto.

Analisemos as forças que atuam sobre um armário quando o empurramos e apliquemos as leis de Newton
de modo a determinar a intensidade da força de atrito.

Empurra-se o armário mas ele permanece em repouso: a força resultante é


nula.
Como o peso é anulado pela força normal, então a força de atrito é anulada
pela força aplicada, pelo que têm a mesma intensidade: F = Fa

Analisemos as forças que atuam sobre um armário quando o empurramos e apliquemos as leis de Newton
de modo a determinar a intensidade da força de atrito.

Analisemos as forças que atuam sobre um armário quando o empurramos e apliquemos as leis de Newton
de modo a determinar a intensidade da força de atrito.
A intensidade da força de atrito também vai aumentando, mas continua a verificar-se a seguinte condição
F = Fa.

Analisemos as forças que atuam sobre um armário quando o empurramos e apliquemos as leis de Newton
de modo a determinar a intensidade da força de atrito.

Aumentando a força aplicada, aumenta a força de atrito estático até atingir a máxima intensidade dada por:

Um novo aumento da força aplicada faz o corpo mover-se: a intensidade da força de atrito, agora cinético,
diminui e passa a ser praticamente constante.
Analisemos as forças que atuam sobre um armário quando o empurramos e apliquemos as leis de Newton
de modo a determinar a intensidade da força de atrito.

Aumentando mais a força exercida no armário, este começa a mover-se. A intensidade da força de atrito é
então inferior à intensidade da força aplicada: F a < F.

As observações anteriores mostram que a intensidade da força de atrito vai aumentando quando aumenta a
intensidade da força aplicada até atingir uma intensidade máxima.
Após entrar em movimento, até é mais fácil empurrar o corpo, o que indica que a intensidade da força de
atrito diminui quando se passa a um estado de movimento. A força de atrito que impede que o corpo
deslize, permanecendo em repouso apesar de solicitado a mover-se, designa-se por força de atrito estático.
A força de atrito existente quando o corpo está em movimento chama-se força de atrito cinético.
As forças de atrito dependem do material e do polimento das superfícies em contacto, mas não dependem
da área das mesmas.

Forças de atrito estático


 São paralelas às superfícies em contacto, com sentido oposto ao da força que solicita o corpo a
mover-se, ou seja, com sentido oposto ao da tendência de movimento;
 A força de atrito estático, ⃗ F ae, que só existe quando o corpo é solicitado a mover-se por uma força

aplicada F , varia de zero a um valor máximo, tendo intensidade igual à da força aplicada: F ae=F .
 A intensidade máxima da força de atrito estático é proporcional à intensidade da força normal
F máx μ
ae =μ e N sendo a constante de proporcionalidade, e , designada por coeficiente de atrito estático.

Forças de atrito cinético


 São paralelas às superfícies em contacto, com sentido oposto ao da força que solicita o corpo a
mover-se, ou seja, com sentido oposto ao da tendência de movimento.
 A força de atrito cinético, ⃗F ac, é independente da velocidade (se esta não for muito elevada) e a sua

intensidade é proporcional à intensidade da força normal: F ac =μ c N sendo a constante de
proporcionalidade, μc , designada por coeficiente de atrito cinético.
 Para o mesmo par de materiais, a força de atrito cinético é geralmente inferior à força de atrito
estático máxima, pois μc < μe .

\
Uma superfície que nos parece polida à vista desarmada é sempre mais ou menos rugosa quando vista
microscopicamente.

Na realidade, a superfície de apoio exerce apenas uma única força sobre o corpo, ⃗ R =⃗ N +⃗
Fa , cuja
N , e cuja componente horizontal é a força de atrito, ⃗
componente vertical é a força normal, ⃗ F a.

Se as superfícies forem lubrificadas ou menos rugosas haverá uma menor força de atrito, uma vez que os
coeficientes de atrito são menores.

A força de atrito não depende da área de contacto.


A área real de contacto é sempre inferior à observada macroscopicamente porque os corpos apenas se
tocam em alguns pontos.

Se colocarmos um livro sobre uma mesa apoiado em faces diferentes, as áreas aparentes de contacto serão
diferentes. No entanto, o peso é sempre o mesmo.

- A força de atrito não tem sentido contrário ao do movimento do centro de massa do corpo.
- Quando caminhamos ou corremos, empurramos o chão para trás e o chão empurra-nos com uma
força simétrica (Terceira Lei de Newton), ⃗
R , que se decompõe na força normal, ⃗
N , e na força de atrito,

F a.
- A força normal equilibra o nosso peso. Numa fase da passada, empurramos o chão para trás, mas a
força de atrito impede os nossos pés de deslizarem, empurrando-nos para a frente.
- Esta continua a opor-se à tendência de deslizamento entre as superfícies, embora, neste caso, tenha o
sentido do movimento do centro de massa do corpo.
- Numa outra fase da passada ou da corrida, quando o pé toca o solo, este tende a deslizar para a frente e,
por isso, a força de atrito aponta para trás.
- Se a intensidade da força de atrito for suficiente, quando andamos ou corremos assentamos os pés no chão
sem estes deslizarem, sendo a força de atrito alternadamente para a frente, num certo intervalo de tempo, e
para trás, noutro intervalo de tempo.

Como o pé não desliza, o atrito é estático.


Se deslizarmos, o atrito será cinético e a força de atrito cinético terá sempre sentido oposto ao do
movimento do centro de massa do corpo.

A força de atrito cinético tem sempre sentido oposto ao do movimento do centro de massa do corpo.
A força de atrito estático pode ter sentido oposto ou o mesmo sentido desse movimento, mas, em
qualquer caso, opõe-se à tendência de deslizamento entre as superfícies.

EXERCÍCIO

Você também pode gostar