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HISTÓRIA GERAL

As Reformas Religiosas
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AS REFORMAS RELIGIOSAS

Obs.: as reformas religiosas também são chamadas de reformas protestantes e podem


ser cobradas por esse nome em provas.

• O cristianismo sob a égide da unidade fora questionado em vários momentos históricos;

Obs.: temos, na imagem, o monge agostiniano Martin Lutero, que está fixando as suas
95 teses contra algumas características da igreja católica. Nós já estudamos alguns
movimentos que eram contrários ao cristianismo dogmático estabelecido pela pró-
pria igreja, então não podemos dizer que o questionamento à igreja só aconteceu no
século XVI. Portanto, o cristianismo, formatado de uma maneira que todo mundo o
seguisse de forma igual, não agradou o tempo.

• Fim da unidade eclesiástica cristã europeia, 1517 - Martinho Lutero;


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Obs.: a partir do seu processo contra a igreja dentro da Alemanha – nasce a igreja Luterana
– teremos depois outros lugares que também vão questionar a supremacia e a dinâ-
mica de hegemonia da igreja católica, como, por exemplo, na Suíça, na Inglaterra e
em vários outros lugares.

• Cristãos em muitas igrejas e muitas denominações;


• O sentimento reformista ligado aos princípios renascentistas já havia se manifestado
antes do século XVI;
• A Igreja Católica, principal alvo reformista, promoveu reformas internas.
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Obs.: é a chamada contrarreforma e é importante lembrarmos que essas reformas internas


da igreja católica ocorreram na perspectiva da tentativa de moralização do clero, da
tentativa do fim da corrupção, da tentativa de uma melhor preparação para ser padre
e também marcou posições que não mudaram. Portanto, questões relacionadas aos
dogmas e outras questões não foram alteradas e nem, por exemplo, um ou outro
sacramento deixou de existir por causa da reforma protestante.

Os reformados e a renovação das práticas religiosas:

• Vida religiosa com mais disciplina,


• Leitura da Bíblia,
• Contato com Deus sem intermediação da Igreja.

Obs.: onde se fala de Lutero se fala de uma dinâmica, de uma justificação pela fé. É impor-
tante lembrarmos da raiz intelectual de Lutero, de ser um bom agostiniano, que é um
doutor da igreja, e que tinha muito conhecimento.

Reformas Religiosas, não apenas Protestante – Diversidades de movimentos,


grupos e motivações:

• Movimentos das heresias medievais, Lutero,


• Contrarreforma.
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Obs.: muitos foram os movimentos que trouxeram uma diferença do que seria em compa-
ração à religião oficial.

Questionamentos e Críticas dos Cristãos Reformados

• Desde a Idade Média – enriquecimento, poder e favorecimentos políticos da Igreja;


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Obs.: também no protestantismo nós teremos essa mistura do poder político com a igreja,
como exemplo disso temos João Calvino, de um prefeito, de uma cidade sobre a
égide da fé. Isso é uma dinâmica política e também é muito importante percebermos
que, quando falamos de reforma religiosa, o nome é religioso, mas é igual às cruza-
das em que, além dos interesses genuínos de quem estava lutando por uma reforma
da igreja, uma reforma da cristandade, tinha também as pessoas que iriam se apro-
veitar e se aproximar em busca de investimento e de melhor acesso na sociedade,
como é o caso da burguesia, pois a maioria dos burgueses vão comprar o discurso
do Martinho Lutero porque eles possuíam rivalidades com a igreja. Boa parte dos
nobres alemães se engajam de olho nas terras da igreja.

• Século XVI – acrescentam-se as divergências teológicas de forma mais contundente;


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Obs.: quando começamos a falar de um sentimento de individualismo, de um sentimento


de valorização do humano, de um sentimento de participação do homem em ser
condutor de suas escolhas, por mais que isso não seja tão aderente a um discurso
religioso, influencia as pessoas e muitas começam a pensar nessa dinâmica de li-
berdade dentro até mesmo da própria esfera religiosa. Questionamentos como “por
que eu mesmo não posso ler a Bíblia?” ou “por que eu não posso ter acesso à Bíblia
no meu idioma?” passam a ser mais contundentes e esse tipo de descontentamento
passa a ser mais explícito.

• Contestação da Hierarquia Católica – Organizadora dos conhecimentos que deveriam


ser transmitidos;
• Contestação dos ensinamentos oficiais – liberdade ao cristão para desobedecer ao
ensinamento da Igreja;

Obs.: uma nova sociedade estava sendo vivida.


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• Venda de Indulgências e Simonia;

Obs.: uma pessoa era perdoada mediante o pagamento de indulgências, ou seja, a igreja
vendia algo que deveria ser gratuito.
Obs.: simonia é a compra e venda de coisas espirituais.

• Interesse de monarquias nos espólios da Igreja;

Obs.: se alguém enfraquecesse a igreja dentro do seu território, conseguiria uma aquisição
de suas propriedades.

• Monarquias defensoras da “legítima fé” – Espanha;


• Divergências Religiosas – Guerras Religiosas – Interesse monárquico em aumento
do poderio.

Obs.: essas divergências religiosas geraram guerras religiosas por causa do interesse mo-
nárquico em aumentar o poderio de seu território, o poderio de seu estado.
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ASPECTOS QUE CONTRIBUÍRAM PARA O ÊXITO DAS REFORMAS


RELIGIOSAS DO SÉCULO XVI: QUENTIN SKINNER:

• Movimentos Místicos: Fé pessoal - (Devotio Moderna) – Países Baixos e Alemanha


– pouca presença de clérigos – “autonomia de fé”.

Obs.: essa autonomia de fé faz com que aconteça uma pouca intervenção ou interferência
da igreja.
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• Humanismo: Valorização do exercício do pensamento – O elogio da Loucura de


Roterdã – Críticas aos atos de corrupção e aos cultos católicos.

Questionamento do poder do Papa:

Obs.: o papa, dentro da fé católica, é o representante de Pedro e é o primeiro Papa, vindo


depois uma linha sucessória de papas. Então, como Pedro ouviu de Jesus que tudo
que ele ligasse na terra seria ligado no céu, houve essa ideia da infalibilidade do
Papa. Mas, para os protestantes e para os movimentos que já vinham questionando
o poder da igreja, o papa não era tão infalível assim e, por diversas vezes, ele não
era tão honesto como deveria ser.
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– O inglês John Wycliffe (c. 1330-1384 – repúdio ao enriquecimento e corrupção da


Igreja – inspiração para as 95 teses,
– O padre da Boêmia Jan Huss (1369-1415) – influenciado por Wycliffe – pregava a
obediência estrita às Escrituras e denunciou a corrupção e o luxo do clero - tradu-
ziu textos sagrados para sua língua natal – sentimento nacionalista do povo tcheco
contra os alemães - A execução de Huss deu origem ao hussismo, movimento
contra a autoridade eclesiástica e imperial;

• As revoltas populares: A Igreja proprietária de muitas terras – pobreza para o povo –


proteção dos reis e nobres às revoltas – espólio.

Obs.: nobres e reis, de alguma forma, incentivando essas revoltas populares visando o
enfraquecimento da igreja justamente na intenção de dividir os espólios que fossem
terras da igreja.

Reforma na Alemanha

• A Alemanha dividida em vários principados + cidades livres pertencentes ao Sacro


Império Germânico;
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• A não centralização do poder político beneficiava a centralização da Igreja:
• Maior proprietária de terras + Impostos + Esmolas + Venda de relíquias e indulgências.

Obs.: vendiam relíquias e indulgências no processo de simonia.

• A economia do Sacro Império era continuação da medieval;


• Lutero empreenderá a Reforma no contexto de tentativa dos imperadores Maximiliano
I e Carlos V de centralização do poder;
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Lutero

• monge agostiniano e doutor em Teologia pela Universidade de Wittenberg;


• Fé como salvação (solfideísmo) contraditória à da Igreja, boas obras;
• Só os textos bíblicos têm autoridade religiosa;
• Só a Graça (fator divino) garantia aos homens a salvação;
• Para Lutero, a Igreja abusava da ideia de ter autoridade de regular a vida cristã na Terra;
• Questionamento a venda de Indulgência;
• Propunha que a autoridade dos monarcas não necessitava de validação da Igreja;
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Obs.: Martinho Lutero confirmava que a igreja não possuía autoridade religiosa sobre as
pessoas e que a salvação era um ato divino, que era a graça que garantia aos ho-
mens a salvação e não a intermediação da igreja. Ele entendia que a igreja abusava
dessa autoridade quando se envolvia no regulamento da vida das pessoas, questio-
nava a venda dos perdões dos pecados e começa a questionar que os reis você não
precisavam da validação da igreja para serem reis e com isso alguns imperadores e
alguns reis, no fundo do coração, se alegraram com a ideia de estar submisso a uma
aprovação ou aceitação da igreja.

• Em 1517, afixou suas 95 teses na porta da catedral de Wittemberg;

20ª Tese

Por isso o papa não quer dizer e nem compreender com as palavras “perdão plenário de
todas as penas” o perdão de todo o tormento, mas tão só as penas por ele impostas.
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21ª Tese

Eis por que erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado
de todas as penas e salvo mediante indulgência do papa.
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22ª Tese

Com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas do purgatório das que, segundo os
cânones da igreja, deviam ter expiado e pago na presente vida.

As teses contemplavam:

• Condenação das indulgências,


• Críticas à hierarquia católica, à existência do papa, à da esmolas e à Bíblia em Latim.
• Livre interpretação dos textos sagrados,
• Simplicidade nas celebrações religiosas,
• Celebrações baseadas somente nos textos bíblicos.

A Igreja – Papa Leão X:

• 1520 – Bula declarando heréticas as teses de Lutero;


• Exigia retratação sob pena de excomunhão.

Lutero:

• Queimou a bula em público;


• Marco do Protestantismo,
• Excomungado,
• Convocado por Carlos V na Dieta de Worms em 1521;
• Condenado mantendo suas ideias;
• Refugiou-se no castelo de Frederico da Saxônia;
• Traduziu a Bíblia para o Alemão.

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As ideias luteranas encontraram apoio nos nobres:

• Espólio da Igreja;
• Formação da liga militar – Liga de Smalkade – conflito com Carlos V;
• A paz veio em 1555 em Augsburgo – o povo tinha que obedecer a opção pelo catoli-
cismo ou protestantismo escolhido pelos governantes.

Lutero e os movimentos populares:

• Revolta Camponesa dos anabatistas, liderados por Thomaz Müntzer;


• Interesse na partilha das terras da Igreja;
• Martinho Lutero se colocou a favor dos nobres.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Admilson Costa.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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